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Palmeiras pune sócios-torcedores que tentam revender ingressos para final
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De Vitor Birner e Diego Salgado

Todos os ingressos do Palmeiras para o jogo de 2 de dezembro da final da Copa do Brasil foram negociados aos seus sócios-torcedores.

Desses 32 mil que adquiriram, alguns tentam renegociá-los, nas redes sociais, com acréscimo de valor, pois há muitos alviverdes que ainda querem comprar os 'bilhetes'.

O programa de fidelização rendeu desde janeiro, apenas com pagamentos de mensalidade, mais de R$ 40 milhões aos cofres da agremiação.

É  um dos maiores orgulhos de Paulo Nobre na sua gestão.

A direção ficou sabendo que acontece essa 'cambistagem' informal e tomou medidas rapidamente. Disse que já bloqueou as carteirinhas de quem está fazendo tal ato e repudiou a revenda dos ingressos.

Veja a nota oficial divulgada pelo Palmeiras:

''A Sociedade Esportiva Palmeiras vem a público informar que identificou vários sócios-torcedores do clube comercializando, por meio de redes sociais, seus próprios ingressos para a segunda partida da final da Copa do Brasil 2015. As entradas adquiridas pelos inscritos no Avanti são pessoais e intransferíveis, o que torna a revenda desse produto ilegal.

Qualquer pessoa que esteja realizando tais atos terá seu cadastro bloqueado no programa alviverde e o bilhete será invalidado e recolocado à venda. As carteirinhas identificadas nessa situação não funcionarão nas catracas e, portanto, os compradores não terão acesso ao Allianz Parque.

A diretoria do clube pede aos torcedores que não adquiram essas entradas e denunciem quem estiver realizando esse comércio.

O Palmeiras informa que dezenas de carteirinhas já foram bloqueadas e que continuará o monitoramento dessas atividades.''


Leco, muito nervoso, acerta ao cobrar seriedade e não mexer agora no elenco
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De Vitor Birner

O comodismo de parte dos jogadores e a goleada mexeram com os brios dos torcedores do São Paulo.

E, tal qual ficou óbvio na sincera entrevista coletiva do Leco, com os dele.

Não sei se fará uma gestão competente.

Nem sei se acertará nas difíceis decisões cruciais para restaurar a saúde financeira da agremiação e a alma do time de futebol.

E tenho plena convicção que ficou tão irritado quanto a maioria dos que amam o clube.

Ele é conhecido, nos bastidores, pelas reações ''de torcedor'', como dizem alguns frequentadores da cativa, da parte social e demais áreas onde convivem com o presidente da instituição.

Isso, inclusive, foi motivo de preocupação, pois temem que seja impulsivo quando precisa ser racional ao lidar com questões futebolísticas.

Luiz Gonzaga Beluzzo, por exemplo, é palmeirense fanático, conhece economia, mas fez gestão ruim porque não soube ser, acima de tudo, administrador.

Leco não 'emburreceu' após o fiasco de ontem. Tem razão ao afirmar que, restando duas rodadas, não pode fazer alterações no elenco e 'falta comprometimento'' a alguns jogadores.

Nâo adiantava manter silêncio sobre isso, pois realmente nem todos 'correram' no Majestoso, e o discurso de cobrança e descontentamento, exigindo profissionalismo à altura dos salários e funções deles, ou melhorará a atitude ou não terá impacto e tudo continuará na mesma toada.

O símbolo maior disso tem sido Wesley, que parece não ter fome de resultados positivos ou sente a derrota, tal qual o dirigente falou que exige. Se não arrumarem time para o volante, há a possibilidade de ele ser, em breve, o atleta mais bem remunerado do elenco.

O dirigente foi sincero noutras questões.

Não garantiu a permanência do vice de futebol Ataíde Gil Guerrero, prometeu reformar o elenco para acabar com e perfil de atletas acomodados, ressaltou a preocupação por causa das dificuldades financeiras e afirmou que o treinador a ser contratado precisa ter conhecimento de futebol moderno e liderança.

Resta aguardar para saber se o discurso elogiável será praticado de maneira funcional.


Corinthians faz história; São Paulo, humilhado, tenta recolher os cacos
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De Vitor Birner

Corinthians 6×1 São Paulo 

O jogo como este merece opinião proporcional ao resultado, principalmente quando o andamento, em campo, foi proporcional que ao futebol mostrado por ambas as agremiações.

Coletivo

O Corinthians taticamente, como um relógio suíço, ondo os reservas conseguem executar funções iguais e se mexem com capacidade quase idêntica para preencherem e aproveitarem as lacunas que os sistemas de marcação e de criação do oponente proporcionam, contra o São Paulo com equívocos de proposta coletiva por causa da opção pelo meio de campo baseado da força e não na junção das características dos atletas, incapaz de fazer o suporte para a defesa com desempenho nota zero nos cruzamentos.

Corpo

O Alvinegro muito superior na parte física, tal qual planejou seu treinador, que por ter plena ascendência sobre o elenco e competência ao prepará-lo, pode contar com quem não atua muito.

Alma

Os campeões nacionais o jogo todo concentrados, intensos em cada lance, correndo uns pelos outros, e os que almejam classificação à Libertadores se dividindo entre os mais e os menos esforçados, alguns dispersos em muitos momentos, e que foram desmoronando, bruscamente, após cada gol.

Coração

O Corinthians feliz, raçudo, querendo muito ganhar do São Paulo com fome apenas no início, esbanjando protocolo burocrático e desprovido de raciocínio, método, para lidar com a grande da equipe do Tite.

Glória

O Majestoso era histórico por ser o da comemoração do hexa, mas ao invés do Corinthians se limitar a' redigir as últimas gloriosas linhas do livro sobre a campanha, criou mais um capítulo ao conseguir sua maior goleada do torneio e das mais de três centenas de partidas entre eles.

Potencializou consideravelmente a alegria de sua torcida, que lotou a Arena e terá ainda mais razão para comemorar.

Fracasso

Do outro lado, resta juntar os cacos e, para os jogadores com coração e orgulho dos grandes esportistas, que sentem alegria e tristeza com os próprios resultados, e trajam respeitosamente o manto sagrado tão rico em conquistas ao invés de pensarem somente em dinheiro, identificarem as falhas e tomarem as providência para haver harmonia coletiva e alma competitiva nas outras duas rodadas.

Suprimida

Repare que eu não citei a questão técnica no post.

Nem é preciso dizer qual time foi infinitamente melhor.

As ausências de  Elias, Jadson, Renato Augusto, Gil, Malcom e Vágner Love ou tornaram o do Morumbi potencialmente um pouco superior, ou permitiam o suposto equilíbrio de habilidades, não necessariamente distribuídas em posições iguais..

E a prática futebolística, onde disputas tática, física e emocional são fundamentais, engoliu isso.

Ficha do jogo

Árbitro: Péricles Bassols Pegado Cortez (Fifa-RJ) – Assistentes: Danilo Ricardo Simon Maniz e Miguel Caetano Ribeiro da Costa

Corinthians – Cássio; Fagner, Felipe, Edu Dracena e Uendel (Yago); Ralf; Bruno Henrique, Danilo (Lincom), Rodriguinho (Cristian) e Lucca; Romero
Técnico: Tite

Sâo Paulo – Denis; Bruno (Reinaldo), Rodrigo Caio, Lucão e Carlinhos; Hudson e Wesley (Edson Silva); Michel Bastos, Thiago Mendes e Rogério (Luis Fabiano); Alan Kardec
Técnico: Milton Cruz


Em Madri, baile do Barcelona
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De Vitor Birner

Real Madrid 0x4 Barcelona

O time de Luis Enrique em muitos momentos colocou o oponente na roda com trocas de passes no meio de campo.

As propostas de jogo dos treinadores, e principalmente a competência ao colocá-las em prática, ocasionaram isso.

Tenho uma dúvida ao avaliar o potencial técnico dos times que entraram no gramado; ou havia equilíbrio, ou o do Santiago Bernabeu era um pouco mais capaz, mas a tática que prioriza o talento em prol do coletivo proporcionou a goleada. .

Mais técnico e menos coerente  

Casemiro, que tem sido um dos jogadores mais consistentes do meio de campo, não atuou.

Kroos e Modric foram os volantes atrás de James, Bale e Isco, o trio de criação do 4-2-3-1.

Em tese, a alteração deveria aumentar a posse de bola, pois os volantes escalados são inteligentes e investem nos passes curtos e rápidos.

Mas o time iniciou a marcação alguns metros á frente da linha que divide o gramado.

O ideal, para jogar assim, no contra-ataque, seria escalar quem foi colocado na reserva, porque marca mais forte e faz, com qualidade, os passes longos.

Coletivo

O Barcelona manteve a proposta coletiva doutros jogos.

O sistema de marcação adiantado impediu a transição do oponente à frente.

No 4-3-3, com Sergi Roberto na direita, Neymar do outro lado e Suárez entre eles no ataque, Busquets, Rakitic e Iniesta no meio de campo, desde o início o Barcelona ganhou o setor.

O veterano, dono de leitura de jogo e passe muito acima da média, foi o meia quando a agremiação teve a bola, e sempre com apoio de alguém.

Os atacantes que atuaram dos lados recuaram, um de cada vez, para dividirem a função de criar lances de gols, os laterais Daniel Alves e Alba apoiaram, e os deslocamentos constantes de todos confundiram o sistema de marcação.

Em muito momentos, o Real Madrid ficou correndo, em vão, para tentar impedir a troca de passes no meio de campo.

A forma como aconteceram os gols, todos nascidos em passes na meia, mostrou quão inútil, ruim, foi a marcação e como os deslocamentos dos atletas do Barcelona tiveram harmonia.

Treinamento, qualidade

Sergi Roberto saiu do lado direito do ataque para a meia [Messi, hoje na reserva, se mexe exatamente assim, o que mostra como Luis Enrique influencia na construção do sistema ofensivo], e fez assistência para Suárez, não por coincidência onde o autor do passe foi escalado, chutar de frente para o Navas e comemorar.

O time havia desperdiçado uma oportunidade antes desse gol aos 10 minutos, tinha maior iniciativa, superioridade no centro do gramado e por isso ficou mais com a bola na meia.

Ineficaz

O resultado obrigou o Real Madrid a adiantar todos os jogadores.

Bale e Cristiano Ronaldo, pelo lados,  atuaram na linha do centroavante Benzema e a configuração tática, por isso, foi alterada para o 4-3-3.

A iniciativa não diminuiu o elogiável rendimento do Barcelona

Mascherano se machucou, ainda antes do intervalo, salvo engano aos 23 minutos.

Mathieu, inconstante e com futebol tecnicamente abaixo do padrão do elenco, entrou no lugar do 'hermano' para formar a zaga com Pique.

Pelo meio

O Barcelona não precisou criar oportunidades pelos lados ou fazer cruzamentos por cima. Em todos os gols conseguiu entrar pelo meio do sistema de marcação e finalizar dentro da área.

No segundo, Modric, por causa da marcação eficaz do Barcelona no campo de ataque, perdeu a bola. Iniesta ficou com ela, a conduziu e ninguém o atrapalhou, ele notou Suárez e Neymar quase na última linha de marcadores, o uruguaio em posição de impedimento e o outro talvez não, e acionou o ex-santista que ampliou o resultado.

Iniesta, após o intervalo, conseguiu o lance do jogo;. tocou para Neymar colocar, 'de letra' e de maneira brilhante, a bola no lugar preciso para o meia chutar forte, no ângulo e comemorar o golaço.

O último, feito por Suárez, teve troca de posições, passes precisos no sistema ofensivo, a assistência de Alba, e finalização com muita categoria.

Manteve

Messi entrou no lugar de Rakitic quando o resultado era 2×0.

Não tem o ritmo ideal, mas contribuiu se mexendo, chamando o jogo e atuando do lado direito do ataque e na meia.

Não elevou e nem piorou o futebol da agremiação.

O grande jogo de Sergi Roberto, atém então improvisado na frente, foi importante para isso.

Teve que ser recuado a sua posição original como volante que pode atuar na meia.

Comum

Cristiano Ronaldo não jogou absolutamente nada.

Não foi eficaz quando o time adiantou a marcação e teve desperdiçou duas grandes oportunidades.

Em suma, foi apenas outro, entre tantos do time, com desempenho abaixo do padrão.

Menções

O Real Madrid, por falta de brechas pelo meio, insistiu nos lances pelos lados para tentar criar, nos cruzamentos, as oportunidades de gol.

Alguns chutes da entrada da área, principalmente o de James, e o contra-ataque desperdiçado por Cristiano Ronaldo, obrigaram Bravo a fazer intervenções difíceis.

O goleiro teve técnica, reflexo, leitura dos lances, por isso foi uma senhora atuação com o manto sagrado do Barcelona.

Dera fosse sempre assim

Isco mereceu ser excluído, quando a goleada havia sido concretizada, porque chutou Neymar no joelho, e poderia tê-lo machucado.

Os outros cartões, todos amarelos, foram mostrado com motivos.

Não houve nenhum pênalti ou falta que impediu ou interferiu para acontecer lance de gol.

O encarregado de fazer as regras serem cumpridas não fez a menor questão de brilhar mais que alguém de ambas as agremiações.

O gol de Neymar foi muito difícil [se houve impedimento foi por centímetros] de ser avaliado.

Ficha do jogo

Real Madrid – Navas; Danilo, Varane, Sergio Ramos e Marcelo (Carvajal); Modric e Kroos; Bale, James (Isco) e Cristano Ronaldo; Benzema
Técnico Rafael Benítez

Barcelona – Bravo; Daniel Alves, Pique Mascherano (Mathieu) e Alba; Busquets, Rakitic (Messi) e Iniesta (Munir El Haddadi); Sergi Roberto, Su[arez e Neymar;
Técnico Luis Enrique

Árbitro: David Fernández – Assistentes: Raúl Cabañero Diego Barbero


São Paulo ganha com golaço e reservas, que merecem titularidade, inspirados
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De Vitor Birner

São Paulo 4×2 Atlético MG

Houve momentos distintos no jogo do Morumbi.

Antes do intervalo, quando o time de Levir Culpi conseguiu ganhar o meio de campo, mas desperdiçou a marcação funcional na frente e a superioridade por causa dos toques e finalizações ruins.

Outro depois do intervalo, pois o São Paulo equilibrou as ações, aumentou a quantidade de passes na meia e o Atlético, em uma das várias inversões de bola nascidas na direita, fez o gol na assistência do zagueiro Tiago e chute com categoria e inteligência de Luan.

E o mais intenso, com futebol melhor,  após Milton Cruz corrigir parte dos erros de escalação.

Formações e andamento

Hudson, Thiago Mendes e Michel Bastos como volantes, os dois últimos com a obrigação de chegarem na meia; Ganso à frente do trio e muito perto de Alexandre Pato, atacante pelos lados, e do centroavante Luis Fabiano, além dos laterais Bruno e Carlinhos que apoiaram.

O treinador interino deveria iniciar com Alan Kardec como centroavante e Rogério entre os titulares, pois o futebol deles neste momento [não tenho ideia se manterão o padrão] implora pela obviedade.

Preferiu Luis Fabiano e mais um volante.

Hudson, que classificou a filosofia de jogo como ''uma mistura de Osorio com Muricy'', poderia ser o lateral direito ou ficar na reserva para o time atuar com Thiago Mendes e Michel Bastos como volantes, Rogério e Pato pelos lados do ataque e do meio de campo, Ganso entre eles, e o centroavante capaz de fazer as função de meia e participar com maior intensidade da marcação.

Teria mais opções no sistema ofensivo e defensivo, qualidade no meio de campo, volantes que podem resolver jogos, dribles em todos os setores do gramado, e o aumento da solidariedade coletiva.

Levir Culpi optou Luan, Giovanni Augusto e Dátolo na meia, Lucas Pratto em frente ao trio, Rafael Carioca e Leandro Donizete atrás deles, sendo que um deles poderia apoiar, mas com alguma cautela, pois os laterais Marcos Rocha e Patrick chegam no campo de ataque com frequência.

Luan ficou muito atento ao Carlinhos e Marcos Rocha fez o mesmo com Alexandre Pato.

Do outro lado, Patrick apoiou mais.

Quando a marcação 'alta' funcionou, isso aconteceu em grande parte do 1° tempo, os laterais foram à frente simultaneamente.

Dátolo articulou melhor os lances que Giovanni Augusto. Teve mais oportunidades porque chamou o jogo,  pois Luan entrou na área quando Lucas Pratto saiu dela, em especial à direita, para confundir o sistema defensivo, tal qual aconteceu em alguns lances.

O time não transformou a superioridade no gramado em resultado porque houve equívocos técnicos na hora de construir a oportunidade e de chutar em gol. Fez isso  após o intervalo, no momento em que havia mais equilíbrio e o São Paulo, apesar de pouco criativo, tinha maior frequência na meia.

Mexidas no time e nas funções dos jogadores

O treinador interino da agremiação do Morumbi, ciente da importância de pontuar e que nada tem a perder porque não permanecerá na função, decidiu fazer as alterações.

Rogério entrou no lugar de Alexandre Pato e Alan Kardec no de Bruno.

Hudson foi deslocado para a lateral, Alan Kardec colocado do lado direito do ataque e da meia, Rogério do outro, e Michel Bastos recuado para função de volante, mas com obrigação de junto do Thiago Mendes participar das tentativas de a agremiação fazer os gols.

Logo em seguida, Thiago Mendes carregou a bola no meio, tocou para Luis Fabiano chutar de frente para o goleiro, que fechou o ângulo antes de, no rebote, Alan Kardec igualar.

Fôlego e velocidade na frente

Levir Culpi, ao notar que o São Paulo foi para cima e haveria brechas para o contra-ataque, colocou Thiago Ribeiro e tirou Lucas Pratto, que se esforçou muito e não jogou futebol elogiável.

A mexida com embasamento no andamento do jogo, gerou, no lance seguinte, o gol de Dátolo, pois o reserva foi lançado e fez a assistência precisa.

Não os questiono

Houve reclamações de impedimento por causa das posições de Luis Fabiano e Thiago Ribeiro nesse lances.  Não foram simples de serem avaliados.

Acho, apesar de não ter plena convicção, que ambos acertaram e não merecem fortes críticas nem se houve equívocos.

O impacto de um golaço

O empate aconteceu na jogada para ser aplaudida pelos torcedores.

Thiago Mendes tocou para Michel Bastos, de longe, ajeitar com enorme categoria e finalizar por cima do goleiro, que ficou mais adiantado que o ideal.

No lance, vale citar, ambos os volantes avançaram juntos, dificultaram para quem deveria marcá-los, pois Rogério, Alan Kardec, Luis Fabiano e Ganso, à frente deles, chamavam a atenção dos defensores que provavelmente nem botaram fé que Michel Bastos faria aquele gol.

O Atlético MG, para manter a ilusória meta de ser campeão, tinha que ir para cima.

O São Paulo ganhou a possibilidade de investir no contra-ataque.

Reservas brilham e desequilibram

Era o que Rogério, que investe em dribles, inspirado, mais queria.

Desmontou o sistema de marcação com dribles, entortou Marcos Rocha e os volantes, criou oportunidades, fez a assistência para Alan Kardec de cabeça, com categoria, marcar o gol, e levou o pênalti, no final, que Luis Fabiano após outro desempenho aquém do necessário, chutou forte e no meio antes de comemorar.

As outras alterações  

Luan, muito cansado porque correu além da conta, havia sido substituído por Carlos, e Reinaldo entrou no lugar de Carlinhos no minuto seguinte ao que sua agremiação conseguiu ficar á frente no resultado.

Não é possível colocar na conta dessas alterações a superioridade do São Paulo após o golaço de Michel Bastos.

Ficha do jogo

São Paulo – Denis; Bruno (Alan Kardec), Rodrigo Caio, Lucão e Carlinhos (Reinaldo); Hudson, Thiago Mendes e Michel Bastos; Ganso, Pato (Rogério) e Luis Fabiano
Técnico: Milton Cruz

Atlético MG – Victor; Marcos Rocha, Tiago, Jemerson e Patric; Leandro Donizete e Rafael Carioca; , Luan (Carlos), Giovanni Augusto e Dátolo; Pratto (Thiago Ribeiro)
Técnico: Levir Culpi

Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (Fifa-RS) – Assistentes: Carlos Berkenbrock e Marcelo Bertanha Barison


Atlético e Palmeiras empatam; Alviverde precisa crescer antes da final
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De Vitor Birner

Atlético PR 3×3 Palmeiras

O Palmeiras tem que melhorar seu desempenho porque prioriza a final contra o Santos.

O torcedor reclama dos resultados e do excesso de lançamentos longos, os chamados 'chutões' que diminuem a posse de bola na frente e forçam os cruzamentos, e que são a principal opção para o time fazer gol.

Por isso, a agremiação foi ao interior treinar, pois a comissão técnica queria manter o elenco plenamente concentrado na necessária evolução coletiva.

Aumentar a qualidade dos passes, seja na saída de bola para fazer a transição à frente ou manutenção dela na meia, é o 'x' da questão que depende da técnica individual e da proposta coletiva colocada em prática de maneira harmônica durante os jogos.    .

Fundamental

A fluência do sistema ofensivo, para quem se propõe a fazer mais que investir em cruzamento e contra-ataque, precisa de mobilidade dos atletas e de eles chegarem, na frente, com a maior quantidade possível de gente.

Isso gera mais opções de passe para o jogador que tem a bola e pode confundir a marcação.

Posicionamento

Os treinadores optaram pelo mesmo esquema de jogo.

O do Atlético PR, com Marcos Guilherme na direita, o lateral Sidcley improvisado do outro lado, Nikão entre eles e Walter, adiantado, como centroavante e o do Palmeias com Robinho, Dudu e Rafael Marques no trio de criação, e Cristaldo à frente deles.

Cristóvão Borges, aos 22, substituiu Roberto, que se machucou, por Hernández.

Superior

A apresentação do Alviverde, antes do intervalo, lembrou a da goleada contra a Chapecoense, tropeço diante do Vasco, e as etapas complementares, na Copa do Brasil, contra Internacional e Fluminense.

O Atlético PR fez o gol rapidamente, após Sidcley cruzar e Marcos Guilherme, marcado por Zé Roberto, se mexer e finalizar de frente para Fernando Prass.

O autor da assistência não tinha ninguém para dificultar. Walter, o centroavante, não ficou na área.

As trocas de funções, principalmente de Marcos Guilherme com o centroavante, confundiram o sistema defensivo algumas vezes.

Além disso, havia lacunas para a agremiação de Cristóvão Borges trocar passes.

Com um pouco mais de capricho, o meia faria outro depois de o centroavante tocar para ele e Jackson ficar mais longe que o correto para impedir a escolha do canto na hora do chute.

O Palmeiras não exigiu de Weverton nenhuma intervenção elogiável.

Melhorou e igualou

Gabriel Jesus retornou do intervalo no lugar de Rafael Marques.

O Alviverde não tinha criado nada porque insistia no lançamento longo, pelo alto, ao ataque, e devido à dificuldade de trocar passes na meia.

O atleta revelado no clube não tem as características para otimizar isso.

Não iria atrás para fazer a transição e tem que receber a bola no entorno da área para investir em dribles, velocidade e tentar assistências ou finalizações.

Isso não impediu o crescimento da agremiação.

A marcação na frente, que Rafael Marques sabe executar, foi mais eficaz e isso exigiu menos qualidade dos passes na defesa, pois o time conseguiu recuperar a bola algumas vezes após a linha que divide o gramado.

O gol do empate nasceu no lançamento de Robinho para Gabriel Jesus.

Ele ganhou do lateral-direito Eduardo, pelo alto, ajeitou com o braço, conseguiu o drible e a bola tocou no oponente antes de Robinho finalizar com precisão.

O lance devia ser invalidado.

O Atlético PR foi à frente após o resultado ficar igual, e o Palmeiras recuou para iniciar a marcação na linha que divide o gramado e investir no contra-ataque, pois havia mais brechas para isso, mas não conseguiu dar sequência nesses lances.

Alterações 

Arouca tem que pegar ritmo de jogo, porque a possibilidade de ser titular contra o Santos é enorme, e entrou no lugar de Amaral para correr por meia hora mais os acréscimos.

Cristóvão Borges, depois, optou por Ricardo Silva no de Cadu, provavelmente porque a dupla de zaga cometeu alguns equívocos  e, quase junto, Alecsandro substituiu o Cristaldo.

Reserva

O gol do Palmeiras aconteceu no escanteio, quando Jackson cabeceou no canto.

O jogador que entrara minutos antes perdeu, no lance individual, por cima, para o zagueiro, e complicou tanto seu time quanto o treinador.    

Funcionou

A necessidade de ganhar fez Cristovão Borges tirar o volante Barrientos para o atacante Ewandro ir ao gramado.

Assim que recebeu o passe, o atleta emprestado pelo São Paulo driblou, não havia cobertura e, de média distância, igualou o resultado ao finalizar no canto direito.

Logo após, perdeu outra oportunidade.

E em seguida fez 3×2 no lance que irritou os jogadores do Palmeiras.

O treinador que provavelmente seria alvo de críticas por causa da mexida na zaga, ganhou elogios graças aos gols de quem mandou para o gramado.

Opino

Palmeiras reclamou porque o Atlético cobrou a falta rapidamente, quando o sistema de marcação não havia se posicionado, e fez o gol.

Se Dewson Fernando Freitas da Silva chamou o lance para si, mostrou que era necessário aguardar a autorização, não deveria validar o gol.

Se não fez nenhum sinal, as críticas que recebeu, em campo, foram inócuas.

Fiquei com a impressão que não havia motivo para tanto e que houve falta de atenção dos jogadores.

Jackson, nos acréscimos, foi excluído do jogo depois de colocar o braço, não com força, no rosto de Ricardo Silva, que caiu, ou melhor, se atirou no gramado, e fez a tradicional pantomima para forçar o cartão.

O amarelo seria mais adequando no lance.

Curiosamente

O Palmeiras, com nove jogadores e segundos para igualar o resultado, no momento mais difícil, conseguiu seu melhor lance.

Trocou passes, com a bola na grama, entrou na área, obrigou Weverton a intervir, finalizou outra vez e Alecsandro quase embaixo da trave comemorou.

Desnecessário

Robinho, em seguida, foi excluído porque supostamente xingou quem deve fazer as regras do futebol serem cumpridas.

Conclusão

O torcedor do Atlético ficou insatisfeito porque a agremiação não ganhou apesar da condição muito favorável nos acréscimos.

E o do Palmeiras, com enorme expectativa para acompanhar a melhora na qualidade do futebol, não notou nenhuma evolução digna de proporcionar otimismo.

Aguardará isso até dia 25.

Se não houver a melhora, o peso do manto sagrado, imponderável do mata-mata, declínio do Santos ou uma noite atípica manterão o sonho de ganhar o título.

Não há nada utópico nisso, pois clássicos como esses não têm favoritos mesmo com todos sabendo quem joga o melhor futebol.

Ficha do jogo

Atlético PR – Weverton; Eduardo, Kadu (Ricardo Silva), Cleberson (Ewandro) e Roberto (Hernández); Otávio e Barrientos; Sidcley, Nikão e Marcos Guilherme; Walter
Técnico: Cristóvão Borges

Palmeiras – Fernando Prass; Lucas, Jackson, Vitor Hugo e Zé Roberto; Amaral (Arouca) e Matheus Sales; Robinho, Dudu e Rafael Marques (Gabriel Jesus); Cristaldo (Alecsandro)
Técnico: Marcelo Oliveira

Árbitro: Dewson Fernando Freitas da Silva (Fifa-PA) Assistentes: Marcio Gleidson Correia Dias e Hélcio Araújo Neves


Neymar faz estágio forçado como líder e evolui após Messi se machucar
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birner

De Vitor Birner

Neymar é, no Barcelona, candidato a líder do time.

Depois que Messi de machucou, ele faz um estágio forçado nisso e, até o momento, oscila.

Logo no início, não conseguiu lidar com a expectativa da comissão técnica.

No jogo em que o Barcelona derrotou o Bayer Leverkusen, pela Liga dos Campeões, os alemães não ganharam ou ao menos empataram no Camp Nou por causa dos gols e contra-ataques desperdiçados, e da alteração errada feita pelo técnico Roger Schmidt, que tirou Bellarabi e Chicharito Hernández e perdeu velocidade na frente diante de uma equipe tensa, exposta em busca de gols, pouco inspirada na criação e com Neymar encarregado de jogar como protagonista.

Depois o brasileiro, em algumas partidas, foi capaz de ser a referência, mas ainda não o líder que necessita a agremiação.

Posicionamento

Quando Iniesta se machucou, Luis Enrique, em princípio, aumentou a o raio de ação de Neymar no gramado pedindo para se mexer na meia e no ataque, atuar mais centralizado, e ser o organizador do sistema de criação.

Messi faz isso nos jogos em que o Barcelona tem dificuldades na articulação dos lances na frente.

Recua um pouco, passa mais tempo no centro e chama para si a responsabilidade de abrir, com passes e dribles, as lacunas na marcação.

O treinador confiou tal missão ao mais habilidoso atleta disponível.

Com Messi, o 4-3-3 com flutuação para o 4-4-2 faz Neymar recuar e compor o quarteto no meio de campo quando quem enfrenta consegue trocar passes na meia, pois assim o argentino, na direita ou no centro, e Suárez ficam na frente.

Depois da perda do melhor do mundo, ele começou a exercer as funções do 'hermano', mas do outro lado, enquanto Sandro Ramirez, Munir El Haddad e até Sergi Roberto foram testados, obviamente um de cada vez, no ataque com o a função de recuarem para garantir a flutuação tática do sistema de marcação.

Tudo isso para Neymar liderar o Barcelona.

Barcelona

No início ficou nítido como lidou mal com a necessidade de assumir o protagonismo quando time perdia diante de seus torcedores.

Ciente que todos aguardavam tal papel dele, ficou tenso, pensou menos, o peso aumentou e a tensão piorou o seu futebol.

Depois, em alguns jogos, pareceu mais confortável com isso, mas ainda não conseguiu fazer o que Luis Enrique imagina ser viável por causa da técnica refinada do jogador.

Ainda precisa evoluir mentalmente para corresponder ao grande nível de exigência da agremiação.

Não será simples suceder Messi.

Treinadores

Lembro que na seleção de Dunga, muitas vezes foi escalado como 'falso centroavante' para, se mexendo, confundir a marcação e pegar a bola, na meia, onde pode criar os lances de gol.

E com Felipão, apesar de o time ter o atleta de área, quase todos os lances de ataque passaram pelos pés dele.

Na Copa América, os nervos ganharam de Neymar.

Perdeu a cabeça e por isso foi suspenso das rodadas iniciais nas eliminatórias.

Isso mostrou que ainda não adquiriu a maturidade necessária para liderar em alto nível dentro de campo.

Transição

Os gols que fez em ambas as partidas contra PSG e Bayern de Munique, nas quartas e semifinais da Liga dos Campeões, e na decisão diante da Juventus no título do Barcelona, mostraram isso.

Ele precisa fazer a passagem de principal coadjuvante, ou um dos principais, pois Suárez e Iniesta, no ápice da forma, são brilhantes, para a condição de referência do time.

Importante

Os momento de dificuldade, como os citados no post, servem para Neymar ganhar a experiência que lhe falta.

O jogador mostra, desde o início da carreira, prazer em competir e ganhar.

Nunca parou de evoluir.

Pressa

No mundo de pesquisas em google e não em bibliotecas, de imediatismo da comunicação em redes sociais substituindo a deliciosa expectativa de receber uma carta, a paciência, virtude que precisa ser exercitada e aprendida, é 'artigo' de luxo.

Querem tudo do profissional, sempre, e o criticam ou elogiam seu desempenho dentro do gramado, muitas vezes de maneira mais intempestiva que realista.

Talvez o próprio jogador não saiba como é esperar, pois conseguiu títulos, sucesso e fortuna ainda jovem, e por isso seja mais um algoz de si mesmo.

Creio que tem capacidade para atingir suas metas.

E para ser o líder nas agremiações que joga.

Sonhos

Ele quer ser campeão do Mundo pela seleção e pretende conquistar o laurel da Fifa de melhor do planeta.

A meta coletiva não depende apenas do próprio atleta.

A outra, enquanto estiver em uma das agremiações mais fortes e ricas, que aprecia seu estilo de futebol, atleta tende a conseguir.

Se quiser extrair algo desses momentos opacos e ruins, e não perder a competitividade, pode agregar e aprimorar mais virtudes como jogador de futebol.

Natural

Messi e Cristiano Ronaldo têm, respectivamente, 5 e 7 anos a mais que ele.

A natureza que proporcionou a decadência física de Pelé, Maradona, Zidane, Puskas, Di Stefano… tende, se não pregar peças, a ser aliada do brasileiro na meta de ser o melhor do planeta.

Na faixa etária de Neymar, ele é o jogador mais habilidoso em atividade.

Oportunidade

O cenário atual do futebol indica que o Barcelona na Liga dos Campeões têm importância, para o atleta, no mínimo igual aos mais relevantes nas eliminatórias.

A limitada seleção do Peru, se o treinador argentino mantiver a proposta coletiva ofensiva, proporciona a oportunidade para Neymar liderar, fazer gol e encerrar como protagonista do jogo.


Campo gritou para o Dunga no empate contra a Argentina
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birner

De Vitor Birner

A seleção atua melhor quando Neymar é o falso centroavante.

Ganha mobilidade, qualidade, repertório ofensivo e força na marcação.

Proposta coletiva

O treinador deveria ter pensado nisso antes do jogo, mas preferiu formar o time com Ricardo Oliveira como centroavante, William e Neymar pelos lados do meio e do ataque, Lucas Lima entre eles à frente dos volantes Elias e Luis Gustavo, ambos priorizando a parte defensiva.

Não acho a formação ruim.

A questão é outra:

Mais que optar por esse ou aquele jogador, é fundamental escolher proposta capaz de destacar as virtudes deles, fazê-los mostrar futebol no mesmo nível ou superior à média em suas agremiações.

O treinador não pode desprezar aquilo que pode gerar harmonia coletiva.

Características

O Brasil tem jogadores para fazer forte marcação na saída de bola e adotar filosofia de futebol atualizada.

Mas Dunga  optou por permitir a troca de passes argentina até a linha que divide o gramado, pois queria investir no contra-ataque.

Isso chega a ser um contrassenso.

Neymar e Daniel Alves, no Barcelona, preferem a chamada marcação 'alta'. Lucas Lima e Ricardo Oliveira jogam assim no Santos e  Elias, no Corinthians, em muitos momentos, faz isso. William tem capacidade para agregar nas tentativas de retomar a bola na frente.

Não tem lógica implementar o esquema mais conservador, pois exige a alteração daquilo que a maioria faz corriqueiramente, e melhor.

Realista

A Argentina, com Di María como referência na criação, Lavezzi aberto no ataque e recuando para a meia, Higuaín de centroavante, Mascherano e Biglia, ambos volantes de marcação, e o mediano Banega, que é da posição e apoia, fez a marcação adiantada e seus jogadores se mexeram muito para confundirem o sistema defensivo.

Apesar de contar com Roncaglia, zagueiro limitado na parte ofensiva e que atual na lateral, e Rojo, que faz isso um pouco melhor, como opção de apoio, insistiu nos ataques pelos lados.

Rapidamente se impôs.

Impediu a transição de bola do oponente e expôs as brechas que havia entre o meio de campo e a linha de zagueiros e laterais do Brasil.

Fez o gol apenas aos 34, no lance onde havia apenas Lavezzi na área contra o quarteto, mas bastou ele se deslocar para receber o passe e finalizar, em frente ao Alisson, com muita facilidade e traduzir em resultado o desempenho superior de seu time.

Simples

O Brasil, antes do intervalo, marcou muito mal pelos lados e falhou nos toques, inclusive em alguns muitos simples.

A transição de bola da defesa ao ataque foi muito ruim.

Elias é um dos que se encarregam disso no seu clube. Lucas Lima, quando os volantes do Santos têm dificuldade, assume tal função e ainda consegue chegar na frente.

William pode receber, se necessário, tal incumbência.

Foi por falta de opções de jogadores para receberem os passes deles, não de fundamento técnico individual, que a transição de jogo foi tão ruim, pois o esquema tático engessado e a forma como foi implementado, com os atletas ainda longe uns dos outros, foi uma benção para os 'hinchas' e seus representantes no gramado.

Quase

A única alteração após o intervalo foi que o Brasil adiantou a marcação.  Mesmo assim, faltou intensidade e, de posse da bola, havia grandes lacunas entre seus jogadores.

A Argentina manteve o posicionamento.

Banega desperdiçou a oportunidade, ao chutar na trave, de ampliar o resultado.

Seu time continuou melhor até Dunga mexer na proposta coletiva.

Encaixe

O treinador optou por Douglas Costa no,lugar de Ricardo Oliveira e colocou Neymar como falso centroavante.

O santista nem pode ser criticado, pois a bola não chegou nele, inclusive quando se mexeu para facilitar.

A alteração melhorou muito o futebol do time por alguns motivos;

O atleta do Bayern atua no 'Guardiolismo' e por isso, seja na Liga dos Campeões ou Bundesliga, em Munique, Madri, Dortmund, Gelsenkirchen, Barcelona, Londres ou Jequié, faz a marcação na frente.

O barcelonista tem facilidade para se mexer, chamar o jogo, rapidamente chega perto de quem tem a bola,  facilita as tabelas. e aumenta o repertório der criação dos lances de gol.

Número

O time ficou trocando passes na frente e chegou na área da Argentina com mais jogadores porque a alteração diminuiu as lacunas entre eles.

Aos que não repararam, peço que notem quantos haviam lá quando Lucas Lima empatou, e nos lances antes da alteração.

A evolução foi além do resultado.

O Brasil mandou no meio de campo e atuou melhor.

Os argentinos, então, começaram a catimbar mais que jogar.

Mexeram

Renato Augusto entrou para exercer a função de Lucas Lima, que tinha amarelo, ficou irritado com alguns lances mais duros e podia ser excluído.

O meia do Corinthians, dono de grande leitura do que acontece no gramado, capaz de ser terceiro volante, meia e entrar na área para receber passes e cruzamentos, o que era fundamental porque Neymar não permaneceu nela, manteve o padrão.

Gerardo Martino, ciente que seu time perdera o meio de campo, colocou Gaitán e tirou Lavezzi, que atuam na mesma faixa do gramado e com funções similares, na frente, pelos lados.

Alterou as características do meio de campo depois, ao optar por Lamela, meia do Tottenham que pode atuar centralizado ou aberto, valoriza a posse de bola no campo de ataque, no lugar de Banega. Quase junto Higuaín saiu e Dybala, outro centroavante, entrou.

Instável

A Argentina conseguiu mais cruzamentos após as mexidas.

David Luiz se equivocou em alguns lances.

O zagueiro continua oscilando.

Perde a concentração em momentos do jogo.

Tinha feito isso antes de ser excluído por sair com a bola em velocidade, desde a entrada da área, em vez de tocar para outro jogador, adiantá-la demais, e fazer a falta.

Critério

O limitado Funes Mori, pouco depois,  merecia a expulsão por agredir, com um pisão, o Daniel Alves.

A Conmebol, se tiver coerência com o que tem feito, irá observar isso e provavelmente  suspender o zagueiro.

Ficha do jogo

Argentina – Romero; Roncaglia, Funes Mori, Otamendi e Marcos Rojo; Mascherano, Biglia e Banega (Lamela) e Di María; Lavezzi (Gaitán) e Higuaín (Dybala)
Técnico: Gerardo Martino.

Brasil – Alisson; Daniel Alves, Miranda, David Luiz e Filipe Luís; Luiz Gustavo e Elias; Willian (Gil), Lucas Lima (Renato Augusto) e Neymar; Ricardo Oliveira (Douglas Costa)
Técnico: Dunga

Árbitro: Antonio Arias (Paraguai) – Auxiliares: Eduardo Cardozo e Milciades Saldívar


Doriva tentou; Milton Cruz ganhou
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birner

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De Vitor Birner

Doriva pediu a Jose Eduardo Chimello para deixar Milton Cruz longe do futebol do São Paulo.

Fez isso, salvo engano, no segundo dia em que foi ao CT da Barra Funda como treinador da agremiação.

Automaticamente, colocou pedras no próprio caminho para se firmar na função.

Decano 

Milton Cruz foi contratado faz quase duas décadas. Chegou em 1997 e, competente para fazer lobby, soube quando e como lidar com importantes personagens na instituição, além de ter amizade com outros que o tornariam forte no clube.

Milton Cruz durante treino do São Paulo (Crédito: Rubens Cavallari-11.nov.2015/Folhapress)

Milton Cruz durante treino do São Paulo (Crédito: Rubens Cavallari-11.nov.2015/Folhapress)

O ex-presidente Juvenal Juvêncio, ciente do estilo, teve no funcionário o relator do que havia no local; Rogério Ceni, por conta do longo convívio, fica ao lado dele nos episódios internos. Ambos , obviamente, nunca foram contrariados pelo atual técnico interino.

Marcação

Havia a possibilidade de ser enviado a Cotia, onde não queria ir de maneira alguma, pois tinha (não sei como é hoje) rixa com pessoas das categorias de base, com reciprocidade, ou de receber o bilhete azul.

Quando Juan Carlos Osorio foi contratado, grudou no colombiano para tê-lo como alicerce, pois Carlos Miguel Aidar e Ataíde Gil Guerrero não tinham tanta simpatia pelo funcionário, e o goleiro perdera força interna, naquela gestão, tais quais outros influentes no CT da Barra Funda.

Como o vice de futebol respaldou o ex-técnico da agremiação, Milton Cruz garantiu o emprego e a permanência onde queria.

Drible

Doriva sabia de tudo, ou quase, e tentou, por conta da influência com José Eduardo Chimello, não lidar com quem imaginou que poderia ser um entrave para ter êxito.

A queda do então gerente executivo e os episódios internos que redundaram na renúncia do antecessor de Carlos Augusto de Barros e Silva, fizeram naufragar os planos de Doriva.

Indireta

Lógico que ficaram rusgas que, creio, eles nem irão comentar ou confirmar, mas Milton Cruz, na entrevista coletiva, deixou transparecer, um pouco, que o clima não era dos melhores.

No gramado

Creditar ao treinador interino a rápida demissão do atual campeão carioca, seria algo simplório e exagerado.

Doriva é um treinador promissor.

Conseguiu montar times competitivos com elencos no máximo medianos.

Precisa mostrar regularidade e capacidade para fazer o mesmo com elencos que têm jogadores talentosos, renomados, alguns deles ensimesmados, tal qual teve a breve oportunidade na agremiação do Morumbi.

Não fez isso.

Privilegiou nomes em detrimento ao que os atletas têm mostrado, optou por esquema tático que dificultou para eles, a execução da proposta coletiva não foi elogiável, por conta do que relatei ao chegar no CT da Barra Funda ficou surdo para os conselhos de Milton Cruz e Rogério Ceni [é no mínimo um erro político] e deu ouvidos apenas ao José Eduardo Chimello que o indicou, depois que o dirigente caiu escutou um pouco o treinador interino e goleiro, desprezou completamente os acertos de Juan Carlos Osorio, preferiu fazer algo antagônico restando cerca de 50 dias para o fim da temporada com a semifinal da Copa do Brasil e a disputa por vaga na Libertadores pela frente…

Necessidade

Houve diversos equívocos, de vários tipos, e como não é alguém da confiança dos que atualmente lideram e gerenciam o futebol do São Paulo, e o desempenho do time piorou muito desde quando chegou, os cartolas preferiram antecipar a demissão como tentativa de o futebol evoluir o suficiente para ao menos haver a possibilidade, que avaliaram inexistente com Doriva, de conquistar a quarta posição no torneio de pontos corridos.

Em frente 

A lista de erros tende a diminuir com a rodagem.

O esforço que mostra dese quando foi jogador, se direcionado de maneira a agregar conhecimento, pode fazer que se torne, tal qual quer, um dos melhores do mercado.

'Charles Darwin'

Não sou da turma maniqueísta incrédula em evolução humana.

O Tite, por exemplo, em 2005, não era tão competente quanto hoje, evoluiu mais desde que saiu do Alvinegro, pois não se acomodou, quis adquirir conhecimento e implementou algo novo e construtivo nos treinamentos.Ele

Não se acomodou com a conta bancária gorda.

Continua com enorme satisfação para formar grandes times.

Isso serve como referência para quem pretende se aprimorar, seja em questões pessoais ou profissionais como a de treinar uma agremiação de futebol.


Michel Bastos é importante; torcida precisa parar de queimar bons jogadores
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birner

De Vitor Birner

Há uma parte da torcida do São Paulo que vira e mexe queima jogador importante para o time.

Reclamou de Danilo, não teve paciência com Casemiro, olhou torto ao Jadson, desconfiou muito de Rodrigo Caio, apenas para citar os mais recentes, todos com capacidade de agregar algo dentro de campo e ao elenco.

Na respectiva ordem, foram chamados de ''lento'', ''baladeiro'', ''ruim''e ''Danoninho''.

O meia taticamente sempre foi brilhante e crescia muito em clássicos e finais, o volante não tinha a maturidade que tende a adquirir, o líder de assistências do time que será campeão nacional enfrentou os problemas de ambiente que havia na época no CT da Barra Funda, e o que permanece na agremiação foi promovido, ainda muito novo,  por Carpegiani, ao time de cima, por causa de em uma ausência do Carlinhos Paraíba e de o treinador contar com o pior elenco, de longe, que o clube montou na última década, e a experiência o fez e fará melhorar.

Em contraponto, atletas como Denilson, Dodô e Luis Fabiano, todos muito comprometidos em campo consigo mesmos e quase nada com o o clube, contaram com a enorme generosidade das arquibancadas.

Não

Michel Bastos é o mais recente alvo de reclamações descabidas.

Atuou em alto nível quando foi contratado e, informo aos que  amam o assunto salário dos outros,  recebendo valor que correspondia a cerca de 30% do pago ao Luis Fabiano.

Renovou por quantia inferior à oferecida por alguns outros clubes do país por confiar no projeto de Gustavo Vieira de Oliveira e crer que tinha optado pela agremiação que cumpre o combinado no prazo estipulado.

O dirigente foi demitido em seguida e houve meses de atraso.

Além disso e não apenas por tal motivo, caiu de rendimento, pois não é gênio, craque [até esses têm alguns altos e baixos], mas sim o atleta competitivo, com rodagem para os jogos mais difíceis e virtudes fundamentais no padrão contemporâneo do futebol, em especial cruzamentos, passes e chutes de média distância que geram gols.

Muitos torcedores, então, concluíram que o aumento salarial o fez se acomodar, quando, na prática, a insatisfação dos diversos problemas internos parecem ter tirado, naqueles jogos,  parte da motivação fundamental para que mantivesse alto nível de concentração apenas nas questões do jogo dentro do gramado.

Hoje, compensa ressaltar aos 'salaristas',  ele não ganha cerca 50% do que recebe o centroavante.

Quem observa Michel Bastos, nota o inconformismo dele quando erra alguns lances. Não é do tipo que foge da responsabilidade e dispensa auto-critica.

Diante do Santos, na semifinal, deu assistência no Morumbi, fez gol na Vila Belmiro, e mais que isso, atuou com muita seriedade.

No 3×0 fente o Sport, mereceu elogios pelo que mostrou no 1° t, piorou depois do intervalo, mas as falhas foram técnicas não por falta de esforço.

O amado Luis Fabiano, que mesmo se fizer um monte de gols e ajudar o time a chegar na Libertadores não alterará a fraca, cara e complicada terceira passagem pelo Morumbi, saiu de campo com parte da torcida cantando seu nome mesmo depois de jogar mal, enquanto parte desses vaiaram Michel Bastos, muito mais construtivo e funcional que o atacante.

Campo

A irritação dele foi compreensível.

Não é de hoje que precisa engolir críticas desproporcionais e olha os 'privilégios' de jogador que faz média na entrevista e enrola os torcedores.

É lógico que não falará disso.

Teria de citar questões concretas do gramado e incomodaria o colega de profissão.

Não há problemas entre eles, mas, sim, na avaliação de quem, em tese, os apoia.

Desnecessário

Ao fazer o gol diante do Sport, Michel Bastos desabafou colocando o dedo indicador em frente á boca, simbolizando que as vaias deveriam cessar.

Apesar de ter toda razão técnica para ficar irritado, não deveria retrucar os torcedores.

Mercado

Todos os principais treinadores das maiores agremiações no Brasil queriam muito contar com o futebol de Michel Bastos.

Ele tem ciência disso.

Na conta

Se for embora por causa dessas reclamações, inclusive porque pode receber mais noutras agremiações, esses que vaiaram deverão recordar, quando ele for elogiado ao trajar outro manto sagrado, quer foram fundamentais para tal.

Quem ama algo, seja o que for, como uma agremiação de futebol, raciocina sobre a maneira que pode contribuir pode torná-la mais forte.

Ficar discutindo em redes sociais, gritando na janela para provocar o vizinho, se limitar a isso e depois jogar contra o time para o qual diz torcer queimando atleta importante e valorizando quem pouco agrega , não é construtivo.

Faz mais mal à equipe do que quaisquer torcedores das oponentes conseguem secando.

Sou do tipo que acha a arquibancada pode ter relevância na construção da alma coletiva de quem deve representá-la durante os jogos.

Papel

O São Paulo, outrora, tinha fama de receber os jogadores 'problemáticos' e torná-los importantes para o elenco.

Serginho Chulapa, o maior artilheiro da história da agremiação, foi um deles.

Casagrande, após ter as portas fechadas no clube onde foi revelado, ficou uma temporada no Morumbi e avalia isso como fundamental para ter conseguido sucesso na carreira dentro dos gramados.

Depois, não permaneceu porque o custo do passe era muito alto e retornou, em alta, ao Parque São Jorge.

Hoje não há a menor paciência no São Paulo e sempre são eleitos os vilões para os fracassos.

Ouso dizer que Telê Santana, atualmente, não resistira à perda do Brasileirão, um quarto de século atrás, e cairia por causa da grita da torcida nas redes sociais. Optou por Ivan de titular e Ricardo Rocha como reserva naquela decisão do torneio.

O papel de um grande clube é formar o profissional.

O da torcida é 'carregar e reerguer' quem não rende o que pode por conta do momento técnico ruim, e criticar com veemência o jogador que não se esforça o suficiente ou privilegia desempenho individual em detrimento da necessidade coletiva.

Como Michel Bastos é experiente, lhe falta tal apoio da massa para reencontrar o ápice técnico.

Ressalto: tem mostrado bom futebol;  mas pode melhorar, tal qual ele mesmo tem toda noção.

Paz

A torcida e o atleta precisam relevar tudo.

O jogador fez a parte dele e resta saber se o mesmo acontecerá com os melindrados torcedores. Se eles irão descarregar mazelas pessoais ou contribuir para a agremiação.

Na prática, a realidade é simples.

Ele não é indispensável e nem simples de ser substituído.

E, por ser experiente, sabe que se ganhar títulos entrará para a história, pois quem encerra jejuns de conquistas importantes de clubes gigantes, acaba sendo reverenciado e se transforma em ídolo.