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O melhor para o futebol é o Barcelona ganhar e não ter que pagar a Neymar
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De Vitor Birner

O futebol

As luvas antigamente eram necessárias.  Jogadores de futebol não enriqueciam.

Nenhum exemplo é melhor que o de Pelé. Era veterano, tinha decidido final de Copa do Mundo, conquistado o tri no torneio, comemorado mil gols antes de ir ao Cosmos fazer o pé de meia.

Os clubes eram literalmente donos de atletas e pagavam bichos como recompensava para quem avaliavam merecer uma grana a mais na renovação de contrato.

Depois que Marc Bosman ganhou na Justiça direito de trabalhador para quem joga futebol o mercado foi mudando gradativamente.

Atualmente, atletas da base em instituições estruuradas recebem bons vencimentos. Clubes gigantes, para manter os privilégios comerciais e saciar o anseio dos torcedores por 'heróis' e resultados, são quase refém das estrelas do esporte.

O que antigamente era usual, hoje solicita adaptações. Os juristas mais uma vez podem impor o padrão que torna o esporte mais ético e saudável além dos gramados.

O imbróglio

Neymar foi á Justiça pedir o pagamento da segunda parcela acertada com o Barcelona na renovação de contrato. O clube não quer pagar os 43 milhões acertados para o atleta, na época, continuar na agremiação.

''Moralmente ele não tem direito de pedir algo que não cumpriu. Eu acredito que se oferecemos condições a ele, era pra que fossem cumpridas. Se não cumpre, não tem porque cobrar. A justiça vai decidir'', afirmou Jordi Mestre, diretor esportivo do time catalão.

Barcelona acerta

Há distintas formas de avaliar. Nenhuma é plena de razão.

Quem discorda do cartola pode afirmar que o valor das 'luvas' foi para renovar e não cumprir o período inteiro contratual, que havia a cláusula de rescisão, a mesma cobre prejuízos e se o Barcelona sente que não foi recompensado foi por equívoco na negociação ou na formulação do documento.

Penso como o dirigente. As regras para os contratos enormes como o de Neymar precisam ser específicas.

O valor de renovação precisa estar atrelado ao pleno cumprimento dos contratos.

A rescisão encerrra os pagamentos e se o clube pagou na assinatura valor integral, o atleta, se rescindir antes do prazo estipulado, deve devolver parte proporcional do que recebeu. É essencial diminuir a facilidade de inflacionar o futebol.

O Barcelona, por exemplo, para garantir a permanência de Piqué, renovou com o atleta de 30 anos e estipulou cláusula de 500 milhões de euros, igual a de Sergi Roberto que como o colega teve sorte de ser abençoado pelo padrão determinado após a contratação de Neymar.

Phillipe Coutinho comemorou e o Liverpool nem tanto, pois é dificl, após a inflação do futebol, contratar os mais habilidosos. Propostas que antes eram complicadas de serem recusadas agora são o padrão.

O cartola do Barcelona tem toda a razão.

Os juristas que resolvam se Neymar merece receber o que pretende apos preferir encerrar para ganhar mais no PSG.

Do mesmo jeito que Bosman foi resolver o absurdo da proibição de aceitar boas propostas, talvez seja o momento de os clubes conquistarem alguns direitos quando investem fortunas em alguém para reforçar o elenco.

Penso assim apenas para contratos grandes como o de Neymar. É jogo de gigantes tal qual o de grandes empresas. A regulamentação tem que proteger o futebol.

Para poucos

Barcelona, os dois clubes de Manchester, Real Madrid, Chelsea, Liverpool, Juventus, no embalo o Bayern de Munique, outrora o Milan e russos, além de times da Premier League inflacionaram o esporte.

Nem todos conseguiram manter. Os do país com índices de corrupção que goleiam os do Brasil, coincidentemente escolhido pela Fifa para o torneio de seleções,  tiveram que sair do jogo como o gigante italiano de Milão, que continua patinando enquanto procura como  entrar na elite comercial do futebol.

Está cada vez mais restrito o acesso. O caminho atual o indica que haverá cerca de meia dezena de times concentrando quase todos os principais atletas.

O tal 'Fair Play' que a Uefa propõem parece inócuo e pode ser desprezado se os gigantes formarem a própria liga desvinculada da atual hierarquia do esporte.

A ideia de uma NBA de gols é péssima para a atividade que se agigantou no século anterior por ser popular, criar identidade do torcedor com uma agremiação do bairro ou da cidade, gerar a sensação de pertencimento e mais paixão pela camisa que admiração por desempenhos, pois tudo isso será minimizado, talvez encerrado pela radical elitização do futebol.


Raí e Dorival precisam avaliar se o elenco do São Paulo quer Cueva
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De Vitor Birner

A gestão

O problema não é o que a diretoria do São Paulo pensa sobre Cueva, mas sim como o elenco avalia as polêmicas do colega.

Raí mostrou ao atleta que é necessário respeitar a agremiação, Dorival Jr acertou quando iniciou a temporada com o peruano entre os reservas porque preferiu ir ao CT da Barra Funda quase uma semana depois dos outros atletas, mas o aval para atuar agora precisa ser de quem se esforça diariamente dentro dos gramados para ganhar jogos.

Hoje, se desculpou com todos.

O respeito

As medidas administrativas e técnicas foram precisas. Cueva mostrará se assimilou ou se tornará inócuos os acertos.

Os atletas sérios e comprometidos do elenco entortaram o nariz para a insolência do colega. Se a direção e o treinador a relevassem, os esforçados, com razão, avaliaram o departamento de futebol como refém de alguém que desdenha deles e da agremiação.

Todos os times, inclusive o do Morumbi, precisam montar o coletivo forte para disputarem os principais torneios. Desenvolver respeito e união recíprocos são parte da construção e aumentam a competitivade no gramado.

Mas de agora em diante há a desconfiança que Cueva precisa encerrar com os atletas mais rodados e sábios do elenco.

O futebol

Os cartola e o treinador mostraram para o elenco quem manda no clube. Mantiveram o respeito no ambiente e no departamento de futebol.

Essa é apenas uma parte do necessário para o time. Há outra mais difícil, talvez lenta, que cabe apenas ao Cueva solucionar, será o próprio ganhar a confiança dos jogadores.

Sem exagero, c… em alguns quando afirmou que ou atuava ou se recusava a viajar com o grupo de atletas.

A tradução

Cueva se omite no sistema de marcação. Quando acontecer, jogadores de personalidade forte tais quais Jucilei e Petros imediatamente avaliarão que deixou o time na mão. Será outro capítulo do peruano contra o elenco.

Sabem que com a bola é habilidoso, talvez o melhor do São Paulo na criação, mas sem o coletivo acertado, para o qual precisa contribuir ao invés de complicar, gerará mais prejuízo que lucro dentro dos gramados.

Talvez Cueva necessite agregar virtudes, melhorar a dinâmica de futebol.

Os palpiteiros

Após ler comentários sobre a importância do jogador, tive a impressão que alguns o avaliam como decisivo e indispensável dentro de campo.

Teve quem afirmou que Dorival precisava por o atleta no clássico diante do Corinthians. Esses mostraram respeito ao clube igual ao do peruano, pouco entendem sobre a gestão do elenco e a construção coletiva primordial para a temporada.

O futebol pode solicitar exceção, mas nunca em primeira fase do Estadual e durante a formação do ambiente de competitividade.

É melhor para o São Paulo ter o ambiente com todos os jogadores se empenhado e Cueva fora do time que montes de atletas incomodados pelas oscilações do colega dentro e fora de campo.

Os resultados

Há 5 temporadas o atleta teve a última conquista. Foi pelo Unión Española, onde atuou em 16 jogos, ofereceu uma assistência e nenhum gol comemorou.

Além do torneio do Chile, festejou dois no país em que nasceu pela Universidad San Martín de Porres. Em um, no primeiro, recém ganhara oportunidade no elenco principal. No seguinte, há 8 anos, em 27 jogos conseguiu 5 gols e 5 assistências.

Atuou 14 vezes na Libertadores pelo time onde iniciou, Alianza Lima e Deportivo Toluca. Nunca entrou na artilharia.  Apenas uma vez conseguiu tocar a bola para quem festejou.

Elevar padrão

Além das dificuldades no sistema de marcação, Cueva tem para disputar cruzamentos e finalizar.

Muitas vezes nem sequer avalia os momentos de aumentar a velocidade ou cadenciar o andamento do jogo.

Sabe driblar e tem habilidade para, com o toque de bola, oferecer aos colegas os momentos de gol. Precisa entender que alguns centroavantes e quem regularmente ganha jogos com lances individuais adquiriram a regalia de serem apenas servidos dentro do gramado.

Me refiro a Cristiano, Messi e talvez o Neymar.

Os consagrados atuam mais avançados. O que pretende ser melhor do planeta se movimenta pelo campo, decide montes de jogos e para ter privilégios na parte coletiva foi de Barcelona, onde tinha que recompor quarteto do meio de campo para Suárez e o 'hermano' permanecerem avançados, a Paris.


Vasco goleia o Vasco elegendo Eurico Miranda presidente dos beneméritos
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De Vitor Birner 

O cartola

A eleição de Eurico Miranda para presidência do Conselho de Beneméritos mostra que:

A política goleia as necessidades do clube.

O cartola manteve a força para dar palpites e se não for ouvido e atendido dificultar a gestão.

Continua sendo referência entre conselheiros.

Pode se equivocar quanto quiser e manterá a força dentro da agremiação.

As relações dentro de São Januário são mais importantes que a instituição.

O Vasco tem donos ao invés de abnegados que se dedicam ao fortalecimento do time de futebol.

F5

Tem que andar para frente.  A administração precisa ser atualizada e há conselheiros atrapalhando a construção a ser iniciada.

Nos tempos em que número de torcedores gera mais dinheiro, o clube com a quinta nação do futebol, em quantidade, no país, poderia montar elencos que ofereçam resultado melhores no gramado.


São Paulo mexe nas diretorias de marketing e de comunicação
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De Vitor Birner 

O antecessor

As duas estavam desocupadas após a saída de Márcio Aith para assessorar  Geraldo Alckmin na suposta campanha para presidente (o partido tem que aprovar nas prévias) e ser o substituto de Rai no Conselho de Administração, pois o ídolo foi para a diretoria de futebol.

Os contratados

O marketing do São Paulo será administrado por Luiz Fiorese, que foi diretor de novos negócios da Vivid Brand (agência do Grupo Publicis) a qual tem no marketing esportivo uma das especialidades.

Gerencia as contas da Asics, Mobil, CBF Hospital Sírio-Libanês, Brookfield, Chevrolet, Herbalife, Bradesco Seguros e da Confederação Brasileira de Surf (preciso checar se todas continuam neste momento com a agência).

A diretoria de comunicação será de Guilherme Palenzuela, que foi repórter do Lance, UOL e era assessor de imprensa da agremiação.

Atualizando


Gabigol precisa entender o futebol; referência pode ser Gabriel Jesus
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De Vitor Birner

O otimismo

Se alguém esqueceu, relembro como foi a ida de Gabigol para a Europa.

A Internazionale gastou uma fortuna, comemorou nas redes sociais e, antes de assinar o contrato, os 'tifosi' foram ao aeroporto recebê-lo com festa. Apostaram que os dirigentes contrataram o artilheiro brilhante.

Teve colega que na primeira entrevista coletiva perguntou ao atleta, pasme, se poderia suceder Ronaldo.

Os interistas esbanjaram grande otimismo após a contratação.

O gramado

Na Itália nem sequer esboçou competência para atuar.  Foi orientado por Frank de Boer, Stefano Pioli e pouco pelo Luciano Spaletti, mas não agradou nenhum técnico da agremiação.

Em 46 jogos pelo torneio de pontos corridos, Liga Europa e Copa da Itália iniciou uma vez como titular na copa do país e substituído durante o 2°t. O único gol que comemorou conseguiu diante do Bologna.

O 'calcio' ofereceu ao jogador o ensinamento para melhorar na parte coletiva, ponto fraco do Gabigol, que pareceu pouco interessado nisso. apesar de ser o grande beneficiado se ampliasse a sabedoria para o futebol.

Mais uma

O Benfica por empréstimo contratou o atleta. Gabigol foi atuar no torneio mais fácil,  entretanto no clube grande, pois precisava iniciar algo elogiável na Europa.

Após um semestre os portugueses decidiram que não o queriam mais no elenco. Os números foram quase iguais. A reserva e uma comemoração de gol no quarta competição em importância resumem a breve estada na agremiação.

A bênção

Gabigol tem apenas 21 anos. Pode, se quiser, melhorar como jogador.

No Santos conseguiu muitos gols. Curiosamente optou por transformar acertos em dificuldades. Atuou como se isso fosse tudo em campo, negligenciou incumbências para o sistema de marcação e dinâmica de criação sem a bola.

O dom da artilharia e a competência ao finalizar podem ser recuperadas na Vila Belmiro, mas nunca terá o padrão de clube grande ou gigante na Europa enquanto mantiver o desdém ao coletivo.

Deveria se preocupar mais com a oportunidade para mostrar que pode ser contrutivo para o coletivo que em ser artilheiro.

No futebol daqui provavelmente conseguirá os gols, mas se avaliar que são tudo permanecerá no atual estágio como atleta de futebol.

Com Guardiola

Quando foram contratados por Manchester City e pela Internazionale, comparavam Gabigol com o Gabriel Jesus.

Um foi á Europa brilhar e aprender, enquanto o outro para ser o artilheiro. O que entendeu a necessidade e se concentrou em melhorar, apesar de se machucar duas vezes e atuar no torneio mais dificil que o da Itália, ganhou moral com o treinador perfeccionista e gigante no futebol.

A sabedoria mostra que paciência e humildade contribuem, tornam o time e o atleta mais fortes.

Gabigol tem referência atualizada do que necessita para retribuir o investimento santista e depois talvez mostrar aos europeus que pode ser construtivo no gramado.


Corinthians e São Paulo mostraram mais esforço que futebol; compreendo
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De Vitor Birner

Corinthians 2×1 São Paulo

Avalio como fácil a tabela no gol de Jadson. O competitivo sistema de marcação de Fábio Carille 'retribuiu' ao permitir a finalização de Brenner, diante de Cássio, no empate.

Equívocos  de ambos os lados são comuns em início de temporada e foram decisivos no resultado.

O entrosamento

O principal foi quando Balbuena comemorou. O paraguaio tem elogiável técnica no cabeceio.

No escanteio, Anderson Martins precisava dificultar, mas teve dúvidas porque necessita melhorar a compreensão do coletivo. Sozinho, o zagueiro artilheiro finalizou na área.

As alternâncias

O Alvinegro, melhor no início, com o sistema de marcação mais adiantado que na última temporada, manteve como pretendia o andamento em campo.

Encontrou algumas lacunas e podia jogar mais na vertical, mas se equivocou nos toques e em algumas opções, por isso quase nada criou.

Depois da finalização de Shaylon na trave e de Brenner desperdiçar a oportunidade no rebote, a dinâmica, por volta do minuto 25, foi favorável para a agremiação do Morumbi.

A construção

Dorival Jr prepara o coletivo para tocar do Sidão ao campo de frente. Quer o time com iniciativa.

O clube ditou o ritmo, teve grande dificuldade para entrar na área, mas com inversões de bola construiu alguns poucos momentos de gol.

No 2°t,  após as orientações dos técnicos aos elencos, aumentou o volume de jogo. Mesmo assim conseguiu poucas finalizações para empatar.

A tentativa

O Corinthians recuou. Queria a transição em velocidade para ampliar o resultado.

Nenhuma grande oportunidade construiu, Carille tentou otimizar a proposta de futebol alterando Kazin por Junior Dutra, mas o andamento continuou igual.

O treinador se incomodou, orientou as linhas a atuarem mais adiantadas e os jogadores demoraram porque o clube do Morumbi mantinha a bola no entorno da área de Cassio.

Minúscula melhora

Dorival, ao perceber que pelo meio nenhuma brecha havia para criar, pôs Caíque e Paulo Bóia. O apagado Brenner e Shaylon com razoável atuação saíram.

Os jogadores entraram pelos lados. Marcos Guilherme, antes na direita, foi para dentro do quarteto, que teve Petros no setor.

A principal oportunidade para empatar foi de Paulo Bóia que finalizou na zaga. Algumas em frente da area completaram as possibilidades do time igualar o resultado.

No gramado

Prevaleceu o sistema de marcação do Corinthians, apesar de oscilar no clássico.

A permanência com a bola no São Paulo gerou raras oportunidades e volume de jogo no máximo mediano.

O respeito

Imaginar, agora, Corinthians preciso como nos grandes momentos da última temporada e o São Paulo de muitas alternativas na criação e força para manter a intensidade com as linhas na frente, seria ignorância minha na compreensão do futebol.

O ideal é cada time ter o mês de preparação, mais um apenas para amistosos, antes de estrearem no torneio.

Em Itaquera e no Morumbi, como em todos da elite, ninguém teve como se planejar tal qual os cientistas recomendam.

Corinthians e São Paulo iniciaram em 3 de janeiro a temporada.

Por isso, nenhuma grande crítica tenho para os desempenhos insossos de ambos no Pacaembu.

Ficha do jogo 

Corinthians-  Cássio; Fagner, Balbuena, Pedro Henrique e Juninho Capixaba (Romão); Gabriel; Romero, Jadson, Rodriguinho (Maycon) e Clayson; Kazim (Júnior Dutra) Técnico: Fábio Carille

São Paulo-  Sidão; Militão, Rodrigo Caio, Anderson Martins e Edimar; Jucilei; Marcos Guilherme, Petros e Shaylon (Paulo Bóia) e Brenner (Caíque), Diego Souza Técnico: Dorival Júnior

Árbitro: Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza – Assistentes: Daniel Paulo Ziolli e Luiz Alberto Andrini Nogueira


Corinthians inicia temporada melhor que o São Paulo;Quem ganha o clássico?
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De Vitor Birner 

Na frente

O Corinthians entra no gramado, hoje, no Pacaembu, com mais possibilidade que o oponente de ganhar o clássico.

A vantagem não garante favoritismo,  mas, nesse início de temporada na qual os técnicos são forçados a acertarem os times no meio do torneio, iniciou na frente, pois os titulares do meio de campo na conquista dos pontos corridos nenhuma grande proposta receberam e continuam no elenco.

Além de mais entrosado, terá jogadores mais descansados. Quarta-feira, Fábio Carille poupou quase todos os principais atletas no setor.

Testa e mexe no time no ambiente de paz com a torcida.

Dorival Jr, mesmo após organizar a bagunça de Rogério Ceni e fortalecer o grupo de atletas emocionalmente afundado, recebe críticas externas  desproprocionais, pouco inteligentes,  que 'forçaram' o treinador a colocar no gramado os titulares para ganhar um irrelevante jogo no Estadual.

Além disso, a agremiação de Itaquera tem a regalia de atuar pela quarta vez seguida no estádio, hoje apenas com sua torcida na arquibancada.

No gramado

Diante do Mirassol, o lado esquerdo do São Paulo foi mal. Brenner não jogou nada, Shaylon quase igual e os inconstantes avanços de Edmar foram inúteis.

Nenhuma crítica tenho, pois Estadual é para testar e oferecer rodagem aos atletas da base, mas este setor é o que precisa lidar com o mais forte do Corinthians, onde Fagner vai a frente, Romero é intenso e Jadson aparece para as tabelas.

Se Dorival for conservador e pensar apenas no resultado, colocará Reinaldo como ala diante de Edmar para tentar aumentar a força do sistema de marcação e ter alguém com mais capacidade para acompanhar o lateral do Corinthians. Meu palpite é que o técnico não fará essa alteração.

Fábio Carille também tem dificuldades em um dos lados.

No último jogo, com Juninho Capixaba na lateral e Lucca mais adiantado na esquerda, o setor comprometeu o sistema de marcação e quase nada contribuiu na criação. Quando Clayson entrou, o time ganhou força.

Aposto que dessa vez iniciará com o último. A dúvida é a lateral, se crê que a parede no meio de campo garantirá proteção ao contratado. Com tempo o técnico ensinará a fechar lacunas em campo.

O setor onde o Corinthians tem sido vulnerável no início de temporada é o mais forte do São Paulo. Marcos Guilherme participa muito tanto da criação quanto da recuperação de bola.  Petros igual. Militão, quando possível, avança e completa o trio.

Os técnicos sabem de tais vulnerabilidades e orientaram os atletas.

Nos cruzamentos, lances que resolvem muitos jogos, o time de Dorival foi um pouco melhor que o de Carille nesse início do Estadual. Pedro Henrique oscila, o que é comum para o atleta que necessita rodagem.

O futebol

O Corinthians, mais descansado e com paz para se preparar, tropeça menos em equívocos técnicos, por isso comemorou mais gols.

Acertar finalizações tem sido uma das principais dificuldades do São Paulo no início da temporada. Talvez, depois que ganhou, aumente o moral dos jogadores e a precisão, em especial diante dos goleiros.

O clássico não tem favorito. No início do ano os times oscilam e como os leitores e as leitoras sabem, gols podem interferir na dinâmica dos times dentro do gramado.


Dorival errará se Cueva iniciar o clássico, seja qual for o resultado
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De Vitor Birner 

A generosidade

Perdão é indispensável na construção social. Sem indulgência a harmonia coletiva não passa de uma utopia impossível de ser transformada em rotina.

O oposto disso é a tal da punição, uma tolice que a humanidade egoísta cultiva para mascarar anseios de vingança,  mostrar quem manda e miseravelmente reduzir em imposição a necessidade da educação.

O atleta

Cueva se desculpou e afirmou que o funcionário postou as besteiras explicando o motivo de pedir dispensa do jogo contra o Mirassol. Foi protocolar.

O jogador, se permenecer no clube, tropecará mais vezes na incompreensão do que é necessário para aproveitar o dom de jogar futebol e fortalecer o coletivo.

Terceirizou o equívoco, tal qual após se recusar a ir para Mirassol. Se mostrasse que entendeu a dinâmica de preparação do time, seria possível imaginar mais empenho do peruano em ganhar torneios.

O elenco

Os colegas de Cueva sabem o abismo que há entre o que pensam e declaram os jogadores do futebol. Estão imersos na era da comunicação planejada para o público consumidor ávido por heróis e  tão rigoroso quanto volátil para formar opiniões.

Em suma, grande parte dos atletas entende ou aceita o que é necessário para o esporte como produto, mas sabe  que os protocolos são inúteis dentro do gramado.

O peruano criou uma divisão. Enquanto quase todos se esforçam, recebem críticas e se unem para fortalecer o time, o avoado pensa em si e mostra que não está em sintonia com o planejamento dk coletivo.

Dorival pode incomodar o elenco se iniciar com Cueva no clássico.

A construção

No momento, Cueva é mais jogador que Brenner ou Shaylon.

Após a crise, precisando jogar em alto nível,  a possibilidade do São Paulo conseguir resultado positivo no clássico aumenta com o atleta no gramado.

Mesmo assim, Dorival não pode ceder.

O aval para o Cueva atuar cabe apenas ao elenco.

Nem se Deus fosse ao CT da Barra Funda e afirmasse para o treinador que sem Cueva o São Paulo perderá e com ganhará o clássico, Dorival deveria alterar o planejamento da temporada.

É melhor tropeçar em campo e manter a construção do ambiente competitivo. O tema, se alguém não entendeu, é respeito e valorização do coletivo.

Técnica é importantíssima, mas, como mostraram as últimas temporadas, prevalevece quando o time está acertado.

A torcida

Há opções para cada torcedor da agremiação do Morumbi. Pode reclamar, lembrar do jejum conquistas, ofender algum jogador ou técnico para externar a raiva e dificultar a construção.

Ou pode tentar contribuir para o time ter a paz, no padrão que o futebol permite, e implementar o planejamento que aumenta a possibilidade do São Paulo em alguns meses ser competitivo.

Atletas que pouco se empenham merecem críticas. Os esforçados devem ser respeitados.

A inteligência sugere as críticas para o técnico que indicar jogadores incapazes ou a direção por se equivocar nas contratações.

 

Tags : São Paulo


Sorte do São Paulo que Cueva aprontou no início da temporada
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De Vitor Birner

O planeta

Os problemas gerados por Cueva eram mais que possíveis de serem imaginados. O peruano tem limitada compreensão do que acontece no futebol.

Na data combinada para iniciar a temporada estava no Peru e foi multado, além de orientado, por Raí.

Duas semanas depois (ontem) solicitou  dispensa do elenco que foi para Mirassol Afirmou que pretende cooperar, mas por saber que iniciaria no banco preferia ser excluído da rodada.

Esse raciocínio mostra como pensa o futebol.

O potencial

Há elencos que aceitam regalias como as almejadas por Cueva, se o atleta for habilidoso e por isso ganhar muitos jogos e torneios para o time.

O peruano é mais técnico que a média, mas não como imagina. Oscila, precisa aprimorar a finalização e quase nada agrega nas disputas dos cruzamentos.

Há momentos que para dentro do gramado e noutros corre apenas quando tem a bola. Habitualmente se esquece de contribuir para fortalecer o sistema de marcação.

A temporada

Os cartolas e o treinador precisam construir o ambiente competitivo, positivo, favorável para manter a intensidade nas atividades do CT da Barra Funda. Isso é primordial para desenvolver o coletivo.

Os gestores estabelecem o padrão e os jogadores se adaptam. A inversão costuma ser garantia de problemas no CT do clube e no campo.

Pode acontecer de o elenco ser muito unido e ter comprometimento além do imaginado pelos cartolas, mas isso é uma exceção que nenhum administrador pode inclur no planejamento.

Cueva pode incomodar os comprometidos e dificulta a construção que facilita a conquista de resultados positivos.

O futebol

Qualquer time é mais competitivo se tiver força coletiva. Essa é a máxima absoluta do esporte.

A escassez de atletas habilidosos potencializa, porque na individualidade, com improviso, a possibilidade do time ganhar é pequena, se comparada a dos elencos do PSG e Barcelona.

A administração

Em suma, a direção do São Paulo tem que construir o ambiente favorável para o técnico desenvolver a proposta de futebol e a técnica de Cueva, diante de tal necessidade, é secundária.

O Corinthians

Muitos esqueceram que no inicio da última temporada Fábio Carille, antes de os resultados melhorarem, foi muito criticado por manter no banco Giovanni Augusto, Guilherme e Marquinhos Gabriel.

São mais habilidosos que Romero, entretanto o empenho do trio no CT da  agremiação era aquém do necessário. O treinador priorozou a construção do ambiente favorável para desenvolver o coletivo.

A torcida

A arquibancada tem que evitar os gritos por Cueva. No empate contra o Novorizontino pediu e Dorival o colocou no gramado.

O resultado era completamente irrelevante – lembro que os clubes grandes são forçados pelo calendário a se prepararem no Estadual –  e, para supostamente aumentar a possibilidade do time ganhar, quem solicitou a entrada ofereceu aval para a falta de comprometimento do atleta.

É difícil mostrar como respeitar a agremiação quando parte da torcida o aplaude. O jogador ouviu, pensou que estava tudo ótimo e, como na última temporada antes do clássico na Vila Belmiro pelo brasileirão, investiu no 'ou jogo ou prefiro nem sequer ir com o elenco'.

Uma bênção

Sorte do São Paulo que o Cueva arrumou duas confusões no início da temporada.  Neste momento é mais fácil alterar o planejamento.

A direção ganhou uma referência para mostrar que lidera o elenco e de agora em diante há algumas opções: pode aguardar uma fase melhor e aumentar o valor para quem o contratar, ou aceitar a mais rentável do momento se é que há oferta, ou avaliar que com orientação o jogador se empenhará mais porque entenderá a dinâmica do futebol.

Seres humanos melhoram. Contribuir para isso e saber se o jogador entendeu são incumbências dos cartolas.


Exigir do São Paulo resultados positivos imediatos é pouco inteligente
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birner

De Vitor Birner 

A construção

Quem conhece o básico sobre o futebol reparou que alguns atletas do São Paulo carregaram as pernas diante do Novoronzontino. Se esforçaram mais que o ideal no jogo completamente sem valor na temporada.

Empataram, poderiam ganhar se o pênalti fácil de ser interpretado em Caique fosse assinalado por Luís Flávio de Oliveira, mas tanto faz, neste momento, o resultado.

Os principais clubes do país, que almejam conquistar algum torneio da elite do futebol, ou no mínimo se classificarem á Libertadores, precisam se preparar no Estadual.

Em especial nessas tediosas rodadas iniciais.

Os gestores

Dorival Jr e a diretoria têm que privilegiar o planejamento da temporada em vez de se preocuparem com reclamações da torcida.

Exigir resultados após duas semanas de atividades no CT da Barra Funda é sinal de pouca sabedoria.  Em suma, atender solicitações de resultados positivos imediatos pode ser prejudicial para o clube.

Teria sido, por exemplo, mais útil manter os principais atletas no local de preparação e concentração do elenco. Ao atuarem foram desperdiçados alguns dias preciosos para a construção coletiva.

A paciência

A arquibancada pediu as entradas de Cueva e Diego Souza, o treinador atendeu no 2° t (Lucas Fernandes e Brenner iniciaram o jogo) e o padrão de futebol do time foi mantido no gramado.

O peruano em regra oscila e teve apenas 9 dias de preparação, o contratado no Sport dez, por isso apenas se eu fosse humorista sem talento criticaria a atuação deles e de qualquer jogador.

A natureza

Quem não pode ser avaliado nem sequer deve entrar no gramado. Há exceções com grandes atletas, dependendo do potencial do elenco, nos momentos decisivos da temporada.

O futebol

Jogo de início do Estadual contra clube pequeno nunca exige isso. Se algum cartola ou torcedor do São Paulo crê que sim, sugiro reflexão, pois parece que se esqueceu do tamanho da agremiação Morumbi.

Para qualquer gigante do futebol, o êxito nesse torneio mantém igual a necessidade atual de grandes conquistas. No máximo aumenta a confiança do elenco e nem isso garante.  Na temporada anterior o Flamengo comemorou no Rio de Janeiro e o Atlético em Minas Gerais, depois cada qual  mostrou futebol aquém do potencial do elenco em quase toda a temporada.