Blog do Birner

Paraguai peruano, Ospina desatento e Messi brilhante se destacam na rodada
Comentários 2

birner

De Vitor Birner

A rodada teve o craque brilhando, o goleiro quase enterrando, seleção comemorando classificação á repescagem, dois favoritos cumprindo obrigação diante de seus torcedores e outro sendo eliminado pelo time com desempenho mais fraco no torneio.

O gênio

Messi merece elogios por atuar como Messi e garantir a classificação diante do time alternativo do Equador. O craque esbanjou talento e brilhou.

Além de habilidade, mostrou concentração, frieza, capacidade para resolver após a dupla de zaga dos 'hermanos' se equivocar e a seleção eliminada no primeiro lance conseguir o gol.

O favorito

O resultado provável no Allianz Parque era o Brasil ganhar. O time nem precisou de uma grande atuação.

No 1°t, o Chile dificultou a criação do favorito e equilibrou o andamento. Após Bravo se equivocar e o Paulinho – melhor em campo com Neymar em seguida- finalizar e comemorar o jogo foi fácil.

Quem quiser criticar os chilenos, será pela atuações noutras rodadas.

O goleiro

Ospina cometeu dois equívocos e a Colômbia, diante dos próprios torcedores, permitiu a virada do Paraguai, impediu a classificação antecipada do time de Pekerman e o forçou a resolver a vaga em Lima.

No Peru, o goleiro bobeou mais uma vez. Tocou na bola após Guerrero finalizar diretamente a falta, mas o árbitro determinara lance de tiro livre indireto, e aconteceu o empate.

O resultado de 1×1 foi o do final e ambas as seleções comemoraram. A mais forte pela classificação e a zebra porque disputará a repescagem contra a Nova Zelândia.

Ospina terá as críticas amenizadas pelo êxito nas eliminatórias.

O mico

O Paraguai foi o grande fracasso da última rodada. Necessitava ganhar da Venezuela, lanterna das eliminatórias, com apoio da barulhenta torcida no Defensores del Chaco para se classificar.

O tropeço pode ser avaliado como patético. Os venezuelanos tinham 10 derrotas, meia dúzia de empates, uma vez haviam comemorado resultado positivo  contra a Bolívia no Estádio de Maturín, e nessa rodada pela primeira vez ganharam fora do país nessa edição do torneio.

Nem a campanha fraca dentro de Assunção, onde somou 11 pontos, diminuía o favoritismo. Tinha que ganhar na técnica ou com garra e força coletiva.

O Peru foi o beneficiado.

Romero atuou desde o início, e Balbuena foi apenas opção para o técnico durante o jogo.

Confirmou

O Uruguai, com o meio de campo necessitando mais talento e a dupla de frente elogiável,  se impôs diante da Bolívia e garantiu a classificação. Nem os gols do lateral Gastón Silva e o zagueiro Godín contra Muslera impediram a classificação.

De Arrascaeta iniciou o jogo em frente ao trio de volantes. Após 75 minutos cedeu vaga para Lodero  .

O Brasil e os 'hermanos' têm os melhores elencos da América do Sul. A vaga na 2° colocação foi mais uma proeza da seleção do país pequeno na geografia e grande no futebol.

Aplausos e críticas

É mais difícil o Messi brilhar contra o Equador alternativo, ou o Paraguai tropeçar no caldeirão do Defensores del Chaco contra o lanterna das eliminatórias?

A grande atuação do craque 'hermano' e a merecedora de críticas da seleção que necessitava ganhar foram os principais capítulos da rodada na América do Sul.


Sampaoli é brilhante, mas erra por não imitar Tite nas eliminatórias
Comentários 11

birner

De Vitor Birner

Planetas opostos no futebol

Edgardo Bauza tem perfil conservador. Gosta de sistema de marcação forte e adapta a criação ao potencial dos elencos.

Montou times que priorizaram toques de lado enquanto tentavam encontrar lacunas por fora das linhas dos oponentes, e outros que atuaram recuados, investindo na velocidade para construção dos momentos de gol.

Aprecia a milonga e a catimba, admite riscos apenas quando necessários, raramente sorri durante os jogos apesar de adorar uma conversa sobre futebol, mantém a frieza na beira do gramado.

Jorge Sampaoli tem perfil contemporâneo.

Se mexe fora como se estivesse dentro do campo, é ousado, irrequieto, nunca parece completamente satisfeito com a produção dos times que orienta, e crê na versatilidade coletiva para conquistar torneios.

Altera a estratégia de jogo para jogo e durante o jogo, alguns de seus atletas necessitam atuar em mais de uma posição, além de entenderem as alternâncias de propostas do futebol.

Tem repertório variado e amplo,  enquanto o colega rodado, que assumiu a classificada Arábia Saudita, é mais calculista, pés nos chão para atingir os resultados.

O elenco dos 'hermanos' combina muito com quem atualmente o orienta.

O prazo

Os cartolas da AFA merecem críticas por montes de equívocos, mas aplaudo por optarem pelo treinador que foi do Sevilla na última temporada.

Mesmo assim, creio que Bauza conseguiria mais pontos, nas eliminatórias, e a seleção, hoje, viveria momento melhor para se classificar.

Sampaoli tropeçou na teimosia. Ciente da urgência por resultados, sem prazos necessários para implementar as propostas de futebol que aprecia e com oponentes mais fracos para ganhar dentro do próprio país, poderia cumprir o beabá que Tite seguiu no Brasil e montar time com cada atleta jogando tal qual na agremiação.

Depois iniciaria o que pretende e tem competência para realizar com o talentoso elenco.

Com Bauza, aposto, os 'hermanos' ganhariam, nem que fosse na marra, da Venezuela ou do Peru em Buenos Aires, talvez de ambos, e iriam para o Equador com mais paz.

Sampaoli tinha obrigação de obter melhores resultados nesses 2 jogos.

Os números

Os 'hermanos com Bauza ganharam da Colômbia (3×0), o Uruguai (1×0),  Chile (1×0) e tropeçaram diante do Paraguai (ox1) atuando dentro do país.

A campanha nem foi brilhante e nem merece tantas críticas. Resultados positivos contra times mais fortes que o venezuelano e, naquela fase, que o peruano, sugerem como improváveis os empates iguais aos de Sampaoli na capital.

A troca de técnicos foi após perder em La Paz para a Bolívia, mas Bauza, nos dois jogos anteriores em Buenos Aires, tinha conseguido superar colombianos e chilenos.

A campanha de Bauza quando os 'hermanos' atuaram fora do país teve também o tropeço normal frente o Brasil e os empates contra Venezuela e o Peru

Sampaoli conseguiu os mesmos dois pontos contra essas seleções, mas diante da 'hinchada' em Nuñez e depois na Bombonera.

No outro jogo do atual treinador da seleção, foram 3 no total, empatou contra o Uruguai.

A conclusão

Sampaoli sabe melhor que todos nós que a assimilação das proposta de futebol que implementa pode ser demorada. Seria atípico para os atletas compreenderem e praticarem a dinâmica em tão pequeno prazo.

A urgência de pontos pedia que apenas dessa vez optasse por algo mais simples e de fácil adaptação. Após a classificação poderá investir naquilo que tem de especial, que é preciso para quem orienta elenco acima da média, que tanto admiro e pode ser o diferencial para garantir a conquista do Mundial, e talvez equipare o desempenho de cada atleta na seleção com o da agremiação.

Imagine o time em que Dybala, Higuaín e Messi, apenas para citar alguns, rendem como nos clubes.

Sí se puede

Os 'hermanos' continuam dependendo apenas do próprio desempenho para se classificarem, nem que seja na repescagem.

Torço pela competência de quem entrará no gramado de Quito e terá que impor as regras do futebol.


Tite precisa testar time alternativo; Messi e cia que cuidem dos ‘hermanos’
Comentários 6

birner

De Vitor Birner

Mexer para fortalecer construção

Tite deveria escalar o time misto diante do Chile. Há motivos esportivos e honestos para optar por formação alternativa.

Será construtivo oferecer mais minutos em campo aos atletas que pouco atuam na seleção, mostrar aos mesmos que podem ganhar vaga e são parte do coletivo. O jogo no Allianz Parque é uma grande oportunidade para o treinador fortalecer mais o elenco.

A liderança e a classificação garantidas afirmam que o encerramento da eliminatória é menos importante que alguns amistosos. Se nem sob tais circunstâncias mais substitutos iniciarem, será plenamente compreensível o incômodo de alguns convocados. O recado silencioso do técnico será que foram úteis diante de Austrália e podem ser no jogo de preparação frente o Japão.

E que nos torneios e nas partidas frente os times mais fortes o treinador prefere manter a base que conquista resultados positivos.

O melhor para a seleção é valorizar todo atleta que o treinador avalia como capaz. Acostumar os com menos rodagem a vestirem a camisa mais reverenciada, historicamente, no planeta do futebol, além de permitir que ganhem com desempenho elogiável apoio dos torcedores.

O treinador necessita, além de testar jogadores, aumentar a certeza sobre quais mantêm ou melhoram o padrão dentro dos gramados.

Orienta 'apenas'  uma seleção

Se os 'hermanos' se classificarão, irão para a repescagem ou terão o fracasso enorme da eliminação, Sampaoli, Messi e cia necessitam solucionar.

Tite nada tem com isso. A obrigação para o treinador é priorizar o planejamento do Brasil e exigir que os escolhidos diante do Chile atuem com raça, seriedade, competência, e ganhem.

Entregar jogo, mesmo sabendo que a possibilidade da Argentina melhorar e conquistar o torneio é tão grande quanto a do time que orienta, seria algo sujo, contrário a ética de quem ama e vive do futebol.

Isso não significa que necessita desperdiçar uma oportunidade das poucas que há para preparar todo o elenco.

O time misto do Tite será mais forte que o Chile, principalmente se mantiver os pilares como Neymar e Renato Augusto, e permitir ao Gabriel Jesus reviver a alegria de atuar na Arena onde foi artilheiro, brilhou, e comemorou a conquista do torneio de pontos corridos.

Formar o time

Os 'hermanos' têm que fortalecer o próprio coletivo e ganhar. Para isso, antes pensarem noutros resultados, necessitam otimizar o contraditoriamente pífio sistema de criação.

Há talento sobrando no elenco.


Deputados estaduais brincam de cartola no Rio de Janeiro
Comentários 2

birner

De Vitor Birner

A Alerj pretende votar, hoje de tarde, o projeto de lei da autoria do eleito Samuel Malafaia (DEM), que delibera sobre a obrigação da utilização do auxílio das imagens para a arbitragem nos jogos organizados pela Federação Estadual do Rio de Janeiro.

Quando li na coluna de Ancelmo Góis que os deputados estaduais se intrometeriam no tema, me perguntei se era piada, galhofa, brincadeira de quem não tem como preencher o tempo, o que é improvável para os que moram onde há tantas belas praias.

Me pergunto se o político acha que o contribuinte paga impostos para isso, se crê que os métodos de imposição das regras dentro dos gramados são parte de suas atribuições.  A iniciativa parece uma estratégia populista, pois 'jogar para a galera' rendeu e renderá muitos votos nas eleições.

As pesquisas eleitorais mostram que o blablablá das soluções fáceis e o discurso de ódio têm milhões de adeptos a serem enganados pelo sujeito que investe na ignorância política alheia como principal trunfo para ser presidente.

Mas a tática populista de os deputados brincarem de cartolas tende a naufragar como valor agregado para futura eleição. Os moradores, por exemplo, da capital, sentem na pele que há urgências e os deputados deveriam priorizar o que melhora a rotina na cidade.

Espero que votem contra. Apoio a implementação da tecnologia em lances não interpretativos. Apenas acho que o assunto deve se restringir ao âmbito esportivo e que os deputados podem ser mais construtivo cumprindo o que se propuseram quando eram candidatos.


Como o Grêmio pode ser uma bênção para o contestado Cícero
Comentários 4

birner

De Vitor Birner

Tem capacidade

O problema de Cícero nunca foi a capacidade para jogar futebol. É de razoável para bom no toque de bola e finalizações, sejam com o pé ou a cabeça, o que garante uma vaga na maioria dos clubes dos país.

Tal qual avalia o torcedor, o nível do esporte dentro dos gramados nacionais é médio, com pequenas oscilações para cima.

O potencial para atuar e nos melhores momentos se destacar foi inibido pela intensidade e concentração aquém das necessárias durante os jogos, pequeno comprometimento tático e consequente irregularidade nos campos.

Por isso as duas últimas agremiações em que atuou facilitaram quando alguma quis a contratação.

Em ambas

Abel Braga, na primeira entrevista da temporada após conhecer o elenco do Fluminense, afirmou que faltou empenho para o elenco na edição anterior dos pontos corridos.

Por isso, o time nas 10 últimas rodadas não ganhou. O treinador falou, inclusive, que conversou sobre isso com os atletas.

O técnico aceitou de pronto a ida de Cícero ao São Paulo. Rogério Ceni solicitou e o campo falou que a opção foi outro equívoco previsível cometido pelo ídolo da agremiação.

O rodado Abel Braga teve a mais perspicaz escolha ao facilitar a contratação pelo clube do Morumbi.

O perfil

Ninguém consegue determinar qual é a melhor maneira de atuar regularmente e ser competitivo. Se habituou a duas.

Como volante, onde, em alguns momentos, se omitiu e complicou o sistema de marcação, ou na meia onde tinha que ser mais criativo para constantemente brilhar.

As virtudes sugerem que poderia jogar como centroavante, mas isso seria referendar o que a exigente torcida do Grêmio nunca admite.

Os atletas com razoável habilidade e pouco esforçados têm mais dificuldades no clube que os menos capazes e muito dedicados nos gramados.

O clube

O empenho pequeno, a demora para entender necessidades coletivas e a acomodação talvez inconsciente – não se enquadra no perfil de quem é mole de propósito – têm que ser encerradas para mostrar o que pode nos gramados.

Talvez tenha ido para um dos melhores times nisso. Atletas com pequeno empenho, ou mesmo rendimento técnico merecedor de críticas, muitas vezes alteram o padrão trajando a camisa do Grêmio, brilham e conquistam grandes torneios.

Foi assim no timaço que o Felipão montou e ganhou a Libertadores. Jardel, monstro para marcar gols e menos valorizado do que deveria pela história do futebol, e Paulo Nunes que formou a dupla de frente naquela temporada foram contratados como o que se chamava de refugos.

O mesmo vale para Léo Moura e Cortês no atual elenco.

Recentemente, Douglas, avaliado como jogador acomodado, atuou em nível elogiável pelo Grêmio e se tivesse condição atlética, talvez continuasse brilhando nos gramados.

O contrato de Cícero com a agremiação é de apenas três meses, foi uma escolha emergencial porque Maicon se machucou, e cabe ao atleta perceber a enorme oportunidade que os cartolas e o técnico oferecem de talvez atuar pelo favorito numa semifinal da Libertadores.


Criticar Carille parece uma pegadinha; é fácil entender o returno do time
Comentários 17

birner

De Vitor Birner

Continuo elogiando

Muita gente reclama que Fábio Carille precisa mexer na proposta de futebol ou ter mais alternativas. Diz que a forma como o time atua está manjada e atrela a isso a piora dos resultados no returno.

Escutei algumas vezes que ''os técnicos de outras agremiações entenderam como o Corinthians joga e acharam a fórmula para dificultar'', mas discordo plenamente.  Os treinadores sabiam antes e, mesmo assim, ninguém ganhou do clube de Parque São Jorge na primeira parte do torneio.

Os tropeços são mais fáceis de serem compreendidos. A fábrica de clichês com as suas fórmulas prontas, que oferece soluções mágicas imediatas, continua a produção em larga escala.

O problema não é a proposta de futebol.

O coletivo

O ideal seria qualquer time saber atuar com muitos desenhos coletivos e entender qual praticar em cada momento do jogo, mas isso é utopia diante da facilidade com que os técnicos ganham bilhete azul e das dificuldades impostas pelo calendário.

É mais fácil ao treinador competente montar uma estrutura de jogo forte e, se necessário, alterar características dentro da própria mexendo na escalação.

Exemplo: o 4-2-3-1 de Tite tinha Jadson, que privilegia o toque de bola e as finalizações de fora da área, na direita, Malcom, mais rápido, no outro lado. Renato Augusto, capaz de ser o volante ou o meia, de entender no campo as necessidades coletivas em cada momento do jogo, completou o trio em frente de Elias e do Ralf.

O Bayern de Munique ganhou a sua última edição da Liga dos Campeões com os rápidos e dribladores Robben e Ribery pelos lados no trio.

É possível estruturar o sistema para ser conservador, ousado ou equilibrado, manter a bola ou permitir que os oponentes tenham a iniciativa nos gramados, de acordo com as virtudes dos atletas e ofertas dentro do elenco, mantendo o o desenho coletivo.

Grandes alterações são complicadas. O treinador pode implementar adaptações.  Nesse momento da temporada, mexer profundamente na proposta coletiva será uma aposta.

O momento

As atividades no CT são uma grande referência para o técnico entender as possibilidades. Pode testar, concluir e  referendar se alguma foi de fácil assimilação ao elenco.

Apenas algumas

Adaptação pode ser atuar com Clayson, em vez de Jadson, pelos lados, para ter velocidade em ambos.

Ou atuar com o veterano por dentro do trio, recuar Rodriguinho para a dupla de volantes, tirar um dos que formam a dupla – provavelmente seria o Maycon pelas características – para ganhar força de criação.

Talvez, assim, aumente a vulnerabilidade do sistema de marcação.

O técnico tem que avaliar se a subjetiva equação compensa.

Se quiser tentar uma adaptação, será pequena. Quiçá atuar com Gabriel entre dois quartetos, escalar Rodriguinho e o Jadson por dentro e na mesma linha de Cleyson e Romero, habituados a  jogarem pelos lados.

Pés no gramados

Citei algumas alternativas, há mais, pois a ideia de abrir mão da proposta nesse momento da temporada  seria o ato do desespero para o time que pode manter a paz. Os concorrentes nem sequer conseguem encostar no líder.

Haverá a disputa direta quando, numa rodada, alguém puder, matematicamente, superar o Corinthians na tabela de classificação.

O principal

Creditar o declínio no returno a parte tática é desdenhar do que há de mais simples para sensatas avaliações; da essência primordial no futebol .

Jadson caiu de produção, tal qual o Romero: as  finalizações e os avanços de Rodriguinho pararam de gerar gols.

Fagner piorou em campo. Guilherme Arana, depois de se machucar, ainda não teve o desempenho igual ao da primeira parte no torneio.

O Corinthians tem nos desempenhos individuais dos atletas e poucas opções no elenco as respostas para a campanha de 15° no returno.

Acertos técnicos, muito mais que do técnico, com ou sem alterações, tornam o time mais competitivo, desde que haja força coletiva. .

O treinador, desde o início da temporada, mostrou competência na implementação da estrutura e nenhum equívoco que cometeu gerou os últimos resultados.

A referência

O normal para o Corinthians é uma campanha com oscilações. Nem é o time imbatível, que os 'resultadistas' e os que se deixam influenciar pelos momentos creem, e nem o que tem muitas dificuldades diante de clubes tecnicamente menos capazes.

O 'problema' para o elenco foi ter colocado o sarrafo da expectativa muito alto, o populismo consequente de quem afirmou que era um timaço, podia conquistar Liga dos Campeões, mostrava grande futebol, e outras colocações exageradas para os que mantém as avaliações técnicas sob o tsunami 'hater' e milhões de repetições dos exagerados elogios.

Reitero

Antes da histeria e do espancamento de teclado que 'haters' iniciaram ao ler uma análise técnica sobre o elenco, reafirmo que o Corinthians é líder por méritos.

Nessa temporada nem a soma e a subtração de pontos, considerando os equívocos da arbitragem contra e a favor, alteraria a colocação do time no torneio de pontos corridos.


Neymar, Cavani, Mbappé: que tal falar de Draxler, o melhor na goleada?
Comentários 16

birner

De Vitor Birner

Neymar iniciou o vareio com o golaço de falta. Continuou após tabelar com Mbappé e dar assistência para Cavani, diante do goleiro, mostrar categoria e comemorar.

O uruguaio abraçou o colega de time, que retribuiu após o centroavante nem discutir quem cobraria o pênalti e permitir ao brasileiro aumentar a artilharia.

Comportamento maduro de ambos, porque entraram no gramado para o time ganhar.

É importante fortalecerem o coletivo.

A goleada teve o lateral Meunier entrando na área para finalizar após a furada do Mbappé, o que mostrou o time se entrosando e melhorando as movimentações.

Unai Emery, muito criticado no entrevero de Neymar com o Cavani, é competente para implementar propostas atualizadas de futebol.

Sei que ambos os sul-americanos são protagonistas, como Mbappé ou Di María que, recuperado após se machucar, entrou no segundo tempo na vaga do uruguaio, o que permitiu ao atleta contratado no Monaco atuar mais adiantado em vez de pela direita.

Mas nesse jogo quero reverenciar Draxler, o melhor em campo.

Encarregado de recompor o sistema de marcação em frente aos volantes Verrati e Rabiot e de fortalecer a criação, construiu o lance mais bonito de todos ao recuperar a bola atrás, avançar com ela ao campo de frente, tocar para Mbappé, receber o cruzamento na área e acertar o voleio para comemorar.

No 2°t o PSG poupou atletas dentro de campo, diminuiu de propósito o ritmo após atuação de gala e goleada, e ampliou o resultado porque Draxler mais uma vez recuperou a bola, foi com ela ao entorno da área e deu assistência para Mbappé diante do goleiro finalizar no canto.

No jogo em que todos os atletas do sistema de criação merecem elogios, o melhor foi o que tem mais dificuldade para ser manchete.

É acima da média, mas provavelmente pelo perfil tímido em campo brilha menos do que seu potencial técnico permite.

Cercado por atletas de alto nível e personalidade forte, pode receber apoio e adquirir o que lhe falta para brilhar mais nos gramados.

 


Muralha não é goleiro para o Flamengo, mas tem razão ao reclamar
Comentários 27

birner

De Vitor Birner

O coletivo

O Flamengo perdeu a Copa do Brasil mais pelo rendimento do sistema de criação que pelas atuações dos goleiros. Conseguiu apenas dois gols somando a semifinal com a final.

O de Berrío, no lance individual e raro, e do Lucas Paquetá, impedido,  no lance fácil para arbitragem assinalar.

O número pequeno de oportunidades sugere que, além do méritos da agremiação que ganhou, o time da Gávea tinha que ser mais forte na parte coletiva.

Muralha foi criticado pela incapacidade na série alternada de pênaltis que determinou o ganhador no torneio.

O que Diego desperdiçou incomodou o torcedor, mas o meia, que como o goleiro necessita melhorar tecnicamente, foi sério no lance, e assim é o futebol.

Assino embaixo

A maioria avalia o desempenho do goleiro como aquém do necessário para atuar no Flamengo. C0ncordo.

Se equivoca, principalmente nos cruzamentos. Quase foi vilão ao espalmar a bola na cabeça de Arrascaeta. O uruguaio provavelmente nem imaginou, por isso lhe faltou reflexo para cabecear em gol.

Muralha oscilou muito na temporada. A torcida pode reclamar.

O melhor para o atleta e o Flamengo será a transferência para outra agremiação.

O extrapolar

Muita gente precisa de heróis e vilões. Os tropeços e as conquistas fabricam aos montes.

O país tem uma parte da população envolvida pela repugnante onda de ódio –  talvez seja pior à nação que a corrupção de políticos – contra tudo que a incomoda. Essa equação aumenta a possibilidades do embiurrecimento nas críticas, altera o tom e elimina a essência do conteúdo nessas reclamações.

Em vez de serem construtivas e direcionadas ao desempenho, são ataques pessoais que menosprezam a intenção de melhorarem o atleta e o clube. Nascem muito além do esporte e da paixão ou incômodo merecidos porque alguém se equivocou, por incompetência, embaixo das traves.

Nem os atletas acomodados merecem tal exagero.

Muralha, de acordo com os setoristas na Gávea, se esforça, tenta acertar, é do tipo que mostra forte empenho para elevar o padrão,

A dedicação tem sido ineficaz para suprir as necessidades do clube e dessa avaliação em diante o treinador ou os cartolas, dependendo da disponibilidade no elenco, merecem mais ouvir as reclamações.

Essas têm que ser sabias, se o crítico pretenda fortalecer o clube. As demais são egoístas, manifestações da raiva formadas muito além dos resultados no esporte,  são essencialmente pobres para construir e fáceis porque a fantasia inconsciente têm aprovação de parte dos seguidores da agremiação.

Isso é comum.  Nós humanos somos menos competentes nas construção da harmonia coletiva que o Muralha dentro dos gramados.

Os atletas

Têm família, problemas, dificuldades, virtudes.

Merecem respeito, principalmente se respeitarem a agremiação. Incompetência merece bilhete azul.

As críticas técnicas foram colocados em 2° plano pelos ''haters'', e por quem imagina que Muralha pode atuar regularmente no padrão dos melhores goleiros do planeta.

Opinião

Muralha pode atuar em clubes da segundona nacional candidatos ao acesso, ou nos medianos na elite do futebol.

É razoável. Nem é o pior, e nem pode ser avaliado como brilhante.


Cruzeiro é gigante! Eliminou 5 times da Libertadores e mereceu a conquista
Comentários 27

birner

De Vitor Birner

Cruzeiro 0x0 Flamengo

O jogo foi equilibrado, tal qual o anterior.

O campeão mereceu a conquista: mostrou o sistema de marcação eficaz, construiu a maioria das oportunidades de ontem, apesar do Flamengo permanecer mais a bola no campo de frente, e o gol da agremiação da Gávea foi impedido no jogo do Rio de Janeiro.

Principais muralhas

Quem imaginava Thiago Neves, Diego ou Guerrero como candidatos a melhores atletas na conquista de qualquer dia clubes, assistiu atuações elogiáveis dos zagueiros Murilo, Léo e Juan.

É inegável que os sistemas de marcação foram os protagonistas. O do clube que comemorou mostrou mais competência, pois Fábio teve que brilhar duas vezes para garantir a alegria da torcida.

Na finalização de centroavante dentro da área, quase no encerramento do jogo, e na série alternada dos pênaltis, quando pegou o de Diego do lado direito.

O goleiro do Flamengo foi pouco exigido porque o Cruzeiro se equivocou nas finalizações mais fáceis.

Melhora gradativa

A campanha do título mostrou o time irregular, capaz de ganhar com facilidade do São Paulo no Morumbi e quase ser eliminado em Minas, ou conseguir 3×0 no 1° t no Allianz Parque e ceder o empate naquele mesmo jogo.

Mas, da semifinal em diante, adquiriu a regularidade que o treinador queria.

Grandes elogios

A trajetória para a conquista teve oponentes difíceis, o que valoriza o êxito no torneio.

Além de Palmeiras, São Paulo e Flamengo, Grêmio, Chape e Atlético PR sucumbiram diante do ganhador da Copa do Brasil.

Aplausos para o elenco, torcida, dirigentes e quem mais contribuiu para o quinto troféu da agremiação no principal torneio de mata mata no país.

Lembro

Desses eliminados, quatro atuaram na Libertadores outro, o Grêmio, jogará a semifinal do torneio.

Andamento do empate

O início foi promissor para o Flamengo. Guerrero cobrou falta no travessão e Raniel se machucou.

Mano Menezes optou por Arrascaeta, o que alterou a característica do time, tudo isso em apenas 5 minutos.

O Cruzeiro permitiu ao time da Gávea ter a bola. Robinho na direita, Alisson do outro lado, além de Henrique e Hudson por dentro, formaram o quarteto em frente aos zagueiros e laterais.

Thiago Neves e o uruguaio atuaram adiantados.

O Flamengo ditou o ritmo. Permaneceu no entorno da área, mas teve dificuldade para entrar e finalizar. Tentou 9 vezes e nenhuma pode ser avaliada como grande oportunidade. O único grande momento foi o do início com o centroavante.

O Cruzeiro conseguiu duas vezes concluir em condição de comemorar; Arrascaeta e Thiago Neves desperdiçaram ao mandarem a bola para a linha de fundo.

Robinho se machucou; o treinador teve que alterar para o segundo tempo. Rafinha, mais veloz e menos criativo, foi ao gramado.

O Flamengo aumentou o volume de jogo.

Rueda manteve Berrío na direita, Everton do outro lado, e Guerrero no trio de frente. Diego foi o meia diante dos volantes Cuéllar e Willian Arão, que avançou sempre para fortalecer a criação.

Quando necessário, os atletas pelos lados recuaram e compuseram o trio com Diego.

Alguns cruzamentos, nos quais o sistema de marcação e o goleiro do Cruzeiro foram mais seguros, finalizações de fora da área e a única dentro, com Guerrero que exigiu a participação difícil do Fábio resumem a produção do time em campo.

Mano tinha substituído Alisson por Elber e Rueda colocado Rodinei na vaga de Pará, antes de optar por Lucas Paquetá na do Everton.

Após as mexidas, ambos os sistemas de marcação continuaram ganhando a maioria dos lances.

As agremiações mereceram a igualdade no resultado,

Ficha do jogo

Cruzeiro – Fábio; Ezequiel, Léo, Murilo e Diogo Barbosa; Henrique, Hudson, Robinho (Rafinha) e Alisson (Élber); Thiago Neves e Raniel (Arrascaeta)
Técnico: Mano Menezes

Flamengo – Alex Muralha; Pará, Réver, Juan e Trauco; Cuéllar, Willian Arão e Diego; Everton (Lucas Paquetá), Berrío e Guerrero
Técnico: Reinaldo Rueda

Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP) Auxiliares: Marcelo Van Gasse (SP) e Danilo Ricardo Simon Manis


Oswaldo de Oliveira tem que gerenciar muitos problemas de planejamento
Comentários 10

birner

De Vitor Birner

No vácuo

Supervalorizado, tal qual Oswaldo de Oliveira afirmou, ou não, o elenco do Atlético podia jogar futebol melhor do que apresentou até agora na temporada.

Minhas dúvidas, após a declaração, aumentaram.

Os antecessores foram os grandes entraves para a conquista de mais resultados positivos?

O clube escolheu o mais capaz para o momento do elenco?

O que o técnico pode implementar rapidamente para elevar o padrão nesses cerca de 2 meses restantes do Brasileirão? No resumo do que assistimos desde o início do planejamento, a melhora dos atletas, ou a do treinador, é mais urgente para a agremiação?

Roteiro

Os desempenhos de Fred, Robinho e Cazares, referências técnicas – os dois primeiros são lideranças do elenco – estão muito abaixo do planejado pelos cartolas.

Os dirigentes previram rendimentos similares aos do ano passado. Os veteranos seriam os alicerces do clube na conquista de torneios, em especial na Libertadores.

Têm experiência, técnica, mas a teoria foi goleada pela reza da cartilha mais simples do futebol.

Quando um elenco se esforça e corre pelos mais bem remunerados, esses têm obrigação de garantir o bicho com resultados positivos.

Fred e Robinho são quase nulos nos momentos em que os oponentes mantêm a bola.  São praticamente omissos no sistema de marcação.

Os técnicos, cientes de tais características, montaram as propostas de futebol e facilitaram aos mais habilidosos.

A falta de retribuição esportiva para treinadores e elenco interferiu no ambiente e, consequentemente, na construção do coletivo competitivo, seja no CT  ou nos jogos.

A leitura

Robinho foi para reserva, mas a rotina tem padrão.

Como na maioria dos grupos de seres humanos, construir do nada é mais fácil que alterar profundamente rotinas. A impressão, de fora, é que falta algo e o cerne disso é apenas a repetição de um clichê do futebol.

Por mais que algumas decisões de Micale e Roger tenham sido na prática equivocadas, seria pobre afirmar que os grandes problemas do time são táticos e basta solucioná-los para conseguir sequência de resultados positivos.

A direção não tem como mexer agora na estrutura do elenco.

Oswaldo de Oliveira terá muito o que gerenciar. Crê que permanecerá até dezembro da próxima temporada.

Habilidade, rodagem e a sorte

Ou ganhará jogos, ou os cartolas que mostraram facilmente o bilhete azul para os antecessores vão alterar a política de gestão do futebol.

De imediato, mais que fortalecer o coletivo com acertos de escalação e posicionamento dos atletas, precisa, dialogando, convencer os operários que ninguém terá privilégios e os privilegiados a mostrarem o que podem nos gramados.

Se conseguir brevemente, merecerá muitos aplausos.