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Andrés Sanchez mina a gestão de Roberto de Andrade
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O cenário político no Corinthians é confuso e cheio de embates. O presidente Roberto de Andrade, criticado pela pequena frequência no Parque São Jorge – prefere despachar na empresa da qual é proprietário – compareceu no último sábado ao clube para a votação de alterações estatutárias.

O mandatário, que raramente convoca reuniões de diretoria, chamou cartolas contrários a sua eleição opositores no último pleito e antigos parceiros de gestão, hoje oposicionistas, e se fechou para conversarem.

Andrés Sanches, Paulo Garcia, Jorge Kalil, vice presidente que por opção saiu do cargo e faz críticas ferrenhas à gestão, e Luiz Alberto Bussab, diretor jurídico que no mês anterior assumiu a direção de relações institucionais, participaram da conversa.

O presidente avaliou que terá de conciliar mais nomes fortes do clube para conseguir administrar.

Órfão de cartolas

Integrante da comissão técnica afirmou que o momento é difícil. Nunca tinha visto o time jogar e nenhum estatutário do futebol comparecer.

Aconteceu diante do Flamengo. Alessandro, gerente remunerado,  foi o único da hierarquia a acompanhar o elenco. Sequer havia alguém empossado para ir ao Rio de Janeiro

Saída do diretor de futebol

Eduardo Ferreira renunciou e na entrevista coletiva falou que o fez porque Roberto Andrade não o consultou na contratação de Oswaldo de Oliveira, da qual discordou apesar de elogiar o treinador.

A contradição é simples de ser compreendida: o Andrés Sanchez, o líder do grupo político ao qual pertence, o orientou a sair. O ex-presidente queria minar a gestão de Roberto de Andrade.

Estratégia política antiga e de congressista  

Lembro que o deputado fez planejamento para o pagamento da Arena em Itaquera. Por enquanto, o clube sequer consegue bancar as parcelas da dívida bilionária, o que interfere na administração do clube e nos resultados dentro dos gramados.

Os louros dos ganhos com o palco dos jogos são, acima de tudo, méritos de Andrés Sanchez, assim como o ônus que o clube tiver, se a empreitada gerar dificuldades para a instituição.

A manobra para enfraquecer o Roberto de Andrade e se transformar em oposicionista pode servir para Andrés Sanchez se isentar, diante da torcida, das questões financeiras que geram declínio da qualidade no elenco do futebol. Tal estratégia é comum para caciques da política eleitos pelo povo.

Tradicional para manutenção de poder

A cartilha nacional dos congressistas reza que o povo tem memória curta e qualquer bobagem ou promessa impossível de ser cumprida será esquecida com factoides e crises. Trata pessoas como se pudesse manipular o que pensam e obtém êxito.

A gestão pública do país em muitos governos foi péssima e, mesmo assim, muitos caciques se reelegeram.

O raciocínio de pragmáticos da política é simples: o desmoronamento de algo serve como possibilidade para a construção do que pretendem, nenhum prejuízo gerado contra a instituição ou a nação os faz brecarem a a estratégia, pois a prioridade é a manutenção ou retomada de poder.

Andrés Sanchez foi vice de futebol do Alberto Dualib e um dos grandes responsáveis pelo rebaixamento.

Fez todo o possível para a concretização da parceria com a MSI, abandonou o barco na hora em que afundaria para ser candidato, o presidente renunciou após ser investigado, e o então colega de gestão ganhou a eleição de Claudemir Orsi por pequena margem de votos.

Suposta alteração de lado

No clube, se fala que Andrés Sanches pode apoiar ao Paulo Garcia, que nos últimos pleitos ficou do lado oposto ao do deputado.

Roberto de Andrade, ciente que ficaria isolado e tem ainda uma temporada inteira de mandato, decidiu fazer a reunião para conseguir gerir a agremiação.

A tentativa de se fortalecer

No Alvinegro, os especialistas na política interna garantem que houve o enfraquecimento de Andrés Sanches com os sócios.

O cartola, ao contrário do que afirma, tenta reverter isso apoiando opositores.

Algumas alterações estatutárias rejeitadas pelo cartola foram aprovadas pela quase totalidade dos votantes, o que comprovou a teoria. Mesmo com resultados positivos no pleito realizado em fevereiro do ano anterior, Rooberto de Andrade apoiado pelo deputado teve 57% dos votos, margem pequena para a gestão que montou elencos ganhadores e ergueu a Arena em Itaquera.

Alguns adendos 

É inegável que apoiado por Rosemberg e mais profissionais, Andrés Sanchez recuperou as finanças da agremiação e elevou o padrão no futebol.

Ao contrário do que houve na gestão de Alberto Dualib. dessa vez o clube pode ter alguma dificuldade para montar elenco forte, mas é quase insano cogitar que em breve irá à segundona.

A lava jato sequer exoistia durante parte das negociações dos 'naming rights'. Se atrapalhou foi porque o cartola imaginava ganhar outra regalia do Governo. Talvez nem pretendesse pagar, tal qual alguns afirmaram.

Ter a Arena em Itaquera construída arrecadando em jogos e pagar depois é grande regalia.

Se tivesse que custear a obra durante a construção, além de manter gastos com locação do Pacaembu, necessitaria montar elenco forte para manter a popularidade que o fez, por exemplo, deputado eleito pela torcida.

Seria impossível, seja qual fosse o padrão de luxo ou simplicidade, construira Arena em Itaquera.

Ainda falta muito para a eleição, são dezesseis meses, por isso articulações e composições podem ser feitas.. Na política são criadas as dificuldades, e posteriormente negociadas as facilidades. .

Os cartolas deveriam se unir em prol do Alvinegro e esquecerem questões pessoais, tal qual sugere a essência dos cargos de abnegados que labutam gratuitamente por amor pela agremiação.

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Michel Bastos confirma ter proposta do Cruzeiro; disse que é a única
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De Vitor Birner 

Michel Bastos  e outros jogadores de futebol, além de Virna, Luxa, alguns músicos e famosos de áreas distintas participam do WSOP na capital paulista.

O evento organizou um torneio específico para celebridades. As colocou na área restrita, onde apenas convidados e  credenciados tiveram acesso.

Denilson apresentador foi ao torneio ontem e encontrou o atleta  do São Paulo. Perguntou com bom humor se iria atuar ''no segundo time do meu coração'', que desconfio ser o Palmeiras.

Michel Bastos afirmou que por enquanto tinha proposta apenas do Cruzeiro.

Emendou confirmando que o clima para jogar no São Paulo é ruim, e que conta as horas para sair do Morumbi e jogar noutra agremiação.

A conversa aconteceu no meio das pessoas no setor VIP. Uma é alguém que conheço, tenho confiança, escutou e me relatou.

Em suma, parte do elenco no CT da Barra Funda engorda a rejeição ao veterano, creio, porque se omitiu quando mais necessitava do colega, Os atletas se esforçaram e era nítido que sofriam após cada tropeço.

Ninguém comprometido com a própria carreira quer o rebaixamento no currículo.  A questão suplantou a solidariedade pelo que houve na invasão da organizada ao treinamento e vaias recebidas pelo jogador.

Ambos os lados

O São Paulo, na gestão de Aidar  desrespeitou Michel Bastos ao atrasar os salários e não cumprir promessas de pagamentos combinados. Parte da torcida fez igual com as críticas desmedidas.

A arquibancada do Morumbi tem força para derrubar jogadores. Alguns saíram do clube e, em seguida, elevaram o padrão dentro dos gramados.  A necessidade cultural no país de ter o vilão após tropeços fez as pessoas exagerarem no tamanho das vaias.

A agremiação com o Leco pagou as dívidas. As reclamações na arquibancada continuaram, mas a intensidade diminuiu consideravelmente. A invasão na Barra Funda foi contraproducente e os cartolas apoiaram todo o elenco.

Faltou a parte de Michel Bastos para tudo ser solucionado.

A iniciativa unilateral e acomodação do jogador geraram insatisfação. Mena, Rodrigo Caio, Chávez, Maicon e a maioria dos colegas foram raçudos na empreitada encerrarem o despencar do clube na tabela de classificação.

Sequer puderam contar com o atleta que, tecnicamente, tinha qualidade para minimizar a dificuldade na criação de lances de gol.

Confirmou que pretendia trocar de clube

Michel Bastos propôs ao Leco, faz cerca de dois meses, a rescisão gratuita. Ninguém colocaria mão no bolso para acertarem o destrato.

Em janeiro, tal qual afirmei na época, o Cruzeiro havia oferecido Willian em troca do veterano; o Inter quis o jogador, mas nenhuma oferta fez para iniciar a negociação.

Muitos treinadores doutros clubes elogiaram o futebol do meia. O presidente sabe e preferiu manter o atleta. Poderia ser construtivo no gramado, ganhar pontos para o time e valor de mercado, e o São Paulo receber propostas.

Michel Bastos se acomodou e a recusa do cartola por enquanto foi ineficaz.

O Cruzeiro mantém a oferta, inclusive para o  veterano que pretende aceitar a transferência. Se outro grande clube fizer alguma oficial, o jogador e o empresário podem promover a concorrência, a valorização, e tornarem mais complicada a contratação.

No Morumbi, hoje,  a permanência foi descartada.

Propenso a topar o que recusou

Leco, se nenhum negócio mais interessante aparecer, dirá sim e o Cruzeiro terá o meia como reforço para o elenco.


Capita de Tostão, Gérson, Rivellino e Pelé; lenda no planeta do futebol
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De Vitor Birner

O futebol tem ícones. São alguns atletas e craques que nenhum torcedor e jornalista esquece ao citar os grandes times ou uma era de ouro do esporte.

Dentro desse grupo de referências, há as maiores. Carlos Alberto Torres, o capita como era conhecido, era dessa elite dos mais técnicos e geniais.

Tive a honra de entrevistar algumas vezes o técnico Carlos Alberto Torres, tanto como repórter quanto no Cartão Verde,  e de participar de edições do Seleção Sportv onde era comentarista. O privilégio de ver o zagueiro e lateral-direito ao vivo dentro do gramado nunca me foi concedido pelo tempo.

A televisão me ofereceu raras transmissões quando veterano e o ápice do lateral assisti em repetições de jogos.

O gol diante da Itália, que encerrou a goleada e o torneio no qual foi líder e ergueu a Jules Rimet, talvez seja o mais simbólico do time considerado por muitos inigualável e o melhor do planeta. Carlos Alberto Torres era o capitão escolhido por Pelé, Rivellino, Tostão, Gerson, Jairzinho e cia.

Imagine quantas virtudes eram necessárias para jogadores com tanta qualidade,  de personalidade forte, o quererem como liderança.

Torcedores de Fluminense, Botafogo e Santos têm muitas saudades do capita ganhando torneios com seus mantos sagrados. E a do Flamengo, onde atuou quase no final da carreira antes de ir ao Cosmos de Nova Iorque e ao Surf da Califórnia, têm a mesma reverência.

Reitero; foi um daqueles ícones dentro do pequeno planeta dos craques e no período em que o futebol era mais humano e feliz.

Quando podíamos encontrar essas pessoas na praia, campos de várzea e outros locais em que os mortais frequentam, e onde Messi, Cristiano e Neymar sequer podem ir, nem se quiserem.

No período em que o esporte era propulsor de emoções e de alegria, inclusive para quem jogava em grandes agremiações, dinheiro secundário e a palavra produto heresia para explicar a essência da atividade. Quando servia para comunhão do povo com forte preconceito de classe ao invés de aumentar a segregação social.

Aos familiares, amigos e colegas de labuta no Sportv mais chegados ao gigante que a mãe natureza colocou no colo após permitir tantas experiências únicas e especiais, transmito meus sentimentos.

Capita continua vivo como alma e energia no universo e nos corações de quem o quer carinhosamente, tal qual ocorre com os nossos entes amados que se foram.

Que todos sejam abençoados com plena paz.

 


Flamengo empata e Palmeiras é o único favorito; Sport e Alvinegro reclamam
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De Vitor Birner

Simples e óbvio

Questão matemática e de futebol. O que o Flamengo tem feito nas últimas rodadas, se comparado ao que mostrou o Alviverde, é insuficiente para conseguir ultrapassar o líder na tabela de classificação.

Cada clube pode somar mais 18 pontos e o Rubro-Negro, se obtiver todos, o que é difícil, terá que torcer para o concorrente tropeçar três vezes e numa dessas sequer pontuar. O Palmeiras fez 32 jogos e perdeu apenas cinco.

Em suma, é necessária grande alteração de rumo do Palmeiras, além da plena precisão carioca, para o o Rubro-Negro festejar ao cabo do torneio.

O futebol afirma que é sempre necessário aguardar para comemorar.

Ninguém pode ter convicção que o pais sabe qual será o campeão, mas a tendência muito grande é de Paulo Nobre conseguir o que sonhou ao investir fortuna para tornar a agremiação forte dentro dos gramados.

As entrevistas que 'garantiram pontos'

Houve o neo-pênalti favorável ao Sport, após Diego Souza cabecear e a bola tocar no braço de Mina. Em seguida o lance continuou favorável a time do Recife, que tentou o gol e parou em Jaílson.

O goleiro saiu jogando e Moisés fez o lançamento preciso para Dudu, em frente ao Magrão, finalizar e comemorar no Allianz Parque.

O Alviverde teve a sorte no equívoco de quem deveria cumprir as regras. e apenas o prejudicado no jogo, melhor durante o primeiro tempo, pode reclamar.

O gol de empate do Flamengo contra o Corinthians aconteceu no impedimento simples de ser observado e marcado.

Dirigentes de ambas as agremiações beneficiadas na rodada silenciaram, por enquanto, o populismo que pareceu eficaz, pois houve grandes equívocos favoráveis para as duas.  Ou foi isso ou tiveram muita sorte.

Lembro que o Atlético sonha ganhar e nem tudo se resume à disputa pelo troféu ou fuga do rebaixamento que preenchem as manchetes.  Há mais clubes. cada qual tem os próprios interesses, no torneio de pontos corridos.

Muitas reclamações e equívocos nas finalizações

Sport tem sistema de marcação que comparo a uma peneira. Em todos os setores há lacunas para os oponentes criarem as oportunidades de gol.

Tomou 50, contando os de hoje, no torneio.

O Alviverde é a agremiação mais artilheira. Mesmo com a ausência de Gabriel Jesus, deveria ganhar com facilidade, se fosse competente para manter o padrão que o fez líder e maior favorito

O Sport tornou complicado o que deveria ser simples.

Foi superior em parte do jogo, aproveitou as brechas que o meio de campo do Palmeiras ofereceu, teve as maiores oportunidades  e Rogério igualou; a agremiação ditava o ritmo quando o Alviverde fez gol em lance no qual Moisés cobrou o lateral na área,  houve o rebote e a finalização de Tchê Tchê na qual goleiro poderia intervir.

O Alviverde, no meio de campo e lateral, foi vulnerável.

Cuca escalou Tchê Tchê, Moisés e Jean, todos participando da criação, mais Allione na direita que tinha de ir à frente e recompor o sistema de marcação no setor. Fabiano e Zé Roberto atuaram na linha dos zagueiros.

Éverton 'em cima' do veterano destro, Rodney Wallace no destro.  Diego Souza e Rogério se movimentando, todos com muita velocidade, encontraram grandes lacunas no meio de campo e sobrecarregaram quem atuou atrás no time favorito, dificultaram a transição à frente do Alviverde e criaram oportunidades para conseguirem alguns gols.

O futebol pobre diante das possibilidades

O Flamengo ficou treinando e o Corinthians se desgastou diante do Cruzeiro na eliminação da Copa do Brasil. Tinha obrigação de conseguir volume de jogo capaz de tornar o andamento incômodo para o atual campeão do torneio.

A torcida tem apoiado dentro e fora dos gramados. Referendou a postura positiva com disposição às horas na fila para adquirir os ingressos, mas se frustrou com o insuficiente repertório da agremiação.

O Rubro-Negro investiu em chuveirinhos. O Alvinegro, como aconteceu com o Sport no Allianz Parque, foi superior principalmente no primeiro tempo e poderia ganhar.

Guilherme fez o gol com a precisa finalização fora da área.

Zé Ricardo, embasado no futebol do time nas últimas rodadas, tinha ideia que era necessário elevar o padrão. Iniciou com Emerson Scheik e Mancuello pelos lados, e Diego por dentro no meio de campo. Como sempre, Willian Arão podia ir á frente e Marcio Araújo priorizou a marcação.

São quatro atletas de qualidade com a bola, o volante destro é a exceção, havia possibilidade de alternarem os lances de gol, mas turbinaram Guerrero com cruzamentos.

O centroavante igualou no impedimento dos grandes, o Alvinegro ficou à frente com Rodriguinho quando Romero chegou à linha de fundo e tocou para o autor do gol inicial com inteligência fazer a 'deixadinha' para o volante, e Diego cobrou escanteio no qual o peruano, dentro da pequena área, de cabeça finalizou e comemorou.

O treinador tinha tentado otimizar a criação aumentando a velocidade pelos ladoa com Fernandinho na vaga de Macuello, e depois da exclusão do Guilherme no trigésimo minuto reforçando a jogada aérea com Leandro Damião na de Willian Arão, e os cruzamentos ao trocar Jorge por Chiquinho.

Fichas dos jogos

No Allianz Parque 

Palmeiras – Jailson; Fabiano (Thiago Santos), Yerry Mina, Vitor Hugo e Zé Roberto; Tchê Tchê, Jean e Moisés; Allione (Cleiton Xavier), Dudu e Lucas Barrios (Alecsandro)
Técnico: Cuca

Sport- Magrão; Samuel Xavier, Matheus Ferraz, Ronaldo Alves e Renê; Paulo Roberto e Rithely; Everton Felipe (Apodi), Diego Souza e Rodney Wallace (Luis Ruiz); Rogério (Vinícius Araújo)
Técnico: Daniel Paulista

Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (Fifa-MG) – Assistentes: Nadine Schramm Camara Bastos (Fifa) e Pablo Almeida da Costa

No Maracanã 

Flamengo – Alex Muralha; Pará, Réver, Rafael Vaz e Jorge (Chiquinho); Márcio Araújo e Willian Arão (Leandro Damião); Emerson, Diego e Mancuello (Fernandinho); Paolo Guerrero
Técnico: Zé Ricardo

Corinthians – Walter; Fagner, Vilson, Balbuena e Uendel; Willians; Marquinhos Gabriel (Marlone), Giovanni Augusto (Camacho), Rodriguinho e Ángel Romero (Lucca); Guilherme
Técnico: Oswaldo de Oliveira

Árbitro: Anderson Daronco (RS) – Auxiliares: Rafael da Silva Alves e Elio Nepomuceno de Andrade Junior

 

 


Telê Santana será nome de avenida no Morumbi
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De Vitor Birner

O São Paulo deve homenagens ao treinador.  Esse é a convicção da atual diretoria de marketing do clube.

Por isso uniu forças com a Under Armour,  fornecedora de material esportivo do time de futebol, e enviou à Câmara Municipal a solicitação da troca do nome da avenida Jules Rimet pelo do treinador.

O vereador Arserlino Tatto (PT) fez o projeto de lei, aprovado e publicado no Diário Oficial.   O prefeito irá homologar a decisão e o trecho da Avenida Jules Rimet, que tangencia o estádio do Morumbi, entre a Avenida Padre Lebret e a Praça Roberto Gomes Pedrosa,  se chamará Telê Santana da Silva.

Melhor do planeta

Técnicos são chamados de professores, mas a minoria tem a competência para ensinar o atleta a jogar futebol.

Telê fazia com maestria impar. Sob as orientações do técnico, muitos desenvolveram qualidades nas finalizações, toque de bola, cobranças de faltas, e cresceram na profissão.

O último que ergueu o troféu, como capitão, de campeão do mundo pelo país, serve como exemplo.

Cafu e tantos outros que tiveram o privilégio de serem orientados pelo exigente treinador ficaram mais competentes e obtiveram maior sucesso.

O São Paulo contratou Telê na época em que a 'cornetagem nacional' o chamava de pé frio, apesar de ter muitas conquistas –  a única de campeão brasileiro do Atlético é uma -, e subiu de patamar como agremiação.

Ganhou tudo montando no CT da Barra Funda os times que pintaram, esculpiram e interpretaram com a bola nos nos gramados.

Encantou as massas noutros clubes e na seleção, mas foi no Morumbi onde teve a redenção agregando ao currículo êxitos em Libertadores, Mundiais, Estaduais (na época eram relevantes), além doutras conquistas internacionais e do maior torneio nacional.

Após duas décadas e meia da primeira comemoração de campeão com Raí e cia.,  a torcida continua entoando o nome do técnico nas arquibancadas do estádio.

O batismo da avenida é simbolismo que ressalta a 'era Telê' e os feitos do treinador.


Porto quer David Neres substituindo Lucão como pagamento por Maicon
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De Vitor Birner

Manteve o padrão

David Neres é o atleta mais habilidoso das categorias de base do São Paulo.  Atua pelos lados, em especial no direito, do ataque e investe em dribles. .

Se movimenta e tenta as tabelas, por característica em direção ao gol, e forma com o Lucas Fernandes a dupla de jogadores avaliados como os mais promissores em formação no clube.

Tem qualidade para evoluir muito na carreira. Diante do Fluminense, com o time em crise, alterou o andamento do que acontecia no gramado e contribuiu para a única virada do clube nessa edição do torneio de pontos corridos.

Presidente vetou a saída do jogador

Lucão negou a transferência, tem direito de gerenciar como quiser a própria carreira, ao Porto. A saída para a Europa era parte do pagamento pela contratação de Maicon antes da semifinal na Libertadores.

A agremiação do continente rico, ciente da cobrança dos torcedores, conduziu a negociação para tirar a maior quantidade possível de grana e fechou em 12 milhões de euros.

Metade do valor em dinheiro mais as transferências de Ignácio e do jovem zagueiro, que tiveram avaliações financeiras iguais.

Fez o possível para conseguir David Neres ao invés de Lucão.

Priorizou a ida do atleta, antes de pedir o zagueiro e o Ignácio. Cientes da condição desfavorável e urgência para Gustavo Viera de Oliveira fechar o negócio, os portistas chegaram a afirmar que apenas com a inclusão do atacante haveria o acerto.

O ex-gerente executivo do futebol, apesar da insana pressão popular para fechar o o negócio, levantou da mesa para ir embora.

Os portistas, após isso, recuaram, as conversas continuaram, e o zagueiro que hoje é a quinta opção do elenco no Morumbi foi colocado no acordo das agremiações.

O São Paulo se dispôs a fazer sacrifício para ter Maicon, mas ceder Neres era algo fora de questão.

A recusa de Lucão manteve a lacuna que os dirigentes conversam para ser fechada. O Porto, ciente da saída do Gustavo Vieira de Oliveira, pois era com quem negociava, afirmou de novo ao Leco a intenção de ter David Neres no elenco.

O presidente do Morumbi manteve tudo igual.  Acha que o atleta pode agregar na construção de elenco forte e futuramente rechear os cofres da agremiação com quantia muito maior.

Quer quitar os 3 milhões de euros e o atacante continua fora do pacote.

Futebol na prática e na teoria

A formação de jogadores é complexa. Exige constante dedicação aos treinamentos, paciência para aprimorarem os fundamentos, e constante aprendizado e humildade que driblam a acomodação comum.

Poupudos aumentos de salário e a a fama geram regalias e são marcadores, fora de campo, dos mais promissores novatos no esporte.

Habilidade é quase indispensável e com certeza insuficiente para os grandes atletas. Além da técnica, entram nos gramados a condição física e a de lidarem com a tensão inevitável de quem veste a camisa de qualquer agremiação gigante como a do Morumbi,  e a capacidade de agregarem virtudes coletivas que alicerçam as conquistas de torneios.

Tudo isso torna impossível garantir que todos os abençoados com potencial técnico acima da média serão grandes jogadores de futebol.

Os bastidores e o tal planejamento

O São Paulo tem metade dos direitos econômicos de Inácio. O percentual com Lucão seria idêntico.

Em regra, os atacantes são mais valorizados pelo mercado. O Porto quis fazer o negócio com David Neres nos moldes iguais aos que fechou com o zagueiro e o lateral da base.

Tentou, antes de aceitar, o que seria mais favorável.  Isso faz parte do jogo nas janelas de transferências.

O São Paulo mantém plenos direitos econômicos em qualquer transferência do atleta que permanece no Morumbi.

Gustavo Vieira de Oliveira foi quem renovou o contrato, que será encerrado em dezembro de 2018, do David Neres. Se realmente crê no futebol do jogador, a cartolagem deveria acelerar para fazer outro porque mais agremiações sabem do potencial do atleta.

A demora gera dificuldades como o aumento de investimento em salários, luvas,  pagamento de comissão  e a possibilidade do jogador receber ofertas.

Acima disso, é necessário ter paciência para o atleta ganhar rodagem e se firmar nos gramados. Irá oscilar, tal qual houve com a maioria dos jogadores de futebol.


Elenco do São Paulo treme; momento exige que mostre força de caráter
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De Vitor Birner

O São Paulo poderia ter resolvido em meia hora o jogo diante do Sport. Desperdiçou oportunidades, tomou o gol de empate, caiu muito de rendimento após os recifenses igualarem, e o Rubro-Negro encerrou o jogo lamentando o resultado.

Atuou de igual para igual contra o Flamengo, Denis evitou que os cariocas fizessem 1×0 após o equívoco de Lugano, e Chávez desperdiçou o grande e mais fácil lance para garantir os três pontos.  No clássico frente o Santos, criou mais e amargou a derrota.

Citei apenas os jogos recentes. Houve, antes, outros como diante de Coritiba e Botafogo, nos quais somou o mísero ponto após mostrar mais futebol que os oponentes e esbarrar na qualidade das finalizações.

Parte disso tem a ver com a questão técnica.

Mas, nessas últimas rodadas, o pavor da zona do rebaixamento atingiu o elenco. Como reza o ditado do 'futebolês', o gol ficou pequeno para quem atua no Morumbi.

Na anterior, mesmo ciente que todos os concorrentes à permanência na elite haviam tropeçado, a dificuldade para concluir com precisão foi igual.

Maicon, que nem parece fazer parte do pacote dos que tremem, ao lado de Rodrigo Caio tem sido o mais regular do time, na entrevista à beira do gramado falou como se o São Paulo necessitasse sair da zona do rebaixamento, onde sequer entrou.

Imagine como será se o clube realmente for à região da tabela que frequentaram Internacional e Cruzeiro.

Terá força mental para sair?????

Se a resposta é sim, que inicie antes.

O Fluminense, por exemplo, é favorito nessa noite.

O São Paulo pode pontuar, mas ninguém questiona que o clube das Laranjeiras tem mostrado futebol muito mais competitivo.

Além da competência

O momento é de o elenco do São Paulo mostrar que tem caráter forte para atuar em agremiação gigante. Os oponentes fizeram a agremiação grudar na zona do rebaixamento.

Vitória e o Figueirense, que permanecem abaixo na classificação,  têm atletas menos capazes, mas a tremedeira inexiste, pois sabem que necessitam se superar para ficar na elite.

O rebaixamento de ambos será doído para suas torcidas, mas não atípico tal qual no tricampeão da Libertadores.

A pressão no Barradão e no Orlando Scarpelli é menor que no Morumbi.

Assim como são os salários, a projeção e os benefícios para qualquer atleta capaz de mostrar qualidade com a camisa que vestiram Mauro Ramos, Bellini e Cafu, todos capitães em conquistas de Copas do Mundo, além de Raí, Zizinho, Leônidas, Canhoteiro, Careca e tantos outros  craques do futebol. .

Os atuais jogadores da agremiação sabem que há concorrentes menos capazes em classificações confortáveis no torneio. Se conseguirem protagonizar o rebaixamento,  serão os autores do capítulo inédito e negativo para a instituição e as próprias carreiras dentro dos gramados.


Palmeiras joga melhor e ganha; Figueirense reclama o pênalti inquestionável
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De Vitor Birner

Figueirense 1×2 Palmeiras

Zé Roberto foi poupado e Jean, por isso, deslocado para o meio de campo, onde jogaram Tchê Tchê e Moisés.

Fabiano e Egídio atuaram nas laterais. O trio de volantes com qualidade no apoio tinha que criar as oportunidades facilitando as triangulações com quem jogou pelos lados, e fazer a cobertura de ambos, em especial o canhoto, que é mais forte no apoio que nos desarmes.

Roger Guedes na direita, Dudu do outro lado, e o centroavante Gabriel Jesus jogaram adiantados, e quando necessário os primeiros recompuseram alternadamente o sistema de marcação.

O Alviverde mandou no jogo e parou no 4-1-4-1 padrão ferrolho do oponente.

Marquinhos Santos foi inteligente na estratégia. Com atletas menos técnicos, fez igual ao Flamengo e Cruzeiro, que fecharam as lacunas e investiram em lances de velocidade pelos lados para tentar o resultado positivo.

O quarteto no meio teve Éverton Santos na direita e Dodò no canto oposto, ambos com características para esses lances que exigem rapidez. obrigados a fazerem a parede em frente aos laterais Ayrton e Marcos Pedroso.

Jackson Caucaia e Ferrugem aturaram por dentro nessa linha, e Josa, atrás, todos volantes, completaram o setor.

O placar zerado

O jogo aconteceu no campo de frente do Alviverde enquanto ninguém mexeu no resultado. A agremiação candidata a conquistar o torneio teve dificuldades para ultrapassar o bloqueio do oponente.

Conseguiu uma grande oportunidade e quase no final do 1°t. O sistema de marcação se equivocou, e permitiu ao Fabiano chegar à linha de fundo com muita facilidade. O lateral cruzou para Gabriel Jesus tentar o carrinho.

O centroavante, segundos atrasado, conseguiu desviar a bola, e Ayrton quase embaixo da trave impediu o gol.

O líder insistiu nos lances com a bola no gramado.

Os cruzamentos, nos quais é muito forte, foram quase esquecidos.  Leandro Pereira, Alecsandro e Lucas Barrios que poderiam otimizar as jogadas por cima ficaram como opções para o treinador.

O Palmeiras anulou o sistema de criação do Figueirense.  O único momento em que a zebra empolgou o torcedor foi com Ayrton, na cobrança de falta que desviou em Mina posicionado na barreira, e Jaíson, quase pego no contrapé, conseguiu intervir.

Rotina que oferece tédio ao futebol 

O tema cumprimento das regras sobrepõe, rodada após rodada,  as avaliações dos desempenhos individuais e coletivos dos jogadores. Na Bundesliga e Premier League há equívocos em menor quantidade e as reclamações são por isso mais brandas.

Poderia citar outras na comparação. Bastam essas para os torcedores saberem que é quase impossível o árbitro acertar sempre, mas é possível elevar o padrão nos gramados.

A tendência é o aumento de reclamações. Nada funcional será feito pelos cartolas para minimizarem os equívocos, o impacto dos resultados aumentará nas últimas rodadas do torneio, tal qual o inconformismo de quem avaliar que foi prejudicado nos jogos.

Inversões do que houve em campo

Dudu pediu o pênalti de Jackson Caucaia quando o placar continuava zerado. O lance foi interpretativo.

O jogador que pretendia fazer o gol tomou à frente, o volante tentou impedir, ambos seguraram nos braço um do outro e caíram no gramado.

Se houvesse homogeneidade nos critérios teríamos a referência que facilita discernir, mas houve alguns similares marcados, outros avaliados como normais e ninguém sabe qual deve ser priorizado. A única convicção é que seria equivocado interpretar como falta do jogador do Alviverde.

O Palmeiras iniciou na frente com o pênalti que Jean chutou no meio do gol.

Lance normal, apesar de Bruno Alves, com o braço, acertar o Gabriel Jesus.

O Figueirense teve que alterar a proposta e sair de trás após o gol.  Marquinhos Santos trocou o volante Jackson Caucaia pelo atacante Lins para otimizar os lances pelos lados e os cruzamentos. Sabia que ofereceria as brechas para o contra-ataque no qual o Palmeiras é especialista.

Cuca reforçou a marcação no meio de campo e tentou aumentar a capacidade de o time manter a bola na frente, ao mandar o Allione para o gramado na vaga de Roger Guedes. Imediatamente depois,  o 'hermano' e Lins tiveram a disputa em frente ao Fabiano, o que mostrou a leitura acertada dos treinadores.

Em seguida, a brecha gerada pelo avanço do Figueirense redundou em gol do Alviverde.

Lance iniciado em cobrança de lateral para Gabriel Jesus, o centroavante carregou a bola, tentou a assistência e Jean, no rebote, finalizou com precisão e comemorou.

O tal do balde de água fria poderia garantir o encerramento, mas houve os equívocos da arbitragem e do goleiro do Palestra.

Egídio fez o pênalti tolo, o único inquestionável no jogo, em Rafael Silva que entrou na vaga de Éverton Santos e, apesar do ângulo favorável para o auxiliar,  nada foi marcado.

O Figueirense diminuiu porque Jaílson perdeu o tempo de bola, após o cruzamento em cobrança de escanteio.

Rafael Silva na pequena área cabeceou e foi pegar a bola para reiniciar a partida e tentar igualar.

Cuca quis fortalecer o sistema de marcação com o volante Thiago Santos na vaga de Dudu. Jogo ficou muito ríspido porque o Figueirense foi para o 'abafa' e o Alviverde disputou todos lances com muita raça para manter o resultado.

O concorrente tropeçou

Palmeiras encerrou a rodada com a garantia que, após a seguinte, manterá a liderança. O tropeço do Flamengo aumentou ainda mais a possibilidade da agremiação do Allianz Parque comemorar a conquista do torneio de pontos corridos.

Ficha do jogo

Figueirense – Fernández; Ayrton, Werley, Bruno Alves e Marquinhos Pedroso; Josa; Everton Santos (Rafael Silva), Ferrugem, Jackson Caucaia (Lins) e Dodô (Bady); Rafael Moura
Técnico: Marquinhos Santos

Palmeiras – Jailson; Fabiano, Mina, Vitor Hugo e Egídio; Jean, Tchê Tchê (Fabrício) e Moisés; Dudu (Thiago Santos), Róger Guedes (Allione) e Gabriel Jesus
Técnico: Cuca

Árbitro: Igor Junio Benevenuto (MG) – Assistentes: Guilherme Dias Camilo e Celso Luiz da Silva


Guardiola, Tite ou Oswaldo; nenhum conseguiria fazer o Corinthians forte
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birner

De Vitor Birner

Oswaldo de Oliveira iniciou como treinador após Luxa ser chamado para dirigir a seleção. Era auxiliar do 'profexô' no Corinthians campeão nacional.  Substituiu o avaliado por grande parte da opinião pública como o mais capaz do país na época. Manteve a estrutura do time e repetiu a conquista.

Repare nas coincidências. O clube era campeão, o técnico elogiado aceitou ir para a CBF, o substituto teve que gerenciar a expectativa da torcida que 'exigia' a manutenção do padrão nos gramados, e ninguém garantia que seria capaz.

O renomado afirmou que após sair ainda opinava no futebol da agremiação. Teve o entrevero com o sucessor porque rejeitou a contratação de Adilson Batista, zagueiro campeão da Libertadores pelo Grêmio de Scolari, referendada pela direção por solicitação do atual técnico do clube de Parque São Jorge.   .

Oswaldo quis e Luxa preferia a chegada de outro atleta.

Na prática houve a conquista porque a base deixada pelo antecessor era forte, cheia de jogadores acima da média.

No quase rebaixamento do Estadual, quando Grafite fez os gols salvadores para o Alvinegro, e na conquista do Mundial posteriormente referendado pela Fifa, Oswaldo era o treinador da agremiação

Muito mais capaz

Tenho convicção que Oswaldo de Oliveira, hoje, é treinador melhor que em todas os momentos de tropeços e êxitos citados no post. Ganhou rodagem e sabedoria.

No Palmeiras, último clube grande paulista que orientou, conseguiu encaminhar a preparação do time tal qual necessário. Coletivamente, fez mais que o sucessor Marcelo Oliveira.

No Sport merece críticas. O elenco do time é consideravelmente superior aos resultados no torneio de pontos corridos.

Arena Itaquera é a questão 

A torcida sabe que o elenco tem grandes lacunas e nenhum técnico do país se compara, nesse momento, ao Tite. Essa razão é suprimida pela frustração nos resultados tão ruins quanto normais diante da qualidade dos jogadores

Se houvesse mais opções e técnica, seria menos difícil gerenciar o declínio do padrão anterior. Com os atletas disponíveis é quase impossível a montagem de time forte e ganhador.

A dívida da Arena  torna inviável a formação de grande time. Juca Kfouri afirma que a tendência é de isso se agravar porque a Lava Jato chegará na obra em Itaquera. Assim, nem o treinador da seleção e nem Guardiola ou qualquer mestre na formação de times teriam como restabelecer o padrão com o qual sonha o torcedor.

Muita sorte na alquimia coletiva do elenco ou muitos ou o surgimento de atletas da base acima da média são as opções para o fortalecimento do time.

A César o que é de César

Em suma, a possibilidade do Oswaldo de Oliveira conseguir os resultados que a torcida quer, e consequentemente cumprir todo o contrato, é ínfima.

Treinadores, sejam Cristóvão, Carille ou o que acaba de chegar, se forem os problemas, são os menores da agremiação.

Tenho absoluta convicção que acertaram e cometeram equívocos, mas o rendimento do time nos gramados, insuficiente para os seguidores do Alvinegro, pouca interferência tiveram desses técnicos.


Com Neymar seria goleada; futebol do time foi pior sem o barcelonista
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birner

De Vitor Birner

Venezuela 0x2 Brasil

Tite manteve a coerência e a proposta coletiva. Formou o 4-1-4-1 com os atletas taticamente atuando como fazem nas agremiações.

O quarteto em frente ao volante Fernandinho teve  Willian na direita, Paulinho e Renato Augusto por dentro, e Phillippe Coutinho no setor 'do' suspenso  Neymar,

O sistema de criação investiu mais que nos jogos anteriores em lances pela direita; do outro lado o atleta do Liverpool foi incapaz de manter o padrão do barcelonista, caiu de rendimento se a referência for o próprio futebol que mostrou desde a estreia do Tite, tal qual houve com o futebol do time diante da Venezuela.

Mereceu ganhar porque criou mais oportunidades e a queda na dinâmica de futebol foi insuficiente para tornar o jogo difícil diante de uma das zebras à classificação.

Concentração e raciocínio

Dani Hernãdez se equivocou e o Gabriel Jesus, atento, ficou com a bola e teve muita categoria ao finalizar por cima do goleiro. Era tudo o que necessitava a seleção no jogo em que o sistema de criação caiu de rendimento pela ausência do atleta do Barcelona.

A Venezuela forçou os lances pelos lados e apenas em cobranças de falta exigiu mais do sistema de marcação que parou Equador e Bolívia, e desde a chegada do treinador  tomou o gol apenas diante da Colômbia nas eliminatórias. O jogo foi tranquilo para os favoritos.

Mais capricho nas finalizações e nos contra-ataques garantiriam maior facilidade. A queda na produtividade do lado em que Neymar atuaria foi nítida, apesar de Renato Augusto, naquela região do gramado, ter construído o lance no qual Willian festejou.  .

A inteligência para o futebol é a grande virtude do assistente no segundo gol.

Tem a leitura no gramado para fortalecer o coletivo e escolher os lances. A maioria dos atletas cruzaria por cima ou tentaria a pancada ao meio da área.

O capitão preferiu tocar por baixo e facilitou para o colega, que se movimentou com precisão precisa, finalizar e comemorar.

O apagão e a moleza

O treinador venezuelano orientou o sistema de marcação a tentar retomar a bola na área de Alisson. Tinha lógica a proposta porque a seleção necessitava criar as oportunidades para igualar.

Mas, se o Brasil estivesse inspirado, provavelmente golearia.

Os zagueiros Velásquez e Ángel, na linha que divide o gramado, foram os atletas mais recuados da Venezuela quando tentou ocupar o campo de frente, e ambos tinham o amarelo.

A zebra ofereceu lacunas que combinam com as características dos times que Tite coloca no gramado.

A tendência era a dupla ser forçada a apostar corrida com Willian, Phillippe Coutinho e Gabriel Jesus. O Brasil criou os lances nessas brechas, mas em quantidade menor que a dos jogos anteriores e nenhum redundando em comemoração do elenco.

Essa dificuldade na transição veloz à frente e a marcação pelos lados, menos consistente que diante de Equador, Colômbia e Bolívia, com certeza foram observadas pelo técnico.

Poderia, antes, fazer as alterações, mas como o resultado positivo era mantido com facilidade insistiu com quem iniciou.

Talvez porque os refletores se apagaram, preferiu tentar fazer ajustes ao invés de mexer no time.

Depois tirou Phillipe Coutinho e pôs Giuliano para otimizar aquele lado.

Fez igual com Taisson no de Willian para melhorar o outro. O jogador dos 'Blues' saiu por cansaço e o do Liverpool pelo futebol.

Suspensão do mais técnico e competente 

A seleção pode ser forte quando a estrela se machuca ou é suspensa. Com o jogador do Barcelona inspirado a qualidade do time é muito maior.

Tecnicamente houve declínio no rendimento, se comparado aos dos três anteriores, na ausência de Neymar.

Ficha do jogo

Venezuela – Hernández; Rosales, Ángel, Velázquez e Feltscher; Juanpi (Guerra), Flores (Herrera), Rincón e Peñaranda (Otero); Rondón e Martínez
Treinador: Rafael Dudamel

Brasil – Alisson; Dani Alves, Marquinhos, Miranda e Filipe Luís; Fernandinho; Willian (Taison), Paulinho, Renato Augusto e Phillippe Coutinho (Giuliano); Gabriel Jesus
Treinador: Tite

Árbitro: Victor Carillo (Peru) – Auxiliares:Jonny Bossio e Raúl López