Corinthians ganha com Walter, sorte, arbitragem fraca e pouco futebol
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De Vitor Birner
Atlético 0x1 Corinthians
O Corinthians esqueceu o futebol no dérbi. O Atlético ditou o ritmo e atuou para ganhar.
Tropeçou por incompetência nas finalizações, equívocos de arbitragem no critério dos cartões e, talvez, um do Weverton, no lance nem tão simples para o goleiro.
Além disso, o líder teve a graça da sorte.
A dinâmica
Fábio Carille orientou o sistema de marcação a jogar adiantado. Queria incomodar o oponente tal qual conseguiu no dérbi.
Uma vez, aos 5, Camacho recuperou a bola e Romero finalizou.
O Atlético, depois, conseguiu seguidas transições com toques a frente, forçou o líder a recuar e a investir no clichê dos lançamentos cumpridos e velocidade como única opção para construir momentos de gol.
Quase nada
O problema foi o meio de campo. Apesar de formar o 4-4-1-1 ou no 4-5-1 como o treinador queria, o último quando Rodriguinho recuou para formar o quinteto, ofereceu brechas.
Os setor precisava mais intensidade. Pouco adianta recompor o sistema de marcação, em tempo, como na maioria dos lances conseguiu e faltar a preciosa concentração que no turno gerou tantos elogios e força coletiva.
A sorte
Felipe Gedoz acertou a bola na trave. Por centímetros, antes do vigésimo minuto, o Atlético não conseguiu o gol que forçaria o oponente a adiantar todas as linhas.
A incompetência
Nikão desperdiçou o pênalti. Walter pulou na direita e o atacante finalizou no meio, nas pernas do goleiro. Facilitou a consagração do atleta que pouco atua é quando entra no gramado costuma ganhar elogios.
Além dessa, as melhores oportunidades foram do time que almeja conquistar a vaga na Libertadores.
A arbitragem
O pênalti foi do tipo neo, padrão Fifa, modinha, tradicional no país.
Nikão investiu no cruzamento e a bola tocou no braço do Fágner, que nem sequer cogitou interromper a trajetória na área.
Como citei desde quando criaram essa bobagem, segue o jogo. Mas, aqui, tais lances são assinalados e o árbitro por isso acertou.
A única justiça no futebol é a igualdade nos critérios em todo o torneio.
Os cartões
A arbitragem tropeçou e o Atlético pode reclamar.
No 1°t, Pablo tinha que ser excluído. Pisou em Lucas Fernandes, de propósito, após falta duvidosa de Balbuena.
Minutos depois, Thiago Heleno retribuiu, intencionalmente, no carrinho exagerado em Romero.
O cartão para o zagueiro poderia ser doutra cor.
No 2°, Maycon, atrasado na recomposição do sistema de marcação e com o jogo empatado, optou pela falta em Lucas Fernandes e parou o contra-ataque quando o oponente estava na frente com a bola. Lance clássico de amarelo para o volante que recebera outro anteriormente e merecia a exclusão do gramado.
Fábio Carille, preciso, quase imediatamente colocou Paulo Roberto na vaga do beneficiado para encerrar o jogo com todos os atletas possíveis em campo.
A única
O Corinthians em todo 2°t conseguiu uma finalização. Foi no lance do gol.
Giovanni Augusto entrou para otimizar a criação porque Clayson, nesse jogo, nada construiu.
Nem sequer tenho certeza se o jogador quis finalizar ou mandar para a área. O goleiro facilitou.
Teve dúvidas se Rodriguinho tocaria na bola e ela foi onde queriam os milhões de torcedores do único favorito a conquistar o torneio.
O líder, que parecia alegre com a igualdade, comemorou, no final, o resultado positivo.
O craque
Walter, que se machucou, foi o destaque. O goleiro brilhou.
Ficha do jogo (atualizando)
Atlético – Weverton; Jonathan, Paulo André, Thiago Heleno e Fabrício; Esteban Pavez e Lucho González; Lucas Fernandes (Matheus Anjos), Felipe Gedoz (Douglas Coutinho) e Nikão (Pablo); Ribamar. Técnico: Fabiano Soares
Corinthians – Walter (Caique França); Fagner, Balbuena, Pablo e Guilherme Arana; Maycon e Camacho; Romero, Rodriguinho e Clayson (Giovanni Augusto); Jô. Técnico: Fábio Carille
Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhães (RJ) – Assistentes: Rodrigo Henrique Correa e Thiago Correa