Blog do Birner

Fred precisa ter maturidade; Flu sabia que Levir mexeria com o elenco
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De Vitor Birner

Não sei qual foi o problema pessoal de Fred com Levir Culpi. Isso me impossibilita opinar com o devido embasamento.

Como o jogador, segundo o que li, citou nos bastidores que não atuará com o treinador, fica a impressão de ter achado que houve desrespeito. A questão é saber se realmente isso aconteceu.

O perfil do técnico é de quem possui convicções, quer colocá-las em prática e cobra aquilo que crê ser necessário.

Repórteres que diariamente acompanham o Fluminense mencionaram que houve discussões.

E o atacante, indignado por ter sido contrariado, reagiu. Se opiniões distintas geraram a crise, o funcionário mais antigo da agremiação extrapolou o papel que deve exercer no departamento de futebol.

Quando isso acontece, não há como direcionar as críticas apenas ao atleta. Alguns dirigentes e torcedores contribuem para o fomento do entrevero.

Regalias merecidas e as exageradas

É muito comum jogadores com a história de Fred nas Laranjeiras, que conquistou torneios importantes, sempre foi referência e criou identificação com o manto sagrado, agirem como se fossem donos da agremiação.

Principalmente os de personalidade forte, tal qual o atacante, e com muito tempo no clube.

Conhecem os funcionários, têm intimidade com o ambiente, são símbolos de sucesso, representam aquilo que o torcedor quer e muitas vezes nem percebem como ficam espaçosos no clube.

Têm respaldo de torcedores e cartolas. Ganham, na prática, o poder que, hierarquicamente de maneira institucional, não possuem e muitas vezes sequer são competentes para o 'cargo'.

Quando contrariados, a multidão, os dirigentes fãs deles e os populistas, que raramente perdem a oportunidade de fazer política de poder, compram as dores do ídolo.

Camisa deve ser a prioridade

As regalias dispensadas a qualquer atleta deveriam ser embasadas nas avaliação técnica; em quanto ele pode contribuir constantemente para o elenco.

A história rica como a do Fred no Fluminense precisa ser enaltecida, aplaudida, reverenciada, contada pelos que amam a agremiação, mas não necessariamente colocada no gramado.

Levir Culpi é quem avalia como preparar o time. Implementa metodologia de treinamento, esquema tático e  determina como quer o ambiente, tudo para conseguir resultados melhores.

O jogador pode questionar, tem o direito de opinar, mas precisa se enquadrar.

Os cartolas concluem se cada funcionário, entre os quais o treinador, cumpre competentemente a função para qual é remunerado, e mantêm a organização que consideram ideal para o departamento de futebol.

Devem considerar, por isso, questões além da qualidade com a bola.

Não há regra única

O elenco pode correr pelo jogador consagrado ou se rebelar. O renomado pode servir de exemplo e treinar intensamente, ou se acomodar e outros imitarem.

Posso citar muitos exemplos de como os indivíduos e os grupos de seres humanos reagem de maneiras distintas em momentos parecidos. Não há fórmula infalível, única.

O treinador, contratado para lidar de forma construtiva com as características do elenco e do próprio clube, e saber como cumprir a missão de formar o coletivo forte.

O histórico do treinador

Levir Culpi, em 2000, quando substituiu Carpegiani no São Paulo, quis afastar o volante Vágner por indisciplina durante a viagem à Campo Grande MS.

O São Paulo perdeu o jogo e o treinador, antes de o time se classificar no Morumbi, afirmou ao Paulo Amaral, então presidente; ''Ou ele ou eu''.

O próprio dirigente me contou, meses depois, o entrevero.

Falou que conseguiu conciliar o volante e o treinador.

Fez isso em parte, pois deveria renovar o contrato do melhor atleta do time naquele momento, mas enrolou porque o técnico ficaria incomodado, depois houve ofertas de mais agremiações, o empréstimo com a Roma findou, ele foi embora, o time perdeu a final do Cruzeiro, o que provavelmente não teria acontecido se contasse com o jogador.

Mais experiente, ganhador e com a conta bancária maior, fez o mesmo quando chegou ao Atlético e mexeu com referências da agremiação na conquista da Libertadores.

Tinha respaldo da direção para mexer com o elenco. Diego Tardelli, Jô e Ronaldinho notaram isso. Era necessário, pois o craque havia sambado quando fez o gol na disputa pelo terceira colocação do Mundial de Clubes.

No momento de resignação dos torcedores, alguns gastando a grana que não tinham para ver o time ao menos chegar à final, o craque veterano mostrou felicidade com o inútil feito pessoal. Mostrou enorme falta de noção do tamanho do tropeço.

É inegável que o time, sob orientações do o treinador, honrou o manto sagrado. Conseguiu épica conquista na Copa do Brasil; o elenco mostrou enorme entrega naqueles jogos.

Se houver ambiente similar nas Laranjeiras, todos ganham.

Tecnicamente entre os melhores

Não como questionar a qualidade do Fred, se a referência for o padrão dentro do país, nas finalizações em frente aos goleiros; talvez ele e Ricardo Oliveira sejam os principais em atividade nesse fundamento.

Mas o jogador de futebol precisa, em alguns momentos, mais que isso.

Deve agregar sempre. Saber como contribuir nos treinamentos e nos jogos dentro do gramado.

Maturidade dos profissionais com rodagem 

Reitero o que mencionei no início do post; se não houve algo que pode ser considerado enorme desrespeito no entrevero, os rancores devem ser colocados de lado porque ninguém pago para cultivar o ego acima da instituição.

E mesmo se aconteceu, o que não creio, é fundamental mostra maturidade para perdoar e assim contribuir para o coletivo ser mais forte.


Torcida do São Paulo comprou mais de 40 mil ingressos; Morumbi deve lotar
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De Vitor Birner

Mais de 40 mil ingressos haviam sido comprados pela torcida na hora que escrevi o post.

Nessa conta não entram camarotes, tribunas, conselheiros nas cativas e parcerias comerciais que irão adquirir mais 10 mil.

A expectativa é ultrapassar os 50 mil pagantes.

Os 'hinchas' têm 3 mil bilhetes disponíveis.

A renda, de acordo com estimativa dos dirigentes da agremiação, será de cerca 2,5 milhões.

A carga de entradas, que não foi divulgada, talvez seja reforçada.

Há camarotes que não foram negociados às empresas. A direção pode vendê-los, como se fossem cadeiras, nesse jogo, para os são-paulinos.

A capacidade do Morumbi é superior aos 65 mil, contando todos os espaços e os ingressos gratuitos para crianças.

Por enquanto, a quantidade de ingressos disponíveis é inferior à plenitude de público do Morumbi.

 


São Paulo e Palmeiras aos tropeços; Corinthians e Santos com sobras
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De Vitor Birner

O São Paulo se classificou com a pior campanha entre os times que seguem no torneio estadual.

A eliminada Ponte Preta, igual na pontuação e número de jogos ganhos, tem 5 gols de saldo contra três da agremiação do Morumbi.

Em suma, a Macaca foi oitava, uma posição acima do time de Edgardo Bauza, na inválida classificação geral.

Eis algumas curiosidades da classificação após a entediante fase de grupos do torneio estadual.

Santos e São Bento é o jogo com 'mais pontos'  

O Santos (32),  2° melhor, enfrenta São Bento (27),  3° entre todos que participam do torneio.

Eles fazem o jogo no qual as agremiações somaram maior pontuação (59) das quartas-de-final. O time de Dorival foi o que fez mais gols (28) no torneio.

O sistema de marcação do tradicional time do interior tomou 11.

Apenas o do Corinthians que levou teve desempenho superior.

A tendência do jogo é o gigante ocupar o campo de frente, manter a bola e a ter iniciativa de fazer gols, enquanto o tradicional time pequeno tenta a façanha de se classificar investindo em marcação, contra-ataques e cruzamentos, pois atuará diante de quem mostra mais futebol.

Se conseguir, ou melhorará ou igualará a principal campanha da história do clube em 1963, quando encerrou em quarto no então importante torneio de pontos corridos.

As desigualdades de Corinthians x RB Brasil

Tite e elenco obtiveram a maior pontuação (35), além do melhor rendimento defensivo (8), segunda maior quantidade de gols, e mais vitórias (11) entre todos os times que participaram da fase de grupos.

Terá pela frente a única equipe que se classificou com a mesma quantidade resultados favoráveis e tropeços.  O RB Brasil ganhou 7 e perdeu 7, empatou apenas uma, e somou 22 pontos, 13 a menos que o Alvinegro.

Após ganhar do Palmeiras,  foi derrotado em 3 dos quatro jogos que participou. Sofreu 3 gols em cada tropeço. Chega nas quartas-de-final em decadência.

Tem saldo de 2 gols contra 18 da equipe do Tite. Na comparação entre eles, há equilíbrio na quantidade dos favoráveis; conseguiu 24 contra 26 da agremiação com melhor campanha entre todas no torneio.

O favoritismo do Alvinegro, para ir à semifinal,  é enorme.  Obviamente pode oscilar porque ainda é time em formação, mas há grande tendência de se classificar .

Copo com água pela metade

Palmeiras (4° na classificação geral) enfrenta o São Bernardo (6°). Somaram juntos 47 pontos.

O Alviverde conseguiu um a mais que o Bernô e enfrentará o time em fase elogiável.  O do ABC ganhou 5 dos últimos 8 jogos. Empatou 2 e perdeu uma vez, diante do Corinthians e apenas após Tatá receber cartão vermelho aos 39 minutos no 1°t, quando era melhor.

A zebra tropeçou apenas em 4 jogos.

O Palmeiras é superior nos gols marcados (25 x 22), sistema de marcação (17 x 21), consequentemente no saldo (8 x 1) e na quantidade de partidas ganhas (7 x 6). Perdeu uma a mais (5 x 4) e empatou duas a menos (3 x 5) que o São Bernardo.

Nesse jogo é impossível prospectar como serão os cerca de 95 minutos.  O Alviverde é melhor na parte individual, cresceu sob orientação do atual treinador, mas ainda não há referência para imaginar em qual nível atuará. É o favorito no Allianz Arena.

Nos números, a mais fraca

O Audax, com a quinta melhor campanha, enfrenta o São Paulo, que teve a nona.

A agremiação de Osasco ganhou 4 dos 8 últimos jogos, empatou três e perdeu apenas o último  contra o Santos na Vila, quando tinha a classificação garantida.

Fernando Diniz investe em posse de bola, tal qual Edgardo Bauza, e na frequente troca de funções dos jogadores durante os 90 minutos, algo que o treinador bicampeão da Libertadores faz de maneira pontual e não muito.

A soma total de pontos 'desse jogo' é 46.

A agremiação do Morumbi tem 2 a menos que a de Osasco. A mediocridade foi consequência do desempenho na criação e na finalizações.

Fez apenas 17 gols. Entre as que não foram rebaixadas, apenas o Botafogo com 15 conseguiu menos. O Audax tem 25.

O sistema de marcação montado por Edgardo Bauza, com 14 gols contra, permitiu a classificação lotada de jogos feios, e aos trancos e barrancos.  Apenas Corinthians e São Bento foram melhores nisso.

De positivo para o time que, apesar de tudo, será considerado favorito, há a qualidade individual superior e ter que lidar com time que tenta manter a bola.

Essa possibilidade talvez – não é certeza – proporcione ao treinador o tipo de jogo mais conveniente no atual estágio de preparação do elenco.

O momento do clube, na prática, é outro; o impacto do resultado diante de River Plate, seja negativo ou positivo, irá engolir o das quartas-final do estadual.

A torcida prefere se classificar no torneio maior, o mais difícil; mantém plena concentração na Libertadores.


O imbatível São Paulo na Libertadores, contra argentinos, dentro do Morumbi
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De Vitor Birner

O São Paulo no Morumbi tem retrospecto fenomenal diante dos 'hermanos' em jogos da Libertadores.

Apesar de ter perdido a oportunidade de conseguir a façanha de conquistar três vezes seguidas o torneio, quando a arbitragem o prejudicou muito contra o Vélez Sarsfield, fez 1xo naquela final.

Os números impressionam.

Foram 8 partidas e ganhou todas.

Marcou 15 gols e levou apenas 2, o que gera a média de 0,25 contra as redes de Sérgio, Zetti e Rogério Ceni, que atuaram nessas partidas, e 1,875 a favor do tricampeão no torneio.

O River Plate, oscilando na temporada, enfrentará a agremiação que precisa manter o aproveitamento histórico para se classificar dependendo apenas dos próprios resultados, e a mística do estádio outrora conhecido por ser o maior particular do planeta.

Provavelmente com arquibancada plena e o recorde de público, por enquanto, do ano aqui na cidade e talvez no país.

Carona agressivo que pensou ser dono do carro

O resultado e o futebol que mostrou diante do Trujillanos, e a motivação natural gerada pelo clássico continental entre clubes com grande rivalidade aumentarão a quantidade de torcedores.

A campanha desnecessária, fora de hora, feita no facebook pelo marketing da agremiação nada terá a ver com isso.

Achei oportunista a ideia de falar para o torcedor ''sair do sofá''.

Não discordei da afirmação, mas se era para fazê-la – eu penso doutra forma – deveria ter sido antes da goleada contra o Trujillanos.

Depois de o time ganhar com meia dúzia de gols quase tudo motiva a negociação de mais ingressos, principalmente quando a agremiação precisa ganhar do atual campeão da Libertadores para tentar se classificar.

Eis a lista de jogos da agremiação contra os argentinos, na Libertadores, dentro do Morumbi.

'La gran parroquia'

Independiente [1×0 na semifinal em 1972]

Newell's Old Boys [1×0 na decisão em 1992 e 4×0 nas oitavas-de-final em 1993]

Vélez Sarsfield [1×0 na final em 1994]

Rosario Central [2×1 nas oitavas de final em 2004]*

Quilmes [3×1 fase de grupos em 2005]

River Plate [2×0 semifinal em 2005]

Estudiantes [1xo oitavas de final em 2006]

San Lorenzo [1×0 fase de grupos em 2015]

*Corrigido


Cuca foi perfeito diante do forte Central; os times lamentaram o empate
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birner

De Vitor Birner

Rosario Central 3×3 Palmeiras

O treinador adaptou a escalação do Alviverde ao estilo de futebol do Rosario Central e à falta de mais dias para desenvolver o toque de bola.

Os 'hermanos,  como na maioria dos jogos desde quando 'Chacho' Coudet é técnico, tomaram a iniciativa.

Tiveram dificuldade para superar o bloqueio palmeirense e contaram com erros em todos os gols.

O mesmo aconteceu Ambas as agremiações precisaram de equívocos para comemorarem, quando comemoram, pois os sistemas de marcação foram inconsistentes.

O resultado deixou os times insatisfeitos.

O da 'cancha' onde foi realizado o jogo lotado de emoções, continua com possibilidade maior de se classificar à fase seguinte da Libertadores.

Inteligência de Cuca

O treinador posicionou o Alviverde no 3-4-1-2 muito defensivo e realista. Sabia que o Central atuaria com a bola.

''Chacho' Coudet não abre mão das convicções futebolísticas. Obviamente, seria ilógico se alterasse aquilo que prepara.

Talvez a agremiação do ex-volante não saiba ficar atrás, fechada, investindo em lançamentos longos, tal qual o Palmeiras fez no mítico Gigante de Arroyito.

Ciente disso, o treinador palestrino formatou o esquema tático de acordo com a maneira como o Central joga.

'Chacho' Coudet, impossibilitado de escalar o competente Larrondo e do substituto 'natural' 'Chelo' Delgado, ambos machucados, de novo optou pelo limitado Herrera e o ótimo Marco Ruben, ambos atacantes que gostam do choque com os zagueiros.

Foram marcados pelo trio de zaga formado por Thiago Martins na direita, Vitor Hugo do outro lado, e Edu Dracena.

O meio-campo rosarino teve os volantes Musto e Colman e os habilidosos Lo Celo e Servi na meia. O escalado por Cuca contou com Jean e Egídio nas alas, Matheus Sales e Gabriel, especialistas nos desarmes, na mesma linha.

Robinho, o meia quando o time teve a bola, na prática formou o quinteto, pois a equipe manteve pouco a bola no campo de frente.

Em suma, onde os Central tinha 2 atletas, o Alviverde contou com 3.

E no meio de campo, setor no qual o Palmeiras atuou com 5 jogadores, havia 4 do Central.

A proposta de Cuca era fechar as lacunas, impedir o o toque a bola do oponente no entorno da área, e investir nos contra-ataques e cruzamentos.

Outra mexida feita pelo treinador foi na função de Gabriel Jesus, Atuou da direita para o centro e foi o 'falso  centroavante, pois o zagueiro Donatti não é veloz e o jogador revelado nas categorias de base palestrinas tem as virtudes para ganhar no mano a mano.

Alecsandro não ficou como a referência na área. Jogou como segundo atacante, correu muito para marcar o apoio do lateral Salazar e foi acionado nos lançamentos, pelo alto, na transição à frente, pois o Palmeiras sequer se esforçou para ter posse de bola e criar lances com ela no gramado.

Não havia como o treinador, com dois jogos por semana, melhorar o toque e preparar a equipe para atuar de igual para igual.

A chamada postura de time pequeno, que obviamente o Alviverde não é, foi necessidade.

Outra forma de jogar, mais ousada, provavelmente será implementada quando houver mais treinamentos.

Equívoco que reforçou a proposta

Logo após o início, o lançamento longo colocou Gabriel Jesus diante de Sosa, goleiro reserva que atua apenas nas partidas da Libertadores, pois Garcia é o 'dono' da posição no torneio nacional que o Central prioriza.

Escorregou e perdeu a oportunidade. Teve outra aos 5 minutos quando Musto se equivocou de maneira tola ao recuar a bola. O 'hermano fez a assistência precisa para o atacante finalizar e comemorar.

'Hinchada' empurrou bola para o gol

O planejamento feito pelo treinador do Alviverde merece elogios.

Apesar de ficar muito com a bola, o Central teve enorme dificuldade de criar oportunidades, Nem pelo meio e nem pelos lados conseguiu superar o bloqueio do meio de campo palmeirense.

A torcida, que normalmente apoia muito, ao notar a dificuldade, aumentou o volume nas arquibancadas e carregou a agremiação ao empate.

Thiago Martins, aos 32, fez a falta completamente desnecessária. Donatti, completando o centésimo jogo com o manto sagrado rosarino, chutou, houve o desvio que tirou Fernando Prass da bola, e a torcida festejou  a igualdade no resultado.

O providencial lance do artilheiro

O Central era melhor no jogo quando Gabriel Jesus, após cobrança de falta do meio de campo, tentou tocar de cabeça, a bola desviou no ombro e foi para dentro do gol.

Houve a reclamação de impedimento, que não houve. O sistema de marcação do Central provavelmente tinha noção, naquele momento, que se equivocou na missão de impedir a finalização.

O São Prass

O maior ídolo no elenco do Alviverde fez grande intervenção, após cabeceio de Herrera, e garantiu o resultado favorável durante o descanso das agremiações.

A execução, não o planejamento

O Gabriel Jesus, aos 2 minutos, no contra-ataque, ficou em frente ao Sosa e acertou a trave.

O que foi idealizado pelo treinador funcionou. Não se transformou em gol porque o atacante, por pouco, se equivocou na finalização.

Assim não

O empate do Central aconteceu em jogada ensaiada.

O sistema de marcação do Alviverde, posicionado para o cruzamento, ficou desatento.

Cervi correu da meia para a área e sozinho finalizou com categoria por cima de Fernando Prass. Alguém tinha que acompanhar o meia.

O sistema de marcação no lance de bola parada não pode permitir que alguém em frente ao goleiro e dentro da área.

Alterações

'Chacho' Coudet optou por Fernández, originalmente ala, e saída de Colman, que é segundo volante.

Queria otimizar o sistema de criação, além de colocar o atleta descansado. Ambos foram dúvidas antes do jogo.

Quase ao mesmo tempo, o Lucas Barrios entrou e Alecsandro, esgotado de tanto que correu para marcar o lateral-direito Salazar e chegar na frente para ganhar as divididas por cima nos lançamentos nascidos na defesa palmeirense, saiu.

Isso forçou Gabriel Jesus a exercer a função de atacante pelos lados e recuar mais que antes para marcar.

A outra mexida, logo em seguida, foi Zé Roberto no gramado e Robinho, que não fez muito na criação, fora do jogo.

Creio que o treinador, ao observar enormes lacunas para fazer gol em contra-ataque, quis reforçar a marcação no meio e manter Gabriel Jesus sempre que possível adiantado para esses lances.

O rigor

Vitor Hugo segurou, após o cruzamento em cobrança de escanteio, Musto, o derrubou e foi marcado o pênalti.

O zagueiro, se ficasse mais atento, não faria a falta.

Mesmo assim, discordo de Roddy Zambrano. Há muitos lances iguais na área. Raramente quem impõe as regras durante o jogo os considera faltas.

Marco Ruben cobrou e dessa vez não houve a intervenção de Fernando Prass.

Incomum o desempenho

Aos 25, Egídio fez o cruzamento em cobrança de falta,Edu Dracena cabeceou e a trave de novo impediu a igualdade.

O sistema de marcação do Central não é brilhante por cima, mas cometeu muito mais equívocos que a própria média. Não há exagero em afirmar que foi das piores apresentações, desde a chegada de 'Chacho' Coudet, que assisti da agremiação nisso.

Malandragem futebolística

Gabriel Jesus, três minutos após o Alviverde quase igualar, discutiu com Musto, acertou o volante e foi excluído.

Não pode se equivocar assim. Mereceu o cartão e prejudicou muito o Alviverde. A rodagem ensinará como lidar melhor com jogos tensos e a cultura do esporte dos 'hermanos'.

Gol irregular

Egídio fez o lançamento e Lucas Barrios, de carrinho e impedido, conseguiu o empate no momento muito desfavorável para a agremiação do Allianz Parque.  Outra vez o Central se equivocou na marcação do lance simples.

Otimizou

'Chacho' Coudet trocou o lateral Álvarez pelo meia Becker. Queria ganhar e mandou todos os jogadores ocuparem o campo de frente.

Deixou apenas Donatti para marcar os contra-ataques. O zagueiro apenas por precaução permaneceu na linha que divide o gramado, pois Cuca determinou que todos os atletas palmeirenses ficassem atrás.

O jogo, dali em diante, aconteceu 25 metros, entre a meia e a linha de fundo.

O Central, no abafa, quase conseguiu ganhar.

Ruim para ambos, mas em tese pior ao Palmeiras

O time de Cuca tinha que vencer para ter considerável possibilidade de se classificar.

O de 'Chacho' Coudet poderia encerrar a rodada com garantido no mata-mata, atuou diante da torcida, e permitiu a igualdade quando tinha mais jogadores no gramado.

O Palmeiras ficou insatisfeito porque, apesar de inferior na posse de bola, cometeu equívocos tolos em todos os gols e acertou duas vezes as traves. Poderia ganhar.

O Central irá ao campo do Nacional na última rodada e o Alviverde receberá o pequeno River Plate.

Como o Rosario Central é melhor que o tricampeão da Libertadores, creio que conseguirá ao menos o empate.

Certeza, antes de me cobrarem, não tenho.

Se houvesse tanta convicção e precisão para acertar resultados, investiria em bilhetes de loteria, não em posts. Os outros times do grupo se enfrentam. A igualdade garante o maior deles na fase seguinte do torneio.

O River Plate (2 pontos) precisa ganhar. Mesmo se for capaz, o empate classificará Nacional e Rosario Central (ambos com 8 pontos) na última rodada.

Não há como adivinhar se irão fazer o chamado 'jogo de compadres'.

Conheço muito o padrão futebolístico dos rosarinos e sei como os 'Bolsos' atuam. Caso necessário, após o encerramento do grupo, escreverei sobre o que houve na partida que talvez seja fundamental para sabermos quem conseguirá a classificação.

Ficha do jogo

Rosario Central – Sosa; Salazar, Donatti, Pinola e Álvarez (Becker); Cervi, Musto, Colman (Fernandez) e Lo Celso; Herrera e Marco Ruben
Técnico: Eduardo 'Chacho' Coudet

Palmeiras – Fernando Prass; Thiago Martins, Edu Dracena e Vitor Hugo; Jean, Gabriel (Lucas), Matheus Sales, Robinho (Zé Roberto) e Egídio; Alecsandro (Barrios) e Gabriel Jesus
Técnico: Cuca

Árbitro: Roddy Zambrano (EQU) – Assistentes: Byron Romero e Christian Lescano (ambos do EQU)


Ganhar do Trujillanos por respeito próprio e para tentar se classificar
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birner

De Vitor Birner

Não basta vencer

O São Paulo tem que acuar o Trujillanos, criar oportunidades, entrar muito na área para finalizar e cumprir o beabá de quem possui uma das camisas mais pesadas e respeitadas da história da Libertadores.   

Se for capaz disso hoje e de superar o River Plate semana que vem no Morumbi, ganhará moral com o torcedor, confiança e a oportunidade de se classificar em La Paz.

Precisa ganhar por mais de um gol de vantagem dos venezuelanos para melhorar o saldo e chegar aos 5 pontos. River Plate com 5 ponto e 4 de saldo, e The Strongest com 7 e 2 de saldo, jogam amanhã em Bueno Aires.

Se os 'hermanos' confirmarem o favoritismo – lembro que não têm mostrado futebol de qualidade nem no torneio nacional – no mínimo irão diminuir o saldo dos bolivianos.

Na rodada seguinte, o The Strongest irá à Venezuela. Ganhou por 2×1 no Hernando Siles. Não haverá nada atípico se perder pontos.

Duas atuações com resultados positivos talvez garantam à agremiação de Edgardo Bauza a oportunidade, na última rodada, de seguir no torneio com o empate na altitude.

Esforço coletivo, não apenas individual

Não acho que o elenco do São Paulo tem feito corpo mole.

O jogadores, nas últimas rodadas, se dedicaram e nem assim conseguiram ganhar de times pequenos.

Falta correrem uns pelos outros de maneira coordenada, além de mais acertos técnicos.

Não confunda raça com união dentro do gramado. O ideal é caminharem no mesmo rumo, mas na prática nem sempre funciona assim.

A declaração de Ganso sobre o pênalti de Maicon mostra isso. Se houvesse o espírito coletivo pleno, ela não teria acontecido.

Predileto do Bauza

Se confirmadas as mexidas que li, não tentei checar para saber, o treinador insistirá na escalação de Hudson, que é dos entraves para o time jogar melhor.

Como o time força os lances muito pelos lados, os oponentes bloqueiam aquelas regiões do gramado e em muitos momentos são forçados a atuarem com os jogadores mais espalhados, tal qual o treinador quer.

Isso cria algumas brechas na meia. O volante tem que se apresentar ali ou na área para criar oportunidades e finalizar em gol.  São fundamentais para o esquema tático funcionar.

Hudson não mostra competência necessária nas partes ofensiva e defensiva, além de não ter a velocidade para recompor o sistema de marcação. É comum chegar atrasado nesses lances.

Thiago Mendes tem mais qualidade e principalmente força física para cumprir melhor tais funções. Não deveria ir à reserva para João Schmidt atuar. Se a ideia é iniciar com o atleta revelado nas categorias de base do clube, que tem mais competência no passe, o preferido do treinador é quem deveria sair do time.

Oportunidade que o futebol oferece

O Trujillanos, se mantiver o padrão de jogo no empate em que Ganso desperdiçou pênalti, formará o 4-4-2; e quando for necessário recuará o atacante para formar o quinteto no meio de campo.

Investirá, para tentar gols, em contra-ataques e cruzamentos porque é tecnicamente limitado.

O time do Morumbi não pode perder a oportunidade de ganhar com sobra, quebrar o marasmo de empates e vitórias pobres e magras, adquirir mais paz consigo e se concentrar na preparação para o jogo contra o River Plate .

Se tropeçar, a saraivada de críticas será tão grande quanto merecida. Não ganhar, em São Paulo, dos venezuelanos e do The Strongest numa fase de grupos será o feito patético para quem disputou o mata-mata nas 12 últimas participações em Libertadores.


No São Paulo, errar o pênalti gera fofoca; no Corinthians, redunda em apoio
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birner

De Vitor Birner

Maicon perdeu o pênalti no jogo em que o São Paulo ganhou do Oeste.

Ao sair do gramado, Ganso falou que o zagueiro furou a fila; ''A ordem foi quebrada e perdemos o pênalti. Ainda bem que vencemos no final''

Lucca desperdiçou igual oportunidade no clássico diante do Palmeiras. Logo em seguida o time tomou gol de Dudu, perdeu o jogo, e nem assim houve comentários negativos feitos por outros atletas..

Ao contrário: '' eu tentei não mudar minha característica que é bater forte e definir um canto. Assumo toda a responsabilidade, tenho personalidade para isso. Sei que meus companheiros vão me ajudar, sabem que não errei porque eu quis'', afirmou Lucca na entrevista à beira do gramado.

Enquanto no São Paulo os equívocos geram narizes tortos e declarações desnecessárias, que deveriam ser assunto interno do elenco, no Corinthians quem perde pênalti sabe que terá apoio doutros jogadores. Isso obviamente se transforma em força coletiva para ganhar partidas e torneios.

Tite citou após o clássico: '' Pênalti são dois aspectos: técnico e emocional'', e emendou merecido elogio ao Fernando Prass por conta da intervenção.

Nem é preciso ser muito perspicaz para avaliar que o segundo fator mencionado pelo treinador pode ser minado por individualismos, ou melhorado com união. Nariz torto não contribui, inclusive se houver motivo. Cooperação e esforço de todos no local onde o elenco se aprimora para os jogos proporcionam o aumento da força coletiva.

Mesmo se Bauza não escalou Maicon para o pênalti e Lucca foi o escolhido pelo Tite,  não altero minha avaliação.

Duvido que, se alguém no Corinthians fizesse como o zagueiro. outro jogador externaria a insatisfação nos microfones. Haveria a cobrança necessária entre eles, como deve ser.

Toda construção individual e coletiva feitas por seres humanos têm equívocos no caminho. A maneira como lidam com tropeços é parte do fracasso ou sucesso das agremiações de futebol.


Auditores rejeitam Paulo Schmitt; clubes querem CBF cobrando a Conmebol
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UOL Esporte

De Vitor Birner

Carta dos indignados

O pedido de afastamento de Paulo Schmitt, procurador-geral do STJD, feito por Santos, Grêmio, Atlético Mineiro, Palmeiras, Corinthians, São Paulo, Cruzeiro, Internacional, Vasco, Fluminense, Botafogo e Flamengo, nasceu em conversas durante os encontros para a formatação do profut.

Os advogados das maiores agremiações, ao contrário dos cartolas, têm diálogo e coesão.

O que os distingue é a ética. Dificilmente os especialistas em leis sentam, combinam algo e algum deles bate na porta da CBF para contrariar o que por eles foi acertado e fazer o que convêm à entidade.

Há confiança entre os especialistas em legislação, enquanto os dirigentes não creem uns nos outros, pois em muitos momentos tiraram proveito de quem fez oposição à CBF, prestando apoio à ela para tentarem ganhar privilégios aos clubes que gerem.

A minuta e a manifestação

Os advogados se reuniram na última quarta-feira porque precisaram apreciar a minuta da Liga Sul-Americana.

Boca Juniors e Peñarol são os clubes que mais se esforçam para ela acontecer e, cientes da importância esportiva e econômica das agremiações brasileiras, tentam agregar mais aliados na empreitada.

No encontro, o representante de uma dessas agremiações chegou com o texto, todos leram, e foi resolvido que assinariam a carta.

Os dirigentes, todos insatisfeitos com a gestão de Paulo Schmitt no STJD, referendaram. É difícil achar quem nunca se indignou por algo que houve no tribunal considerado pela cartolagem o instrumento de poder de donos do nosso futebol.

É provável que mais clubes assinariam a carta. Como não participam da construção da Liga Sul-Americana, sequer tiveram a oportunidade.

Inclusive dentro do próprio órgão

Não 'apenas' os representantes de clubes são contrários à gestão Paulo Schmitt.

Auditores do STJD, nas conversas de bastidores com os advogados das agremiações, reclamam do procurador-geral com 10 anos de carreira no órgão.

A CBF, a cada quatro anos, após tripla indicação com postulantes, escolhe quem ocupa o cargo

A opção tem sido o Paulo Schmidt.

Os auditores, ao contrário, são trocados, não permanecem tanto, e precisam lidar com a política feita pelo procurador-geral no órgão.

Se houver o afastamento, a satisfação irá além de centros de treinamentos, gramados, arquibancadas e salas de dirigentes dos clubes de futebol.

Questão de política

Boca Juniors e Peñarol não querem organizar competições.

A ideia de formação da Liga Sul-Americana tem como base fiscalizar a Conmebol.

Ninguém pretende, por enquanto, fazer qualquer torneio para concorrer com a Libertadores.

Nos tais contratos da Conmebol    

Mais duas cartas foram assinadas e enviadas à CBF:

Querem interferência da entidade, pois pediram para a Conmebol mostrar os contratos de transmissão e de publicidade no torneio, e ainda não conseguiram,

Noutras palavras, não sabem o valor que as televisões pagam pelo torneio, nem quanto a instituição arrecada com a Libertadores, e creem que recebem fatia pequena da monta.

A terceira pede esticamento do prazo, que terminaria em 30 de abril, para os clubes se enquadrarem nas exigência do regulamento que exige o licenciamento das agremiações.

Obviedade

A CBF tem agremiações filiadas.

Se ficar ao lado da Conmebol, e não delas, perde a razão precípua de existir.

É simples; os clubes podem formar qualquer entidade para organizar torneios, registrar atletas, fazer regulamentos e o que acharem construtivo.

A CBF, se nada agregar aos clubes, fica quase inútil.

Restaria administrar a seleção, a mesma que, se os times recusarem a cessão de jogadores, acabaria ou teria de ser formada por amadores, os quais têm como lazer o futebol.


Pintado e São Paulo acertados; ex-volante reforça mudança de perfil do time
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De Vitor Birner

Pintado e São Paulo chegaram ao acordo.

O ex-jogador dirigirá o Guarani no domingo, assinará o contrato, e se apresentará ao São Paulo.

Tal qual a reportagem no Uol Esporte esclareceu, exercerá função similar a de Marco Aurélio Cunha, que fazia o meio-campo entre diretoria e jogadores.

Pintado tinha o sonho de agregar mais à rica história que construiu na agremiação do Morumbi.

Se enquadra naqueles raros e saudosos ex-atletas que têm amor pelo manto sagrado. Chamado por Raí de alma do time campeão da Libertadores e do Mundo, exerceu papel, apesar de atuar noutra função, igual ao de Lugano no tricampeonato em 2005.

A chegada do ex-volante é outra medida da direção para fortalecer o ambiente no CT da Barra Funda. O novo funcionário não admite corpo molem sabe como lidar com a cultura da 'boleiragem', e tem fama de ser tão enérgico com os atletas do elenco.

Não há como afirmar se terá êxito no que pretende, pois me falta referência para avaliar o que fez após encerrar a carreira dentro dos gramados, mas a direção fez outra escolha coerente com o discurso do Leco, que prometeu time guerreiro, que se incomoda com derrotas, luta muito para ganhar e honra o privilégio de trajar camisa do clube gigante.


Os pontos negativos e positivos no empate do São Paulo contra o Linense
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De Vitor Birner

Linense x São Paulo

Mais técnica, esforço e futebol ainda insuficiente.

Assim foi o time do treinador que ganhou duas Libertadores e não conseguiu, nos quase três meses no CT da Barra Funda, desempenho e resultados razoáveis.

Houve aspectos positivos, tal qual cito no post, e os que discordo, como a insistência com Hudson.

Não coloco na conta do volante o futebol ruim do time, mas perde oportunidades, falha no toque de bola e, quando os oponentes conseguem o gol, em regra não se posicionou onde era necessário, pois tem dificuldade de fazer cobertura e recompor o sistema de marcação.

O treinador tem opções para o lugar dele e de outros que rendem abaixo do que podem. A melhora na parte individual é crucial para, coletivamente, o time ser mais forte.

A agremiação do interior em alguns momentos conseguiu equilibrar o jogo, noutros foi inferior, mas taticamente fez de maneira mais consistente a proposta do técnico.

Em busca de mais gols

Edgardo Bauza colocou no gramado o time mais ofensivo, em início de jogo, desde quando é funcionário da agremiação do Morumbi.

Michel Bastos na direita, Daniel do outro lado e Ganso formaram 0 trio do 4-2-3-1, que o treinador raramente altera.

Carlinhos, mais capaz no apoio que nos desarmes, atuou na lateral, reforçando a ideia de aumentar a quantidade de oportunidades de gol.

Moacir Júnior e o ferrolho

O técnico do Linense queria muita marcação e velocidade, no contra-ataque, para pontuar diante do favorito.

Escalou 5 atletas no meio de campo;  os volantes Zé Antonio, Bileu e Leandro Brasília, mais Thiago Humberto e William Pottker pelos lados. Esses últimos e o centroavante Anderson Aquino eram acionados na correria quando o time posicionado atrás da linha que divide o gramado retomou a bola.

Não o bastante

O São Paulo teve a iniciativa, maior frequência na meia e dificuldades para criar as chances de gol.

Mesmo assim foi possível notar melhora na articulação dos lances. Como Michel Bastos atuou na direita e tende a jogar na diagonal naquela região do gramado, proporcionou o corredor para Bruno apoiar.

Michel Bastos e Ganso trocaram de lado em alguns momentos. no lance assim, o meia tocou para o lateral cruzar e Callleri, sozinho na área, desperdiçar a oportunidade ao finalizar de canela.

Aliás, não apenas nesse chute, mas nos toques, alguns tortos e fortes, a chamada tijolada, o 'hermano' se equivocou e foi um dos piores da agremiação no jogo.

Mantendo a própria média

Em seguida, o Linense teve o contra-ataque e Thiago Humberto, em frente ao Denis, não superou o goleiro.

O volante Hudson, como tem acontecido constantemente, sequer aparecer próximo ao lance para fazer a marcação.

Isso acontece muitos para quem atua na função dele e é pouquíssimo produtivo na criação. Em cobrança de escanteio, aos 25, o volante podia fazer o gol de cabeça, mas deve ficou com receio de acertar a trave além da bola, e desperdiçou a oportunidade.

Teve que alterar

Anderson Aquino e Thiago Humberto se machucaram. O treinador do Linense colocou o Ricardinho na função de centroavante e Fillipe Souto para reforçar a marcação no meio.

Isso permitiu que houvesse a flutuação, em alguns momentos, para o 4-4-2, pois o substituto marca melhor que o colega que teve de sair e facilitou para William Pottker formar a dupla de frente com o atacante que iniciou no banco de reservas.

'Revival' Cesar Vallejo no pênalti

O São Paulo, na direita, de novo teve a oportunidade.

Michel Bastos, de calcanhar, com muita categoria tocou ao Bruno e desmontou o sistema de marcação.

Zé Antonio por isso demorou para chegar na cobertura, tentou o carrinho, derrubou o lateral, e Michel Bastos foi chutar.

Deslocou o goleiro, cobrou forte no canto, e  como aconteceu contra a agremiação do Peru acertou o 'pé' da trave.

Foi realista

No intervalo, o jogador afirmou sobre o equívoco: ''Estou tentando reencontrar a paz comigo e com a torcida, e para isso preciso ser decisivo''.

Tive impressão que não fez média com ninguém.

Se esforçou, correu muito e não ficou parado, aguardando a bola chegar. Apareceu em ambos os lados e no meio do sistema de criação para fazer assistência ou finalizar em gol.

A melhora na dinâmica do time tem muito a ver com o que ele realizou. A insistência nisso, inclusive no empenho do jogador, tende a gerar o aumento de oportunidades de gol.

Outras do volante

No 2°t Ganso cruzou e Hudson, na pequena área, apenas com o goleiro à frente, cabeceou para o chão e desperdiçou mais uma oportunidade.

A marcação do Linense havia melhorado. Se tomasse o gol, teria que alterar o posicionamento e oferecer brechas ao São Paulo.

Zé Antonio, no minuto seguinte, se deslocou e foi à ala na direita marcado apenas por Carlinhos. Daniel ficou atentou ao lateral Rogerio tal qual o lance exigia.

Hudson deveria cooperar com o Carlinhos, mas provavelmente não teve a leitura do lance. Zé Antonio fez o cruzamento para Leandro Brasília, na área, finalizar em condição de fazer gol. Bruno poderia intervir e se equivocou no posicionamento.

Insistência de Edgardo Bauza

Aos 12, o treinador optou por Kelvin na direita, saída do Daniel, e a inversão de lado do Michel Bastos.

Teria sido mais construtivo se mantivesse a possibilidade do veterano tentar os lances na diagonal. Mesmo após a alteração  o jogador que iniciou, em muitos momentos foi,  no setor de Kelvin na direita.

Equívoco e acerto

Aos 25, Edgardo Bauza, ao notar o fraco rendimento de Calleri, pôs Alan Kardec.

Thiago Mendes, após 5 minutos da alteração, saiu e Lucas Fernandes entrou.

O jogo realmente exigia o meia no lugar do volante, mas não do Thiago Mendes. Hudson tinha que deixar o gramado. Era muito simples.

O golaço

Zé Antonio, aos 39, ganhou a bola de Michel Bastos, caminhou pouco e acertou chute sensacional no ângulo direito.

O são-paulino, de costas, tinha que arrumar solução no lance, mas o Hudson ficou longe de quem finalizou, como tem acontecido muito.

No final, Alan Kardec tabelou com Carlinhos, finalizou, e o goleiro Oliveira fez grande intervenção.

O chuveirinho

Nos acréscimos Ganso cobrou a falta na área, Maicon após a dividida ficou com a bola, chutou para o meio da pequena área e Kelvin conseguiu desviar e comemorar o empate.

A melhor

Torcedores de ambas as agremiações devem ter lamentado a igualdade. O Linense não ganhou por segundos e o São Paulo porque precisa se impor contra times com orçamentos muito menores e não fez isso com produtividade.

De positivo aos que almejam classificação à fase seguinte da Libertadores, torneio que os seguidores do clube gigante mais querem ganhar, foi o empenho dos jogadores.

Se não houve o futebol necessário, ao menos mostraram o esforço. Isso mais qualidade na execução dos fundamentos são parte do pacote necessário para superar o momento ruim e fortalecer o coletivo.

Resta saber se o elenco nas rodadas porvir manterá o padrão nos jogos porvir. .

Ficha do jogo

Linense – Oliveira; Paulo Henrique (Marcão), Adalberto, Jorge Luiz e Rogério; Bileu, Zé Antônio, Leandro Brasília e Thiago Humberto (Filipe Soutto) e William Pottker; Anderson Aquino (Ricardinho)
Técnico: Moacir Júnior

São Paulo – Denis; Bruno, Maicon, Rodrigo Caio e Carlinhos; Hudson e Thiago Mendes (Lucas Fernandes); Michel Bastos, Ganso e Daniel (Kelvin); Calleri (Alan Kardec)
Técnico: Edgardo Bauza

Árbitro: Vinícius Gonçalves Dias Araújo – Auxiliares: Miguel Cataneo Ribeiro da Costa e Rafael Tadeu Alves de Souza