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Grêmio, fácil, confirma o penta; o coletivo sobrou contra a individualidade
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De Vitor Birner

Grêmio 1×1 Atlético

A chamada compactação das linhas, a movimentação para os jogadores conseguirem receber a bola, a profundidade do sistema de criação, a formação do elenco e principalmente a transição em velocidade foram preparadas pelo treinador que saiu em meio ao torneio.

O que comemorou no gramado completou a estruturação do time ganhador da Copa do Brasil com  a marcação individual e a consequente diminuição de gols tomados em lances por cima, alterações de atletas que se mostraram construtivas antes e durante os jogos, e por elevar o moral do elenco capaz de manter a concentração para cumprir a proposta coletiva.

Creditar apenas a Renato ou Roger os méritos da construção do time seria uma daquelas bobagens da cultura nacional do egoísmo, a qual exige o herói e o vilão, inclusive se houver muitos ou nenhum, tal qual acontece nesse Grêmio merecedor do que conseguiu.

O dia é de festa para a torcida e todos os que participaram da conquista.

Estratégia que prevaleceu

O Grêmio  manteve a proposta coletiva que o fez chegar à final. O Atlético alterou a do técnico que recebeu o bilhete azul.

Os favoritos após ganharem em Minas Gerais investiram no mesmo 4-4-2. Douglas e Luan atuaram em frente ao quarteto no meio de campo formado por Ramiro na direita, Éverton do outro lado, além de Maicon e Walace, os volantes, por dentro.

O time manteve o sistema de marcação no campo de trás e apenas em alguns raros momentos foi à frente para tentar retomar a bola. Sabia que o oponente necessitava gols e por isso teria a iniciativa, adiantaria as linhas e abriria lacunas entre os zagueiros e o goleiro, nas quais pretendia criar as oportunidades em contra-ataques e garantir a festa da torcida que lotou a Arena.

O Atlético fez a marcação no 4-4-2.

Essa foi a única 'igualdade' nas dinâmicas de jogo. Os mineiros fizeram questão de ter a bola no campo de frente.

O meio de campo com os volantes Leandro Donizette, Junior Urso e Rafael Carioca, além de Robinho e Luan na meia, deveria criar oportunidades e acionar o centroavante Lucas Pratto.

O veterano, mais estático e fixo na função, foi anulado, e o ídolo, como sempre muito participativo, em vão se mexeu em busca de lacunas no sistema de marcação.

O Atlético foi incapaz de entrar na área para finalizar. Teve que investir em cruzamentos e tentativas que nunca incomodaram Marcelo Grohe.

O lateral Marcos Rocha apoiou timidamente porque permaneceu atento ao Éverton.

Fábio Santos conseguiu ir mais à frente e foi uma das melhores alternativas para conseguir os cruzamentos, pois atuou do lado em que devia marcar o Ramiro, menos veloz que Éverton, se houvesse contra-ataque tão almejado pela agremiação que conquistou o torneio.

'Homenagem' ao grande e saudoso

Na primeira parte do jogo, houve uma oportunidade na qual alguém conseguiu finalizar em frente ao goleiro.

Douglas, de costas para onde queria, cercado pelos marcadores, encontrou a única solução ao tocar de calcanhar para Éverton ganhar na corrida do Erazo e finalizar em frente ao goleiro, mas a lenda atleticana embaixo das traves fechou o ângulo e evitou a comemoração.

No momento em que a corrupção, seja financeira, ética ou de cumprimento da legislação abertamente dita as normas da sociedade, o futebol permitiu o lance capaz de lembrar o Dr Magrão que se foi meia década atrás e se tornou gigante exatamente por fazer o possível para a construção do país mais honesto e solidário.

As tentativas infrutíferas

Maicossuel na vaga de Junior Urso, desde o início do 2°t, foi a tentativa inicial do treinador do Atlético para otimizar o sistema de criação. Assim teria alguém com características para produzir algo atuando mais avançado que o volante.

O sistema de marcação do Grêmio continuou prevalecendo com sobra.

O interino observou e iniciou o tudo ou nada; mandou o Cazares ao gramado e tirou o Leandro Donizette. A saída do volante de marcação para a entrada do meia foi inútil. O Grêmio manteve o oponente fora da área e teve que ganhar os lances por cima para manter o andamento muito favorável.

Lucas Cândido substituiu o Luan porque o ídolo deve ter atuado em condição física abaixo da que o permite ser um dos atletas mais intensos dentro do país.

Renato, após todas as alterações do oponente, fez as necessárias para gerenciar o resultado. Jaílson substituiu Ramiro e Bolaños fez igual com Douglas, merecidamente aplaudido pelos torcedores.

Gols que explicam muitos das agremiações

Em seguida, após o Atlético ir para cima no tudo ou nada anulado, os gremistas fizeram veloz transição à frente, o cruzamento por baixo e o gol do equatoriano para temperar mais a conquista.

Fred na vaga de Everton foi a última mexida enquanto os cerca de 55 mil aumentaram a comemoração do resultado.

Com a Arena em festa e aguardando o encerramento, Cazares, atrás da linha que divide o gramado, finalizou para encobrir Marcelo Grohe e fazer o golaço.

Lance do talento individual que a maioria reconhece no vice nocauteado pela força coletiva do merecedor penta no torneio.

Vale ressaltar após tantas críticas

O responsável pelo cumprimento das regras pode ter cometido algum equívoco, mas nada que marcará ou fará alguém questionar o resultado.

A grande obviedade

A conquista aconteceu no jogo de ida, quando houve o baile coletivo.

O vice conseguiu ser mais coonsistente no empate, mas nem assim, como time, mostrou a competência, a força coletiva, da agremiação ganhadora do torneio.

Ficha do jogo

Grêmio – Marcelo Grohe; Edílson, Pedro Geromel, Kannemann, Marcelo Oliveira; Walace, Ramiro, Maicon, Everton; Douglas e Luan
Técnico: Renato Gaúcho

Atlético – Victor; Marcos Rocha, Gabriel, Erazo, Fábio Santos; Rafael Carioca, Leandro Donizete (Cazares) e Júnior Urso (Maicosuel); Luan e Robinho; Lucas Pratto
Técnico: Diogo Giacomini

Árbitro: Luiz Flavio de Oliveira – Assistentes: Marcelo Carvalho Van Gasse e Kleber Lucio Gil


Saiba o que Gabriel Jesus necessita para fazer sucesso no Manchester City
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De Vitor Birner

Gabriel Jesus terá que se adaptar ao futebol muito mais veloz, onde os atacante têm saber apanhar e a bater, mas fazem no limite do que se considera leal em gramados ingleses, onde imprensa e a torcida mantém a cultura do jogo originalmente primo de sangue do rúgbi e por isso entendem a rispidez com a qual se deve atuar em busca de resultados.

O carrinho e os mergulhos na área mostram essa distinção. Neymar, quando se atirava e simulava dentro de nosso país, tinha o apoio de grande parte da opinião pública que, em tom de chilique, exigia marcação dos pênaltis apenas porque encostaram no craque.

Ao fazer igual no amistoso antes da Olimpíada em Londres, ganhou fortes vaias, além de manchetes de jornais classificando o lance como 'shame diving', que em português se traduz como vergonhoso mergulho.

A velocidade durante os jogos será outro obstáculo que o centroavante revelado pelo Alviverde necessitará ultrapassar.

Terá que tomar decisões com maior rapidez em campo, escolher em décimos de segundos o que fazer sem e com a bola, tentar se manter em pé porque montes de faltas marcadas aqui será avaliadas como lances normais e principalmente reclamar muito menos, porque cara de choro na Premier League e FA Cup é motivo de piada, e ninguém fará afagos no centroavante porque tem grande potencial.

Eis a grande questão. O atacante poderia atuar na Copa São Paulo em Janeiro, me refiro a idade, e foi pedido por Guardiola.

Garanto, não à toa o treinador que mais valoriza a técnica, a qualidade, quis a contratação do centroavante colocado por Tite como o principal,em atividade no país. Tem talento para disputar a posição que hoje é ocupada por Aguero.

Necessita ganhar conhecimento e leitura de jogo, pois Guardiola exige e ensina as que têm vontade para aprender.

Humildade para tal nunca foi problema de Gabriel Jesus.

Ou seja; a tendência ao atuar em nível competitivo muito maior e sob orientações do técnico de alto nível é evoluir muito e se tornar ainda mais decisivo.

Pode atuar pelos lados em vez de ser o centroavante, e nem adianta a tradicional comparação com Messi e Neymar.

Esses tem a magia e o improviso que tornam difícil saber o que pretendem quando têm a bola.

O novato em gramados da Europa é mais 'parecido' com Cristiano porque atua com muita objetividade em direção ao gol.

Que mantenha a humildade e seja iluminado na nova empreitada.


Estatuto do São Paulo aprovado pelos sócios pode ser invalidado
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De Vitor Birner

Os associados aprovaram o estatuto do São Paulo que força a modernização da gestão. Em abril, após os conselheiros elegerem o presidente, as regras avalizadas pela maioria terão que ser praticadas na agremiação.  

Essa é a tendência, mas há uma incerteza. O referendo dos sócios e a reforma na legislação podem ser invalidadas.

No dia 13, terça-feira, a Ministra Rosa Weber, do STF, oferecerá o parecer definitivo para o antigo imbróglio, no qual o vitalício Francisco de Assis Vasconcellos Pereira entrou com a ação questionando as alterações estatutárias de 2003 e ganhou em todas as instâncias.

Os dirigentes que fizeram aquele estatuto votado favoravelmente pela maioria dos conselheiros desprezaram o chamado Novo Código Civil recém-aprovado na época.

Entenda a questão

Se Rosa Weber considerar o procedimento implementado para referendar o estatuto avalizado pelos sócios, a legislação moderna entrará em vigor na agremiação.

Foram seguidas todas as determinações do Novo Código Civil.

A magistrada pode, se priorizar a legislação com a frieza das letras, anular tudo que aconteceu no clube desde 2003. Isso inclui eleição de conselheiros e demais gestores, e talvez decisões e contratos que assinaram.

O estatuto é parte disso.

A sabedoria e a essência

A agremiação seguiu s procedimentos do Novo Código Civil, pois submeteu aos sócios a aprovação das alterações estatutárias.

A reforma anterior do estatuto foi avalizada apenas pelos conselheiros, mas o Novo Código Civil exige o mesmo dos associados, que sequer tiveram tal possibilidade porque na época os dirigentes não a ofereceram.

Por isso, Francisco de Assis Vasconcellos Pereira entrou com a ação e ganhou em todas as instâncias. A tese da soberania da instituição, que embasou a opção do clube ao escutar apenas os conselheiros,  foi goleada.

Os atuais cartolas seguiram o beabá para a implementação das recém-aprovadas reformas estatutárias.

A Ministra Rosa Weber sabe que o equívoco pretensioso daqueles cartolas foi solucionado, tem pleno conhecimento do grande caos administrativo que o parecer favorável ao questionamento de Francisco de Assis Vasconcellos Pereira pode gerar, pois será provavelmente necessária nomeação de interventor, haverá muitas dúvidas em montes de questões e talvez a enxurrada de ações para manutenção de cargos e contratos.

Em suma, o palpite deste blogueiro é que dará ganho de causa ao São Paulo, mas deixando claro que o fez por conta de a instituição ter seguido recentemente os trâmites determinados pela legislação que embasa regulamentação para ser implementada a interna da instituição.

As leis servem para garantir o andamento harmonioso e construtivo da maioria dos coletivos. Se Rosa Weber tiver a questão temporal, de ordem dos acontecimentos, como referência, pode oferecer parecer favorável à ação de Francisco de Assis Vasconcellos Pereira e menosprezar os benefícios e a saúde administrativa da agremiação.

Recentemente, o mesmo conselheiro entrou com ação para invalidar a votação do novo estatuto.

A empreitada naufragou na inicial instância porque dessa vez o Novo Código Civil foi seguido.

http://blogdobirner.blogosfera.uol.com.br/2016/11/10/justica-referenda-parecer-dos-socios-e-sao-paulo-pode-votar-novo-estatuto/

O STF terá acesso a tal decisão. O São Paulo a agregou aos documentos que serão apreciados para conseguir parecer favorável. .


Palmeiras tem que resolver futuro de Mattos antes de contratar o treinador
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De Vitor Birner

Ordem de prioridades

No Palmeiras, Alexandre Mattos planeja o futebol, Escuta os cartolas acima na  hierarquia do clube, dialoga com os mesmos e faz o necessário para gerenciar o departamento e montar forte elenco.

Nesse mês, o contrato do dirigente remunerado se encerrará. Seria ilógico a agremiação tomar algumas medidas antes de saber se permanecerá.

O Alviverde recém elegeu o presidente. Mauricio Galiotte foi apoiado pelo Paulo Nobre, por isso ganhou com tanta facilidade, mas pode divergir ou agregar ideias as que pautaram a gestão do antecessor;

Terá que resolver a renovação de Alexandre Mattos.

Antes do acerto com quem for o dirigente remunerado, inclusive se preferir outro, a contratação do sucessor de Cuca será precipitada e amadora. O especialista faz o planejamento do futebol e o implementa, o que inclui a escolha do treinador.

O novo mandatário sabe e pretende seguir tal roteiro. Prometeu continuar a gestão profissional, o que sugere alguém tecnicamente capaz à frente do departamento que torna a agremiação gigante.

Por isso, tal qual tem plena noção, terá que resolver a manutenção de Mattos, ou quem o substituirá, antes de contratar o treinador que se encaixa no planejamento da temporada em que pretende ter grupo de atletas capaz de conquistar a Libertadores.

Seria contraditório acertar com o técnico antes de saber qual é o perfil do gestor do futebol encarregado de avaliar o elenco e consequentemente negociar os reforços.

Tais decisões têm que ser resolvidas em breve porque quanto menor for o prazo do acerto maior será o de colocar em prática o planejamento.

O amor acima do materialismo 

Cuca sequer pretendia ser treinador do Palmeiras ou de qualquer agremiação nessa temporada. Alexandre Mattos, em conversa no meio da madrugada, o convenceu com muitos argumentos.

Garantiu elenco de qualidade para ser campeão, autonomia necessária e ressaltou a grande oportunidade para conquistar o torneio de pontos corridos..  O acerto, por isso, foi de permanecer nesse curto prazo.

O gestor, como deveria fazer, aceitou. A agremiação teve alguém competente no cargo e o cartola ganhou prazo para tentar a manutenção de quem prometeu e cumpriu que sairia.

As questões que 'impedem' o treinador de permanecer são mais que compreensíveis.

A saúde de quem  ama é a prioridade. Tem dinheiro e engordar a conta no momento em que familiares necessitam do ser humano ao lado seria aquele tipo de ambição desmedida,  mesquinha ganância, que faz de homens ricos pessoas pobres na existência, pois nem tudo pode ser comprado.

Grana é como o ar.  Se respira para viver ao invés de viver para respirar, É meio ao invés de fim, apesar de a embromação das mega-soluções mágicas econômicas nunca gerarem harmonia coletiva como seus propagadores afirmam e grande parte da população crê.

Quem necessita, como a maioria de nós, tem que largar gente doente para obter o sustento, mas os que enriqueceram podem optar e devem apoiar quem amam, pois são insubstituíveis afetivamente e a natureza e Deus sequer disponibilizaram a venda do dia de ontem.

Talvez nesse clima de consternação gerado pela queda do avião, seja mais simples para muitos compreenderem com realismo o valor do desfrutar de convívios.

 


Deva Pascovicci sempre teve muita luz; meus sentimentos a todos
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De Vitor Birner

O ser iluminado

Deva Pascovicci era casado com a Rosana, pai de Carol, Mariana e do cachorro Seninha. Tem uma família feliz.

Raras vezes conheci alguém positivo e otimista como o amigo vítima da tragédia aérea em Medelim. Antes do Mundial em 2006 foi diagnosticado com câncer. Operado algumas vezes, permaneceu em coma por grande período. Muitos sequer acreditavam que sobreviveria.

Após meses no hospital, de onde saiu com uma colostomia e perdeu muito peso e forças, tinha dificuldade para subir pequenos degraus da redação ao corredor do estúdio e necessitava ajuda no caminhar lento de alguns metros.

Fazia rindo e pleno de convicção que retomaria o ritmo normal.

Afirmava que durante o coma tinha ao lado o espírito que o protegia e garantia que sobreviveria. Dito e feito: recuperou o peso e a energia para de novo distribuir ao planeta narrando com personalidade, maestria, estilo próprio principalmente felicidade.

Realizava exames semestrais de monitoramento. Intimamente, parecia saber que ganhara uma etapa e poderia haver outra para golear.

Em 2015 a doença em estágio muito inicial o quis incomodar. Dessa vez o tratamento e a cura ou foram mais rápidos e simples, ou foi o que me disse quando falamos no celular, como se este que escreve em vez do próprio paciente fosse o necessitado de otimismo e paz. Tinha absoluta certeza ao afirmar:

''Não vou morrer de câncer. Estou sempre atento e me anteciparei sempre que necessário para ganhar''

Nunca duvidei.

Fã de automobilismo, encarava o que seria ameaça para muitos como se fosse a disputa de uma corrida. A fé gigantesca garantia proporcional energia positiva que provavelmente nascia na alma e emanava para todos que desfrutaram do convívio.

Quem o conheceu era motivado a crer na força capaz de impulsionar aquele ser humano para ultrapassar tais obstáculos.

Chegou a fazer quimioterapia e no dia seguinte tomar as medicações no estádio para, depois de uma ou duas horas, narrar com enorme alegria o futebol.

Ressalto: tudo desprovido de qualquer lamentação ou pena de si próprio.

A voz gerou o apelido de 'Pavarotti do rádio' e o coração e positividade o carinho de muitos, tal qual deste que teve o privilégio de conhecer e admirar a sabedoria além da formal que Deva Pascovicci humildemente e inconscientemente dividia.

Aos familiares, meus sentimentos e o que possa fazer para minimizar a tristeza que durará quando a consternação popular for encerrada.

Terão que adquirir a sabedoria que transforma a dor em impulso para serem pessoas cada vez mais construtivas, tal qual fazia o Deva e continuará fazendo.

Quem perdeu pessoas amadas sabe que nem adianta querer tapar essas lacunas existenciais.

A cartilha da escola da vida ensina que é necessário caminhar e conviver com saudades que geram grande tristeza, e ser feliz.

Assim pode realizar o sonho de quem foi ao plano espiritual e fazia tudo para nos ver felizes.

Deva continuará levando a luz imensa aonde for e curtirá o ciclo evolutivo com as maiores bençãos da natureza e do Deus.

A gratidão e a solidadriedade

Paulo Júlio Clement era coordenador de esportes do Sistema Globo de Rádio no início do século. Foi o primeiro a me tirar das pautas de quaisquer editorias e levar a que labuto.

Abriu a porta, contribuiu para que pudesse me dedicar apenas a que mais aprecio, e sabia do reconhecimento pela oportunidade.

Conheci alguns colegas de profissão que fariam a cobertura da final, entrevistei Caio Jr, salvo equívoco, antes de aceitar a proposta de agremiação dos Emirados Árabes, e o Mario Sérgio no Cartão Verde.

Meus sentimentos aos familiares e a quem tinha apego por qualquer pessoa que faleceu.

A todos os que partiram, bençãos de luz e paz.


Palmeiras de Nobre e Mattos é campeão; a conquista tem grandes personagens
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De Vitor Birner

O Allianz Parque pleno festejou o que quase todos sabiam e apenas a matemática fria e calculista enrolava para confirmar; o maior torneio do país é do Palmeiras.

A conquista garantiu a alegria dos torcedores,  criou novos ídolos, fortaleceu personagens e fez da agremiação a principal da temporada.

Com uma palavra 

Campeões em torneios de regularidade têm algumas virtudes; a maioria das pessoas tende a ressaltar uma ou duas para explicar o perfil dos ganhadores.

O Alviverde foi campeão porque mostrou sistema de marcação competitivo,  personalidade forte para conseguir os resultados positivos quando jogou menos que podia, atletas determinados que mantiveram a concentração em quase todas as rodadas e humildes por cumprirem as orientações do treinador em prol da essencial construção coletiva.

A conquista foi consequência de tantos acertos. O time será lembrado, no futuro, por uma característica que garantiu dezenas de pontos na tabela de classificação do torneio:

Intensidade.

Esse Palmeiras corre muito, investe mais que a média em marcação individual, gosta de velocidade quando retoma a bola, prefere atuar em direção ao gol que tocar de lado, é bastante determinado e nem tão paciente para obter os resultados positivos.

Jogadores conseguiram elevar o padrão 

O treinador tinha o elenco cheio de opções para montar time forte, mas é inegável que o desempenho individual de muitos atletas foi acima da média em suas carreiras.

Moisés provavelmente será eleito pela maioria o craque do torneio; tinha atuado por América-MG, Toledo, Rioverdense, Coritiba, Sport, Boa, Portuguesa e Rijeka; estreou em clube gigante com a camisa do Alviverde e se tornou a principal referência.

Tchê Tchê era o tal do ilustre desconhecido no início da temporada. Hoje é o polivalente que melhorou a saída de bola e raramente desfalca o time ou merece críticas pelas atuações.

O promissor Gabriel Jesus durante a temporada se transformou no atleta cobiçado por clubes estrangeiros foi negociado para o City por pedido de Guardiola.

Jean, em baixa e querendo ser volante no Fluminense, solucionou o problema da lateral. Manteve a regularidade e, ao contrário do que houve no clube das Laranjeiras,  atuou feliz na posição que rejeitava antes de chegar à agremiação do Allianz Parque.

Dudu brilhou, em especial nas últimas rodadas, quando o time oscilou.

Os zagueiros tão questionados, inclusive pela torcida, foram eficazes. Deram conta do necessário. A contratação de Mina solucionou os dilemas restantes no setor.

O desconhecido Roger Guedes chegou ao elenco e foi decisivo no início do torneio de regularidade.

Aos que têm Wickipedia como referência   

Cuca, o técnico que conseguiu montar mais times e elencos fortes na década anterior, nunca havia comemorado tal conquista. A turma incapaz de fazer a leitura doo que acontece no gramado e tem com base apenas os resultados desdenhava da óbvia competência

O treinador conseguiu driblar a objetividade rasa. Agregou no currículo o que era necessário para ser colocado no devido patamar. Os outrora críticos tendem a alterar o discurso que será pleno de elogios.

A superação do senhor no gramado

Zé Roberto conseguiu impressionante feito.  Ganhar nessa idade é exceção que deve ser aplaudida.

Goleiros têm dificuldades para serem tão longevos nos gramados. As de atletas de linha, obviamente, são maiores.

A simples capacidade para contribuir, no atual estágio físico, é elogiável, mesmo se for incapaz de reeditar o que fazia no ápice como jogador de futebol.

A magia do futebol 

Jaílson talvez seja o maior personagem da conquista. O 'Leicester' dentro do elenco.

Fernando Prass, ídolo e craque, era inquestionável.

Ninguém cogitou que iria para o banco e apenas problemas físicos poderiam gerar a alteração. A direção contratara Vágner para quaisquer eventualidades.

Jaílson era a opção que ninguém imaginava que atuaria.

Teoricamente em fim de carreira, pois a idade é de veterano, contratado quando ocupava a reserva do Ceará, nunca tinha atuado no torneio e fez história tal qual fosse alguém consagrado. Foi referência na conquista.

Imagine o tamanho da felicidade do goleiro ao realizar o sonho de atuar na agremiação da qual é torcedor, após prometer o seguinte para a avó Nacife Marcelino; ''a senhora não vai morrer enquanto não me ver sendo goleiro do Palmeiras'',  afirmou a quem ama.

O conto de fadas extrapolou os horizontes da imaginação do neto. Jogou, decidiu, ganhou e comemorou uma conquista que nem São Marcos conseguiu, obviamente pela fragilidade dos elencos da época.

Nenhum torcedor o terá na conta de mais um que teve o privilégio de trajar a camisa da agremiação. Se tornou ídolo e símbolo da inédita conquista no torneio de pontos de corridos.

O resultado que o tricampeão proporcionou

Alexandre Mattos, durante a temporada, recebeu fortes críticas. Diziam que contratou de baciada e era o momento de investir em qualidade.

Quando chegou, avaliou ser necessária a reestruturação do elenco.

Os especialistas na montagem de times de futebol afirmam que uma temporada, após inciarem do zero, é insuficiente para o cumprimento da missão. Necessitam duas ou mais.

Ontem conseguiu entregar o fruto do planejamento.

Grande pilar

Paulo Nobre foi eleito para gerir o clube quebrado na parte econômica. Encontrou elenco que sequer fazia o torcedor ter convicção de permanecer na elite do torneio de pontos corridos.

A estrutura obsoleta para treinadores, fisiologistas, fisioterapeutas e os cientistas do esporte prepararem e recuperarem os jogadores necessitava ser alterada.

A política fragmentada nos bastidores, na qual havia disputas pelo poder goleando as necessidades da instituição, com cartolas torcendo contra para fragilizarem as gestões, tinha de ser pacificada.

O clube implodia constantemente.

O presidente, ao contrário do perfil de cartola padrão, pôs grana do bolso e nunca se colocou acima da instituição. Acelerou muito a reconstrução que demoraria e talvez custasse mais rebaixamentos. Deixou Alexandre Mattos administrar o futebol.

Soube delegar, compor politicamente, e o sucessor encontra a agremiação com rotina mais profissional e  capacidade para montar elencos fortes.

O ideal seria o clube se bancar. Mas, diante das circunstâncias, é inegável que soube aproveitar a oportunidade oferecida pelo torcedor endinheirado, que o reergueu.

O Alviverde de novo pode andar com as próprias pernas de agremiação gigante e candidata a ganhar os maiores torneios.


Leco vetou Milton Cruz; Rogério Ceni concordou
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birner

De Vitor Birner

O ex-auxiliar técnico foi uma das primeiras questões tratadas pelo presidente e Rogério Ceni. Leco sabe da amizade e do que acontecia no CT da Barra Funda.

Provavelmente Milton Cruz teria saído antes do clube, se não tivesse o apoio do então goleiro; e, sempre que necessário, o colega acionava os contatos para fazer o que o goleiro queria.

Havia muita reciprocidade. O dirigente, por isso, quis abordar o assunto nas conversas iniciais e o futuro treinador afirmou que prefere o treinador com ideias mais arejadas de futebol.

Isso e a admiração por Juan Carlos Osório sugerem que as ideia de Rogério Ceni para o time serão atualizadas e modernas.

A implementação do que pretende será assunto para outros posts, após saber qual será a comissão técnica, os reforços e a maioria do elenco.


Ricardo Gomes soube ontem que iria embora; conversa com Rogério Ceni evolui
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birner

De Vitor Birner

Ricardo Gomes foi comunicado pela direção do São Paulo, ontem, que não permaneceria na próxima temporada. O treinador avaliou que seria inútil dirigir o time nas últimas rodadas e hoje preferiu antecipar a saída.

O cartola com quem obtive a informação explicou que o clube quer o treinador com outro perfil. A questão é de filosofia de futebol ao invés de competência, afirmou.

Assim que Edgardo Bauza cogitou ir embora da agremiação do Morumbi, Rogério Ceni contactou o presidente do clube para expor a intenção de ser técnico no CT da Barra Funda.

O post do link com a notícia então inédita é de meados de agosto.

http://blogdobirner.blogosfera.uol.com.br/2016/08/15/ceni-quer-se-preparar-e-retornar-ano-que-vem-ao-sao-paulo/

Era apenas o início das conversas. Houve mais depois e Leco gostou das propostas do ex-goleiro para o time de futebol.  A possibilidade tem amadurecido. Há pendências para serem solucionadas de ambas as partes, mas a tendência forte é que cheguem ao acerto.

Além das questões dentro do gramado, que são prioridades para ambos, os protagonistas da empreitada sabem que acontecerá a eleição em abril e que o ídolo pode agregar popularidade.

O ex-atleta tem ampla noção que é muito mais forte com a torcida que dentro do Conselho Deliberativo, onde é escolhido o mandatário do clube.  Por outro lado, integrantes do órgão, que são contrários ao novo estatuto preferiram se declarar favoráveis e votaram assim por crerem que as redes sociais gritariam.

Em suma, o que é iniciado além das paredes do Morumbi atualmente consegue entrar na agremiação.

Paulo Amaral, que fez o possível para o goleiro sair da instituição, é oposicionista e quando questionado nos bastidores continua crítico de Rogério Ceni . O ex-goleiro obviamente recusaria apoiar quem quis interromper a carreira no clube coroada posteriormente com três conquistas do torneio de pontos corridos, Mundial e Libertadores.

Há mais que o sonho da nova empreitada como técnico para o jogador que tem o nome cantado nas arquibancadas.

Por isso tudo, se as questões financeiras e as de formação da comissão técnica e do elenco forem acordadas, a torcida verá o ídolo à beira do gramado.


Pedido de impeachment do Roberto de Andrade em breve será feito
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birner

De Vitor Birner

Tirar o presidente

O documento com as assinaturas solicitando o pedido do impeachment de Roberto de Andrade provavelmente será entregue ao Guilherme Strenger, presidente do Conselho Deliberativo, nesta terça-feira. É o que afirmaram ontem nos bastidores alguns oposicionistas e integrantes do órgão no clube.

Mesmo se demorar mais alguns dias, a tendência enorme é que em breve seja concretizado o pedido. No último mês, os autores da iniciativa recolheram a maior quantidade possível de favoráveis declarados à destituição do mandatário, pois assim a empreitada terá mais força.

De nada adiantaria o pedido feito por iniciativa isolada, apesar de o estatuto permite que qualquer integrante a tome. .

Bastava um conselheiro para o pedido ser protocolado.

Entenda como será a apreciação

Após receber o documento com assinaturas, Guilherme Strenger terá 5 dias para encaminhar o mesmo para o vice do órgão Sergio Alvarenga e mais quatro conselheiros que formam a Comissão de Ética.

Sérgio Alvarenga é o presidente da Comissão de Ética que tem Carlos Roberto Elias, José Luis Cecilio, Daniel Leon Bialski e Luiz Eduardo da Silvarecebi.

O presidente da agremiação terá dez dias para apresentar a defesa para o quinteto, que em seguida irá emitir o parecer.

O parecer não é uma decisão.

O presidente do conselho deliberativo, assim que receber o resultado da apreciação, convocará reunião extraordinária para os integrantes do órgão votarem, inclusive se quem o fez se pronunciar contra o impeachment.

Diante dos conselheiros, Sérgio Alvarenga terá meia hora, tal qual Roberto de Andrade, para apresentação dos argumentos.

Depois acontecerá a votação fechada. Se maioria dos que compareceram for favorável ao impeachment, o presidente do conselho deliberativo terá prazo de 30 a 60 dias para convocar assembléia de associados. Em suma, são os sócios que irão referendar ou negar a destituição de Roberto de Andrade.

Há quórum mínimo na chamada inicial, A reunião acontecerá seja qual for a quantidade dos conselheiros na reunião. .

Se houver impeachment, o André Luiz Oliveira, primeiro vice da diretoria, assumirá interinamente o cargo, e Guilherme Strenger convocará mais uma reunião extraordinária na qual os conselheiros irão escolher o presidente para o mandato tampão.

Se restasse menos de meio ano para o encerramento de mandato, o interino permaneceria.

O estatuto prevê a eleição de outro presidente quando o tempo restante de gestão for maior que o citado.

Os sócios irão escolher quem será o presidente em fevereiro de 2018.  A eleição do 'tampão' terá votação apenas dos conselheiros.

A gestão fraca e a política 

Se Tite fosse o treinador, o clube pagasse salários dos jogadores e parcelas da Arena Itaquera nos prazos estipulados, o elenco mantivesse a força e o time ocupasse a liderança do torneio de pontos corridos, provavelmente sequer haveria a iniciativa de tirarem o presidente.

A medida técnica gerada pela suposta falsidade ideológica que embasará a solicitação – Roberto de Andrade teria assinado, antes de ser eleito, o aditivo contratual estendendo prazo para a Odebrecht encerrar as obras na Arena em Itaquera – terá andamento político.

Será como o que houve no país. A crise econômica e o aumento do desemprego redundaram na insatisfação do povo, e o procedimento para a Dilma Roussef sair teve mais cunho político que técnico. Por isso é impossível saber qual será o rumo do procedimento no Conselho Deliberativo.

O voto fechado facilita negociações.

Deveria ser aberto. Os associados têm que saber quais serão as escolhas de todos que elegeram, mas o estatuto determina o sigilo. Isso é algo para a agremiação refletir e fazer a alteração, obviamente após essa questão ser encerrada.

Na cultura política de clubes de futebol é muito comum criarem dificuldades para negociarem facilidades, o que tende a interferir nas votações.  André Luiz Oliveira é braço direito de Andrés Sanchez e assumirá o cargo se houver o impeachment.

E Andrés Sanchez, que fez campanha para Roberto de Andrade na eleição, hoje tem  postura oficialmente distinta. Declarou na ESPN Brasil que nem apoiará a oposição ou a situação.

Muitos outros que apoiaram e tiveram cargos na atual gestão saíram.

O Rogério Mollica, então diretor de Negócios Jurídicos, foi o último. Tal qual houve na escolha para o almejado cargo de diretor do futebol, a tendência é Roberto de Andrade ter dificuldade para substituir o dirigente.

A lista de insatisfeitos que podem ser favoráveis à destituição é enorme. Tem Andrés Sanchez e o vice-presidente Jorge Kalil, apenas para citar conselheiros de peso e que foram favoráveis à gestão do atual presidente.

Duílio Monteiro Alves, Fernando Alba , Sergio Janikian, Nei Nujud e os declaradamente oposicionistas Osmar Stabile, Fran Papaiordanou e Paulo Garcia engordam o pacote dos que, em princípio, podem ser favorável ao impeachment.

Reitero; a votação fechada permite aos situacionistas trocarem de lado e sequer declararem tal escolha,

Alguma negociação interna pode alterar o panorama atual.

A tendência forte é a solicitação ser feita hoje, ou muito em breve, e referendar a fragmentação política da agremiação.


Palmeiras ganha jogo difícil e tem tudo para comemorar na penúltima rodada
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De Vitor Birner

Palmeiras 1×0 Botafogo

Os clubes proporcionaram jogo acima do padrão de qualidade desse torneio de pontos corridos. O Alviverde confirmou o favoritismo.

Manteve ambas as mãos na troféu e continua aguardando o aval da matemática para festejar. A tabela e o futebol que mostra o favorecem e sugerem que a penúltima rodada será a da comemoração.  A agremiação de Vila Belmiro tem que ganhar do Flamengo no Rio de Janeiro.

Se o Santos conseguir, o Palmeiras garantirá a conquista com o empate diante da Chapecoense no Allianz Parque. O time de Cuca treinará para o jogo, e o oponente terá na quarta-feira a semifinal da Copa Sul-Americana.

O post tem o andamento do jogo em que o Alviverde obteve mais um êxito no pleno Allianz Parque.

Propostas das agremiações 

O Glorioso prefere que os oponentes tomem a iniciativa e cedam o contra-ataque. O Alviverde, embalado pelos torcedores no Allianz Parque e dono do futebol de quem ganhará o torneio de pontos corridos, tinha que tentar o gol.

O desenho de jogo, antes mesmo do início, era simples de ser pré-avaliado.

O início reforçou as filosofias

O andamento confirmou a obviedade. Palmeiras atuou na direção da área.

Permaneceu mais com a bola, frequentou constantemente o campo de frente, e impôs o ritmo que aprecia.

Roger Guedes na direita, Dudu do outro lado e Gabriel Jesus, o centroavante, iniciaram a marcação na frente.

O Botafogo no 4-4-2 sequer tentou fazer a transição tocando a bola.

Preferiu os lançamentos pelo alto. O cobertor curto dificultou para Jair Ventura ter tudo necessário.

Colocou Pimpão no quarteto do meio de campo, pois Camilo e Neilton adiantados, os mais velozes e habilidosos,  teriam maiores possibilidades para ganharem da dupla Mina e Victor Hugo e de quem mais fez a sobra da marcação.

Jean ou Zé Roberto, os laterais, ou Tchê Tchê, volante encarregado de priorizar a marcação, formaram o trio que permaneceu atrás para evitar o mano a mano nesses lances.

Mina entrou machucado no gramado e rapidamente foi trocado por Thiago Martins. Cuca deve ter optado por esse em vez de Edu Dracena, pois é mais veloz que o veterano.

Durante meia hora o Palmeiras ocupou o campo de frente. Apesar da dificuldade para achar lacunas, teve momentos nos quais poderia fazer o gol. O Botafogo muito recuado facilitou para a agremiação do Allianz Parque manter a bola no entorno da área e investir em cruzamentos, tentar assistências e o que pudesse para conseguir finalizar.

A leitura de jogo do treinador

Nessa configuração tática das agremiações, provavelmente o Alviverde acharia o gol. No contra-ataque, o Alvinegro era inoperante

Jair Ventura mandou o sistema de marcação atuar mais adiantado. Foi perspicaz e mostrou competência para observar o que acontecia no gramado. Alemão se machucou e Fernandes entrou.

O time cresceu e com mais capricho nas finalizações conseguiria o gol. Jailson fez difícil intervenção após a tentativa de Pimpão e Carli, na grande oportunidade do jogo até aquele momento, se equivocou em frente ao goleiro.

A ousadia que o Alviverde queria

Os treinadores orientaram os elencos durante o descanso dos atletas e ambas as agremiações aceleraram o ritmo. As dificuldades para os sistemas de marcação aumentaram.

As oportunidades foram criadas, as do Botafogo eram mais simples de redundarem em alteração no resultado, e Cuca interveio ao tirar o apagado Cleiton Xavier e colocar Alecsandro.

O centroavante atuou na área, Gabriel Jesus foi para o lado, na mesma linha de Roger Guedes e Dudu, que jogou por dentro.

O trio se mexeu para confundir o sistema de marcação.

O Palmeiras ganhou velocidade para tentar, no vão que havia da linha de zagueiros do Botafogo e do Sidão, quando o time carioca tinha a bola no campo de frente, o gol. Esse lance é uma das marcas da agremiação que lidera o torneio de pontos corridos.

Dito e feito. Dudu em velocidade tocou para Gabriel Jesus diante do goleiro, a bolsa desviou no zagueiro e o centroavante chegou atrasado, mas devolveu na medida para o colega cabecear e festejar.

O pragmatismo eficaz

O gol fez as oportunidades para ambos os times minguarem. Era o mais conveniente para a agremiação que deve festejar a conquista na penúltima rodada.

O Botafogo necessitava igualar. O técnico trocou o volante Dudu Cearense por Sassá. Cuca respondeu com Gabriel na vaga de Tchê Tchê.

Leandrinho na de Fernandes foi a última e vã tentativa de otimizar o sistema de criação do clube que necessitava o gol.  O Alviverde, no restante do jogo, sequer permitiu qualquer finalização.

O gol invalidado porque houve falta em Jaílson foi acerto inquestionável quem foi competente ao cumprir as regras do futebol no gramado.

Ficha do jogo

Palmeiras – Jaílson; Jean, Mina (Thiago Martins), Vitor Hugo e Zé Roberto; Tchê Tchê (Gabriel) e Moisés; Róger Guedes, Cleiton Xavier (Alecsandro) e Dudu; Gabriel Jesus
Técnico: Cuca.

Botafogo – Sidão; Emerson, Joel Carli, Emerson Silva e Diogo Barbosa; Alemão (Fernandes e depois Leandrinho),Dudu Cearense (Sassá), Rodrigo Lindoso e Pimpão; Camilo e Neílton
Técnico: Jair Ventura

Árbitro: Elmo Alves Resende Cunha (GO) – Assistentes: Fabricio Vilarinho da Silva e Bruno Raphael Pires