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Entenda o que pretende Carille ao mexer no time para o clássico

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De Vitor Birner

As alterações

A opção por Camacho em vez de Maicon é para melhorar o toque de bola, principalmente o longo. A de Clayson pelo Jadson aumenta a velocidade na transição á frente.

Além disso, se quiser sistema de marcação adiantado, o jogador contratado na Ponte Preta tem mais força, no momento, que o veterano que brilhou com Tite.

Fábio Carille mexe na formação, adapta  a proposta as características possíveis do clássico.

O Palmeiras

Alberto Valentim, desde o 1° jogo que foi técnico nessa edição dos pontos corridos, orientou o time a ter iniciativa. Jogou para ganhar.

Força os lances pelos lados. Moisés e um dos volantes se revezam nas triangulações com Maike e Keno na direita, e Egídio e Dudu do outro lado.

Os laterais avançam, mas são vulneráveis na marcação. A proposta exige a recomposição com velocidade e precisão.

Carille quer construir os gols nessas lacunas.

O andamento

Os problemas para o técnico do Corinthians são: o time, nos últimos jogos, foi vulnerável quando o sistema de marcação permaneceu recuado.

Tomou gols em cruzamentos, inclusive de escanteio, e foi incapaz de montar o ferrolho que exige a proposta.

Mas se atuar aberto, o momento e a técnica sugerem que aumentará a possibilidade do tropeço.

O meio termo é muito bonito no papel e em campo dificílimo com o que oferece o elenco.

O treinador precisa optar: o mais provável é orientar os laterais e os zagueiros a atuarem diante da área do Cássio. São 36 metros da linha do meio de campo para a da área. Se os mais recuados permanecerem compactados onde Carille pretende, haverá entre 8 e 10 jogadores em cerca de 25 metros impedindo a construção de gols.

Dali, os cruzamentos são com zagueiros  do líder de frente para a bola e as finalizações difíceis de acertar. O dilema é que o segundo colocado tem ganhado contra quem atuou dessa forma e o líder perdido ao adotar proposta similar a da campanha brilhante no turno.

As chaves

Carille tenta fortalecer o coletivo, investe em alterações, ajusta a proposta, mas para a fase melhorar os atletas têm que aumentar os acertos.

Os laterais, por exemplo, podem resolver o jogo, se atuarem como no 1° turno. O Palmeiras investirá na criação e oferecerá lacunas em seus setores.

O momento

O Palmeiras tem jogado futebol melhor que o do Corinthians. Onde o time mostra força o oponente comete equívocos. Mantidos os padrões de futebol, o segundo colocado tem mais chance de ganhar.

O anímico

Mas é um clássico turbinado, a parte emocional, se os atletas permitirem, pode entrar com mais força no gramado e interferir nos desempenhos individual e coletivo.

O imponderável

Há ações que o ser humano pode fazer para ganhar, mas o esporte as vezes as ignora e decide quem sai alegre do campo.

A bola na parte de dentro da trave, que por poucos centímetros impede a comemoração, a que desvia a finalização  e altera o resultado, a atuação muita mais inspirada que a média de qualquer atleta são alguns dos quesitos que exigem a benção da sorte e podem resolver o dérbi.

Esses ninguém pode planejar. São da essência do futebol

A torcida

Para Daronco e os auxiliares conseguirem uma grande arbitragem e o resultado ser fruto apenas dos acertos e equívocos, de azar ou da sorte de quem entrou no gramado como atleta de futebol.