Nacional ganhou com sobra; classificação do Palmeiras de Cuca ficou difícil
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De Vitor Birner
Nacional 1×0 Palmeiras
Cuca mexeu na escalação e no posicionamento duas vezes durante o jogo. Tinha iniciado com formação distinta da que o antecessor preferia.
O Nacional foi muito superior no 1° tempo, fez o gol 5 minutos após o intervalo, e depois não permitiu que o Palmeiras criasse oportunidades.
Poderia, no contra-ataque, ampliar, mas não aproveitou o monte de lacunas no sistema de marcação alviverde.
Quase igual ao jogo anterior
Gustavo Munúa fez o óbvio ao posicionar seu time.
Priorizou o 4-4-2 com marcação na linha que divide o gramado e alternou para o 4-2-3-1 quando adiantou todos para retomar a bola na frente.
Barcia na direita, Ramirez do outro lado, além dos volantes Porras e Carballo entre eles, formaram o quarteto do meio de campo.
Sebastian Fernández e Nico Lóez aturam adiantados. O esquema e a escalação foram quase iguais aos do jogo que redundou no bilhete azul para Marcelo Oliveira. Diego Polenta, desfalque no Allianz Parque, entrou na zaga e o volante Ramiro, porque Fucile tem que cumprir suspensão, foi improvisado na lateral direita.
A outra alteração foi na proposta. Em mais momentos adiantou a marcação
Assim, tomou as rédeas da partida. Não permitiu toque de bola e tampouco finalizações palmeirenses.
Investiu muitos nos lances pelos lados, principalmente com Barcia contra Egídio, observou os cruzamentos e algumas oportunidades desperdiçadas, e com certeza lamentou a igualdade.
A escolha do treinador alviverde
É complicado ter absoluta convicção do esquema inicial que Cuca optou.
Pode ter sido o 4-2-3-1, com Allione na direita, Zé Roberto no centro e Dudu na esquerda do trio de criação, e atrás deles Arouca e Gabriel, ou o 4-1-4-1 quando um dos volantes em tese avançaria para a meia.
Na prática o time se posicionou no 4-5-1 porque o Nacional empurrou o Alviverde e todos precisaram recuar. Lucas e Egídio, irritados e improdutivos, precisaram de atletas na frente de ambos, e mesmo assim os dois setores ficaram vulneráveis.
Por isso o treinador, durante o intervalo, mexeu na escalação e na configuração.
Egídio e Allione saíram, e Robinho e Gabriel Jesus entraram,
Zé Roberto foi deslocado para a lateral, o meio de campo contou o trio de volantes e a linha de frente como a mesma quantidade de jogadores.
Arouca, no centro, como primeiro volante, Gabriel na direita e Robinho do lado oposto podiam e deviam chegar na meia.
O ataque contou com Gabriel Jesus e Dudu nas pontas e Alecsandro, o centroavante.
As mexidas não funcionaram
O lançamento de Robinho para o Gabriel Jesus, que ficou diante do goleiro Conde, tentou tocar por cima dele e não conseguiu, foi o primeiro lance do Palmeiras após as alterações
Houve outro, nos acréscimos, quando o time precisava empatar.
Entre ambos, de novo a agremiação do Parque Central foi superior.
O gol de Nico López aconteceu no cruzamento de Ramirez.
Zé Roberto, por atuar na lateral, tinha que ficar atento ao artilheiro, mas observou a bola e permitiu o fácil cabeceio, aos 5 minutos, que Fernando Prass não tinha como intervir.
Em suma, o Alviverde melhorou pouco na criação e piorou na marcação após as mexidas. Cuca precisava tentar algo, ousou e nada acrescentou.
Lucas Barrios, aos 23 no lugar de Gabriel, foi a última troca.
Com ele e Alecsandro, queria achar o gol nos cruzamentos, mas o sistema de marcação posicionado por Gustavo Munúa ganhou quase todos. .
Obviamente, não há como colocar na conta do treinador o tropeço que complica muito a classificação à fase seguinte da Libertadores.
Ganhar e fazer as contas
'Chacho' Coudet escalou o time misto de novo. Os meias Lo Celso e Servi iniciaram no banco e Larrondo não tinha como atuar.
O artilheiro Marco Rubén foi o único dos pilares do sistema ofensivo que começou diante do pequeno River Plate
Michael Santos, que havia feito gol em todos os jogos do time nessa edição do torneio, comemorou outro aos 11, mas os rosarinos conseguiram a virada.
Donatti, Aguirre e Cervi, na ordem, garantiram o resultado favorável.
O Alviverde precisa superar o Rosario Central no Gigante de Arroyito, além do River Plate na última rodada, ,para seguir na Libertadores. Mesmo se conseguir, não terá plena garantia de atingir a meta de ir à fase seguinte do torneio.
Matematicamente tem a possibilidade de se classificar com apenas mais quatro pontos, mas precisa de combinação de resultados improvável por questões técnicas e táticas, e o ideal é nem pensar nisso.
Ficha do jogo
Nacional – Conde; Romero, Victorino, Polenta e Espino; Carballo, Porras, Barcia (Cabrera) e Ramírez (Tabó); Fernández (Eguren) e Nico López
Técnico: Gustavo Munúa
Palmeiras: Fernando Prass; Lucas, Edu Dracena, Vitor Hugo e Egídio (Robinho); Gabriel (Lucas Barrios) e Arouca; Allione (Gabriel Jesus), Zé Roberto e Dudu; Alecsandro
Técnico: Cuca
Árbitro: Carlos Vera (Equador) Auxiliares: Juan Macias e Flavio Nall (ambos do Equador)