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Cuca deve ficar mais feliz que Dorival com post de Lucas Lima no twitter
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De Vitor Birner  

A derrota ainda incomoda

Lucas Lima comemorou no twitter a goleada do Água Santa contra o Palmeiras.

Ainda não digeriu a perda da Copa do Brasil, pois o Santos tinha mais time e futebol, e provavelmente a própria apresentação individual ruim no jogo do Allianz Parque.

Provocou com o necessário respeito 

Quando postou a indireta; ''Tudo isso mesmo?'', e emendou a gargalhada, não adjetivou e tampouco ofendeu.

O atleta tem direito de se manifestar.  Não pode fazer algo que potencialize o ódio.

Nossa sociedade muito violenta, cheia de gente que crê ter direito de fazer pseudo-justiça com as mãos, o palito de fósforo aceso pode gerar explosões desproporcionais ao tamanho da chama. A maioria dos torcedores que hoje se dispõe a sair na porrada contra os seguidores doutras agremiações tende a achar isso tolice quando ficar mais velha e tiver prioridades construtivas.

A manifestação do meia se limitou ao que ocorre no gramado. Quem ama as duas agremiações pode comprar essa rivalidade, mas na prática ela se restringe aos elencos.

Mais que apenas correr e competir

No planeta do profissionalismo protocolar, esse no qual reside o futebol dentro do país, onde há razoável quantidade de jogadores que corre, se esforça e pouco sente o impacto dos resultados, a mágoa do santista é positiva para o esporte.

'Felicidade' no Ct do Palmeiras

Dos treinadores, imagino que o Cuca, ao saber do twit, gostou mais que Dorival Jr.

Pode citar isso em qualquer palestra para motivar o elenco, enquanto o santista, ao contrário, não tem como agregar nada ao time que orienta.

Pode ser negociado antes

As agremiações empataram no estadual por oxo.

Se não houver o clássico entre elas nas fases seguintes, o outro jogo será pelo torneio de pontos corridos, em 10 de julho.

A janela de transferência para os maiores clubes europeus será aberta no início daquele mês, a possibilidade de Lucas Lima se transferir é enorme, consequentemente a de permanecer minúscula, e a de atuar contra o Alviverde incerta.

Talvez tenha twitado aquilo que não terá como defender dentro do gramado.

 


Aidar e Ataíde podem receber punições iguais do Comitê de Ética
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De Vitor Birner

José Roberto Ópice Blum é o líder do Comitê de Ética encarregado de apurar o episódio que gerou a renuncia de Aidar.

Ele almoçou em tradicional restaurante da capital paulista com importantes nomes da política da agremiação do Morumbi, onde recebeu o pedido de aplicar sanções iguais a ambos os ex-cartolas.

Um dos integrantes da mesa contou sobre a solicitação encabeçada pelos ex-presidentes José Eduardo Mesquita Pimenta e Fernando Casal de Rey, Newton 'do chapéu', que concorreu com Leco ao cargo, e o conselheiro Denis Ormrod.

José Roberto Ópice Blum, hoje o nome mais forte para ser o candidato da oposição contra o Leco no pleito do ano que vem, falou que assim será.

Não tenho ideia se foi político ou se manterá o combinado. Carlos Miguel Aidar, porque caiu depois da iniciativa de uma integrante apoiado pela situação, pretende apoiar o oposicionista, tal qual o próprio sabe

Advogado muito experiente

José Roberto Ópice Blum é desembargador aposentado. Atualmente tem escritório nos EUA.

Teve Paulo Maluf, que precisou (a) de muito conhecimento jurídico dos advogados, como cliente.

Renomado, tem amplo conhecimento do direito, e este jornalista que necessita pequenas aulas de quem possui expertise na área quando as pautas sobre o tema pedem maior profundidade, não pretende desrespeitar o especialista ao enumerar alguns pontos.

Carlos Miguel Aidar renunciou porque Ataíde Gil Guerrero mostrou suposta prova de corrupção na gestão e tentativa de suborno para referendar desvio de dinheiro.

Ataíde Gil Guerrero, de acordo com o que declarou, agrediu o na época presidente após escutar essa oferta.

Os equívocos de ambos os cartolas não deveriam ser apreciados como iguais. Se confirmados, tais quais as reações dos protagonistas indicam – não teria lógica o advogado Carlos Miguel Aidar renunciar acusado de corrupção inexistente e a assessoria da agremiação afirmou que a fita foi periciada -,  as sanções precisam ser distintas e proporcionais aos prejuízos que geraram à instituição, além de construtivas.

Gigante do futebol foi espancado 

Jack não quis mais a comissão pela dita intermediação do contrato com Under Armour, coincidentemente após o Conselho procurar detalhes do negócio; depois de Leco assumir o cargo, o tributarista parou de cobrar o gordo pagamento; a controversa negociação para contratar Iago Maidana; a hipótese de negociar rendas por 10 anos com a BWA, que tornou lenta e ineficaz a venda de ingressos.

Duras críticas em tom de acusação foram feitas, além da citada por Ataíde, sobre a gestão anterior. São questões supostamente venais, não de competência administrativa.

O tropeço de Ataíde foi perder a medida na reação diante do que chamou de tentativa de suborno. Não deve acontecer, pois é preciso manter a civilidade entre os gestores.

As porradas são ineficazes para a melhora da instituição.

Método questionável que impediu declínio maior

A gestão de Aidar provavelmente redundaria na bancarrota do São Paulo. Potencializou muito as crises financeira e do futebol.

Minha opinião

No mundo ideal, cada negociação feita por Carlos Miguel Aidar seria auditada e, se confirmado algum desvio, o dinheiro devolvido aos cofres do clube e ele excluído do quadro se associados.

Ou a última parte desconsiderada, desde que publicamente peça perdão aos milhões de torcedores.

A ética de Mandela, Gandhi, Mujica,  ou o sermão da montanha, manifestação mais sábia da história, deveriam servir para algo além de gerar admiração e ser filosofia que não ultrapassa o verbo.

Mas esse assunto não é para o blog.

Quem resolve é o Comitê de Ética. Que tenha embasamento apenas técnico na resolução.

O clube dos grandes dirigentes

O momento não tem a ver apenas com Aidar e Ataíde

Os chamados cardiais e os conselheiros que formaram outrora a agremiação mais forte do país em conquistas, patrimônio e ideias, hoje não recebem mais esses elogios.

Têm sido alterados por críticas duras, como as direcionadas aos políticos de outros clubes e os que lidam com o dinheiro público da nação.

O São Paulo precisa muito de competência em todos os setores, dentro e fora dos gramado, para se recolocar e permanecer no patamar que o fez outrora referência.

Necessita enorme alteração no estatuto. Ele é o âmago dos problemas, dificulta gestões, empaca o crescimento, funciona como grilhão que torna lenta e difícil a caminhada às direções exigidas pelo mundo futebolístico deste século.

 

Versão fornecida por outros conselheiros

Newton Ferreira, opositor de Leco no último pleito, me contactou quando eram cerca de 10h da noite para negar que comentou sobre o tema durante o almoço, e afirmar que Fernando Casal de Rey e o Denis Ormrod telefonaram a ele e falaram que não fizeram a solicitação postada ao Ópice Blum.

 

Horas antes, no meio da tarde, conversei com o assessor de imprensa de Ópice Blum, questionei se havia algo a ser ''reparado'' (acrescido) ao post, e me disse que não fez tal solicitação.

 

 


Se o elenco do Palmeiras for ruim, Alexandre Mattos merece bilhete azul
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De Vitor Birner

Os grandes entraves

O Alviverde tem carências em especial nas laterais, onde Cuca em algum momento pedirá ao Jean para atuar, apesar de o volante não querer, e talvez na zaga.

Colocar na conta disso o futebol ruim do time é desviar a atenção do que hoje precisa ser solucionado. O raciocínio é simples;  a maioria das agremiação contra as quais perdeu pontos desde a temporada anterior tinha menos potencial técnico e opções em muitas posições.

Antes de ir correndo ao mercado em busca de reforços, a falta de concentração e principalmente de consistência tática durante os jogos, que são grandes entraves para o futebol melhorar, devem acabar.

Por isso perdeu de Linense, Ferroviária e Audax, e tomou o vareio do mistão do Rosario Central no segundo tempo da partida do Allianz Parque.

Desde quando formou o elenco,  laterais, zagueiros, volantes, meias e o centroavante foram criticados.

A dificuldade, na prática, é do conjunto.

Menos mercado e mais acertos

Questionar a qualidade dos contratados por Alexandre Mattos e Paulo Nobre é necessário. A torcida quer comemorar a conquistas do torneio de pontos corridos e repetir o feito na Copa do Brasil, há concorrentes com mais jogadores que desequilibram, e reforços são quase sempre construtivos, principalmente se forem de alto nível.

Por outro lado, se depois de trazer três dezenas e meia de atletas não houver potencial individual para ganhar de quem conta com orçamento muito inferior, o gerente deve ser demitido antes de escolher e buscar outros funcionários.

Melhor assim que permitir o investimento, com a grana do clube, em mais funcionários ineficazes.

Essa não é a minha opinião.

O Alviverde pouco rendeu diante de tais equipes porque, reitero, foi incapaz de funcionar como time. Além disso,  houve oscilações de desempenho dos atletas durante os jogos.

Lembre do 1° t contra os rosarinos, observe a queda de rendimento depois, e perceberá como tecnicamente os jogadores despencaram. A quantidade de equívocos nos toques de bola simples impressionou.

Os parafusos e os funcionários

Há duas frentes distintas que precisam ser aprimoradas

O treinador, com todo apoio de gestão e estrutura necessários, deve identificar os problemas, achar soluções, implementar as alterações e melhorar o futebol do time.

Enquanto isso, Alexandre Mattos e quem mais cuida do futebol observam o mercado para escolher reforços pontuais, não de baciada, nas posições vulneráveis do elenco.

Não é lógico misturar as missões.

Devem ser solucionadas separadamente, apesar de servirem ao mesmo objetivo de fortalecer o time, ao menos enquanto o grupo de atletas não atingir, nos gramados,  quase todo o máximo potencial.

Assim ninguém se livra ou transfere as obrigações, os jogadores, técnico e dirigente remunerados se concentram naquilo que lhes cabe,  e a instituição que os provêm com grandes salários recebe os bônus do investimento.

O 'nosso' pacote futebolístico 

As agremiações, em nosso futebol,  têm lacunas no elenco. É incomum alguma com duas opções em todas as funções.

Contratar para satisfazer o torcedor e minimizar a crise pode ser avaliado como populismo, dependendo de quem chegar, caro ou barato.


Chelsea rasgou dinheiro com Pato; ninguém explica esses negócios do futebol
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De Vitor Birner

O Chelsea foi eliminado pelo PSG na Liga dos Campeões, e contra o Everton na FA Cup.

Não tem a menor possibilidade de conquistar a Premier League, e quase nenhuma de se classificar ao principal do torneio do continente.

No fracasso contra a agremiação de Liverpool, o centroavante Diego Costa encrencou com o Barry e foi suspenso. O Guus Hiddink sairá dos blues assim que o 'inglesão' terminar.

Imagino que Alexandre Pato – nem no banco ficou nos fracassos diante de PSG e Everton – terá oportunidade de estrear ao longo do restante do torneio de pontos corridos.

Restavam nove chances, após as desclassificações, para tentar alterar o rumo da carreira, incluindo a de ontem, quando houve o empate contra o West Ham nos estádio dos 'Blues'.

O treinador posicionou o time no 4-2-3-1, tal qual quase sempre. Alexandre Pato prefere atuar na linha de três, mas poderia ser 'um', o mais adiantado, se a proposta incluísse o centroavante que se mexe em vez de alguém para fazer o pivô e trombar com zagueiros.

A escalação inicial teve William na direita, Oscar ao lado dele e Kenedy – em jogos anteriores foi improvisado na lateral – na função que o renomado não aproveitado gosta e crê render melhor.

Por causa da ausência de Diego Costa, Remy foi o centroavante. Ao longo do jogo, Pedro entrou no lugar do ex-Fluminense e Traoré no do francês.  

Quem escala e prepara o esquema tático não queria a contratação e tampouco confia no futebol do candidato a estreante.

O 'profissional' mercado do esporte 

O mercado europeu atualmente avalia Alexandre Pato  como jogador de terceiro escalão ou menos, se tanto. Não foi atuar na agremiação 'grande' por méritos futebolísticos.

O Corinthians pediu aos empresários que arrumassem quem eventualmente poderá minimizar ou impedir o prejuízo gerado pelo investimento na contratação do então escolhido como substituto de Ronaldo no marketing e no gramado. A influência de Andrés Sanchéz com Kia Joorabchian, e a do iraniano com Roman Abramovich [dono da agremiação inglesa] provavelmente influenciaram.

O time foi eliminado de tudo possível e ele, porque não fazia parte dos planos ou não convenceu o treinador, sequer entrou no gramado.

O Chelsea fez o favor literalmente caro para o Alvinegro.

Gasta com os salários e Alexandre Pato, mas ele não atua. A temporada terminará em meados de maio.  Se realmente quisesse contar com o atacante, bastava aguardar e ele assinaria. O Corinthians não se oporia à saída imediata porque economizaria cerca de R$ 5 milhões em salários.

Nem precisa ter experiência em gestão para fazer tais contas. Creio que quase todos os funcionários do clube inglês conduziriam o negócio de maneira mais eficaz. Lembro que ele nunca foi escalado. Nos momentos mais importantes, sequer foi relacionado.

A maluquice econômica é ainda maior;

A transferência ficou muito mais cara após o acordo entre as agremiações. Custa agora 12 milhões de euros.

A negociação parece ter sido mais o quebra galho entre cartolas que algo com fundamento técnico futebolístico.


Leco, insatisfeito, tomará medida impactante
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De Vitor Birner

''Estou insatisfeito e assim não pode continuar'', falou Leco, nitidamente irritado com o futebol o time, em breve diálogo que tivemos ontem.

''Tenho prestado muita atenção para identificar os problemas''. ''Tenho que apurar quais são e tomarei medidas rapidamente'', afirmou.

Questionei quais, e quando  [elenco, direção, trenador….].

Ele não quis contar, pois creio que ainda há algumas dúvidas, e citou que precisa ser breve porque no máximo no meio do ano esses entraves''não podem existir mais''.

Notei que, errando ou acertando, fará alguma alteração profunda, pois não pretende permanecer inerte diante das oscilações e solidariedade insuficiente dentro do gramado.

Meu palpite embasado 

O elenco do São Paulo é fragmentado em três grupos de jogadores.

Os incomodados com desempenho do time, os insatisfeitos com a gestão, e os que 'pmdbizam' porque dependendo do momento escolhem qual lado preferem.

Esse ambiente é herança das gestões anteriores, principalmente da última que arrebentou o clube. Não tenho ideia como unir esses funcionários rapidamente.

Leva tempo e, pelo que ficou óbvio nas entrelinhas do papo com o presidente, ele não pretende esperar.

Ataíde Gil Guerreiro é o único cartola que permaneceu em quase toda gestão anterior. Gustavo Vieira de Oliveira ficou menos.  Acho que existe considerável possibilidade de o vice-presidente de futebol ser trocado, e alguma de o gerente executivo receber o bilhete azul. Outras mexidas que podem ter impacto no ambiente do CT da Barra Funda são inócuas no curto prazo e Leco tem pressa.

Não creio que mexerá com o treinador. Afastar alguns jogadores antes da janela de transferências, consequentemente promover atletas da base e aumentar a possibilidade de ter resultados insuficientes na atual temporada, é improvável.

Ano que vem tem eleição. Leco, que parece realmente mais preocupado com a instituição que consigo, algo incomum no Conselho da agremiação, quer ganhar o pleito contra o candidato provavelmente apoiado por Carlos Miguel Aidar.

Os resultados do time são importantes para isso e à satisfação do presidente como torcedor. O São Paulo após décadas não tem o conselheiro forte politicamente para garantir favoritismo de qualquer postulante ao principal cargo diretivo da instituição.


Nacional ganhou com sobra; classificação do Palmeiras de Cuca ficou difícil
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De Vitor Birner

Nacional 1×0 Palmeiras

Cuca mexeu na escalação e no posicionamento duas vezes durante o jogo.  Tinha iniciado com  formação distinta da que o antecessor preferia.

O Nacional foi muito superior no 1° tempo, fez o gol 5 minutos após o intervalo, e depois não permitiu que o Palmeiras criasse oportunidades.

Poderia, no contra-ataque, ampliar, mas não aproveitou o monte de lacunas no sistema de marcação alviverde.   

Quase igual ao jogo anterior

Gustavo Munúa fez o óbvio ao posicionar seu time.

Priorizou o 4-4-2 com marcação na linha que divide o gramado e alternou para o 4-2-3-1 quando adiantou todos para retomar a bola na frente.

Barcia na direita, Ramirez do outro lado, além dos volantes Porras e Carballo entre eles, formaram o quarteto do meio de campo.

Sebastian Fernández e Nico Lóez aturam adiantados. O esquema e a escalação foram  quase iguais aos do jogo que redundou no bilhete azul para Marcelo Oliveira. Diego Polenta, desfalque no Allianz Parque, entrou na zaga e o volante Ramiro, porque Fucile tem que cumprir suspensão, foi improvisado na lateral direita.

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A outra alteração foi na proposta. Em mais momentos adiantou a marcação

Assim, tomou as rédeas da partida. Não permitiu toque de bola e tampouco finalizações palmeirenses.

Investiu muitos nos lances pelos lados, principalmente com Barcia contra Egídio, observou os cruzamentos e algumas oportunidades desperdiçadas, e com certeza lamentou a igualdade.

A escolha do treinador alviverde

É complicado ter absoluta convicção do esquema inicial que Cuca optou.

Pode ter sido o 4-2-3-1, com Allione na direita, Zé Roberto no centro e Dudu na esquerda do trio de criação, e atrás deles Arouca e Gabriel, ou o 4-1-4-1 quando um dos volantes em tese avançaria para a meia.

Na prática o time se posicionou no 4-5-1 porque o Nacional empurrou o Alviverde e todos precisaram recuar. Lucas e Egídio, irritados e improdutivos, precisaram de atletas na frente de ambos, e mesmo assim os dois setores ficaram vulneráveis.

Por isso o treinador, durante o intervalo, mexeu na escalação e na configuração.

Egídio e Allione saíram, e Robinho e Gabriel Jesus entraram,

Zé Roberto foi deslocado para a lateral, o meio de campo contou o trio de volantes e a linha de frente como a mesma quantidade de jogadores.

Arouca, no centro, como primeiro volante, Gabriel na direita e Robinho do lado oposto podiam e deviam chegar na meia.

O ataque contou com Gabriel Jesus e Dudu nas pontas e Alecsandro, o centroavante.

As mexidas não funcionaram

O lançamento de Robinho para o Gabriel Jesus, que ficou diante do goleiro Conde, tentou tocar por cima dele e não conseguiu, foi o primeiro lance do Palmeiras após as alterações

Houve outro, nos acréscimos, quando o time precisava empatar.

Entre ambos, de novo a agremiação do Parque Central foi superior.

O gol de Nico López aconteceu no cruzamento de Ramirez.

Zé Roberto, por atuar na lateral, tinha que ficar atento ao artilheiro, mas observou a bola e permitiu o fácil cabeceio, aos 5 minutos, que Fernando Prass não tinha como intervir.

Em suma, o Alviverde melhorou pouco na criação e piorou na marcação após as mexidas. Cuca precisava tentar algo, ousou e nada acrescentou.

Lucas Barrios, aos 23 no lugar de Gabriel, foi a última troca.

Com ele e Alecsandro, queria achar o gol nos cruzamentos, mas o sistema de marcação posicionado por Gustavo Munúa ganhou quase todos. .

Obviamente, não há como colocar na conta do treinador o tropeço que complica muito a classificação à fase seguinte da Libertadores.

Ganhar e fazer as contas

'Chacho' Coudet escalou o time misto de novo. Os meias Lo Celso e Servi iniciaram no banco e Larrondo não tinha como atuar.

O artilheiro Marco Rubén foi o único dos pilares do sistema ofensivo que começou diante do pequeno River Plate

Michael Santos, que havia feito gol em todos os jogos do time nessa edição do torneio, comemorou outro aos 11, mas os rosarinos conseguiram a virada.

Donatti, Aguirre e Cervi, na ordem, garantiram o resultado favorável.

O Alviverde precisa superar o Rosario Central no Gigante de Arroyito, além do River Plate na última rodada, ,para seguir na Libertadores. Mesmo se conseguir, não terá plena garantia de atingir a meta de ir à fase seguinte do torneio.

Matematicamente tem a possibilidade de se classificar com apenas mais quatro pontos, mas precisa de combinação de resultados improvável por questões técnicas e táticas, e o ideal é nem pensar nisso.

Ficha do jogo    

Nacional – Conde; Romero, Victorino, Polenta e Espino; Carballo, Porras, Barcia (Cabrera) e Ramírez (Tabó); Fernández (Eguren) e Nico López
Técnico: Gustavo Munúa

Palmeiras: Fernando Prass; Lucas, Edu Dracena, Vitor Hugo e Egídio (Robinho); Gabriel (Lucas Barrios) e Arouca; Allione (Gabriel Jesus), Zé Roberto e Dudu; Alecsandro
Técnico: Cuca

Árbitro: Carlos Vera (Equador) Auxiliares: Juan Macias e Flavio Nall (ambos do Equador)

 


Nacional x Palmeiras; prévia do jogo
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De Vitor Birner

'Los Bolsos'

O Nacional terá alterações contra o Palmeiras. O zagueiro Diego Polenta, desfalque na semana anterior, formará com Victorino a dupla no setor.

Na lateral direita, Fucile, por conta do cartão vermelho no Allianz Parque, deve ser substituído por Sebastian Romero, que ainda não atuou nessa temporada. 

O atacante Sebastian Fernández, com dores musculares, é dúvida. Ignácio González treinou e iniciará caso o colega não tenha condições físicas. O primeiro é atacante e o outro meia.

Contra-ataque é principal opção

Sejam quais forem os escolhidos pelo treinador Gustavo Munúa, os pontos fortes do sistema ofensivo dos 'Bolsos' são o contra-ataque e a jogada aérea.  A agremiação tricampeã da Libertadores atuou no 4-4-2 diante do Palmeiras e do mistão do Rosario Central, ambos fora de Montevidéu, e mostrou competitividade.

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Contra o River Plate, que tem menos qualidade, precisou ir para cima, não conseguiu muitas oportunidade e nem o gol.

A velocidade com o futebol vertical quando retoma a bola são incumbências de Leandro Barcia, do lado direito do meio de campo, e de quem forma a dupla na frente.  

Ramirez, quase sempre na mesma linha de Leandro Barcia, mas no canto oposto, é a outra opção.

Outra opção tática

O treinador pode alterar o esquema tático e formar o 4-2-3-1, tal qual fez em partidas do 'torneo clausura'.

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Nessa configuração, o trio conta com Leandro Barcia e Ramirez pelos flancos e Sebastian Fernández [ou Ignacio González] entre eles.

Nico López faz a função de falso centroavante. Sebastian Fernández pode se revezar com ele, e Ignácio González tem maior dificuldade nisso.

Proposta de jogo define o sistema

A alteração no desenho do time depende de posicionamento do sistema de marcação.

Se iniciar as tentativas de desarmes quase na área do Alviverde, tende a priorizar o 4-2-3-1 e fazer a flutuação ao 4-4-2 quando o oponente conseguir a transição e tiver a bola no campo de frente. 

Se quiser que a marcação comece na linha que divide o gramado, posicionará o 4-4-2 ou 4-4-1-1, essa opção com Ignácio 'Nacho' González entre o quarteto e Nico López.

O ideal para o Alviverde será o Nacional tomar iniciativa e oferecer, em vez de ter, o contra-ataque.  

Dilemas normais no início

Não sei como o Cuca escalará e posicionará o Palmeiras. Com base no que fez desde quando chegou ao clube, pode ser o o 4-2-3-1 que aprecia –  nunca foi escravo de qualquer sistema de jogo –  e Marcelo Oliveira tanto insistiu, ou o 4-4-2.

Talvez, como o oponente, se marcar adiantado formará o 4-2-3-1 e quando permanecer no campo de defesa optará pelo 4-4-2 com Dudu e Alecsandro na frente.

A saída de jogo tocando a bola, maior entrave do Palmeiras, nunca foi o ponto forte dos times de Cuca.

Quando conquistou a Libertadores fazia muita ligação direta,  Jô ganhava por cima e Diego Tardelli, Bernard e Ronaldinho, todos inspirados, construíam, com velocidade, movimentação, apoio dos laterais e de alguém na dupla de volantes, as oportunidades.

Alecsandro tem que ganhar esses lances pelo alto nos lançamentos longos e, fundamental, os outros jogadores devem se posicionar como necessário para ficarem com a bola nos lances em que o centroavante obtiver êxito.

A participação de Egídio no sistema de marcação deve preocupar o treinador. O lateral não é competente nisso e alguém precisa ficar na frente, pois Barcia força os lances naquele setor.

No 4-2-3-1 em tese seria o Dudu, mas o técnico precisa pensar muito antes de sobrecarregar o atleta mais eficiente no sistema de criação. Se colocar Zé Roberto daquele lado do trio, perde velocidade onde o Nacional tem lateral que ainda não atuou.

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No 4-4-2 Zé Roberto pode ser a 'parede' de Egídio naquela região do gramado e o ex-Grêmio, mais adiantado, acionado nos contra-ataques no setor do Nacional onde o sistema de marcação parece mais vulnerável.

Outra possibilidade é Robinho no meio e Ze Roberto na lateral.

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Os que têm mais rodagem

De qualquer forma, tenho que esperar porque os argumentos do post sobre o Alviverde são suposições enquanto não for divulgada a escalação e a agremiação entrar no gramado do Parque Central para a gente observar o posicionamento.

Edu Dracena, Arouca, Zé Roberto e Alecsandro, se forem titulares, devem orientar o time, pois têm experiência e a partida exigirá muito da parte psicológica.

O tricampeão da Libertadores irá catimbar e tentar se impor com força, além da técnica e da tática.

Não há favorito

Qualquer resultado, com exceção da goleada, será normal.

Inclusive se o Palmeiras ganhar.


A proposta de Bauza e a dívida do elenco; ganhar do Trujillano é obrigação
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De Vitor Birner

Treinador e elenco

Bauza quer o time tocando a bola por fora das linhas dos oponentes.

A ideia é permanecer com ela, forçar os lances pelos lados, espalhar o sistema de marcação para criar lacunas, inclusive no meio, e as oportunidades.

É nítido que a implementação da proposta ainda precisa tempo para ser aperfeiçoada. O volume de jogo ofensivo, assim como o repertório, não bastam para a agremiação conseguir o que a torcida almeja.

Tudo isso é normal se levarmos em conta o estrago da gestão anterior, e a adaptação de Bauza que precisa conhecer as reações dos atletas e principalmente a cultura da 'boleiragem' nacional, a mesma que por óbvios motivos a maioria abandona aqui quando arruma emprego na Europa.

O São Paulo não pode mais admitir que  os jogadores deixem menos que tudo no gramado. A questão vai muito além de correr e ganhar divididas. É urgente o aumento da solidariedade, entre eles, constante como parte da personalidade do coletivo que é necessário formar.

Qualquer passo para trás dos que deu adiante em Buenos Aires, na questão da postura, mostrará que nem todos no elenco têm profissionalismo para esquecer na porta do vestiário as mazelas e honrar o manto sagrado tricampeão da Libertadores.

Isso precisa ser padrão. As dificuldades na articulação e as técnicas, como as de Hudson na cobertura e do Centurión na qualidade do cruzamento, serão solucionadas, talvez não com ambos em campo, ao longo da temporada, se houver auxílio de todos.

Contraditoriamente, apesar de valorizar a posse de bola, o time cria mais quando tem o contra-ataque. Os levantamentos tem sido a maior fonte de chances e o elenco pode fazer mais.

Los Guerreros de la Montaña

O Trujillano ofereceu resistência ao River Plate enquanto o goleiro Díaz não falhou. Diante do The Strongest em La Paz,  perdeu por 2×1. Em ambos .se posicionou no 4-4-2.

A agremiação gigante tem a obrigação de ganhar, e para isso precisa manter a concentração e a competitividade no minimo iguais as da maior parte da partida anterior pelo torneio.


Supersticioso e capaz, Cuca é melhor que Marcelo e Oswaldo de Oliveira
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birner

De Vitor Birner 

Dirigir o ônibus sempre para frente é obrigação do motorista quando conduz o elenco aos jogos.

No Santos, pediu para trocarem o lado do símbolo, para a direita,  na sua camisa da comissão técnica.

Essas pseudo-crenças, que não devem ser contrariadas, são parte da carreira do treinador folclórico e competente.

Superstições, concorde ou não, devem ser respeitadas.  São parte do futebol e da própria existência de quem crê, cada pessoa tem direito a ter as próprias, e ninguém tem nada com isso.

Foi contratado, todos, sejam cartolas, jornalistas ou torcedores, sabem disso e elas na prática não o impediram de montar fortes times.

Mais competente que os resultados

Faz mais de 10 anos que o elogio, como ele mesmo sabe, principalmente quando não tinha conseguido ganhar nenhum torneio relevante.

Recebia críticas muitas vezes desprovidas de embasamento técnico, pois quase nunca teve elenco para ser campeão.

Como conseguiu fazer algumas agremiações atuarem no limite de suas possibilidades, aumentou a expectativa da opinião pública e, na hora 'h', não havia qualidade para os momentos decisivos dos torneios.

A sorte, indispensável no futebol, não quis ficar com ele em alguns importantes jogos .

A semifinal da Libertadores pelo São Paulo, contra o Once Caldas, serve como exemplo. Lamentou muitas vezes nas entrevistas o gol do atleta pego no exame antidoping, em posição de impedimento, quando restavam os acréscimos para a série alternada de pênaltis.

Sabia que, apesar de ter o time com limites, poderia ter ido à fase seguinte e comemorado.

Merecida redenção no Horto

Como ninguém é azarado para sempre, nem sortudo toda hora, as bençãos divinas recaíram sobre ele no Galo, onde conquistou a Libertadores e encerrou a pecha de pé frio que alguns quiseram grudar nele.

Merece elogios pelos seu trabalho, mas não foi o melhor de todos que fez. O time investia muito de lançamentos longos pelo alto na transição de bola à frente, exatamente como o Palmeiras de Marcelo Oliveira, mas o time mostrou futebol elogiável. .

Jô, Bernard e Diego Tardelli no melhor momento de suas carreiras, Ronaldinho na única fase elogiável desde quando saiu do Barcelona e São Victor resolvendo as classificações que pareciam ruir, garantiram o troféu.

Tudo isso, obviamente, acompanhado das orientações e competência que Cuca mostrou nos clubes anteriores e onde não teve conquistas.

Os jogadores não corresponderam tanto apenas porque o treinador os posicionou e geriu tudo fora do campo com precisão. A diretoria e o imponderável do esporte, aquele que oscila picos de crueldade e generosidade,  foram fundamentais

A maré dele, na função, teve o rumo alterado no estado que não é banhado por qualquer oceano, conseguiu o merecido reconhecimento.

Montador de times

Goiás, Botafogo, São Paulo e Fluminense foram outras agremiações onde realizou grandes trabalhos.

No centro-oeste, assumiu a equipe na lanterna do torneio de pontos corridos e a classificou à Copa Sul-americana.

No Morumbi, construiu o elenco e a estrutura coletiva que alicerçaram as maiores conquistas são-paulinas do século.

No Alvinegro, entre 'chororô' e demissões voluntárias – comuns na carreira dele e nem sempre aceitas -, uma delas concretizada e revogada após três jogos, mereceu aplausos pela estética e competitividade que os botafoguenses mostraram em campo.

Teve importância na reconstrução e aprimoramento de todos os elencos dessas agremiações.

Grande milagre no Rio de Janeiro

Nas Laranjeiras conseguiu rapidamente reorganizar o time.

O impressionante feito de impedir o rebaixamento do Fluminense em 2009, quando assumiu o cargo em 1° de setembro, foi o mais difícil de toda a carreira.

Mais difícil não significa o maior. Não se questiona que em BH,  quando dirigiu o Atlético e não no período à frente do Cruzeiro, obteve o principal êxito como treinador. .

Não há como prever

Acertou os ponteiros do time do Fluminense rapidamente.

No Grêmio, aceitou desafio similar meia década antes, e não conseguiu.

No Galo, onde ganhou a Libertadores, não pontuou na primeira meia dúzia de jogos.

Qualquer afirmação sobre como será o desempenho dele na estreia é chute.

O melhor da atual gestão

De todos os treinadores que o atual presidente trouxe, Cuca é o mais competente.

Se fosse dirigente da agremiação e me apresentassem os nomes de Alex Stival, Oswaldo de Oliveira e Marcelo Oliveira como opções, eu nem pensaria antes de optar pelo último que Alexandre Mattos e Paulo Nobre contrataram.

O Alviverde, por isso, parece ter acertado na escolha,.

Seres humanos

Não afirmo com toda convicção que conseguirá aproveitar todo o potencial do elenco, porque não conseguiu em todos os clubes impor o que pretendia e aguardo para saber qual Cuca chega à agremiação.

Mais experiente, ganhador, endinheirado e tendo que lidar com sérios problemas de saúde dos familiares que ama, é preciso aguardar para saber.

Muitas pessoas, após atingirem o que sonharam durante mais de uma década e sofreram para conseguir, perdem a chama que os impulsionou. A noção de finitude, de morte de quem nos é indispensável, pode e deve alterar a forma como enxergamos a nossa passagem pelo planeta.

Pode ter  se acomodado ou talvez agregado sabedoria, que é minha expectativa, para ser ainda melhor.

Não tenho como saber se o sucesso e as questões afetivas diminuíram a motivação e as reações passionais características dele, ou se o tornaram mais sereno,  apto a lidar com a gestão de time de futebol, esporte do qual é conhecedor na prática, tal qual mostrou ao preparar estruturas de jogo elogiáveis em alguns clubes.

Agudo, não cerebral

Paciência e a manutenção de bola não fizeram parte das prioridades dos melhores times de Cuca.

Atuaram de maneira 'vertical', com movimentações inteligentes no sistema de criação e competência nos cruzamentos.

Jogada aérea forte é virtude, decide muitos jogos, mas não pode ser a única opção para quem conta com atletas rápidos e de qualidade para aumentar o repertório e a quantidade de oportunidades de gol.

Os treinadores, relembro, podem alterar os conceitos sobre o estilo de futebol que pretendem, implementar conceitos táticos que não haviam tentado, ter maior ou menor dificuldade de gerir o grupo de seres humanos, pois necessitam se manter atualizados.

A única convicção é que conhece futebol.O esporte não permite qualquer garantia que funcionará como a torcida quer, mas a chegada dele merece ser encarada com otimismo pelos que amam o Alviverde.


Estreia no novo podcast do UOL: tudo sobre Cuca e clássico no Pacaembu
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UOL Esporte

O UOL estreou nesta segunda-feira o podcast Tabelinha, que terá duas edições diárias, uma no período da manhã e outra no fim da tarde. Participarei quase sempre do segundo programa do dia.

Eu fiz minha primeira participação hoje, junto ao Juca Kfouri e ao Vinicius Mesquita. Na conversa, discutimos a chegada do técnico Cuca ao Palmeiras e as consequências do clássico deste domingo no Pacaembu.

Acompanhe abaixo: