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Santos melhora, ganha do Atlético e torce contra o Corinthians no dérbi

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De Vitor Birner

Santos 3×1 Atlético 

O time de Elano mantém o sonho de ganhar o torneio. Além de elevar o padrão – comparado ao das últimas atuações com o antecessor, tem que torcer pelo empate ou para o Palmeiras ganhar o clássico.

Robinho, quando acionado, ouviu baias de quem estava na arquibancada.

Oswaldo de Oliveira optou por uma formação mais técnica e assistiu, na primeira metade do jogo, seus atletas acomodados com a imposição dos oponentes que atuaram em ritmo mais intenso. Depois o  desempenho melhorou.

Os cruzamentos e a sorte decidiram o ganhador.

O DNA

Santos de Elano parece mais o de Dorival Jr que o do Levir Culpi. Tem a iniciativa e atua com a bola no campo de frente.

O técnico optou pelo trio de criação com Bruno Henrique na direita, Lucas Lima por dentro, e Arthur Gomes, das categorias de base santistas. O lateral Caju e o estreante atuaram na esquerda do 4-2-3-1.

Diante do time com técnica elogiável, que optou por desenho similar e proposta antagônica, ditou o ritmo, se impôs e com capricho nas finalizações e no último toque conseguiria mais gols.

A preguiça

Oswaldo de Oliveira formou time rodado, habilidoso, mas nada intenso, e teve dificuldades.

O 4-2-3-1 com Otero a Cazares, mais Robinho por dentro no trio, tinha que se empenhar mais no sistema de marcação.

O equatoriano, na esquerda, nada agregou na recuperação da bola. É necessário tê-la para ditar o ritmo e valorizar o potencial dos atletas.

Quem atuou pelos lados necessitava recuar para a linha dos volantes Elias e Adilson e formar o quarteto.

A proposta inicial foi permitir ao Santos tocar até a linha que divide o gramado e, naquela região do campo, iniciar o bloqueio. Como o trio no meio de campo nem sequer incomodou na marcação, o clube que almeja conquistar o torneio teve enorme facilidade para manter a bola no entorno da área.

O lateral Victor Ferraz e o atacante Bruno Henrique foram as melhores opções, porque Cazares apenas interpretou uma colaboração ao Fábio Santos. Lucas Lima encostou para triangular no setor com os colegas de agremiação.

Gol desenhado

Santos frequentou mais o campo de frente, finalizou e apenas no último lance festejou o gol.

Tal qual o andamento sugeria, Bruno Henrique cruzou e Arthur Gomes conseguiu o 1° gol pelo time principal. A jogada tinha acontecido antes, algumas vezes, e nem isso mexeu com a intensidade dos atletas que deveriam ser competitivos para recuperarem a bola.

A igualdade

O Atlético, após o descanso do elenco e o técnico exigir mais esforço de alguns,  pareceu aumentar a intensidade. Era necessário competir.

Adiantou um pouco as linhas para, finalmente, dificultar a transição á frente do Santos.

Empatou depois de Marcos Rocha recuperar a bola, acho, com falta em Arthur Gomes, e Robinho cruzar com precisão para Fred cabecear e comemorar.

O equilíbrio

O jogo teve muitas alternâncias depois do empate. Santos e Atlético foram para cima em busca do resultado positivo.

Ricardo Oliveira teve grande momento diante do goleiro, mas o ídolo atleticano, inteligente, impediu o gol.

Nos cruzamentos

Acho que Oswaldo de Oliveira cansou do marasmo no time. Trocou Otero por Luan.

Imediatamente, Elano respondeu com Daniel Guedes por Arthur Gomes. O lateral entrou na direita e Victor Ferraz foi deslocado para o meio de campo. O técnico pretendia fechar lacunas no setor, além de manter a possibilidade do time construir momentos de gol.

No escanteio, David Braz ganhou de Adilson e comemorou.

Os cruzamentos resolveriam o jogo.

O técnico que necessitava gol optou por Valdívia na de Cazares. Em seguida, Fred, no lance quase igual ao do gol e que teve Robinho no cruzamento, exigiu difícil participação do goleiro.

Renato se machucou, Yuri foi ao gramado e, apesar do ocorrido, nenhum torcedor do Santos com a minima capacidade para avaliar o futebol pode reclamar da sorte.

Duas bençãos

Robinho em frente da área finalizou e acertou a trave. Vanderlei, que nem sequer podia cogitar algo para evitar a igualdade, permaneceu estático e torcendo

Em seguida, Leonardo Silva cabeceou e acertou a trave. O goleiro, tal qual no lance anterior, pode apenas assistir á sorte que teve lado no gramado.

O centroavante

Ricardo Oliveira tinha desperdiçado oportunidade em frente ao goleiro. Repetiu, após a transição em velocidade  acertada dos colegas de time, mas no minuto seguinte comemorou.

Bruno Henrique, o melhor em campo, driblou Luan e, com precisão, cruzou para o centroavante cabecear e garantir o resultado positivo.

Pode sonhar

É muito difícil a agremiação ganhar o torneio. A remontada exige grande futebol e sorte.

O time, nesse jogo, foi competitivo.

Se melhorar, terá como somar muitos pontos e, talvez almejar a improvável conquista.

Ficha do jogo

Santos – Vanderlei; Victor Ferraz, Lucas Veríssimo, David Braz e Caju; Alison e Renato (Yuri); Bruno Henrique (Rodrygo), Lucas Lima e Arthur Gomes (Daniel Guedes); Ricardo Oliveira. Técnico: Elano

Atlético – Victor; Marcos Rocha, Leo Silva, Gabriel e Fábio Santos; Adílson e Elias; e Otero (Luan), Robinho e Cazares (Valdívia); Fred (Rafael Moura). Técnico: Oswaldo Oliveira

Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (GO/FIFA) Assistentes: Bruno Raphael Pires (FIFA) e Leone Carvalho Rocha