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Tite eleva o nível; Saiba com quem os novos convocados disputam posição
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De Vitor Birner

Inteligência e simplicidade

Dunga cometia equívoco óbvio e fruto de teimosia que relevava questões fundamentais do futebol.  Qualquer técnico tem muito pouco tempo para montar seleção competitiva.  Ha atalhos para estruturar a força coletiva, silenciar a grita dos incomodados e implementar ambiente de paz.

Escalar atletas em posições e funções iguais ou similares as que exercem nos clubes abrevia a estruturação;. Todos rendiam menos com a camisa pentacampeã porque o antecessor de Tite escolhia jogadores habituados com sistemas de marcação adiantados, mas os aglomerava da linha do meio de campo para trás.

Nem Neymar no Barcelona, nem Douglas Costa no Bayern de Munique, então do Guardiola, marcavam atrás e tinham nesses lances os pontos fortes tanto nos desarmes quanto para criar e fazer gols.

Citei ambos porque tecnicamente são inquestionáveis no atual padrão do futebol.

Tite, em algumas entrevistas, afirmou que a valorização dessa ''memória tática'' embasou parte do planejamento nos jogos diante de Equador e Colômbia. Ao invés da teimosia, investiu na obviedade para fortalecer o coletivo e conseguir resultados positivos.

Muito cedo para qualquer reclamação

A maioria das pessoas com quem falei sobre a convocação anterior discordou do nome de Paulinho na lista. Nessa, Oscar, por enquanto, é o mais mencionado nas reclamações.

O Chelsea atua no 4-1-4-1, tal qual a seleção; Os quartetos nos meios de campo têm Willian na direita; Hazard e Neymar jogam do outro lado, e Matic fica onde Renato Augusto foi escalado nas eliminatórias.

Os rejeitados completam a linha, por dentro, na direita, e são encarregados de criar oportunidades, entrar na área para finalizar e ajudar o volante no sistema de marcação.

Casemiro é o 'um' da seleção e Kanté o dos 'blues'.

Quem quiser pode questionar tecnicamente as opções do treinador, em especial se falar qual jogador deveria ser chamado e por quê. Tite prioriza pontuar e se classificar, toma atalhos para ao menos colocar equipe competitiva nos jogos, e merece crédito mesmo se houver equívocos na convocação ou tropeços dentro dos gramados.

Coerência e lógica pautam, ao menos por enquanto, a formação do elenco.

É impossível qualquer treinador acertar tudo. Algumas vezes, o que imagina com embasamento e conhecimento para fortalecer o time, na prática pouco funciona, mas surgem opções outrora poucos promissoras e que melhoram o desempenho coletivo.

O técnico tem direito de convocar para observar e concluir quais são os mais competentes para preencherem todas as características do elenco. Os dois ganharam oportunidade e s se mostrarem qualidade.

O campo falará.

Elevou padrão nessa lista de convocados

O elenco para essa rodada nas eliminatórias é mais forte que o da anterior. Algumas novidades aumentaram potencial.

Qualidade, experiência e momento foram considerados;  Muralha, nesse edição do torneio de pontos corridos, mantém padrão melhor que o de Marcelo Grohe embaixo das traves. Atrás do sistema de marcação mais competente que o do Grêmio, o goleiro pouco se equivocou na temporada.

Pedro Geromel é parte desse sistema de marcação questionado pelos gols que toma em cruzamentos. Pouco tem a fazer porque a maioria dos equívocos são dos colegas de time, mas foi convocado para a estreia de Tite após Rodrigo Caio se machucar. O rodado Thiago Silva ganha a oportunidade de mostrar que na seleção pode ser tão consistente quanto na maioria da carreira em clubes;

Tecnicamente continua um degrau acima de ambos os que atuam em agremiações de nosso país.

Guardiola iniciou com Fernandinho nos jogos do Manchester City na Premier League, e diante do Borussia Moenchengladbach no único da Liga dos Campeões. Nos 'Citizens, exerce papel similar ao de Casemiro, que faz a saída de bola e prioriza marcação em frente aos zagueiros e laterais.

Ambos são mais técnicos que o Rafael Carioca, rodado, experiente, e que nunca recebeu oferta das maiores e mais endinheiradas agremiações da Europa.

Convocação de Roberto Firmino, o  preferido de Jurgen Klopp como centroavante do Liverpool, poderia incomodar alguns torcedores.

Mas Gabriel ainda tem que se firmar na Internazionale e a média de gols de Taison, tanto na carreira quanto na temporada anterior, é pior que a do chamado pelo Ttite, apesar de jogar em time grande da liga da Ucrânia enquanto o escolhido nessa convocação atuou no clube mediano da Bundesliga e é atleta do gigante inglês que neste século nunca teve elenco para quebrar o jejum no torneio de pontos corridos.

É inegável que, na teoria, o treinador melhorou a qualidade do grupo de atletas. Os próprios devem mostrar se confirmam com futebol.


Alviverde podia mostrar mais futebol; Flamengo sente cheirinho de liderança
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De Vitor Birner

Palmeiras 1×1 Flamengo

É impossível afirmar qual agremiação ganhará o torneio. O Flamengo, após atuar no Allianz Parque desde o quadragésimo minuto  com um jogador a menos, obviamente saiu mais fortalecido após a igualdade no placar;

Os cariocas irão jogar contra o Figueirense, que nos últimos compromissos perdeu do São Paulo e penas empatou diante do América, na rodada seguinte.

O Alviverde, desfalcado de Gabriel Jesus, irá para Itaquera.

A possibilidade do vice ser líder após a rodada seguinte é considerável.

A breve imposição

O Flamengo iniciou o jogo melhor. Marcou a saída de bola, permaneceu na frente, conseguiu finalizar e deixar Muralha como espectador no gramado.

Durante cinco minutos teve facilidade para ficar no entorno da área e ocupar o campo de frente.

As propostas e o andamento

Cuca posicionou Roger Guedes e Dudu pelos lados do sistema de criação; Moisés jogou no meio.

Tchê Tchê, volante na dupla com Gabriel, atuou na linha de Moisés quando o time teve a bola.  Os colegas em muitos momentos avançaram para a de Gabriel Jesus, o centroavante.

Isso garantiu a flutuação do 4-1-4-1 ao 4-3-3, os principais sistemas de Cuca nesse jogo para o Alviverde conseguir os gols  Em ambas as configurações os laterais Jean e Zé Roberto apoiaram, principalmente o da direita.

Zé Ricardo pensou em algo similar.

Éverton e Gabriel pelos lados, Diego no meio e na mesma linha, todos formando do trio de criação que se transformou em quarteto quando Willian Arão,  volante na dupla com Marcio Araújo, foi à frente.

Leandro Damião atuou como centroavante. os laterais Pará e Jorge apoiaram, e a agremiação da Gávea jogou pouco melhor no Allianz Parque.

Pareceu mais preparada para as exigências da partida. Era necessário mais que técnica. A inteligência emocional dos atletas foi testada após as sensacionais recepções aos times,  ao líder no entorno do Allianz Parque e dos cariocas no aeroporto, e por conta das classificações de ambos no torneio; Tudo foi levado ao gramado.

Zé Ricardo teve oportunidade para simplificar

Márcio Araújo tomou cartão na falta por trás em Gabriel Jesus. Aos 34 fez outra no mesmo jogador, mais leve e parecida com a anterior, e o Alviverde reclamou o amarelo.

Era óbvio que na seguinte o volante seria excluído. O Flamengo atacou com muitos atletas, o Palmeiras tinha velocidade em ambos os lados e com Gabriel Jesus, o centroavante, e o questionado volante ficava mais recuado para esses lances.

O momento do jogo gritava para o treinador fazer a alteração, mas preferiu insistir na escalação e, pouco depois, o volante fez a falta que gerou a merecida exclusão.

Cuéllar entrou na vaga de Diego após isso.

O peruano deveria ter sido colocado antes ao gramado, houve o equívoco do técnico. A troca depois da saída do volante foi ainda mais urgente, pois fortaleceu a marcação e manteve a transição veloz, pelos lados, nas brechas que o Palmeiras abriu ao tentar o gol.

O Alviverde foi à frente com 8 jogadores. Jean e Zé Roberto apoiaram e deixaram lacunas para a transição do oponente. O volante Gabriel atuou mais adiantado que o ideal para ser preciso na cobertura.

O Flamengo poderia encerrar a primeira parte do jogo com o resultado positivo, se caprichasse mais no último toque. Teve as avenida pelos lados. Transitou naqueles setores, todavia brecou os lances porque mostrou dificuldade na execução do fundamento indispensável no futebol.

Os goleiros ficaram felizes, pois foram pouco exigidos pelos jogadores.

Sorte de quem ama o futebol

A única grande intervenção de Muralha aconteceu após alguns erros. O do próprio goleiro, que no tiro de meta tocou para Réver marcado por Gabriel Jesus; o de cumprimento das regras porque a bola continuou na área e o lance deveria ser paralisado.

E o do zagueiro, que mesmo com o artilheiro em cima, tentou sair jogando e ao notar a dificuldade sequer conseguiu mandar a bola para a lateral.

A polêmica e as tradicionais e chatas reclamações pós-jogo, no que maior expectativa gerou para ambas as torcidas nesse torneio, foram impedidas graças ao que pode colocar a mão na bola dentro da área.

Foi competente ao fechar o ângulo na finalização de Gabriel Jesus.

Muita ofensividade, pouca criatividade

Cuca mexeu na formação durante o período de orientações e descanso. Tirou Gabriel e colocou Lucas Barrios.

Tchê Tchê e Moisés tiveram que se revezar na função do colega, mas o time, tal qual citei, avançou com muitos jogadores, por isso apenas a dupla de zaga priorizou a marcação.

O ex-Audax atuou como primeiro volante nos raros momentos em que o Flamengo tocou a bola no campo de frente.  Dudu foi para o meio, Gabriel Jesus à esquerda, e  Roger Guedes permaneceu na direita após a alteração.

O time continuou com dificuldades para conseguir oportunidades de gol.

O sistema de marcação do Flamengo prevaleceu e o técnico do Alviverde fez mais tentativas ousadas, todas ineficazes para melhorarem o futebol do time.

Cleiton Xavier entrou, jogou no meio, Roger Guedes saiu e Dudu foi deslocado para a direita.

A pane e o acerto

Zé Ricardo quis aumentar a posse de bola, a qualidade nos lançamentos e nas finalizações, e manter a força física necessária ao substituir o Gabriel pelo inteiro Alan Patrick.

Lembro que Zé Roberto apoiou constantemente, Gabriel Jesus foi deslocado para aquele lado, e quem saiu, além de puxar contra-ataque, foi encarregado de acompanhar o lateral e sempre recompor o sistema de marcação.

A mexida rapidamente funcionou com a cooperação do clube do Allianz Parque. Zé Roberto largou a lateral e foi para o meio.

O atleta que acabara de entrar aproveitou e, no primeiro lance em que tocou na bola, a recebeu no setor do veterano. Quase em frente ao goleiro, finalizou e correu para comemorar com os colegas. Foi um grande equívoco do time que deveria criar mais oportunidades e pouco exigiu do Muralha.

Tudo ou nada

O Rubro-negro continuou mais inteiro no jogo. Muralha apenas observava o jogo e Alan Patrick, no contra-ataque, desperdiçou oportunidade para ampliar.

Cuca, incomodado, fez mais a última alteração ousada. Substituiu Tchê Tchê por Rafael Marques para otimizar a criação ou achar gols no tradicional abafa. Era difícil organizar e aumentar a inteligência do time naquele momento do jogo.

O Flamengo, de novo em lance com transição à frente em velocidade. teve a oportunidade para comemorar. Everton cruzou por baixo com força e Leandro Damião quase finalizou na pequena área.

Cirino entrou aos 30 na vaga de Everton.

Jogou na direita e foi opção para o contra-ataque. O técnico quis manter o que funcionou com a alteração.

'An old fashion british goal'

O Alviverde insistiu nos cruzamentos. Os jogadores, irritados com o próprio desempenho e o resultado, raciocinaram pouco e fizeram isso para tentar igualar.

E Conseguiram: Moisés colocou a bola na área em cobrança de lateral, tinha feito isso algumas vezes antes, Mina desviou, Pará tentou afastar e Gabriel Jesus no rebote tirou o marcador antes de finalizar e empatar.

Esse tipo de lance era muito comum antes da Premier League, mas após o torneio ser fortalecido com montes de contratações, as agremiações da 'terra da rainha' diminuíram a quantidade nessas tentativas.  Continua sendo marca do futebol noutras nações britânicas.

Cabeça

O panorama do jogo foi alterado após a igualdade. Houve cruzamentos que Mina e Gabriel Jesus ganharam por cima,  e outro no qual a bola à meia altura atravessou toda a área.

Teve finalização de Moisés que forçou grande intervenção do Muralha, e a de Dudu, torta apesar da condição favorável para acertar. O Alviverde melhorou após o gol de empate.

Ficou nítido que o andamento do jogo foi fortalecendo o Rubro-Negro e dificultando para o Alviverde mostrar o melhor futebol. Mais que técnica e tática influenciaram os desempenhos das agremiações.

Dudu reclamou do time na entrevista ao sair do gramado.

Tem razão, pois o futebol do Flamengo melhorou e o do Palmeiras piorou no jogo tratado como decisivo. Na prática valia os mesmos pontos dos demais. Poderia elevar a confiança de alguém porque foi disputado por dois de três favoritos à conquista do torneio..

O resultado

O Alviverde, apesar de tantas dificuldades no jogo, ficou decepcionado porque empatou, e o Rubro-negro mesmo satisfeito com a própria atuação pareceu feliz com o resultado.

O Allianz Parque, o jogador a menos quando ninguém havia feito gols, e a melhora do time nas últimas rodadas transformaram a atuação dos cariocas em continuidade daquilo que faz os torcedores sentirem o 'cheirinho' de conquista.

Há muitas rodadas pela frente, nada foi decidido, mas se o Palmeiras conseguisse ganhar, talvez fosse o grande favorito em vez de integrar o trio que ainda almeja o êxito.

O Santos oscula muito e tem que adquirir regularidade para entrar na disputa da qual o Atlético de mantêm com o Rubroo Negro e o Alviverde.

Desse quarteto, a agremiação do Marcelo Oliveira é, por enquanto, a única mal treinada e a que possui mais talento no elenco. Tem que melhorar na parte coletiva para obter a sonhada conquista.

Ficha do jogo

Palmeiras- Jailson; Jean, Mina, Vitor Hugo, Zé Roberto; Gabriel (Lucas Barrios), Tchê Tchê (Rafael Marques), Moisés; Dudu, Róger Guedes (Cleiton Xavier) e Gabriel Jesus
Técnico: Cuca

Flamengo – Muralha; Pará, Réver, Rafael Vaz e Jorge; Márcio Araujo e Willian Arão; Gabriel (Alan Patrick), e Diego (Cuéllar) e Everton (Marcelo Cirino); Leandro Damião
Técnico: Zé Ricardo

Árbitro: Andre Luiz de Freitas Castro (GO) – Auxiliares: Fabricio Vilarinho da Silva e Cristhian Passos Sorence


Atlético era melhor com Aguirre; Levir deu baile tático em Marcelo Oliveira
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De Vitor Birner

Baile dos cariocas

O Fluminense sobrou contra o Atlético. A agremiação das Laranjeiras, com mais capricho nas finalizações, teria feito o dobro de gols.

A dificuldade diante dos goleiros, assim como oscilações no padrão das atuações, tem sido entrave para o time entrar na região dos classificados à Libertadores.

Se mantiver a força coletiva como a de ontem, inevitavelmente subirá algumas posições e oferecerá aos torcedores os melhores momentos do time na temporada.

A questão será enfrentar uma equipe com tantos problemas dentro do gramado.

Quando acontece goleada de treinador

Marcelo Oliveira tomou o baile tático de Levir Culpi. Montou o time estático, lento, para conseguir colocar em campo Fred de centroavante, Pratto pelos lados do ataque e Robinho como principal articulador.

Maicosuel tinha que recompor o sistema de marcação e atuar na linha dos volantes Lucas Candido e Rafael Carioca. Ficaram sobrecarregados porque o treinador do Fluminense investiu em mobilidade, lances pelos lados e na transição veloz à frente.

Além de fechar muito mais espaços e conseguir isso com maior rapidez, a agremiação das Laranjeiras impôs intensidade que garantiu o ritmo de jogo que pretendia e, consequentemente, a superioridade no gramado.

As alterações feitas pelos treinadores aumentaram o baile e a festa de quem ganhou.

É necessário mais que o talento

O Fluminense, resumindo, mostrou força coletiva, enquanto o Atlético ficou dependente dos jogadores acharem com  acertos individuais os lances que necessitavam para o time fazer gols.

Os mineiros têm elenco que oferece mais opções de atletas que resolvem os jogos.

Isso garante muito pontos na tabela classificação, mas é pouco para a conquista do torneio. Observando algumas partidas do time, a impressão é que o treinador sequer escolheu a proposta de futebol. .

Parece priorizar o agregamento do renomados no time.

Ou para evitar reclamações de Pratto, Robinho e Fred, ou simplesmente por convicção que o trio em campo desde o início do jogo era a opção ideal, colocou todos, perdeu o meio de campo e após tirar o centroavante para Otero entrar manteve a fraca marcação no setor.

Quem assistiu ao que fazia Diego Aguirre, expurgado do clube após a Libertadores, sabe que é possível montar coletivo mais forte.

O sistema de marcação era consistente. Essa deveria ser a prioridade para alicerçar a quebra do jejum, após a perda do torneio, ano passado, porque o time tomou 47 gols no torneio. Nessa, por enquanto, foram 34 , quantidade muito alta para quem pretendem comemorar a conquista.

Eis as referências de ganhadores

O Corinthians levou 31 em toda a edição anterior. O Cruzeiro, no bicampeonato, tomou 37 e 38. O Fluminense que ganhou antes sofreu 33.

O Alvinegro, na primeira conquista de Tite nos pontos corridos,tomou 36, mesma quantidade do Fluminense campeão no ano anterior.

O São Paulo no tricampeonato levou 36, 19 e 32.

A única exceção no atual formato e com duas dezenas de clubes foi na conquista do Flamengo.

Levou 44 gols no torneio em que houve mais questões atípicas, as quais pouco servem para qualquer planejamento de êxito ou referência que embase as necessidades de quem pretende encerrar com a melhor campanha.

Ou Marcelo Oliveira organiza o sistema de marcação, ou de novo a nação seguidora do time ficará frustrada pela manutenção do jejum na competição.

Além disso, tem que aumentar a quantidade dos gols preparados em treinamentos e definir sistemas de futebol para conseguir os resultados.

Reitero: se ao menos equilibrar a força coletiva de Flamengo e Palmeiras, equipes mais bem treinadas, será, por ter mais talentos que resolvem jogos, o maior candidato a conquistar o torneio.

Observação muito simples

A zaga é o setor mais carente do elenco, mas nem adianta creditar a isso os problemas do time.  Quem atua nessa posição fica exposto quando o time não consegue ter a bola e ditar o ritmo, pois falta marcação na frente e em alguns momentos no meio de campo.

Enquanto Marcelo Oliveira mantiver a política do talento acima do coletivo, a tendência será o time oscilar, tomar gols e ficar atrás de Flamengo e do Alviverde. .

A proposta coletiva funcionou contra o Palmeiras, quando a agremiação ganhou no Allianz Parque. Desde então houve altos e baixos que destoam do potencial do elenco e fizeram a equipe se aproximar mais de quem joga para conseguir vaga na Libertadores que do Flamengo e do Alviverde.

Marcelo Oliveira precisa urgentemente acertar e os jogadores cooperarem para a implementação das ideias do treinador. Qualidade para isso têm.

Hoje é possível afirmar que há muitos times mais fortes coletivamente e ficam atrás na classificação porque possuem elencos muito piores, tais quais Santos e o Grêmio.


Marco Aurélio Cunha para apaziguar a ira política e no futebol do São Paulo
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De Vitor Birner

Gustavo Viera não fazia política. Tomava decisões que considerava técnicas e, fossem equivocadas ou certas, seguia com as próprias convicções.

Marco Aurélio Cunha tem perfil distinto. Sabe quando acelerar e brecar para tentar o impor o que crê ser necessário. Fazer o jogo interno na agremiação e externo com a torcida. Gosta disso e tem tal habilidade para lidar com o que acontece dentro do CT da Barra Funda e principalmente no Morumbi.

Conhece muito o clube, se posiciona diante do que discorda,  em alguns momentos fez isso publicamente, dialoga com a mídia e dispensa a discrição que caracteriza o antecessor.

A questão política, às véspera das eleições, tem peso. Marco Aurélio Cuinha articulou a campanha da oposição e, apesar de não ser grande puxador de votos no conservador conselho do São Paulo, será mais difícil para os integrantes do órgão ávidos pelo poder criticarem desmedidamente o colega.

Há algo fundamental para a compreensão do que acontece. Dentro do Morumbi, se faz política com raiva, por rixas e tomada do poder, ao invés de priorizarem o fortalecimento da instituição.

O novo gerente executivo de futebol, pela receptividade e conhecimento, talvez consiga agregar alguma necessária paz.

O escolhido por Leco tende a amenizar, ao menos em princípio, as iras seletivas, remuneradas, interessadas, cada indivíduo com a própria motivação, no Morumbi e nas redes sociais.

Marco Aurélio Cunha tem currículo ganhador, história positiva dentro do São Paulo e sabedoria para lidar com os jogadores e torcedores.

É um dos símbolos do período no qual a torcida era mais feliz.

Tem que manter as metodologias atualizadas, implementadas pelo ex-gerente executivo de futebol, como a análise do desempenho de atletas,  obviamente se continuar além do combinado em qualquer cargo no departamento no CT da Barra Funda.


Cristóvão Borges foi fundamental para o Corinthians ganhar do Sport
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De Vitor Birner

Corinthians 3x 0Sport

O Rubro-Negro mandou no primeiro tempo., O Alvinegro foi melhor no restante do jogo e mereceu ganhar com facilidade.  O resultado tem a ver com a alteração feita pelo treinador que sucedeu Tite. O time sobrou após isso.

Antes, Diego Souza desperdiçou a melhor oportunidade da agremiação de Oswaldo de Oliveira. Como todos sabem, tem sido assim diante do goleiro campeão no torneio de pontos corridos.

Tradição do futebol

O maior lance em toda a carreira de Cássio foi contra o então vascaíno Diego Souza.O momento marcou as trajetórias do goleiro e do meia-atacante. Era muito favorável a quem teve nos pés a grande oportunidade para eliminar o Alvinegro, que ganhou aquela edição da Libertadores.

Em Itaquera, o Sport mandou no primeiro tempo. Finalizou dez vezes e o oponente apenas três. A principal teve os mesmos personagens e desfecho.

Samuel Xavier tocou para Ruiz, o atacante parou no lance para evitar o impedimento, o auxiliar apressado levantou a bandeira e se equivocou, o sistema de marcação do Alvinegro foi na dele, mas o árbitro acertou ao mandar seguir, e p lateral cruzou para o jogador do Sport sozinho na área cabecear em cima do corintiano.

No futebol há disputas que pela tradição e capítulos têm mística.

Essa é uma e nem é necessário afirmar quem prevalece.

Faltou o principal

Oswaldo de Oliveira posicionou Neto e Rithelly como volantes. O segundo apoiou mais.

Everton Felipe e Gabriel Xavier formaram o trio de criação com Diego Souza e recuaram para a linha dos colegas quando o Alvinegro conseguiu fazer a transição de bola. O veterano e o Ruiz ficaram mais adiantados para os contra-ataques, e participaram menos da recomposição do sistema de marcação.

O time, enquanto impediu a transição de bola do oponente, ditou o ritmo e jogou melhor.

Foi incompetente para  transformar a superioridade em resultado positivo.

Relembro; atuar melhor que qualquer equipe é ferramenta para aumentar a hipótese de ganhar, serve apenas para facilitar o cumprimento dos objetivos diretos, que são fazer e não tomar gols. Precisão é fundamental no futebol.

Melhorou muito após o treinador mexer 

Marlone e Giovanni Augusto pelos lados, mais Camacho e Rodriguinho na mesma linha formaram o quarteto em frente ao Cristian e atrás de Lucca, escalado como centroavante.

A transição mal-executada impediu o time de jogar com a bola no meio  e, na prática, o Alvinegro sequer frequentou o entorno da área do oponente.

Cristóvão Borges orientou os jogadores durante o descanso regulamentar, ajustou o posicionamento para fortalecer a marcação em Diego Souza no contra-ataque, fez uma alteração que mexeu em três posições, e o time sobrou em Itaquera.

Manteve o 4-1-4-1, mas com Gustavo como centroavante; Lucca foi atuar no quarteto, Camacho recuou para ser o volante em frente aos zagueiros, Cristian saiu, e os maiores dilemas do time foram minimizados.

A transição melhorou com o Camanho e, acima disso, o estreante ganhou divididas quando o time necessitou apelar aos lançamentos, pelo alto, da defesa ao campo de frente.

No primeiro minuto conseguiu, Marlone ficou com a  bola e cruzou para Rodriguinho, desacompanhado na área, cabecear no contrapé do goleiro e comemorar.

O Sport, como aconteceu em outros jogos, se desorganizou após o gol e poucos minutos depois e o mesmo assistente cruzou para Léo Príncipe. com muita facilidade, estrear na artilharia.

Havia três jogadores do Corinthians contra três marcadores.

Oswaldo de Oliveira colocou Apodi e tirou Gabriel para otimizar o apoio na lateral.

Aos 15, Lucca cobrou escanteio, Vilson ganhou de Mateus Xavier, cabeceou e ampliou o resultado.

Em seguida,  Rogério foi ao gramado na vaga de Everton Felipe. O atacante fez alguns lances que exigiram mais do sistema de marcação.

Apenas gerenciou

O Corinthians pouco forçou pára fazer mais gols. Nos contra-ataques poderia conseguir.

Equívocos no toque de bola impediram a agremiação de aproveitar as brechas oferecidas pelo oponente, que necessitou adiantar todas as linhas para tentar o empate. O jogo havia acabado quando Vilson conseguiu o gol.

O treinador, quando avaliou que o time manteria o resultado positivo, testou William na posição de Camacho e Jean na de Giovanni Augusto, ambas para reforçar o sistema de marcação.

Ficha do jogo

Corinthians – Cássio; Léo Príncipe, Yago, Vilson e Uendel; Cristian (Gustavo); Giovanni Augusto (Jean), Camacho (Willians), Rodriguinho e Marlone; Lucca
Técnico: Cristóvão Borges

Sport – Magrão; Samuel Xavier (Apodi), Matheus Ferraz, Durval e Rodney Wallace; Neto Moura e Rithely; Gabriel Xavier (Edmilson), Diego Souza e Everton Felipe (Rogério); Ruiz
Técnico: Oswaldo de Oliveira

Árbitro: João Batista de Arruda (RJ) – Assistentes: Michael Correia e João Luiz Coelho de Albuquerque (ambos do RJ)


Brasil teve muito de Tite contra a Colômbia; início do trabalho é promissor
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De Vitor Birner

Brasil 2×1 Colômbia

Os torcedores mostram  grande otimismo após as duas atuações sob orientações do treinador. O futebol e os resultados do time o fazem merecedor da impressão positiva.

A etapa apenas começou. Foram 8 dias com o técnico, muito pouco para qualquer avaliação consistente.

A expectativa tem que ser proporcional às possibilidades reais em pequenos prazos de treinamentos, por isso, se houver tropeços e atuações menos convincentes que essas duas nas eliminatórias, o técnico achará normal.  .

Possui sabedoria para manter os pés nos gramados e continuar a formação do time.

Hoje, sequer pode ter convicção que achou a estrutura para a construção do coletivo forte e ganhador.

Serei mais claro: talvez tenha encontrado, a possibilidade existe, mas necessita meses para determinar quais serão os pilares e quem formará o elenco.

À la Tite

Miranda corre para a primeira trave na cobrança de escanteio do Neymar. Chega na frente do marcador e cabeceia para o gol.

A movimentação do zagueiro com certeza foi treinada. Mérito dos jogadores e do técnico, que conseguiu em poucos dias agregar características que aprecia no time.

Houve outras;  Brasil teve mais posse de bola, fez transição com velocidade, forçou os lances pelos lados para espalhar os jogadores do sistema de marcação do oponente e assim criou as brechas para Paulinho ou Renato Augusto entrar na área e tentar finalizar.

O centroavante Gabriel Jesus contribuiu com isso se deslocando para a direita em alguns momentos.

O progresso é fruto do conhecimento do técnico sobre dinâmica de jogo, mas consegue implementar as propostas coletivas porque escala os atletas em funções iguais ou similares as que realizam nas agremiações, o elenco escuta, crê e faz o possível para executar o que foi preparado nos treinamentos. A intensidade do sistema de marcação mostra como houve empenho e inteligência para o time ganhar.

Pés mantidos sobre o gramado  

Obviamente, ainda são necessários muitos ajustes.

É apenas o início da história do treinador nessa empreitada. Houve confusão do sistema de marcação do Brasil no gol de empate. Alguns jogadores, como Marquinhos que fez contra, demoraram para acompanhar os colombianos após o cruzamento na cobrança de falta.

Ou todos saíam e faziam a linha de impedimento, ou recuavam em bloco simultaneamente e na mesma linha.

Tite treinou isso com o elenco.

O lado esquerdo no sistema de marcação foi menos consistente que o direito.  Marcelo teve dificuldade na marcação de Muriel. Pekerman notou e colocou o rápido e competente Cuadrado para atuar contra o lateral. Tirou MacNelly Torres e forçou os lances muitos mais naquele setor.

A Colômbia, por isso, conseguiu escanteios, além de uma finalização dentro da área.

Compensou; o contraponto com a bola  

O lado de Marcelo e o Neymar foi o mais forte do time na criação de oportunidades. A maioria dos lances de gol teve início com a dupla e quem se aproximou para as triangulações.

Concorrência para ser destaque do jogo  

O atleta do Barcelona finalizou com precisão no segundo gol, se deslocou à meia onde serviu Paulinho quando o volante correu para a área e recebeu faltas que geraram amarelo,

Fez uma inútil no campo de frente e tomou o cartão. Mesmo assim. pode ser considerado o melhor em campo.

Ou ele. ou o Casemiro.

Duas mexidas funcionaram

Phillipe Coutinho entrou e alterou o andamento. Se candidatou a iniciar os jogos porque conseguiu isso em Manaus e Quito.

Willian, que saiu, cumpriu o dever tático e tecnicamente foi mediano.

Giuliano melhorou o time ao ocupar a vaga de Paulinho. Na meia. tentou as triangulações com Neymar e Marcelo no lado mais forte do sistema de criação.

Taison substituiu Gabriel Jesus no final e o breve período no gramado impede avaliação.

O alviverde foi melhor na parte tática que na técnica. Priorizou a proposta coletiva em vez de lances individuais, Ganhou créditos com o treinador.

Brasil segurando a bola no meio de campo e impedindo a Colômbia de gerar qualquer incômodo nos últimos minutos foi o encerramento do jogo com outra marca de Tite.

Nos clubes ficaria mais simples

O treinador deve convencer Neymar a evitar as gracinhas que fez nos últimos minutos.  Ganhar deve ser a maior satisfação de qualquer jogador de futebol.

Se poupou o jogador, creio que na próxima convocação o orientará.  O momento após o jogo era de comemoração.

Essa é uma das dificuldades que treinadores de seleções têm. Os atletas são das agremiações; Assim que são encerrados os empréstimos forçados, correm por obrigação para quem investe fortunas em salários e contratações.

Resumo positivo

Resultado aumenta o respaldo e a paz para Tite seguir fazendo o que sabe. Conseguiu, em poucos dias, colocar algumas características dos times que orienta.

Tendência é melhorar.

Ficha do jogo

Brasil – Alisson; Daniel Alves, Miranda, Marquinhos e Marcelo; Casemiro; Willian (Philippe Coutinho), Renato Augusto, Paulinho (Giuliano) e Neymar; Gabriel Jesus (Taison)
Técnico: Tite

Colômbia – Ospina; Stefan Medina, Óscar Murillo, Jeison Murillo e Farid Díaz; Carlos Sánchez, Macnelly Torres (Cuadrado), Wilmar Barrios e James Rodríguez; Muriel e Bacca (Martínez)
Técnico: Jose Pékerman

Árbitro: Patricio Lostau (Argentina) – Auxiliares: Ivan Núñez e Gustavo Rossi


Tite estreia e Brasil sobra contra Equador; Gabriel Jesus comemora
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De Vitor Birner

Equador 0x3 Brasil

É impossível exigir do Tite o padrão de jogo que o próprio quer implementar. Teve 3 dias para treinar. Se a seleção mostrasse grande futebol, seria mérito de todos e a graça da sorte.

A atuação foi consistente. O time ganhou o meio de campo, durante o jogo adquiriu confiança e após fazer o gol ficou fácil ampliar o resultado.

Apesar de necessitar ajustes, a seleção mostrou padrão de futebol melhor que na Copa América. A questão será manter, porque regularidade e consistência são adquiridas nos treinamentos e nos jogos. O time pouco faz isso.

Mereceu ganhar.

Se confirmar o favoritismo contra a Colômbia, o treinador terá a paz necessária para fazer o que sabe.

O esquema tático

William na direita, Neymar do outro lado, Renato Augusto e Paulinho no meio, todos na mesma linha.

O 4-1-4-1 com o quarteto em frente ao volante Casemiro e atrás de Gabriel Jesus garantiu as flutuações de posicionamento quando o time teve a bola. Os jogadores do Chelsea e do Barcelona, porque o oponente força os lances pelos lados, pouco se deslocaram para a meia. Priorizaram a marcação enquanto o time se adaptou ao andamento do jogo na altitude.

A variação para o 4-3-3 aconteceu quando Neymar avançou, Gabriel Jesus foi para a direita e Renato Augusto ou Paulinho entrou na área como se fosse o centroavante. Ambos podiam fazer isso. Outra alteração do sistema é para o 4-4-2 com o atleta negociado para a agremiação de Guardiola e alguém formando a dupla de frente.

William fez pouco isso e foi conservador provavelmente por preferência do técnico.

No início, o sistema de marcação formado por todos os jogadores preencheu as lacunas no campo de trás. Quando notou que podia fazer mais, atuou adiantado e anulou a transição de bola do Equador.

Alguns poucos lances de velocidade pelos lados, ainda no 1°t, formaram o repertório do time que teve apoio da torcida.

Apenas o Brasil jogou futebol

O Equador, após as instruções dos técnicos e descanso dos atletas, perdeu rendimento. Tentou adiantar todas as linhas para impedir a bola de chegar ao meio de campo do oponente.

A estratégia foi ineficaz e o time do Tite, com mais lacunas para a criação, sobrou. Ganhou o meio de campo e criou as oportunidades. teria feito o gol antes se caprichasse nas finalizações.

Neymar participou mais da criação. Se deslocou do lado para a meia, chamou o jogo, e por isso tocou mais na bola no campo de frente.

 

O treinador do Equador notou e tentou reforçar o setor com a entrada do Ibarra e a saída do centroavante Caicedo.

A tentativa foi ineficaz. Logo em seguida aconteceu o gol e o time ruim na altitude Quito.

Minutos antes, William saiu e  Philippe Coutinho, que investe mais que o colega em dribles e velocidade e é pior na marcação, foi ao gramado. .

A lebre e a tartaruga

 

Gabriel Jesus saiu muito atrás de Mina e chegou na frente no lance do pênalti. O atacante ganhou na velocidade do lento zagueiro.

O goleiro teve que fazer a falta e tomou o amarelo. Após as alterações na regra, o cartão teve a cor precisa.  Neymar cobrou no canto direito, forte e o jogo daquele momento em diante ficou muito fácil.

O Equador investia em marcação e nos contra-ataques. Teve que avançar todas as linhas e oferecer aquilo que antes queria para fazer o gol. A exclusão inquestionável de Paredes fez o time despencar dentro do gramado. Chegou com a sola por cima do pé de Renato Augusto.

Isso garantiu as avenidas onde o time do Tite conseguiu o resultado favorável.

 

Gols aconteceram todos do mesmo lado

Marcelo ficou mano a mano contra Mina e cruzou para Gabriel Jesus finalizar e comemorar.  O lateral e Neymar aproveitaram no lance do gol. .

Neymar, na mesma avenida, fez a assistência para Gabriel Jesus, com categoria, ampliar o resultado.

 

Ficha do jogo

Equador – Alexander Domínguez; Paredes, Gabriel Achilier, Arturo Mina e Walter Ayoví; Christian Noboa de Gruezo (Gaibor); Enner Valência, Miller Bolaños e e Jefferson Montero (Arroyo); Felipe Caicedo (Ibarra)
Técnico: Gustavo Quinteros

Brasil – Alison; Daniel Alves, Marquinhos, Miranda e Marcelo; Casemiro; RWilliam (Philippe Coutinho), Renato Augusto, Paulinho e Neymar; Gabriel Jesus
Técnico: Tite

Árbitro: Enrique Cáceres Villafañe (Paraguai) – Auxiliares: Eduardo Cardoso Escobar e Milciades Saldivar Franco (ambos do Paraguai)


São Paulo cogita contratar atleta do Corinthians
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birner

De Vitor Birner

Os dirigentes querem contratar. Pedro Lopes assinou reportagem do UOL Esporte, sexta-feira, na qual afirmou que as prioridades são jogadores que atuam tanto pelos lados tanto do ataque quanto do meio de campo.

O colega afirmou que os cartolas negociam com Marquinhos do Internacional e pretende, além desse, agregar outro atleta da posição ao elenco.

Rildo, após se machucar com gravidade e pouco ter entrado nos gramados nessa temporada e na anterior, e que hoje trata para curar as dores na coxa, faz parte da lista de reforços.

Entenda:

O atleta foi aprovado pelos cartolas para ser uma dessas contratações emergenciais. Tenho que apurar se a ideia saiu do papel, houve oferta, as agremiações negociam, e tudo mais necessário para acontecer a transferência.

O clube tem uma lista com nomes de cada posição e talvez haja algum acima. O vínculo de Rildo com o Alvinegro acabará em dezembro.  Caso queira sair agora e aconteça o acerto das agremiações, pode ser inscrito pela do Morumbi para jogar ainda nessa edição do torneio de pontos corridos.


São Paulo cumpre a cartilha do rebaixamento
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birner

De Vitor Birner

Clubes gigantes necessitam muitos equívocos para saírem da elite do futebol. O roteiro dos que conseguiram teve capítulos similares.

Política interna em guerra feita de propósito para o time ter resultados ruins; dirigente envolvido em suposta corrupção; conselheiros apoiando esse cartola; gestão financeira com problemas; torcida batendo em jogadores.

Qualquer indivíduo com inteligência sabe que tal cenário tende a expurgar as pessoas honestas. Mesmo se não forem competentes, geram prejuízos menores que os de alguém disposto a ser cartola para desviar o dinheiro, e que se acha dono da agremiação.

Pense nos que conseguiram;.

Fluminense, Palmeiras, Grêmio, Botafogo, Corinthians, Atlético e Vasco; todos cumpriram o roteiro citado no post.

O São Paulo, pela qualidade do elenco –  deve ser comparado aos dos outros times para ser avaliado – , tende a encerrar o torneio de pontos corridos na chamada primeira página da tabela de classificação.

Muricy Ramalho, por exemplo, no Cartão Verde da quinta-feira retrasada, afirmou que grupo de atletas é melhor que o do Corinthians. O Alvinegro sonha com a improvável conquista e se mantém na região que oferece vaga na Libertadores.

A manutenção do ambiente na política interna afirma que se tudo continuar igual, a possibilidade de o time ser rebaixado noutras temporadas é grande.

A questão anímica

Alguns times são acostumados a frequentarem o grupo dos que descem de divisão. Torcedores, dirigentes, atletas e treinadores inconscientemente se preparam para o que consideram normal e natural.

No gigante, a expectativa é ganhar, e quando acontecem tropeços atrás de tropeços, a parte de baixo da classificação fica como o lago de areia movediça. Quanto mais se mexem e não conseguem nadar para fora, maior fica a tensão e a dificuldade para realizarem aquilo que tem capacidade.

 


São Paulo conformado, desunido, protocolar e improdutivo contra o Juventude
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birner

De Vitor Birner

São Paulo 1×2 Juventude

A agremiação, rodada após rodada, jogo depois de jogo, tem menos pegada.

Tropeçou contra o Atlético, mas mostrou união no gramado. Diante do Botafogo, apesar de ainda lutar pelo resultado favorável, coletivamente foi menos intensa.

A força de grupo contra o Internacional desmoronou. O Juventude, que acima de tudo atuou como time, aproveitou a desunião do favorito em campo e conseguiu o resultado positivo.

No São Paulo houve jogadores que correram e tentaram ganhar.

Mas isso foi secundário. Enquanto os esforços forem individuais, em vez de com reciprocidade,  a raça de alguns será muitas vezes superada pela garra de times piores tecnicamente e com maior força coletiva.

O de Antonio Carlos, por isso, hoje, comemora o feito no Morumbi.

Como foram posicionados  

Ricardo Gomes optou pelo 4-1-4-1 com flutuação ao 4-2-3-1. O quarteto no meio de campo teve Kelvin na direita, Cueva do outro lado, além de Thiago Mendes e Hudson na mesma linha.

João Schmidt. em frente aos zagueiros e laterais, podia ter um dos colegas de posição mais recuado para formarem a dupla de volantes, se o Juventude quisesse e conseguisse fazer a transição de bola com maior quantidade de atletas do que tentou no Morumbi.

O favorito, por saber que tem qualidade técnica muito melhor, iniciou com Bruno e Carlinhos nas laterais. O técnico alterou os jogadores nas duas porque pretendia otimizar a criação. O treinador exigiu constante apoio dos substitutos de Buffarini e Mena.

Antonio Carlos montou o 4-4-2 e o ferrolho para investir no contra-ataque e acima de tudo marcar.

O meio de campo teve Bruninho e Vacaria como volantes, Wallacer na direita e Felipe Lima do lado oposto. Roberson e Hugo, os atacantes, completaram o time que atuou com todos os jogadores atrás da linha da bola tal qual necessário no Morumbi.

Os números contraditórios que mostram

Posse 71% x 29%; toques 495 certos e 46 equivocados x 1o3 e 39 incompletos; cruzamentos 50 x 7; escanteios 9×3.

As estatísticas foram melhores que o futebol da agremiação da qual se exige a classificação. Finalizou 16 vezes e acertou míseras duas. O Juventude necessitou oito para quatro terminarem nas redes ou no goleiro.

Metade das tentativas e o dobro de acertos. A precisão é, no futebol, muito mais importante que a quantidade.

É óbvio que o elenco de quem atua na elite é mais qualificado tecnicamente, .

A prática negou a a teoria. O time que permaneceu duas e vezes mais tempo com a bola, fez quase 5 vezes mais passes, obteve 3 vezes mais tiros de canto e impressionantes 7 vezes mais levantamentos na área – o que mostra a dificuldade e o repertório pequeno -, foi incapaz de transformar tais números em grandes oportunidades para ganhar.

Foi melhor no que é indispensável

Há noites em que qualquer equipe tropeça por falta de sorte ou porque, especificamente naquele jogo, rendeu menos que o padrão com o qual atua. A sequência de resultados do São Paulo no próprio estádio indica que a agremiação tem dificuldade para se impor e ganhar dentro do Morumbi.

Ou se equivoca nas finalizações, ou no último toque, ou na marcação por cima, ou na recomposição, ou o goleiro toma gols que outros da posição conseguem impedir como aconteceu muitas vezes na temporada.

Foi o que houve diante do time da serra gaúcha no primeiro momento que conseguiu o contra-ataque. Lance na direita do sistema de marcação, tal qual fizera o Botafogo no gol. Buffarini atuou naquela tarde e diante do Juventude foi o Bruno.

Roberson, na área, finalizou no canto direito, onde era possível Denis intervir, mas o goleiro não foi capaz. Aconteceu noutros momentos importantes como na fase de classificação contra River Plate e nas oitavas-de-final da Libertadores,

O gol foi consequência da dificuldade para recomposição do sistema de marcação, da cobertura do apoio do lateral, do problema técnico do goleiro, do acerto simples do Juventude, e acima de tudo da falta de ambição do semifinalista no torneio continental.

A cobertura naquele setor é mais simples do que o time faz parecer. Nos piores momentos do início de Bauza, raramente tomava gols na direita.

Atlético, Botafogo, Inter e Juventude, diante do São Paulo, construíram desse lado o resultado positivo.

Eis a grande questão. a correria pode ser apenas 'enrolação'  no futebol.

Há jogadores crédulos que o esforço individual é o que devem oferecer para agremiações que os contratam. Se enganam porque no esporte onde a paixão goleia a razão, atleta que não sente resultados negativos e positivos, que pouco se incomoda, é incompleto como profissional.

Nesse São Paulo, isso acontece

Os atletas correram diante do Juventude, mas não uns pelos outros.

Foram esforçados por protocolo ou inércia ao invés de quererem muito ganhar.  Mais que entrosamento, faltou união dentro do gramado.

Maicon criticou a postura do time na entrevista à beira do gramado. O ex-Porto, além de Cháves, autor do gol em cabeceio preciso e difícil após assistência de Carlinhos, são mais guerreiros que o lateral e Michel Bastos, mas a cobrança da torcida deve ser ao coletivo.

Internamente os próprios atletas devem exigir mais dos colegas.

Isso é parte da formação de time competitivo, se realmente há jogadores incomodados com o que o zagueiro classificou como falta de ''intensidade''. Apontar o dedo para  x ou y é inventar solução ineficaz. O treinador deve colocar no banco quem rende pouco. Há alguns candidatos.

Pulo a polêmica

Houve pequena melhora no rendimento após João Schmidt sair porque Michel Bastos entrou na esquerda e permitiu ao Cueva atuar mais ao centro do quarteto e ao lado de Thiago Mendes.  Fou pouco para render as oportunidades que explicariam o volume de jogo.

O neo-pênalti que Roberson chutou no meio do gol foi daqueles tradicionais apenas em nosso país, mas concentrar os comentários nisso seria deixar de ressaltar a raça e a união do Juventude, e ofuscar aquilo que o favorito, blasé na postura, necessita incorporar para a construção do coletivo forte.

Momento testa mais que jogadores  

A diretoria tem a ver com o que ocorre no futebol; necessita se mexer e exigir que os funcionários entreguem dentro do gramado o apego à camisa que afirmam nas declarações aprendidas em treinamentos de mídia. Se o time mantiver a falta de união, será mostra de incapacidade dos gestores.

A construção

A implementação de qualquer sistema de jogo exige apoio recíproco e esforço durante os jogos.  Isso facilita a melhora coletiva de posicionamentos e preenchimento de lacunas, que proporciona mais acertos técnicos, e ambos geram grandes resultados.

No futebol são necessários pilares para o erguimento de times fortes. No São Paulo, os que há parecem insuficientes para fornecer estabilidade e regularidade em qualquer torneio.

Ficha do jogo

São Paulo – Denis; Bruno, Maicon, Lyanco e Carlinhos; João Schmidt (Michel Bastos); Hudson (Luiz Araújo), Thiago Mendes, Kelvin (Gilberto) e Christian Cueva; Andres Chavez
Técnico: Ricardo Gomes

Juventude – Elias; Neguete, Klaus, Ruan e Pará; Vacaria (Wanderson), Felipe (Lucas), Bruninho e Wallacer; Roberson e Hugo (Cajon)
Técnico: Antônio Carlos Zago

Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (GO-Fifa) – Assistentes: Fabrício Vilarinho da Silva (Fifa) e Fabiano da Silva Ramires (ES)