Hoje não tem papo furado de G4; Palmeiras deve ir para cima do Corinthians
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De Vitor Birner
O raciocínio
É mais difícil o Palmeiras encerrar o torneio fora do quarteto classificado á fase de grupos da Libertadores que ganhar ultrapassar o Corinthians. Ambas as opções são, reitero, difíceis.
As vantagens
Nada é garantido no futebol. Dentro do país não há abismo técnico como em algumas Ligas na Europa, mas é simples entender.
São 5 pontos para o líder e pode diminuir no dérbi. É isso que o Palmeiras precisa a mais nas 7 rodadas.
O Grêmio, concentrado na Libertadores, e o Botafogo, que tropeçou ontem no clássico diante do Fluminense, têm que tirar 6, e o Flamengo, na semifinal da Copa Sul-Americana, 7 quase todos ultrapassarem o clube sem torcida na arquibancada de Itaquera.
Nenhum desses montou elenco melhor que o do Palmeiras.
Em suma, será milagrosa, tanto pelo potencial quanto dos atletas quanto por matemática, se no encerramento do torneio estiver ausente do grupo de classificados à fase de grupos da Libertadores.
Na outra disputa, além de menos pontos para tirar, Alberto Valentim tem quantidade mais generosa de recursos que o líder para gerenciar as 7 rodadas do torneio.
Praia secando
Santos ganhou ontem e mostrou futebol melhor que nas rodadas anteriores. Oscilou no sistema de marcação, podia tropeçar se uma das bola na trave fosse gol, mas teve força na criação.
Se for capaz de manter a regularidade pode entrar na disputa, e por isso tem lado, o da zona oeste, hoje, no clássico.
O drible
Para muitos é bobagem. Ao contrário desses, entendo.
A estratégia do Palmeiras orientar o elenco a afirmar ''pensamos no G4'' é uma forma de respeito. No momento em que os detalhes podem ser diferenciais, evita instigar o oponente.
O jogo é de seres humanos. Nesse tão importante, que pode referendar uma conquista ou abrir a disputa direta aquecida pela hipótese de uma épica remontada verde e branca, intensificado pelo andamento do dérbi brilhante do Corinthians no estadual – Fábio Carille afirma que foi o principal momento para o crescimento do time e campanha irretocável do turno – entram ao lado da tática é da técnica no gramado.
O Palmeiras obviamente enxerga que o líder está sob pressão e com auto-estima comprometida pelos resultados.
A sabedoria afirma que é melhor deixar o Corinthians se resolver com as próprias emoções, pois vem tentando, em vão, rodada após rodada.
Campo gritou
O Palmeiras, se ganhasse do Cruzeiro, poderia empatar o dérbi. Três pontos em 15 restando e meia dúzia de rodadas eram administráveis.
Por isso foi para cima no Allianz Parque. Alberto Valentim, depois do segundo gol do oponente, optou por um 'quase tudo nada', manteve as linhas muito adiantadas.
O clube de Mano Menezes é forte na transição em velocidade. O técnico do Palmeiras tinha plena noção da necessidade para ser campeão e manteve o time muito ofensivo após igualar o resultado.
O administrador
Ninguém me falou no clube ou em qualquer lugar, mas aposto que, para si, adota raciocínio de matemática igual ao que citei.
Está confortável para se classificar á Libertadores e o estímulo é ser campeões.
É o gestor do elenco, o convívio lhe oferece possibilidades melhores de construir a estratégia no discurso antes do clássico.
Quase conseguiu
No início o discurso foi uniforme. Durante a semana a insistência nas perguntas e o anseio dos jogadores pelo dérbi levaram Dudu a citar que o time pensa em ser campeão.
A proposta
O Palmeiras terá a iniciativa para ditar o ritmo em Itaquera. A dúvida é quão ousado o time será, principalmente nos primeiros 10 minutos do clássico, para ganhar.
Alberto Valentim sabe que tem a oportunidade para encostar no líder. Se conseguir, aumentará a dificuldade do Corinthians melhorar a parte anímica e a possibilidade da agremiação do Allianz Parque conquistar o torneio.