São Paulo cumpre a cartilha do rebaixamento
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De Vitor Birner
Clubes gigantes necessitam muitos equívocos para saírem da elite do futebol. O roteiro dos que conseguiram teve capítulos similares.
Política interna em guerra feita de propósito para o time ter resultados ruins; dirigente envolvido em suposta corrupção; conselheiros apoiando esse cartola; gestão financeira com problemas; torcida batendo em jogadores.
Qualquer indivíduo com inteligência sabe que tal cenário tende a expurgar as pessoas honestas. Mesmo se não forem competentes, geram prejuízos menores que os de alguém disposto a ser cartola para desviar o dinheiro, e que se acha dono da agremiação.
Pense nos que conseguiram;.
Fluminense, Palmeiras, Grêmio, Botafogo, Corinthians, Atlético e Vasco; todos cumpriram o roteiro citado no post.
O São Paulo, pela qualidade do elenco – deve ser comparado aos dos outros times para ser avaliado – , tende a encerrar o torneio de pontos corridos na chamada primeira página da tabela de classificação.
Muricy Ramalho, por exemplo, no Cartão Verde da quinta-feira retrasada, afirmou que grupo de atletas é melhor que o do Corinthians. O Alvinegro sonha com a improvável conquista e se mantém na região que oferece vaga na Libertadores.
A manutenção do ambiente na política interna afirma que se tudo continuar igual, a possibilidade de o time ser rebaixado noutras temporadas é grande.
A questão anímica
Alguns times são acostumados a frequentarem o grupo dos que descem de divisão. Torcedores, dirigentes, atletas e treinadores inconscientemente se preparam para o que consideram normal e natural.
No gigante, a expectativa é ganhar, e quando acontecem tropeços atrás de tropeços, a parte de baixo da classificação fica como o lago de areia movediça. Quanto mais se mexem e não conseguem nadar para fora, maior fica a tensão e a dificuldade para realizarem aquilo que tem capacidade.