Nacional x Palmeiras; prévia do jogo
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De Vitor Birner
'Los Bolsos'
O Nacional terá alterações contra o Palmeiras. O zagueiro Diego Polenta, desfalque na semana anterior, formará com Victorino a dupla no setor.
Na lateral direita, Fucile, por conta do cartão vermelho no Allianz Parque, deve ser substituído por Sebastian Romero, que ainda não atuou nessa temporada.
O atacante Sebastian Fernández, com dores musculares, é dúvida. Ignácio González treinou e iniciará caso o colega não tenha condições físicas. O primeiro é atacante e o outro meia.
Contra-ataque é principal opção
Sejam quais forem os escolhidos pelo treinador Gustavo Munúa, os pontos fortes do sistema ofensivo dos 'Bolsos' são o contra-ataque e a jogada aérea. A agremiação tricampeã da Libertadores atuou no 4-4-2 diante do Palmeiras e do mistão do Rosario Central, ambos fora de Montevidéu, e mostrou competitividade.
Contra o River Plate, que tem menos qualidade, precisou ir para cima, não conseguiu muitas oportunidade e nem o gol.
A velocidade com o futebol vertical quando retoma a bola são incumbências de Leandro Barcia, do lado direito do meio de campo, e de quem forma a dupla na frente.
Ramirez, quase sempre na mesma linha de Leandro Barcia, mas no canto oposto, é a outra opção.
Outra opção tática
O treinador pode alterar o esquema tático e formar o 4-2-3-1, tal qual fez em partidas do 'torneo clausura'.
Nessa configuração, o trio conta com Leandro Barcia e Ramirez pelos flancos e Sebastian Fernández [ou Ignacio González] entre eles.
Nico López faz a função de falso centroavante. Sebastian Fernández pode se revezar com ele, e Ignácio González tem maior dificuldade nisso.
Proposta de jogo define o sistema
A alteração no desenho do time depende de posicionamento do sistema de marcação.
Se iniciar as tentativas de desarmes quase na área do Alviverde, tende a priorizar o 4-2-3-1 e fazer a flutuação ao 4-4-2 quando o oponente conseguir a transição e tiver a bola no campo de frente.
Se quiser que a marcação comece na linha que divide o gramado, posicionará o 4-4-2 ou 4-4-1-1, essa opção com Ignácio 'Nacho' González entre o quarteto e Nico López.
O ideal para o Alviverde será o Nacional tomar iniciativa e oferecer, em vez de ter, o contra-ataque.
Dilemas normais no início
Não sei como o Cuca escalará e posicionará o Palmeiras. Com base no que fez desde quando chegou ao clube, pode ser o o 4-2-3-1 que aprecia – nunca foi escravo de qualquer sistema de jogo – e Marcelo Oliveira tanto insistiu, ou o 4-4-2.
Talvez, como o oponente, se marcar adiantado formará o 4-2-3-1 e quando permanecer no campo de defesa optará pelo 4-4-2 com Dudu e Alecsandro na frente.
A saída de jogo tocando a bola, maior entrave do Palmeiras, nunca foi o ponto forte dos times de Cuca.
Quando conquistou a Libertadores fazia muita ligação direta, Jô ganhava por cima e Diego Tardelli, Bernard e Ronaldinho, todos inspirados, construíam, com velocidade, movimentação, apoio dos laterais e de alguém na dupla de volantes, as oportunidades.
Alecsandro tem que ganhar esses lances pelo alto nos lançamentos longos e, fundamental, os outros jogadores devem se posicionar como necessário para ficarem com a bola nos lances em que o centroavante obtiver êxito.
A participação de Egídio no sistema de marcação deve preocupar o treinador. O lateral não é competente nisso e alguém precisa ficar na frente, pois Barcia força os lances naquele setor.
No 4-2-3-1 em tese seria o Dudu, mas o técnico precisa pensar muito antes de sobrecarregar o atleta mais eficiente no sistema de criação. Se colocar Zé Roberto daquele lado do trio, perde velocidade onde o Nacional tem lateral que ainda não atuou.
No 4-4-2 Zé Roberto pode ser a 'parede' de Egídio naquela região do gramado e o ex-Grêmio, mais adiantado, acionado nos contra-ataques no setor do Nacional onde o sistema de marcação parece mais vulnerável.
Outra possibilidade é Robinho no meio e Ze Roberto na lateral.
Os que têm mais rodagem
De qualquer forma, tenho que esperar porque os argumentos do post sobre o Alviverde são suposições enquanto não for divulgada a escalação e a agremiação entrar no gramado do Parque Central para a gente observar o posicionamento.
Edu Dracena, Arouca, Zé Roberto e Alecsandro, se forem titulares, devem orientar o time, pois têm experiência e a partida exigirá muito da parte psicológica.
O tricampeão da Libertadores irá catimbar e tentar se impor com força, além da técnica e da tática.
Não há favorito
Qualquer resultado, com exceção da goleada, será normal.
Inclusive se o Palmeiras ganhar.