Se o elenco do Palmeiras for ruim, Alexandre Mattos merece bilhete azul
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De Vitor Birner
Os grandes entraves
O Alviverde tem carências em especial nas laterais, onde Cuca em algum momento pedirá ao Jean para atuar, apesar de o volante não querer, e talvez na zaga.
Colocar na conta disso o futebol ruim do time é desviar a atenção do que hoje precisa ser solucionado. O raciocínio é simples; a maioria das agremiação contra as quais perdeu pontos desde a temporada anterior tinha menos potencial técnico e opções em muitas posições.
Antes de ir correndo ao mercado em busca de reforços, a falta de concentração e principalmente de consistência tática durante os jogos, que são grandes entraves para o futebol melhorar, devem acabar.
Por isso perdeu de Linense, Ferroviária e Audax, e tomou o vareio do mistão do Rosario Central no segundo tempo da partida do Allianz Parque.
Desde quando formou o elenco, laterais, zagueiros, volantes, meias e o centroavante foram criticados.
A dificuldade, na prática, é do conjunto.
Menos mercado e mais acertos
Questionar a qualidade dos contratados por Alexandre Mattos e Paulo Nobre é necessário. A torcida quer comemorar a conquistas do torneio de pontos corridos e repetir o feito na Copa do Brasil, há concorrentes com mais jogadores que desequilibram, e reforços são quase sempre construtivos, principalmente se forem de alto nível.
Por outro lado, se depois de trazer três dezenas e meia de atletas não houver potencial individual para ganhar de quem conta com orçamento muito inferior, o gerente deve ser demitido antes de escolher e buscar outros funcionários.
Melhor assim que permitir o investimento, com a grana do clube, em mais funcionários ineficazes.
Essa não é a minha opinião.
O Alviverde pouco rendeu diante de tais equipes porque, reitero, foi incapaz de funcionar como time. Além disso, houve oscilações de desempenho dos atletas durante os jogos.
Lembre do 1° t contra os rosarinos, observe a queda de rendimento depois, e perceberá como tecnicamente os jogadores despencaram. A quantidade de equívocos nos toques de bola simples impressionou.
Os parafusos e os funcionários
Há duas frentes distintas que precisam ser aprimoradas
O treinador, com todo apoio de gestão e estrutura necessários, deve identificar os problemas, achar soluções, implementar as alterações e melhorar o futebol do time.
Enquanto isso, Alexandre Mattos e quem mais cuida do futebol observam o mercado para escolher reforços pontuais, não de baciada, nas posições vulneráveis do elenco.
Não é lógico misturar as missões.
Devem ser solucionadas separadamente, apesar de servirem ao mesmo objetivo de fortalecer o time, ao menos enquanto o grupo de atletas não atingir, nos gramados, quase todo o máximo potencial.
Assim ninguém se livra ou transfere as obrigações, os jogadores, técnico e dirigente remunerados se concentram naquilo que lhes cabe, e a instituição que os provêm com grandes salários recebe os bônus do investimento.
O 'nosso' pacote futebolístico
As agremiações, em nosso futebol, têm lacunas no elenco. É incomum alguma com duas opções em todas as funções.
Contratar para satisfazer o torcedor e minimizar a crise pode ser avaliado como populismo, dependendo de quem chegar, caro ou barato.