Elenco do São Paulo treme; momento exige que mostre força de caráter
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De Vitor Birner
O São Paulo poderia ter resolvido em meia hora o jogo diante do Sport. Desperdiçou oportunidades, tomou o gol de empate, caiu muito de rendimento após os recifenses igualarem, e o Rubro-Negro encerrou o jogo lamentando o resultado.
Atuou de igual para igual contra o Flamengo, Denis evitou que os cariocas fizessem 1×0 após o equívoco de Lugano, e Chávez desperdiçou o grande e mais fácil lance para garantir os três pontos. No clássico frente o Santos, criou mais e amargou a derrota.
Citei apenas os jogos recentes. Houve, antes, outros como diante de Coritiba e Botafogo, nos quais somou o mísero ponto após mostrar mais futebol que os oponentes e esbarrar na qualidade das finalizações.
Parte disso tem a ver com a questão técnica.
Mas, nessas últimas rodadas, o pavor da zona do rebaixamento atingiu o elenco. Como reza o ditado do 'futebolês', o gol ficou pequeno para quem atua no Morumbi.
Na anterior, mesmo ciente que todos os concorrentes à permanência na elite haviam tropeçado, a dificuldade para concluir com precisão foi igual.
Maicon, que nem parece fazer parte do pacote dos que tremem, ao lado de Rodrigo Caio tem sido o mais regular do time, na entrevista à beira do gramado falou como se o São Paulo necessitasse sair da zona do rebaixamento, onde sequer entrou.
Imagine como será se o clube realmente for à região da tabela que frequentaram Internacional e Cruzeiro.
Terá força mental para sair?????
Se a resposta é sim, que inicie antes.
O Fluminense, por exemplo, é favorito nessa noite.
O São Paulo pode pontuar, mas ninguém questiona que o clube das Laranjeiras tem mostrado futebol muito mais competitivo.
Além da competência
O momento é de o elenco do São Paulo mostrar que tem caráter forte para atuar em agremiação gigante. Os oponentes fizeram a agremiação grudar na zona do rebaixamento.
Vitória e o Figueirense, que permanecem abaixo na classificação, têm atletas menos capazes, mas a tremedeira inexiste, pois sabem que necessitam se superar para ficar na elite.
O rebaixamento de ambos será doído para suas torcidas, mas não atípico tal qual no tricampeão da Libertadores.
A pressão no Barradão e no Orlando Scarpelli é menor que no Morumbi.
Assim como são os salários, a projeção e os benefícios para qualquer atleta capaz de mostrar qualidade com a camisa que vestiram Mauro Ramos, Bellini e Cafu, todos capitães em conquistas de Copas do Mundo, além de Raí, Zizinho, Leônidas, Canhoteiro, Careca e tantos outros craques do futebol. .
Os atuais jogadores da agremiação sabem que há concorrentes menos capazes em classificações confortáveis no torneio. Se conseguirem protagonizar o rebaixamento, serão os autores do capítulo inédito e negativo para a instituição e as próprias carreiras dentro dos gramados.