Blog do Birner

São Paulo propõe acordo para encerrar imbróglio no STF
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UOL Esporte

De Vitor Birner

Diálogo e votos 

A direção tentará o acordo com os responsáveis pela ação que pode redundar na anulação das eleições de presidente e conselheiros da agremiação, e dos contratos vigentes feitos desde 2004, quando começou o litígio.

Irá propor que as alterações estatutárias realizadas durante a gestão do saudoso Marcelo Portugal Gouvêa sejam votadas pelos sócios.

O conselheiro Francisco de Assis Vasconcellos, Aurélio Miguel e outros entraram com o questionamento legal porque os cartolas, na época, não quiseram realizar a assembléia de associados.

Código Civil x Estatuto da agremiação

O tema foi apreciado, por determinação dos dirigentes e tal qual prevê a legislação do clube, apenas pelo Conselho Deliberativo, que referendou a reforma

A argumentação dos que discordaram foi embasada no Código Civil, que começou a valer em 2003.

Em suma, o estatuto, mais antigo que a Lei Federal, prevaleceu dentro da instituição e não onde labutam os magistrados.

O ex-presidente lucrou 

O São Paulo ainda pode recorrer em última instância, mas perdeu em todas as anteriores e precisa impedir o caos que talvez aconteça se insistir tal qual cogita, e a goleada jurídica for confirmada.

Carlos Miguel Aidar foi o advogado remunerado em todos esses fracassos jurídicos da agremiação.

Convicções são apenas chutes  

O Ministro do STF que avaliar o imbróglio determinará se haverá anulação das eleições e de acordos comerciais.

Pode optar por uma delas ou algo distinto do que cogitei.

Não há como definir, hoje, o que acontecerá, caso não ocorra o acordo ou o sucesso jurídico na empreitada da agremiação.

 


Central e Nacional empatam; atuação de ambos foi melhor que a do Palmeiras
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birner

De Vitor Birner

Rosario Central 1×1 Nacional

O palestrino que acompanhou o jogo do mítico Gigante de Arroyito, sabe que seu time precisa crescer, ou conseguir atuar acima da própria média como na conquista da Copa do Brasil, para se classificar à fase seguinte da Libertadores.

O Rosario Central, com sete desfalques, alguns deles muito importantes, na escalação inicial, perdeu muita força de criação e qualidade na frente.

Marco Rubén, centroavante, ídolo, artilheiro e competente, o volante Gustavo Colman, além de José Luis Fernández, que atua no meio de campo, pela esquerda, e o lateral-direito Víctor Salazar, todos machucados, sequer foram relacionados.

Larrondo, atacante, uma das referências do time, o primeiro volante Musto, e o habilidoso Lo Celso começaram no banco por causa do desgaste físico.

Suposta superioridade

A agremiação do treinador Coudet teve cerca de 70% de posse de bola antes do intervalo, mas pouco finalizou em gol.

Com Herrera [aquele mesmo] e Delgado na frente, toda articulação ficou nos pés do meia Cervi, que atuará no Porto na próxima da temporada européia, o que facilitou a missão do sistema de marcação do Nacional.

Marcação adiantada alterou o panorama  

A equipe do técnico Munúa parece ser mais competitiva que nas recentes edições do torneio.

Não tentou fazer a transição à frente trocando passes.

Preferiu o lançamento longo, pelo alto, e ficou recuado durante o 1° tempo, aguardando o contra-ataque e insistindo nos cruzamentos, tal qual é hábito das equipes do país.

Na etapa complementar adiantou a marcação e tomou conta do jogo.

Acertou uma vez a trave, perdeu outra grande oportunidade, e comemorou o gol do centroavante Nico López aos 10 minutos, por causa da falha do experiente Ferrari, que não fez a linha de impedimento.

Os rosarinos, principalmente o zagueiro Donatti, erraram muito na saída de bola. O Central é uma equipe que faz a transição da defesa para a meia trocando passes.

Futebol ofensivo e muito intenso

O Nacional recuou assim que conseguiu o gol.

Coudet, que havia colocado Lo Celso no lugar de Montoya, mandou Larrondo entrar e tirou Jonás Aguirre, que atuou na esquerda, como volante que apoia e ala, no meio de campo.

O 4-3-1-2 com flutuação para o 4-1-4-1 e o 4-3-3 foi transformado no 4-1- 3-2, com Larrondo se mexendo pelos lados do ataque e Herrera na função de centroavante. Delgado, na direita, Lo Celso no canto oposto, e Cervi, entre eles, formaram o trio de criação.

Libertadores Central x Nacional 1
(Posicionamento inicial)

Libertadores Central x Nacional 2
(após as alterações)

Os laterais participaram da parte ofensiva. A dupla de zaga Donatti e Pinola, e o volante Gastón Gil Romero se mantiveram atentos aos contra-ataques do Nacional.

O time ficou exposto, mas fez muita pressão.

Como se não conhecesse a regra

Wilmar Roldán, um dos preferidos dos antigos gestores da Conmebol com problemas no FBI, não marcou o pênalti que poderia ter gerado o empate e esquentado ainda mais a impressionante hinchada 'canalla'.

Naquele momento, se fizesse gol, a possibilidade de conseguir outro, por causa do clima do jogo e reações dos atletas, seria considerável.

O pequeno milagre

O Rosario Central desperdiçou muitas oportunidades e não teve sorte, como na mágica intervenção de Cristian Tabó, que substituiu Leandro Barcia, com o joelho e em cima da linha.

Mais alterações 

Munúa trocou o atacante Sebastián Fernández pelo veloz meia Matías Cabrera para tentar o gol que garantiria grande resultado.

O Rosário Central abafava, mantinha muitos atletas adiantados, e havia as brechas ideais para o suplente brilhar.

Coudet, em busca da igualdade, optou pelo meia atacante Pablo Becker na vaga de Gastón Gil Romero, o volante de marcação.

Não houve

Nos acréscimos, Wilmar Roldán 'compensou' ao determinar o pênalti inexistente do Victorino em Larrondo. Ele mesmo cobrou e empatou.

O zagueiro foi expulso e Munúa optou por Felipe Carballo no lugar de Nico López  para recompor o sistema de marcação.

Duas vagas para três agremiações

O River Plate é a zebra. Tende a ser derrotado pelo gigante de seu país, que o conhece, é superior na técnica e tem o manto sagrado com peso.

Tanto na parte individual quanto na coletiva o Central tem muito mais virtudes que a pequena agremiação do grupo.

O Palmeiras não pode insistir em lançamentos longos nascidos na defesa e cruzamentos contra o Central, pois a marcação nas jogadas aéreas é o ponto forte de Donatti e Pinola, os 'canallas' podem trocar passes e irritar a torcida palestrina.

A velocidade dos atacantes palmeirenses contra os defensores e a marcação adiantada são, em tese, os principais investimentos futebolísticos para conseguir, quinta-feira, ganhar .

Ponto de vista da torcida

A tendência é que o Alviverde e todos times com elencos superiores ao desempenho que mostram dentro do gramado consigam evoluir.

A questão é saber quando e quanto.

Não posso exigir de Marcelo Oliveira e de qualquer treinador que consigam implementar, em menos de um bimestre, grande entrosamento e amplo repertório de lances ensaiados.

O torcedor mostra preocupação porque as dificuldades coletivas têm sido iguais as da temporada anterior.

Eles têm toda razão quando observam.

O papel do jornalista é perceber se há evolução, como, por qual motivo, e 'exigir' força coletiva em alguns meses.

Ficha do jogo 

Rosario Central – Sebastián Sosa; Paulo Ferrari, Alejandro Donatti, Javier Pinola e Pablo Álvarez; Walter Montoya (Lo Celso), Gastón Gil Romero (Pablo Becker), Jonás Aguirre (Larrondo); Franco Cervi; César Delgado e Germán Herrera
Técnico: Eduardo Coudet

Nacional – Esteban Conde; Jorge Fucile, Mauricio Victorino, Diego Polenta eAlfonso Espino; Leandro Barcia (Cristian Tabó), Santiago Romero, Gonzalo Porras e Kevin Ramírez; Sebastián Fernández (Matías Cabrera)  e Nicolás López (Felipe Carballo)
Técnico: Gustavo Munúa

Árbitro; Wilmar Roldán – Assistentes: Eduardo Díaz e Cristian de la Cruz


Saiba quanto a Globo pagará ao São Paulo e o que Leco prometeu aos atletas
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birner

De Vitor Birner

O São Paulo receberá R$60 milhões de luvas e R$35 milhões por ano da Globo pelo direito de transmissão dos seus jogos, em canal fechado [Sportv], a partir de 2019. O acordo não inclui o pay-per-view.

A Turner [Esporte Interativo] ofereceu R$ 40 milhões de luvas e R$ 33 milhões anuais.

Além disso, o acordo prevê que se diminua a distância entre o valor pago à agremiação do Morumbi e o que for acertado com Flamengo e Corinthians. Ela ficará no patamar anterior, antes do acordo que alguns chamaram da tentativa de 'espanholização' do futebol nacional.

O dinheiro das luvas será usado para amortizar e alongar o perfil da dívida bancária, obter créditos novos e manter a remuneração do elenco em dia, que é uma das prioridades da gestão.

Os cartolas dizem que o clube deve a eles um mês dos direitos de imagem.  Os atletas reivindicam que não aconteça mais nenhum atraso.  Houve conversa do presidente Leco, recentemente, com esses funcionários.

O dirigente prometeu que de agora em diante tudo seria pago na data combinada, desde que a oferta da emissora fosse aprovada, tal qual aconteceu, pelo Conselho Deliberativo.

Por isso alguns jogadores aguardaram, com especial curiosidade, o resultado da votação na noite de ontem.


Locomotiva ‘descorintianiza’ estilo do Alvinegro; não faltou emoção no jogo
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birner

De Vitor Birner

Ferroviária 2×2 Corinthians

Tite não mexeu no esquema tático dos jogos anteriores.  A escalação que iniciou foi quase igual a da estreia na Libertadores.

Apenas Elias e Felipe, por recomendação de quem prepara o elenco na parte física, foram poupados.

O desempenho, apesar da manutenção de proposta coletiva e da maioria dos atletas, nem de longe lembrou o do clássico e da estreia na Libertadores, quando ganhou criando e fornecendo poucas oportunidades de gol.

Dificuldades

A Ferroviária marcou a saída de bola na área do Alvinegro, complicou a transição do time campeão nacional ao campo de ataque, e impôs o ritmo que pretendia.

Os treinamentos, sob orientação do português Sergio Vieira, para o torneio estadual, acontecem desde o fim do ano anterior, e rendem resultados.

Os jogadores da Locomotiva, mais bem preparados que os do oponente na parte física e posicionados de maneira elogiável, tornaram a partida intensa e rápida.

Os da agremiação gigante, porque ainda precisam mais tempo para adquirirem força, fôlego e entrosamento, sofreram com o ritmo imposto.

Os afeanos, pelos lados, conseguiram diversos cruzamentos, além de criarem algumas oportunidades pelo centro, onde o sistema de marcação corintiano é mais consistente.

Danilo referência; Rodolfo a parede

O sistema de marcação do Alvinegro abriu brechas e cometeu falhas, enquanto o de criação conseguiu mais de lances de gol que nos dois últimos jogos.

Ambos, quase sempre, pelos lados.

Aos 5, Danilo saiu da posição de centroavante e, rente à linha lateral, serviu Lucca. O goleiro Rodolfo, atento, fechou o ângulo. Aos 18, a equipe retomou a bola na meia, Romero tabelou com o veterano, cruzou, Juninho falhou e Maycon acertou a trave em lance muito favorável para comemorar.

Aos 26, Danilo mais uma vez se deslocou para a esquerda e tocou para Uendel cruzar. Após duas divididas por cima, Lucca chutou, Rodolfo rebateu, e o lateral que iniciou o lance ficou em frente a ele, livre, mas perdeu a chance de fazer 1×0 ao permitir que o goleiro, com a perna, brilhasse com sensacional intervenção.

Esse início do Corinthians, superior ao da Locomotiva, teve como bases do sistema ofensivo as jogadas pelos lados, a movimentação do veterano, e a chegada com muitos jogadores do meio [Maycon, Rodriguinho e Bruno Henrique]. além do zagueiro Vilson em alguns momentos, na área.

Equívocos, gol e Ferroviária melhor

Posicionados no 4-3-3- quando faziam a marcação alta, com Samuel e Wescley pelos lados do ataque e encarregados de recuarem ao meio de campo quando a equipe perdia a bola, os afeanos exigiram muita atenção dos laterais do Corinthians, de Romero, que marcou em frente ao Fagner, e Lucca, que fez o mesmo para auxiliar o Uendel.

Mesmo assim, Wescley, com uma dupla de oponentes 'em cima', conseguiu cruzar e Juninho, no meio da área, finalizou com enorme liberdade para fazer o gol. A defesa falhou, pois havia mais corintianos que jogadores na região do gramado onde o artilheiro chutou.

O Corinthians ficou desnorteado por alguns minutos e quase levou outro gol.

Aos 32, Samuel colocou o centroavante Tiago Adan em frente ao Cassio. O atacante superou quem pode tocar com as mãos na bola, mas Fagner quase em cima de linha o impediu de conseguir o que pretendia.

O panorama do jogo não foi alterado antes do intervalo.

O pênalti criado por Blatter

Fernando Gabriel, aos 2 minutos, cobrou o escanteio, Cassio rebateu e o lateral-direito Igor Julião por pouco não ampliou o resultado.

Aos 5, Danilo tentou fazer o passe, a bola tocou no braço do lateral-direito, e Flávio Rodrigues de Souza determinou que houve o pênalti.

O jogador da Locomotiva tentou evitar o contato da bola com o braço, mas não teve o reflexo necessário.

Esse tipo de infração inventada durante o reinado de Blatter e Valcke é muito ruim para o futebol, pois não há o toque deliberado, e sim a transformação da regra original, que é  simples, menos difícil de ser interpretada e muito mais realista de acordo com a dinâmica do esporte dentro de campo.

Essa subjetividade, se considerarmos o padrão de ética dos ultra-dinheiristas e enfraquecidos cartolas  sob investigação do FBI, é conveniente, pois permite que seja marcado qualquer pênalti e haja, sempre, uma justificativa para explicar por qual motivo, além de gerar debate muito chato para quem realmente curte o futebol.

Não criticarei a decisão do árbitro, pois preciso saber qual critério será colocado em prática ao longo do torneio. Como as orientações da comissão nunca são divulgadas, os jogos irão 'citar' o que é permitido.

Lucca não merece aplausos pela maneira como cobrou, Rodolfo acertou o canto, mas ultrapassou a bola para alegria dos corintianos.

Locomotiva acelera nos trilhos

Aos 11, Fernando Gabriel, da entrada da área, exigiu de Cassio a intervenção.

No minuto seguinte, Juninho, do mesmo local em que o colega havia finalizado pouco antes, chutou forte, e Cassio não conseguiu impedir a comemoração da torcida da tradicional agremiação do interior.

O goleiro falhou, tinha como intervir, mas não era o lance tão simples. As críticas devem ser direcionadas a ele e aos atletas do meio de campo.

Tite não falou, mas sabe que a equipe não pode permitir tantos chutes em gol dali com marcação frouxa, tal qual ocorreu nesse jogo, porque isso aumenta a possibilidade de equívoco do goleiro.

Os cruzamentos na área foram o ponto mais fraco de Cassio. Apesar disso o time tomou gol [o primeiro] em lance assim no qual não houve erro dele.

Treinadores mexem

Aos 18, Danilo, cansado, saiu e Giovanni Augusto entrou.

Tite queria aumentar a mobilidade do sistema ofensivo e, principalmente, adiantar a marcação para tentar o empate.

Os afeanos eram melhores e a marcação na frente poderia alterar a dinâmica de jogo. Outro fator óbvio é que retomar a bola na meia aumenta a possibilidade de fazer o gol.

Em seguida, Fernando Gabriel cedeu lugar ao Rafinha, pois o treinador pretendia aumentar a velocidade do contra-ataque. Notou que havia brechas para isso por causa da alteração de estratégia no Alvinegro

Aos 23, quase a escolha de Tite gerou o gol. Romero, mais adiantado, e na esquerda, não na direita como antes, fez a jogada de linha de fundo, cruzou rasteiro, e ninguém apareceu para finalizar.

Logo depois, Maycon foi trocado por Marlone.

Sérgio Vieira preferiu, então, reforçar o meio de campo com Danielzinho no lugar de Samuel. Avaliou que a possibilidade de ceder o empate era maior, naquele momento, que a de ampliar em lance de velocidade.

André substituiu o paraguaio e Caíque ocupou a vaga de Tiago Adan nas últimas mexidas dos treinadores, ambas na função de centroavante.

Outro detalhe: os laterais do Corinthians começaram a apoiar simultaneamente. Fagner, que pouco participara do sistema ofensivo, priorizou a criação e não mais os desarmes.

Corinthians de novo iluminado

O lateral direito fez a assistência no empate. Superou o marcador na corrida, cruzou por baixo, a bola desviou pouco no pé do zagueiro Wanderson, o suficiente para bater no de Giovanni Augusto e entrar no gol.

A Locomotiva, mais inteira na parte física, acelerou para ganhar.

Igor Julião cruzou, Cassio falhou, rebateu na área, Caíque chutou e Yago fez aquilo que o goleiro não conseguiu.

Caíque, lançado por Rafinha 'nas costas' dos zagueiros, tocou por cima do goleiro, saiu para comemorar, mas a bola caprichosamente tocou na trave.

Wescley foi outro que teve oportunidade, na área. Cassio, nesse lance, acertou.

Os afeanos, dentro da área,  finalizaram 3 vezes nos 5 últimos minutos, todas quase sem marcação.

Poderiam sair do gramado irritados, pois Uendel, em condição parecida com a deles, nos acréscimos, chutou e facilitou para o goleiro Rodolfo.

Relembro, relembro, relembro, relembro, relembro

Esse foi o jogo do Corinthians disputado com mais velocidade e que teve maior quantidade de oportunidades de gol. Não houve o tédio de outros compromissos da temporada.

A apresentação da Ferroviária, estilo de futebol ousado do time, e a oscilação do sistema de marcação alvinegro proporcionaram as grandes emoções.

O marasmo e as quedas de rendimento são normais no atual estágio de preparação. Tite reconstrói a parte coletiva e qualquer grande cobrança nesse aspecto, agora, será sensacionalismo que gera audiência e falta de conhecimento sobre formação de times de futebol.

Escalações

Ferroviária – Rodolfo; Igor Julião, Wanderson, Marcão e Thalisson; Juninho (Danielzinho), Fernando (Rafinha) e Rafael Miranda; Samuel, Tiago Adam (Caíque) e Wescley
Técnico: Sergio Vieira

Corinthians – Cassio; Fagner, Yago, Vilson e Uendel; Bruno Henrique; Romero (André), Maycon (Marlone), Rodriguinho e Lucca; Danilo (Giovanni Augusto)
Técnico: Tite

Árbitro: Flávio Rodrigues de Souza – Assistentes: Daniel Paulo Zioli e Alex Alexandrinho


Corinthians, iluminado, ganha na estreia da Libertadores
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birner

De Vitor Birner

Cobresal 0x1 Corinthians

Não tem a menor lógica exigir o entrosamento no Corinthians de Tite. O volume de jogo e a intensidade dependem da harmonia coletiva dentro do gramado.

O treinador precisa reconstruir o time que, por causa do desmanche, ainda não mostra futebol elogiável.

A maior preocupação é o sistema de marcação. Ele quer organizá-lo e a partir disso para fazer os jogadores atacarem em bloco, desenvolver e aprimorar as movimentações no sistema ofensivo.

A equipe continua no estágio inicial, algo normal, pois atípico seria solucionar tudo em meia dúzia de semanas.

Na última temporada, coroada com o troféu no torneio de pontos corridos, o time atingiu o ápice no segundo semestre. Antes houve grandes oscilações, mesmo com atletas melhores que os do atual elenco.

O marasmo

O sistema de marcação cumpriu a missão.

Posicionado no 4-1-4-1 em alguns momentos e no 4-2-3-1 em outros, 'permitiu' ao Cobresal finalizações de média distância e cruzamentos na área.

O quarteto na meia, em frente ao Bruno Henrique, contou com Romero na direita, Lucca do outro lado, além de Elias e Rodriguinho entre eles.

Muitas vezes, Elias recuou para a linha do volante e formou a dupla atrás do trio, não tenho convicção se por orientação do treinador ou avaliação do atleta sobre as necessidades do time,

Danilo foi o centroavante. A dificuldade do quarteto, ou do trio, com atacantes abertos na meia, se aproximarem do veterano tornou o sistema ofensivo quase inoperante.

Talvez por isso

O Cobresal insistiu na criação com Benítez, que atuou do lado direito do sistema de marcação alvinegro e ganhou algumas disputas contra Fagner, inconsistente nos desarmes se o meio de campo não fizer a 'parede' em frente dele.

Romero podia realizar a função, mas ficou atento ao apoio do Jerez, lateral dos chilenos.

Elias, provavelmente preocupado com a possibilidade do lateral alvinegro ser driblado e os chilenos criarem a oportunidade assim, muitas vezes se posicionou na linha de Bruno Henrique.

Tanto antes quanto após a paralisação por causa do apagão nos refletores do El Cobre, ambos os goleiros não fizeram qualquer intervenção complicada. Salvo engano, nem uma simples sequer.

Alterações e pequena melhora

Giovanni Augusto ocupou o lugar de Romero, que saiu não retornou do intervalo.

Como o que iniciou no time,  o recém-contratado atuou na direita, aberto, para fazer as mesmas funções defensivas do paraguaio e otimizar o sistema ofensivo. O time chegou mais na meia do lado dele e do Elias, mas houve equívocos no último passe e finalizações de fora da área.

E mais que isso, a falta de movimentações coordenadas e de compreensão rápida entre os jogadores, dificultaram a fluência do futebol alvinegro.

Danilo saiu, André entrou na função de centroavante, tem características distintas das do veterano, mas o andamento continuou igual.

Tite pediu, então, para os atletas do quarteto trocaram, às vezes, de lado e isso não tornou o setor de criação mais forte porque eles ainda não se completam.

Nada aconteceu, a não ser a feia queda de Benítez, que não deveria ser mostrada na transmissão porque provavelmente fraturou o braço.

Elias, por cansaço, saiu para Willians entrar na última alteração feita pelo Tite.

Muito iluminado

O jogo com cara de 0x0 explicava com precisão a inoperância dos times com a bola, pois ambos os goleiros quase nada realizaram e não fizeram uma intervenção difícil sequer.

Tal qual no clássico, quando não finalizou e ganhou, e diante do Capivariano, jogo que foi equilibrado, a sorte escolheu o Corinthians.

Após a rebatida do Cobresal no escanteio. Lucca, na direita, onde pouco permaneceu, cruzou por baixo e o zagueiro Escalona, de carrinho, tocou contra o próprio gol.

O Cobresal, em seguida, nos acréscimos, foi ao ataque, conseguiu o escanteio e não igualou.

É o futebol

Os responsáveis pela imposição das regras do jogo não alteraram o resultado.

Ele foi consequência das realizações dos atletas no gramado.

Quando tudo se resolve pelos que chutam e cabeceiam a bola, não há nada a ser questionado sobre os méritos, ou a falta deles, de quem ganhou ou perdeu os pontos.

Sorte não é pecado, mas sim benção pela qual todos beneficiados, seja no que for, devem agradecer, aproveitar e sorrir.

Resultados que garantem a paz

Ganhar em qualquer estreia de Libertadores, principalmente quando não é mandante, sempre tem importância.

A sequência de jogos com vitórias, desde o início do ano, esconde as previsíveis dificuldades do time por falta de entrosamento, e permitem que Tite e os jogadores não tenham que sofrer pressão além da normal, que é grande por causa do peso do manto sagrado.

O treinador, com enorme moral pela sua história na agremiação, conta ainda mais com a paciência dos torcedores.

Ele sabe que coletivamente é preciso melhorar muito, não adianta tentar pular etapas, e fica  por ter o privilégio de somar pontos no clássico e estreia da Libertadores.

Se perdesse do Cobresal, talvez fosse necessário alterar algo para otimizar a criação e ganhar outros jogos no torneio, e isso poderia levar Tite a fazer pequenos e eventuais desvios no planejamento idealizado para a reconstrução do coletivo forte.

Agora pode manter pragmatismo pleno. Lidera o torneio importante e o pouco relevante, o time pode tropeçar em algum jogo e mesmo assim tende a se classificar para o mata-mata daquele que nação alvinegra mais almeja.

Ficha do jogo

Cobresal – Cuerdo; Jerez, Salazar, Escalona e Alejandro Lopez; Ureña e Sarabia; Sepúlveda (Pablo González), Fuentes e Benítez(Carlos Oyaneder); Ever Cantero (Javier Grbec)
Técnico: Dalcio Giovagnoli

Corinthians – Cássio, Fagner, Felipe, Yago e Uendel; Bruno Henrique; Romero (Giovanni Augusto), Elias (Willians), Rodriguinho e Lucca; Danilo (André)
Técnico: Tite

Árbitro: Andrés Cunha (URU) – Auxiliares: Mauricio Espinosa e Gabriel Popovits


Torcida vaiará o Lucão ou escutará o ídolo Lugano?
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birner

De Vitor Birner

O apelo

''Se eu posso fazer com que o torcedor me escute, gostaria que o torcedor avalie o profissionalismo, o compromisso, caráter, coragem do menino de sempre ir para frente e ir jogando, de assimilar um erro e nunca se esconder. Isso é valioso em um jogador, muito mais que um erro ou acerto. É uma fração de segundo que acontece e vai acontecer sempre'', explicou Lugano ao Seleção Sportv.

''Precisamos do apoio da torcida, e o menino precisa do apoio da torcida. É um momento bom para o São Paulo começar a se unir e ser forte em momentos ruins, como este'', acrescentou o zagueiro.

A lucidez do atleta reverenciado pela torcida da agremiação do Morumbi gerou a recomendação inteligente que é quase utopia no mundo das redes antissociais e do ódio disseminado em muitas pequenas manifestações.

Simplificando, El Dios citou que o colega é esforçado, ainda não tem personalidade pronta para lidar com a própria tensão, mas pode melhorar ao longo da carreira e quem ama o time deveria fortalecê-lo ao invés de esmagá-lo, tal qual acontece por causa das fracas apresentações do Lucão em jogos mais tensos.

Equilíbrio, não técnica

O defensor mostra dificuldade para se concentrar e manter plenamente a confiança em alguns momentos.

Tem panes, para de raciocinar, e fica inerte ou sem leitura do que ocorre em campo, como aconteceu nos últimos clássicos diante do Corinthians.

O equívoco no lance que originou o gol não foi gerado por incapacidade técnica.

Faltou serenidade para manter a concentração e pensar. Podia optar pelo chute à linha de fundo, ou para a lateral, ou tentar recuar como quis, mas fez a assistência ao Lucca.

Teve o chamado 'branco', como em alguns momentos da goleada diante do reservas do oponente no torneio de pontos corridos.

Sempre o próximo lance

Não tenho a menor dúvida que entrou no gramado carregando os erros anteriores e as vaias que havia recebido.

Fazer isso é grande erro no futebol. Precisa entender que o esporte proporciona, sempre, cada vez que toca na bola, a possibilidade de acertar e melhorar.

Ninguém pode alterar o lance anterior, mas se souber lidar com a pressão gerada após cada equívoco, diminuirá a quantidade deles. Casar com a falha é garantia de ter, em todas as jogadas, a companhia dela.

Lucão deve se perdoar porque isso tende a diminuir ou, na pior das hipóteses, não aumentar ainda mais os equívocos gerados pelas panes de raciocínio.

A escolha de cada torcedor

Como literalmente o Lugano falou,  Lucão não se equivoca por falta de profissionalismo, compromisso, caráter, e isso, de acordo com zagueiro, é mais valioso no jogador jovem que seus erros ou acertos.

Pediu apoio da torcida porque ela pode fortalecer o atleta ou jogar contra quem defende o manto sagrado da agremiação.

Os preguiçosos, jogadores que não se incomodam com resultados ruins, além de outros perfis de atletas pouco comprometidos, podem eventualmente melhorar quando são vaiados.

Lucão, na avaliação do veterano, é sério, não se enquadra em nenhum desses perfis, pode ser cobrado como outros jogadores, mas não daquela maneira.

O próprio atleta sabe que foi mal. Ele mesmo se penitenciou por entregar o gol.

Em suma, o campeão nacional, da América e do Mundo, dividiu responsabilidades com o torcedores ao afirmar que é  ''um momento bom para o São Paulo começar a se unir e ser forte em momentos ruins, como este''.

A solicitação dele é simples de ser compreendida:

Cada torcedor pode optar por jogar com o time e contribuir, ou descarregar raiva no Lucão.  Apoiá-lo não é garantia que será eficaz diante do The Strongest, mas as vaias aumentam consideravelmente a possibilidade de cometer mais equívocos.

Vale ressaltar que Bauza ainda não tem outras opções confiáveis para a zaga e provavelmente por isso manterá o jogador na importante estreia da agremiação na fase de grupos da Libertadores.


São Paulo tem novo patrocinador
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UOL Esporte

De Vitor Birner

O São Paulo receberá R$2,2 milhões da Tim pelo patrocínio nos números das camisas dos jogadores.

O acordo válido até dezembro prevê que, além da verba, a agremiação terá direito a R$ 300 mil em produtos.

Os cartolas do clube negociam com instituição de outro segmento de mercado o espaço 'master' no uniforme.

Não teriam feito o acerto com a de telefonia celular se houvesse concorrente desse nicho cogitando pagar o o valor pretendido pela agremiação.


Qual Robinho: o ídolo santista ou o reserva na China?
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birner

De Vitor Birner

Robinho, em forma e disposto a competir, tem muito a contribuir para o Atlético de Diego Aguirre.

A questão é saber se ele pretende fazer isso como o time precisa, o treinador quer, a torcida espera e a direção aposta ao investir nele,  ou se jogará com menos empenho que o necessário, de maneira confortável para si mesmo.

A reserva em partidas do Guangzhou Evergrande deve ter sido fruto do desdém com quem lhe pagou altos salários.

A agremiação, ciente disso, fez contrato de produtividade. Tinha que se resguardar como possível, pois o vínculo assinou até o final da próxima temporada e colocou cláusula de renovação por mais uma.

Ele tem 32 anos, nenhum histórico de grandes problemas físicos e depende da dedicação aos treinamentos para mostrar futebol de qualidade elogiável.

A penúltima

Não avaliarei os meses do atleta na China, pois não assisti aos jogos e a reserva no Mundial deixou impressão ruim.

Times daqui não contratam quem sequer consegue ganhar a posição no esporte em desenvolvimento do país mais populoso no planeta.

Antes, no Santos,  onde ficou  até meados do ano anterior, teve desempenho convincente.

A equipe piorou após ele sair, mas se reorganizou, cresceu, evoluiu e chegou a apresentar futebol superior, com Geuvânio [ou Marquinhos Gabriel] pelos lados do trio de criação do 4-2-3-1, Lucas Lima entre eles e Ricardo Oliveira adiantado, ao do período com o veterano e que rendeu a conquista do estadual.

Ganhou força coletiva principalmente na marcação, pois Robinho, quase sempre pelos lados e mais aberto no esquerdo, recebia a regalia de acompanhar o apoio do lateral oponente até a linha que divide o gramado.

Como o centroavante não tinha força física para recuar tanto constantemente e é mais construtivo se permanecer adiantado, havia 8 jogadores participando sempre do sistema defensivo, o que pode ser pouco dependendo das necessidades do time em alguns jogos.

Reverenciado na Vila

Ícone futebolístico, em especial nas categorias de base .

Robinho tem tal status, principalmente entre os atletas que pretendem subir ao time principal alvinegro.

Neymar, por exemplo, antes de ganhar brilho próprio queria 'ser Robinho' e realmente é fã do meia, outrora atacante, apesar de ter mais habilidade e futebol que o ídolo.

Essa admiração quase consensual na baixada criou ambiente favorável e fez os outros jogadores correrem pelo autor das históricas pedaladas contra o corintiano Rogério.

Me pergunto se o mesmo acontecerá na sua nova agremiação, onde não ganhou torneios e sequer tem raízes, receberá salários altos, chegou na condição de estrela, e precisará retribuir tudo com generosidade.

Não sei a resposta. Qualquer afirmação convicta, agora, seria chute.

Ninguém, com exceção ao próprio jogador, pode afirmar como ele se dedicará trajando o manto sagrado da agremiação que Vantuir, Reinaldo, Toninho Cerezo  e tantos outros honraram e respeitaram.

Tenho certeza que a expectativa da nação atleticana é enorme. O impacto disso se refletirá em cobranças ou elogios proporcionais ao desempenho do jogador.


São Paulo quer volante; direção tem acerto com atacante Calleri
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De Vitor Birner

Calleri foi pedido por Bauza.

Como a ideia dos dirigentes da Inter de Milão é contar com ele apenas no início da temporada, em julho, os da agremiação do Morumbi se esforçaram para acertar com o artilheiro.

O atleta que iniciou como profissional no All Boys atua como centroavante, tal qual Alan Kardec e Kieza, e pode  jogar pelos lados do ataque ,onde os cartolas e o treinador avaliam que o elenco tem maior carência.

No Boca Juniors formou a dupla de frente com Tevéz porque ambos 'conseguiam' cumprir as duas funções na frente. Calleri atuou mais no centro do ataque, onde é melhor, e na direita correndo na diagonal. O mais renomado fez o mesmo do outro lado, mas com maior frequência pela beira do gramado.

O treinador, se confirmada a contratação [faltava assinatura quando postei], terá dois atacantes fortes fisicamente, com mobilidade, e goleadores.

Alan Kardec rende mais como centroavante, mas é construtivo em qualquer região do gramado no entorno da área e merece a titularidade. Bauza queria muito o compatriota para a Libertadores, o que mostra a intenção de colocá-lo entre os principais jogadores da agremiação do Morumbi.

Tudo para ontem   

Contratar alguém por poucos meses e com o atleta sabendo que não permanecerá sempre aumenta a possibilidade de não render seu melhor futebol.  Pode, em algum momento, diminuir o comprometimento dele com o time.

No Boca ficou na reserva até se adaptar. Tinha saído de clube menor, era inexperiente, a camisa pesou, mas o fato de ser orientado pelo treinador argentino reduz tal risco na breve empreitada pelos nossos gramados..

Contratação mostra apoio ao treinador 

O empenho para buscar Calleri por poucos meses é gesto de respaldo dos dirigentes do Morumbi ao Bauza, e obviamente as suas ideias sobre futebol. .

A grana para investir em jogadores continua pequena,  por isso a escolha dos reforços deve ser cirúrgica. Precisam formar a equipe forte neste ano e mostrar aos atletas da base que podem ganhar oportunidades, cada vez mais, no elenco principal, .

David Neres, por exemplo, tem potencial e joga pelos lados do ataque, mas precisa ser humilde e compreender que apenas o talento não fará dele alguém grande dentro dos gramados.

Neymar treina muito e nunca parou de evoluir.

Deveria servir de referência esportiva para quem nasceu abençoado com talento acima da média e principalmente saúde para mostrá-la. A satisfação de ganhar não pode perder o jogo contra a de brilhar e exibir técnica.

Urgente reforçar o elenco nessa função 

O São Paulo precisa de volante.

A minha dupla teria Thiago Mendes e Michel Bastos, mas Bauza opta por Hudson ao lado do ex-Goiás, que deve ser titular absoluto

De todos os negócios feitos desde quando Leco assumiu a presidência e escolheu Gustavo Vieira de Oliveira para cuidar do futebol, a compra de mais 40% dos direitos econômicos de Thiago Mendes, dobrando a participação do clube e encerrando a cláusula que obrigaria negociá-lo, foi o melhor investimento.

Tende a se valorizar acima dos 6 milhões de euros que forçariam a sua saída, e os cartolas foram perspicazes ao acertarem tudo em dezembro, antes da abertura da janela de transferências. Seria quase impossível o atleta novo, muito forte na parte física, com qualidade para ser primeiro e participar constantemente do sistema ofensivo, ou atuar como segundo da posição, permanecer no Morumbi com multa de rescisão de pequeno valor.

A chegada de mais alguém da posição é uma das principais metas. Consegui checar o trio que faz parte da lista.

Mais pegada no meio de campo 

Lucas Silva, emprestado pelo Real Madrid para o Olympique de Marseille, onde é reserva do time com fraca campanha (nona colocação), é o mais técnico deles.

Rômulo, ex-Vasco e titular do Spartak Moscou quarto lugar na liga russa são os 'estrangeiros', tem como maior virtude a contribuição para o sistema de marcação.

Willians, do Cruzeiro, pintou no Santo André como grande jogador, mas oscilou no Flamengo, Udinese, Internacional e na sua atual agremiação, é outro com maior potencial na marcação.

Mano Menezes o fez jogar mais adiantado, recentemente, antes de ir treinar o Shandons Luneng da China e Tite, sempre atento ao mercado, quis contar com Willians, provavelmente para substituir o Ralf.  .

Isso mostra qual é a prioridade do Bauza. Quer opções para melhorar a cobertura quando os laterais apoiam, a 'compactação' em frente aos zagueiros e, se possível, agregar virtudes coletivas que nunca faltam nos melhores times  do futebol.

Não consegui apurar quais receberam ofertas, se há negociações com eles, e se há mais nomes na lista que os dirigentes têm em mãos para a escolha e acerto com o volante que pretendem contratar.

A tendência é haver outros, pois o menos valorizado e difícil de ser contratado por ter quase 30 anose ser reserva com o técnico Deivid, teve que ser riscado da lista de pretendidos.

Conceitos do melhor futebol

O ideal é que o time tenha dois volantes com capacidade de marcação, criação e finalização.

Ter sempre o marcador ao lado de outro habilidoso é, atualmente, conceito quase obsoleto.

Funcional ainda, de acordo com o esquema tático, principalmente se os laterais forem ruins nos desarmes e incapazes de apoiarem e recuarem como o coletivo precisa, ou se a proposta for abdicar de mais de um jogador no sistema de marcação.

Quem pretende ter dinâmica de futebol moderna, com posse de bola no meio de campo, transição à frente trocando passes e variações ofensivas, precisa tentar elevar a qualidade técnica.

Como em nosso continente isso é raro, ou por causa da filosofia de jogo de quem escala, ou por falta de grana para ter e manter atletas que podem exercer ambas as funções, quase nunca os times contam com dois volantes que conseguem ser fundamentais nos sistemas de criação e de marcação, e isso não impede uma agremiação de comemorar a conquista da Libertadores.


São Paulo cogitou ir à Fifa por causa da demora na rescisão de Lugano
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De Vitor Birner

Lugano assinou por um ano e meio com o São Paulo. Fez isso no Paraguai.

O clube cumpriu a única exigência contratual [válida para qualquer time do planeta disposto a contar com o zagueiro], ofereceu salário superior ao que o recebia no Cerro Porteño e ele aceitou.

A demora para o clube paraguaio referendar a saída foi uma barganha forçada.  Queria ganhar algo, qualquer compensação, apesar de não ter direito, para cumprir o que colocou no papel quando trouxe o jogador.

O São Paulo tinha pressa

A estreia diante do Cesar Vallejo será em 22 dias. O veterano precisa treinar e se entrosar para o técnico decidir com quais formação e esquema tático iniciará na Libertadores.

Talvez, cientes de tudo isso e incomodados com a perda do atleta, o que fez os fanáticos hinchas entortarem o nariz, os dirigentes guaranis tenham dificultado.

O Olimpia, maior rival, tem três títulos do torneio e recentemente foi campeão nacional ao ganhar o clássico.

A insatisfação não é pequena pelas bandas do 'Barrio Obrero'.

Os cartolas da agremiação do Morumbi cogitaram, por conta da demora, ir ao tribunal da Fifa. Com certeza obteriam êxito, mas o trâmite seria lento e cansativo.

A realização do amistoso foi a saída para a conclusão da transferência em paz.