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Corinthians ganha com Walter, sorte, arbitragem fraca e pouco futebol
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De Vitor Birner

Atlético 0x1 Corinthians

O Corinthians esqueceu o futebol no dérbi. O Atlético ditou o ritmo e atuou para ganhar.

Tropeçou por incompetência nas finalizações, equívocos de arbitragem no critério dos cartões e, talvez, um do Weverton, no lance nem tão simples para o goleiro.

Além disso, o líder teve a graça da sorte.

A dinâmica

Fábio Carille orientou o sistema de marcação a jogar adiantado. Queria incomodar o oponente tal qual conseguiu no dérbi.

Uma vez, aos 5, Camacho recuperou a bola e Romero finalizou.

O Atlético, depois, conseguiu seguidas transições com toques a frente, forçou o líder a recuar e a investir no clichê dos lançamentos cumpridos e velocidade como única opção para construir momentos de gol.

Quase nada

O problema foi o meio de campo. Apesar de formar o 4-4-1-1 ou no 4-5-1 como o treinador queria, o último quando Rodriguinho recuou para formar o quinteto, ofereceu brechas.

Os setor precisava mais intensidade. Pouco adianta recompor o sistema de marcação, em tempo, como na maioria dos lances conseguiu e faltar a preciosa concentração que no turno gerou tantos elogios e força coletiva.

A sorte

Felipe Gedoz acertou a bola na trave. Por centímetros, antes do vigésimo minuto, o Atlético não conseguiu o gol que forçaria o oponente a adiantar todas as linhas.

A incompetência

Nikão desperdiçou o pênalti. Walter pulou na direita e o atacante finalizou no meio, nas pernas do goleiro. Facilitou a consagração do atleta que pouco atua é quando entra no gramado costuma ganhar elogios.

Além dessa, as melhores oportunidades foram do time que almeja conquistar a vaga na Libertadores.

A arbitragem

O pênalti foi do tipo neo, padrão Fifa, modinha, tradicional no país.

Nikão investiu no cruzamento e a bola tocou no braço do Fágner, que nem sequer cogitou interromper a trajetória na área.

Como citei desde quando criaram essa bobagem, segue o jogo. Mas, aqui, tais lances são assinalados e o árbitro por isso acertou.

A única justiça no futebol é a igualdade nos critérios em todo o torneio.

Os cartões

A arbitragem tropeçou e o Atlético pode reclamar.

No 1°t, Pablo tinha que ser excluído. Pisou em Lucas Fernandes, de propósito, após falta duvidosa de Balbuena.

Minutos depois, Thiago Heleno retribuiu, intencionalmente, no carrinho exagerado em Romero.

O cartão para o zagueiro poderia ser doutra cor.

No 2°, Maycon, atrasado na recomposição do sistema de marcação e com o jogo empatado, optou pela falta em Lucas Fernandes e parou o contra-ataque quando o oponente estava na frente com a bola. Lance clássico de amarelo para o volante que recebera outro anteriormente e merecia a exclusão do gramado.

Fábio Carille, preciso, quase imediatamente colocou Paulo Roberto na vaga do beneficiado para encerrar o jogo com todos os atletas possíveis em campo.

A única

O Corinthians em todo 2°t  conseguiu uma finalização. Foi no lance do gol.

Giovanni Augusto entrou para otimizar a criação porque Clayson, nesse jogo, nada construiu.

Nem sequer tenho certeza se o jogador quis finalizar ou mandar para a área. O goleiro facilitou.

Teve dúvidas se Rodriguinho tocaria na bola e ela foi onde queriam os milhões de torcedores do único favorito a conquistar o torneio.

O líder, que parecia alegre com a igualdade, comemorou, no final, o resultado positivo.

O craque

Walter, que se machucou, foi o destaque. O goleiro brilhou.

Ficha do jogo (atualizando)

Atlético – Weverton; Jonathan, Paulo André, Thiago Heleno e Fabrício; Esteban Pavez e Lucho González; Lucas Fernandes (Matheus Anjos), Felipe Gedoz (Douglas Coutinho) e Nikão (Pablo); Ribamar. Técnico: Fabiano Soares

Corinthians – Walter (Caique França); Fagner, Balbuena, Pablo e Guilherme Arana; Maycon e Camacho; Romero, Rodriguinho e Clayson (Giovanni Augusto); Jô. Técnico: Fábio Carille

Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhães (RJ) – Assistentes: Rodrigo Henrique Correa e Thiago Correa


Jô nem sequer devia ter sido julgado pelo STJD
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De Vitor Birner

Auditores extrapolam

O árbitro viu o lance de Jô com o zagueiro da Ponte Preta. A interpretação foi que o centroavante não merecia o cartão.

O STJD interferiu. Decidiu que o atleta tinha que ser julgado e suspenso por um jogo. Alterou a opção do especialista no cumprimento das regras dentro dos gramados.

Em suma, os auditores exerceram o que cabe apenas a quem se preparou para ir ao campo impor a regulamentação do jogo de futebol.

De ambas

Discordo quando o STJD aprecia qualquer lance que árbitros e auxiliares foram incapazes de perceber no jogo. Permiti-los é opção dos cartolas que por muito tempo rejeitaram a eletrônica para encerrar algumas dúvidas do esporte.

A suspensão de Jô, como aconteceu em edições anteriores, mexe na decisão de quem impôs as regras no gramado.

Nem sequer pode ser generosamente avaliada como complemento das mesmas.  É uma alteração do que foi decidido pelo árbitro que a CBF optou para o clássico.

A inutilidade

Tal interferência permite aos torcedores uma série de reclamações.  Os do Palmeiras, após o STJD avaliar que o atleta merecia exclusão, pode se achar prejudicado porque o centroavante cumpriria suspensão no clássico.

O artilheiro foi decisivo nesse, tal qual noutros, e, na temporada, em nenhuma das poucas ausências o Corinthians manteve desempenho igual ao dos momentos positivos atuando com o principal jogador do elenco.

Citei apenas uma agremiação. Há mais atrapalhadas ou beneficiadas, inclusive indiretamente, tanto na disputa pela conquista quanto pela permanência na elite, por quem interpretou o lance e teve a avaliação alterada.

Tudo isso é ruim para o nosso futebol.

Uma chatice

O Santos preferia o empate ou o resultado positivo do Palmeiras no clássico. Almeja a conquista do torneio.

O Avaí será zebra diante do Corinthians, mas, se tivesse opção, jogaria contra o líder desfalcado de Jô, tal qual acontecerá na próxima rodada.

Quem disputa permanência na elite, apesar de nada ter a ver, olha torto, porque atuou diante do líder com o artilheiro.

Para todos

O STJD entra no gramado há muitas temporadas. Atua como se fosse árbitro depois do jogo.

A gente, no país, nem sequer tem o critério homogêneo de regras nos jogos e rodadas. Ou os auditores determinam um e interferem em tudo estragando o esporte, ou respeitam interpretações e a dinâmica.

Os cartolas demoraram para aceitar a eletrônica. Dificultaram e isso é parte do esporte.

O futebol

A arbitragem se equivocou. Jô merecia exclusão diante da Ponte Preta e, consequentemente, a suspensão.

Mas, reitero, ninguém deve mexer na interpretação da arbitragem.

Se pode nisso, tem que incluir os pênaltis, impedimentos, faltas e os cartões amarelos.


Entenda o que pretende Carille ao mexer no time para o clássico
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De Vitor Birner

As alterações

A opção por Camacho em vez de Maicon é para melhorar o toque de bola, principalmente o longo. A de Clayson pelo Jadson aumenta a velocidade na transição á frente.

Além disso, se quiser sistema de marcação adiantado, o jogador contratado na Ponte Preta tem mais força, no momento, que o veterano que brilhou com Tite.

Fábio Carille mexe na formação, adapta  a proposta as características possíveis do clássico.

O Palmeiras

Alberto Valentim, desde o 1° jogo que foi técnico nessa edição dos pontos corridos, orientou o time a ter iniciativa. Jogou para ganhar.

Força os lances pelos lados. Moisés e um dos volantes se revezam nas triangulações com Maike e Keno na direita, e Egídio e Dudu do outro lado.

Os laterais avançam, mas são vulneráveis na marcação. A proposta exige a recomposição com velocidade e precisão.

Carille quer construir os gols nessas lacunas.

O andamento

Os problemas para o técnico do Corinthians são: o time, nos últimos jogos, foi vulnerável quando o sistema de marcação permaneceu recuado.

Tomou gols em cruzamentos, inclusive de escanteio, e foi incapaz de montar o ferrolho que exige a proposta.

Mas se atuar aberto, o momento e a técnica sugerem que aumentará a possibilidade do tropeço.

O meio termo é muito bonito no papel e em campo dificílimo com o que oferece o elenco.

O treinador precisa optar: o mais provável é orientar os laterais e os zagueiros a atuarem diante da área do Cássio. São 36 metros da linha do meio de campo para a da área. Se os mais recuados permanecerem compactados onde Carille pretende, haverá entre 8 e 10 jogadores em cerca de 25 metros impedindo a construção de gols.

Dali, os cruzamentos são com zagueiros  do líder de frente para a bola e as finalizações difíceis de acertar. O dilema é que o segundo colocado tem ganhado contra quem atuou dessa forma e o líder perdido ao adotar proposta similar a da campanha brilhante no turno.

As chaves

Carille tenta fortalecer o coletivo, investe em alterações, ajusta a proposta, mas para a fase melhorar os atletas têm que aumentar os acertos.

Os laterais, por exemplo, podem resolver o jogo, se atuarem como no 1° turno. O Palmeiras investirá na criação e oferecerá lacunas em seus setores.

O momento

O Palmeiras tem jogado futebol melhor que o do Corinthians. Onde o time mostra força o oponente comete equívocos. Mantidos os padrões de futebol, o segundo colocado tem mais chance de ganhar.

O anímico

Mas é um clássico turbinado, a parte emocional, se os atletas permitirem, pode entrar com mais força no gramado e interferir nos desempenhos individual e coletivo.

O imponderável

Há ações que o ser humano pode fazer para ganhar, mas o esporte as vezes as ignora e decide quem sai alegre do campo.

A bola na parte de dentro da trave, que por poucos centímetros impede a comemoração, a que desvia a finalização  e altera o resultado, a atuação muita mais inspirada que a média de qualquer atleta são alguns dos quesitos que exigem a benção da sorte e podem resolver o dérbi.

Esses ninguém pode planejar. São da essência do futebol

A torcida

Para Daronco e os auxiliares conseguirem uma grande arbitragem e o resultado ser fruto apenas dos acertos e equívocos, de azar ou da sorte de quem entrou no gramado como atleta de futebol.


Hoje não tem papo furado de G4; Palmeiras deve ir para cima do Corinthians
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De Vitor Birner

O raciocínio

É mais difícil o Palmeiras encerrar o torneio fora do quarteto classificado á fase de grupos da Libertadores que ganhar ultrapassar o Corinthians.  Ambas as opções são, reitero, difíceis.

As vantagens

Nada é garantido no futebol. Dentro do país não há abismo técnico como  em algumas Ligas na Europa, mas  é simples entender.

São 5 pontos para o líder e pode diminuir no dérbi. É isso que o Palmeiras precisa a mais nas 7 rodadas.

O Grêmio, concentrado na Libertadores, e o Botafogo, que tropeçou ontem no clássico diante do Fluminense, têm que tirar 6, e o Flamengo, na semifinal da Copa Sul-Americana, 7 quase todos ultrapassarem o clube sem torcida na arquibancada de Itaquera.

Nenhum desses montou elenco melhor que o do Palmeiras.

Em suma, será milagrosa, tanto pelo potencial quanto dos atletas quanto por matemática, se no encerramento do torneio estiver ausente do grupo de classificados à fase de grupos da Libertadores.

Na outra disputa, além de menos pontos para tirar,  Alberto Valentim tem quantidade mais generosa de recursos que o líder para gerenciar as 7 rodadas do torneio.

Praia secando

Santos ganhou ontem e mostrou futebol melhor que nas rodadas anteriores. Oscilou no sistema de marcação, podia tropeçar se uma das bola na trave fosse gol, mas teve força na criação.

Se for capaz de manter a regularidade pode entrar na disputa, e por isso tem lado, o da zona oeste, hoje, no clássico.

O drible

Para muitos é bobagem. Ao contrário desses, entendo.

A estratégia do Palmeiras orientar o elenco a afirmar ''pensamos no G4'' é uma forma de respeito. No momento em que os detalhes podem ser diferenciais, evita instigar o oponente.

O jogo é de seres humanos. Nesse tão importante, que pode referendar uma conquista ou abrir a disputa direta aquecida pela hipótese de uma épica remontada verde e branca, intensificado pelo andamento do dérbi brilhante do Corinthians no estadual – Fábio Carille afirma que foi o principal momento para o crescimento do time e campanha irretocável do turno – entram ao lado da tática é da técnica no gramado.

O Palmeiras obviamente enxerga que o líder está sob pressão e com auto-estima comprometida pelos resultados.

A sabedoria afirma que é melhor deixar o Corinthians se resolver com as próprias emoções, pois vem tentando, em vão, rodada após rodada.

Campo gritou

O Palmeiras, se ganhasse do Cruzeiro, poderia empatar o dérbi. Três pontos em 15 restando e meia dúzia de rodadas eram administráveis.

Por isso foi para cima no Allianz Parque. Alberto Valentim, depois do segundo gol do oponente, optou por um 'quase tudo nada', manteve as linhas muito adiantadas.

O clube de Mano Menezes é forte na transição em velocidade. O técnico do Palmeiras tinha plena noção da necessidade para ser campeão e manteve o time muito ofensivo após igualar o resultado.

O administrador

Ninguém me falou no clube ou em qualquer lugar, mas aposto que, para si, adota raciocínio de matemática igual ao que citei.

Está confortável para se classificar á Libertadores e o estímulo é ser campeões.

É o gestor do elenco, o convívio lhe oferece possibilidades melhores de construir a estratégia no discurso antes do clássico.

Quase conseguiu

No início o discurso foi uniforme. Durante a semana a insistência nas perguntas e o anseio dos jogadores pelo dérbi levaram Dudu a citar que o time pensa em ser campeão.

A proposta

O Palmeiras terá a iniciativa para ditar o ritmo em Itaquera. A dúvida é quão ousado o time será, principalmente nos primeiros 10 minutos do clássico, para ganhar.

Alberto Valentim sabe que tem a oportunidade para encostar no líder. Se conseguir, aumentará a dificuldade do Corinthians melhorar a parte anímica e a possibilidade da agremiação do Allianz Parque conquistar o torneio.


Santos melhora, ganha do Atlético e torce contra o Corinthians no dérbi
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De Vitor Birner

Santos 3×1 Atlético 

O time de Elano mantém o sonho de ganhar o torneio. Além de elevar o padrão – comparado ao das últimas atuações com o antecessor, tem que torcer pelo empate ou para o Palmeiras ganhar o clássico.

Robinho, quando acionado, ouviu baias de quem estava na arquibancada.

Oswaldo de Oliveira optou por uma formação mais técnica e assistiu, na primeira metade do jogo, seus atletas acomodados com a imposição dos oponentes que atuaram em ritmo mais intenso. Depois o  desempenho melhorou.

Os cruzamentos e a sorte decidiram o ganhador.

O DNA

Santos de Elano parece mais o de Dorival Jr que o do Levir Culpi. Tem a iniciativa e atua com a bola no campo de frente.

O técnico optou pelo trio de criação com Bruno Henrique na direita, Lucas Lima por dentro, e Arthur Gomes, das categorias de base santistas. O lateral Caju e o estreante atuaram na esquerda do 4-2-3-1.

Diante do time com técnica elogiável, que optou por desenho similar e proposta antagônica, ditou o ritmo, se impôs e com capricho nas finalizações e no último toque conseguiria mais gols.

A preguiça

Oswaldo de Oliveira formou time rodado, habilidoso, mas nada intenso, e teve dificuldades.

O 4-2-3-1 com Otero a Cazares, mais Robinho por dentro no trio, tinha que se empenhar mais no sistema de marcação.

O equatoriano, na esquerda, nada agregou na recuperação da bola. É necessário tê-la para ditar o ritmo e valorizar o potencial dos atletas.

Quem atuou pelos lados necessitava recuar para a linha dos volantes Elias e Adilson e formar o quarteto.

A proposta inicial foi permitir ao Santos tocar até a linha que divide o gramado e, naquela região do campo, iniciar o bloqueio. Como o trio no meio de campo nem sequer incomodou na marcação, o clube que almeja conquistar o torneio teve enorme facilidade para manter a bola no entorno da área.

O lateral Victor Ferraz e o atacante Bruno Henrique foram as melhores opções, porque Cazares apenas interpretou uma colaboração ao Fábio Santos. Lucas Lima encostou para triangular no setor com os colegas de agremiação.

Gol desenhado

Santos frequentou mais o campo de frente, finalizou e apenas no último lance festejou o gol.

Tal qual o andamento sugeria, Bruno Henrique cruzou e Arthur Gomes conseguiu o 1° gol pelo time principal. A jogada tinha acontecido antes, algumas vezes, e nem isso mexeu com a intensidade dos atletas que deveriam ser competitivos para recuperarem a bola.

A igualdade

O Atlético, após o descanso do elenco e o técnico exigir mais esforço de alguns,  pareceu aumentar a intensidade. Era necessário competir.

Adiantou um pouco as linhas para, finalmente, dificultar a transição á frente do Santos.

Empatou depois de Marcos Rocha recuperar a bola, acho, com falta em Arthur Gomes, e Robinho cruzar com precisão para Fred cabecear e comemorar.

O equilíbrio

O jogo teve muitas alternâncias depois do empate. Santos e Atlético foram para cima em busca do resultado positivo.

Ricardo Oliveira teve grande momento diante do goleiro, mas o ídolo atleticano, inteligente, impediu o gol.

Nos cruzamentos

Acho que Oswaldo de Oliveira cansou do marasmo no time. Trocou Otero por Luan.

Imediatamente, Elano respondeu com Daniel Guedes por Arthur Gomes. O lateral entrou na direita e Victor Ferraz foi deslocado para o meio de campo. O técnico pretendia fechar lacunas no setor, além de manter a possibilidade do time construir momentos de gol.

No escanteio, David Braz ganhou de Adilson e comemorou.

Os cruzamentos resolveriam o jogo.

O técnico que necessitava gol optou por Valdívia na de Cazares. Em seguida, Fred, no lance quase igual ao do gol e que teve Robinho no cruzamento, exigiu difícil participação do goleiro.

Renato se machucou, Yuri foi ao gramado e, apesar do ocorrido, nenhum torcedor do Santos com a minima capacidade para avaliar o futebol pode reclamar da sorte.

Duas bençãos

Robinho em frente da área finalizou e acertou a trave. Vanderlei, que nem sequer podia cogitar algo para evitar a igualdade, permaneceu estático e torcendo

Em seguida, Leonardo Silva cabeceou e acertou a trave. O goleiro, tal qual no lance anterior, pode apenas assistir á sorte que teve lado no gramado.

O centroavante

Ricardo Oliveira tinha desperdiçado oportunidade em frente ao goleiro. Repetiu, após a transição em velocidade  acertada dos colegas de time, mas no minuto seguinte comemorou.

Bruno Henrique, o melhor em campo, driblou Luan e, com precisão, cruzou para o centroavante cabecear e garantir o resultado positivo.

Pode sonhar

É muito difícil a agremiação ganhar o torneio. A remontada exige grande futebol e sorte.

O time, nesse jogo, foi competitivo.

Se melhorar, terá como somar muitos pontos e, talvez almejar a improvável conquista.

Ficha do jogo

Santos – Vanderlei; Victor Ferraz, Lucas Veríssimo, David Braz e Caju; Alison e Renato (Yuri); Bruno Henrique (Rodrygo), Lucas Lima e Arthur Gomes (Daniel Guedes); Ricardo Oliveira. Técnico: Elano

Atlético – Victor; Marcos Rocha, Leo Silva, Gabriel e Fábio Santos; Adílson e Elias; e Otero (Luan), Robinho e Cazares (Valdívia); Fred (Rafael Moura). Técnico: Oswaldo Oliveira

Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (GO/FIFA) Assistentes: Bruno Raphael Pires (FIFA) e Leone Carvalho Rocha

 


San Lorenzo quer Buffarini; São Paulo sugeriu trocar lateral por atacante
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De Vitor Birner

A lacuna

O San Lorenzo quer Buffarini. Contratou o lateral direito Salazar no Rosario Central, gastou quase 2 milhões de euros, e quem atua no setor é o zagueiro chileno Díaz.

Parece uma reprodução do que há no Morumbi. Pagaram valor similar e o lateral é Militão, que jogava na zaga ou como volante.

O 'hermano' ganhou a Libertadores pelo clube de Boedo, foi referência do time, e se mantém como ídolo da 'hinchada' mais politizada e criativa do quinteto de times gigantes.

Quando foi para o Morumbi afirmou que pretendia retornar á agremiação em que conquistou a Libertadores.

Pode ser mais fácil, no momento, porque Dorival Jr preferiu ir para o jogo diante do Atlético sem nenhuma lateral direito no elenco.

O atleta

O São Paulo pediu o atacante Cerutti, numa troca simples, que atua pelos lados.

Oscilou em Boedo, mas, nesse poucos meses da temporada – o calendário é sincronizado com a da Europa – elevou o padrão nos gramados.

Isso pode dificultar o acerto. Os cartolas do Morumbi e do San Lorenzo querem negociar Buffarini.

A dúvida é por quanto ou por quem.

Aos 25 anos, o jogador que nunca conquistou a Libertadores tem valor de mercado mais elevado que o do lateral.

O San Lorenzo gastou cerca de US$ 3,5 milhões na contratação. Além disso, o treinador Cláudio Biaggio quer a manutenção do atleta no elenco.

Os cartolas dialogaram e, em princípio, nada acertaram. Não consegui apurar se continuam. As ofertas de ambos têm que ser alteradas.

Os números

Cerutti atuou em 5 jogos na atual edição do torneio nacional e conseguiu 4 gols. Provavelmente não manterá o percentual de comemorações por rodada.

Tinha, em 56 atuações pela agremiação, 2 gols, 7 assistências e 12 amarelos. As estatísticas, agora, são compatíveis com o que construiu nos campos. No Olimpo, participou de 37, nos quais festejou 3 gols, 6 assistências e tomou 8 amarelos.

No Estudiantes foram 60 jogos, meia dúzia de comemorações, 11 toques para os colegas festejarem, 9 cartões e uma exclusão.

* As estatísticas são do transfermarkt.

Uma necessidade

No Morumbi, a contratação de jogador competitivo pelos lados do setor de frente está no planejamento dos cartolas.


Conheça a proposta de futebol, os atletas, técnico e virtudes do Lanús
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De Vitor Birner

A vivência

O Lanús tem muitos atletas rodados. A média de idade do time que iniciou em campo na épica remontada diante do River Plate é de 27 anos.

Apenas o zagueiro paraguaio García, contratado por 475 mil euros no Unión de Santa Fe, nunca conquistou um grande torneio nacional ou continental.

O elenco não tem colecionadores de títulos, mas há outras virtudes.

Como 'hinchas'

O leitor apegado ao futebol admira a reverência que muitos atletas 'hermanos' têm pelos clubes onde começaram ou que são torcedores. Isso é parte da cultura da boleiragem no país.

O goleiro Andrada, de 26 anos, e o atacante Acosta, de 27, iniciaram no Lanús. O artilheiro Sand, de 37, revelado pelo River Plate, o lateral Velásquez de 37, contratado pela primeira vez pelo 'Granate' no Ferro Carril Oeste há 14, e Pasquini de 26, há meia década no elenco, tem mais que obrigações protocolares com a agremiação.

O único que não esteve na conquista conquista da Copa Sul-Americana foi o ídolo e centroavante. Todos têm muita afinidade com o clube. Atuar na final de Libertadores é uma oportunidade rara para qualquer atleta e se torna mais especial aos que valorizam com sinceridade o manto que trajam.

Os veteranos Sand e Velásquez a avaliam como a última de atingirem o ápice na América do Sul.

O elenco

Andrada – o goleiro é constantemente acionado para atuar com os pés. Investe em lançamentos para os atacantes quando o time, com 4 atletas ou mais, 'ataca o espaço' na linha de zagueiros e laterais para conseguir o gol.

J. Gómez – lateral direito, tem 53 jogos pelo clube, 1 gol e 3 assistências, uma delas na Libertadores. Avança, brilha pouco pela habilidade, se esforça, é coletivo e contribui mais com o sistema de marcação.

Garcia – zagueiro na direita, oscilou no início diante do River Plate, depois foi consistente nos cruzamentos. Parece -assisti poucos jogos – melhor nesses lances que com os pés.

Braghieri – típico zagueiro, atua na esquerda da dupla, 30 anos, 1m87, e mais competente nos cruzamentos.

Velásquez – lateral esquerdo, atuou em todas, durante a carreira, na primeira linha. Tem mais virtudes na marcação que na criação. A idade que oferece rodagem solicita atenção do volante no setor.

Marcone –  volante, 28 anos, atua por dentro no trio e permanece mais recuado que os colegas no setor.

Martínez – volante na direita, 34 anos, é o habilidoso do trio. Tem melhor toque de bola e mais capacidade na criação.

Pasquini – atua como volante, mas é lateral, na esquerda do trio. Joga no meio porque Aguirre, melhor nos toques, foi incapaz de oferecer força e vitalidade necessárias. Tem que infiltrar na área, criar e recompor o sistema de marcação com velocidade porque o lateral com quem joga tem 37 anos.

Alejandro Garcia – é ala na direita, mas atua como atacante no 4-3-3 implementado há muitas temporadas. Entendo a opção do treinador para o uruguaio de 28 anos. Intenso e com a cultura tradicional de futebol do país, é quem recompõe o quarteto no meio, tem as características para isso, quando o oponente mantém a bola no campo de frente.

Acosta – é o atleta mais habilidoso do elenco. Atua no ataque do lado esquerdo (é destro)  com intensidade, velocidade e dribles. Tem 29 anos. Foi do Espanyol e do Boca Juniors, onde não repetiu as atuações pelo clube do sul da grande Buenos Aires. São 27 jogos, 8 gols, 3 assistências e 3 amarelos com o Lanús nas Libertadores. São 185 atuações ao todo, somadas essas, e 38 gols, 32 assistências, 31 amarelos e quatro exclusões porque recebeu 2 no jogo. Foi convocado por Sampaoli para as eliminatórias contra Uruguai e Venezuela. Atuou desde o início no empate frente o lanterna do torneio.

Sand –  rodou por muitos time, o Vitória foi um, e iniciou nas categorias de base do River Plate. No 'Granate' adoram o centroavante. O Lanús tem duas conquistas no torneio nacional, ambas com o artilheiro. Noutro momento como jogador, atuou no meio de campo. Na Libertadores, pelo clube, foram 24 jogos, 13 gols e 4 assistências. Ao todo foram 138 atuações, 97 gols e 19 toques para os colegas comemorarem. Duas vezes convocado por Alfio Basile aos 28 anos, jogou 7 minutos diante do Chile naquela eliminatória.

* Citei quem iniciou a semifinal no La Fortaleza. Estatísticas dos atletas são do transfermarkt

O coletivo

O Lanús mantém igual proposta de futebol há algumas temporadas. Jorge Almirón, volante marcador quando atleta, gosta que atue pelo gol.

O treinador foi ao clube em 2015. Manteve o que Guillermo Barros Schelotto, o antecessor, que permaneceu um triênio na instituição, tinha implementado.

Quis agregar opções ao coletivo e o principal problema que teve de gerenciar no time foi após o Milan contratar Gómez, o principal zagueiro da agremiação.

A manutenção de uma proposta e de grande parte do elenco por temporadas facilita o entrosamento nos gramados.

A proposta

O time investe nos lançamentos para os atletas adiantados. Pasquini avança e forma o quarteto que é acionado contra os laterais e zagueiros dos oponentes.

Todos, incluindo o goleiro, participam da transição à frente.

Prefere ter iniciativa e ditar o ritmo em campo, mas tem a boa opção citada, em especial diante de quem atua com as linhas avançadas, para construir momentos de gol.

Tenta atuar pelos lados quando tem a bola.

Uma comparação

O Grêmio eliminou o Barcelona, que investe muito na criação por ambos os lados.

O time do Equador tem recursos técnicos mais pobres e ganha na força física dos estreantes em final de Libertadores.

O resumo

O Lanús tem o coletivo, rodagem para manter a concentração e conseguir a remontada contra o gigante na semifinal, raça, algumas opções de habilidade com a bola e melhorou nos jogos eliminatórios.

Um bom time no momento positivo, algo essencial para o mata-mata. Há alguns com melhor elenco no continente.

O esporte

O Grêmio tem muito mais possibilidade nessa final que na última pelo torneio. Os jogos solicitam acertos além dos técnicos com a bola.

O anímico entra no gramado, porque todo equívoco pode impedir a conquista. Muitos esquecem, mas é mata-mata, Libertadores e futebol.


Jogo equilibrado no Allianz Parque; Palmeiras pode reclamar da arbitragem
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birner

De Vitor Birner

Palmeiras 2×2 Cruzeiro

O jogo teve alternâncias. O Palmeiras ditou o ritmo no primeiro tempo e pode reclamar da anulação do gol.

O Cruzeiro melhorou quando acertou a transição em velocidade e, com mais capricho nas finalizações, teria mais possibilidades para conquistar o resultado positivo.

A igualdade

Os times iniciaram com sistemas de marcação adiantados. Forçaram o oponente a investir nos lançamentos por cima ao campo de frente.

Ninguém conseguiu manter a bola no meio de campo, ditar ritmo ou impor proposta de futebol na criação, mas Juninho se equivocou após o cruzamento de Diogo Barbosa, o lance em nada redundaria, e acertou no minuto 5 o próprio gol.

Além da bobeada do zagueiro, teve a do volante Tchê Tchê, que podia dificultar  o lançamento de Murilo para o lateral.

Pela culatra

O treinador do Cruzeiro gosta de atuar com o time recuado e investir na transição em velocidade. Ofereceu, após o gol, a bola para a agremiação do Allianz Parque.

A opção foi ineficaz. Em nenhum lance incomodou Fernando Prass. No 4-4-1-1 quando o Palmeiras tentou criar no campo de frente, manteve o Rafael Marques pouco avançado e as vezes Thiago Neves, que atuou entre o quarteto do meio de campo e o centroavante.

Queria o sistema de marcação forte diante da área, mas, creio, se incomodou com o andamento.

O mérito

O Palmeiras foi gradativamente melhorando. Com Keno e Dudu pelos lados, espalhou o sistema de marcação do Cruzeiro em alguns momentos. Conseguiu o empate após Dudu finalizar e Borja no rebote comemorar.

Teve mais, no 1°t, para conseguir gols.

As polêmicas

O Palmeiras ditou o ritmo, desperdiçou oportunidades e reclamou o pênalti em Keno.

Diogo Barbosa segurou a camisa do atacante, que forçou ao se jogar no gramado. Árbitros daqui, em lances similares, interpretaram que aconteceu a irregularidade na área.

Reitero: nada será mais construtivo para o futebol que padronizar os critérios em todos os jogos do torneio.

O Palmeiras conseguiu o gol com Borja, de cabeça, no cruzamento em escanteio, e a arbitragem se equivocou ao determinar a falta do centroavante no Manoel.

Os acertos 

Alberto Valentim manteve o sistema de marcação adiantado. Mano Menezes repetiu a proposta que utilizou após o gol.

Apesar de manterem os times atuando como encerraram o 1°t, o andamento foi alterado após o descanso dos elencos.

As orientações do técnico rodado ajustaram a transição em velocidade e, nas lacunas entre a linha de zagueiros do Palmeiras e Fernando Prass, o Cruzeiro teve oportunidades e as desperdiçou por equívocos ao finalizar.

Aos 7, trocou Rafael Marques por Robinho que, em seguida, esbanjou categoria diante do veterano goleiro e comemorou.

A ousadia

Quase imediatamente depois do gol, o técnico do Palmeiras mexeu no desenho do time.

Trocou Jean, volante nesse jogo, por Roger Guedes. Manteve Tchê Tchê como primeiro no setor e Moisés podia recuar para formar a dupla, se o oponente quisesse manter a bola no campo de frente.

O Cruzeiro teve grandes momentos investindo na transição em velocidade. Dificilmente alteraria a proposta.

O sucessor de Cuca avaliou que compensava ter alguém mais capaz de criar e finalizar.

Quase encerrou

Arrascaeta, diante do Fernando Prass, desperdiçou o gol que seria elogiado pela construção, uma tabela iniciada pela direita no meio de campo.

Minutos depois o uruguaio cedeu a vaga para Lucas Silva.

O empenho

Alberto Valentim mexera para aumentar o volume de jogo ofensivo, e o Palmeiras, em grande parte pelo esforço dos atletas, frequentou o campo de frente.

Foi intenso, conseguiu finalizar mais e o goleiro, o ídolo, após Edu Dracena cabecear, conseguiu grande partipação e impediu o empate.

O treinador avaliou que cruzamentos eram necessários e, para reforçar o time nisso, optou por Deyverson na de Keno. Edu Dracena se machucou e o Luan foi ao gramado.

O empate

No lateral, bobeou o sistema de marcação. Dudu se movimentou, foi à linha de fundo e tocou para o centroavante finalizar dentro da área.

Ambos os jogadores do Palmeiras tiveram muitas brechas. O Cruzeiro necessitava mais concentração para manter o resultado positivo.

A conclusão

Gostei do jogo no Allianz Parque. Os dois clubes têm futebol que permite brilharem no continente.

Ficha do jogo (atualizando)

Palmeiras – Fernando Prass; Mayke, Edu Dracena (Luan), Juninho e Egídio; Tchê Tchê e Jean (Róger Guedes); Keno (Deyverson), Moisés e Dudu; Miguel Borja Técnico: Alberto Valentim

Cruzeiro – Fábio; Ezequiel, Manoel, Murilo (Digão) e Diogo Barbosa; Henrique e Lucas Romero; Rafinha, De Arrascaeta (Lucas Silva) e Thiago Neves; Rafael Marques (Robinho). Técnico: Mano Menezes

Árbitro: Heber Roberto Lopes – Assistentes: Helton Nunes e Thiago Americano Labes


Cartolas do Santos mostram bilhete azul para L. Culpi; é possível entender
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birner

De Vitor Birner

O candidato

O Palmeiras e o Santos têm igual pontuação, mas apenas o primeiro, antes da rodada, foi citado como o que pode ganhar o torneio.

Os torcedores se dividiram. Quem menospreza dinâmicas nos gramados achou as avaliações tendenciosas, ao contrário dos que conhecem o futebol.

A sorte

A classificação é melhor que o desempenho. A perspectiva de o elenco elevar o padrão nos gramados é ínfima ou, talvez, nem exista.

O jogo diante do São Paulo foi uma grande mostra dos problemas. O Santos teve o sistema de marcação vulnerável, além de repertório de criação que pouco incomodou a agremiação do Morumbi.

O clube que se esforça para permanecer na elite do futebol se impôs na técnica e no coletivo. Tais virtudes, na maioria das vezes, são fortalecidas quando o treinador consegue implementar propostas de acordo com as características do elenco.

O time que mostrou bilhete azul para Levir Culpi teve resultados melhores que desempenho.

As estatísticas do técnico, por óbvia matemática, são melhores que a dinâmica que conseguiu implementar no gramado. Essas é uma das graças do futebol.

Os 11 resultados positivos, 11 empates e apenas 3 tropeços são generosos, se a referência for o andamento dos jogos e, como nas rodadas seguintes quase nenhuma perspectiva há de elevar o padrão, entendo a opção dos cartolas.

Os dirigentes

Querem vaga direta à Libertadores, ou conquistar o torneio.

Além das necessidades da agremiação no futebol, há mais um planejamento, o da política, que solicita os resultados positivos para ganharem a eleição.


São Paulo foi melhor que o Santos em tudo
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birner

De Vitor Birner

 São Paulo 2×1 Santos

O clássico teve o São Paulo melhor em tudo. O resultado foi aquém do que jogou diante do Santos.

Os técnicos

Na organização, o técnico que recebeu bilhete azul na Vila Belmiro se impôs diante de quem o sucedeu no Santos.

Preparou o sistema de marcação mais forte, em especial quando atuou adiantado, e repertório com o número de possibilidades além das mostradas pelo clube da parte de cima na tabela de classificação.

Em quase todo o clássico no Pacaembu,  o time de Dorival mostrou mais futebol.

A habilidade

Além da força do coletivo, a inspiração determinou o resultado.

Hernanes, seguido por Petros, Marcos Guilherme, atleta de quem alguns  torcedores reclamam porque carecem de melhor leitura do momento do time e do que cada um necessita realizar no gramado, e Cueva, brilharam.

No Santos, o apagado Lucas Lima, os volantes com oscilações, mais os problemas no sistema de marcação facilitaram para a agremiação do Morumbi.

Os gols

O Santos iniciou com sistema de marcação recuado. No momento que as linhas avançaram, Alison se equivocou e Hernanes acertou preciso lançamento para Marcos Guilherme, que teve grandes méritos tanto pela movimentação quanto por finalizar com categoria e encobrir Vanderlei.

O lance é fruto do que o técnico implementa. Foi planejado e os atletas insistem, tal qual mostraram em jogos anteriores do torneio.

No 2°, o veterano Renato avançou e o Cueva recuperou a bola. Como no outro, a linha com os zagueiros e laterais estava adiantada.

Lucas Pratto e Hernanes acertaram a tabela e o que iniciou nas categorias de base do clube foi preciso na assistência para Cueva finalizar em frente ao goleiro e comemorar.

Santos joga

Nulo no sistema de criação, apenas quando Matheus Jesus entrou na área e cabeceou o time ofereceu alguma emoção positiva ao torcedor.

Conseguiu o gol no escanteio. O árbitro se equivocou, pois o Lucas Lima tocou para a linha de fundo.

No cruzamento, após o São Paulo ganhar a disputa por cima, Alison acertou a bonita finalização e conseguiu o golaço, de voleio, para tentar colocar o Santos no clássico.

Os minutos seguintes foram os únicos com o time mantendo a bola no campo de frente.

Ao contrário

Imaginei que o Santos aumentaria o volume de jogo após as orientações de Levir e descanso do elenco. Mas o São Paulo ditou o ritmo no Pacaembu.

Finalizou mais, permitiu apenas uma de quem necessitava gols para ganhar e almejar a conquista do torneio,  pode reclamar do pênalti ou da falta em Marcos Guilherme – árbitro nada determinou e a única dúvida é se foi dentro ou fora da área –  e poderia ampliar o resultado.

Petros teve o grande momento em frente ao Vanderlei e acertou a trave.

As alterações

Matheus Jesus cedeu vaga para Kaíke. O técnico orientou quem entrou e Bruno Henrique a atuarem pelos lados para formarem o trio de frente com Ricardo Oliveira.

As dificuldades para a criação foram mantidas e Levir investiu no tradicional tudo ou nada. Pôs Serginho e tirou Alison. Em suma, após as mexidas, o Santos tinha apenas Renato como volante.

O estilo de transpiração acima da organização complicou para retomar a bola e facilitou ao São Paulo; ofereceu avenidas para o clube do Morumbi criar e finalizar.

A última mexida foi Copete, para formar o quarteto na frente e eliminar a sobra da zaga, por Lucas Lima.

O Santos encerrou com laterais avançando, Serginho tentando criar pelo meio, Renato dividindo essa incumbência, todos investindo em lançamentos e nos cruzamentos, e a dupla de zaga lidando com a transição em velocidade do time que lotou o estádio e mereceu o resultado positivo.

Muitos atletas na área, quantidade, mas  proposta nenhuma para fortalecer s criação e mexer na dinâmica em campo.

Nos últimos minutos, Jonathan Gómez substituiu Cueva porque o peruano diminuíra a intensidade, e Marcos Guilherme, após muito empenho e mais uma vez grande contribuição ao coletivo, cansou e o Denilson foi ao gramado desperdiçar uma oportunidade para ampliar o resultado.

Traduzindo números 

O Santos teve o sistema de marcação vulnerável, e os atletas foram forçados a apelar ás faltas para evitarem mais gols.

O placar disso foi 13×31. O time recebeu 6 amarelos e o único para o São Paulo foi merecido para Jucilei.

Nas finalizações, 13X6 (6×2 em direção aos gols), nos escanteios 7×4, na recuperação de bola 16×12, todas foram positivas ao tricampeão da Libertadores que ganhou.

Os acertos nos toques de bola mostram como o time de Dorival atuou melhor.

Foram 23 equívocos do ganhador contra 40 do que tropeçou, apesar de o Santos encerrar o jogo com apenas 2% mais de tempo permanecendo com a bola. Em suma, quase o dobro, pois o clube do Morumbi foi melhor na técnica e na força coletiva.

Por isso foram 6 amarelos e quase o triplo de faltas.

Ficha do jogo

Árbitro: Anderson Daronco (Fifa-RS)  -Auxiliares: Rafael da Silva Alves e Élio de Andrade

São Paulo – Sidão; Militão, Arboleda, Rodrigo Caio e Edimar; Jucilei; Cueva (Gomez), Petros, Hernanes e Marcos Guilherme (Denilson); Lucas Pratto Técnico: Dorival Jr

Santos –  Vanderlei; Victor Ferraz, Lucas Veríssimo, David Braz e Jean Mota; Renato e Matheus Jesus (Kayke); Alisson (Serginho), Lucas Lima (Copete) e Bruno Henrique;  Ricardo Oliveira Técnico: Levir Culpi