O gigante do Olímpico com os pés na final da Libertadores: entenda o baile
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De Vitor Birner
Barcelona 0x3 Grêmio
Luan, Edilson e Marcelo Grohe brilharam.
Renato Gaúcho acertou na proposta para o time atuar no Equador. O Grêmio teve o sistema de marcação competitivo, além de precisão ao finalizar.
Foi melhor que o Barcelona tanto na parte individual quanto no coletivo. Encerrou o jogo praticamente classificado á final do torneio.
Os acertos
O algoz dos clubes brasileiros nessa edição da Libertadores manteve igual proposta em todas as rodadas, inclusive noutros estádios.
Sistema de marcação adiantado, força e velocidade pelos lados, jogo na direção da linha de fundo ou do gol, cruzamentos, ousadia e o ritmo intenso garantiram a classificação para a semifinal.
O técnico do Grêmio, para impedir a criação, optou por Fernandinho e Ramiro em frente aos laterais Edilson e Cortez. Era necessário fechar as lacunas nos setores mais utilizados pelo clube que jamais ganhou a Libertadores.
Em vez de atuar com o time no campo do oponente e oferecer brechas, optou por iniciar as tentativas de recuperar a bola na linha que divide o gramado.
O Barcelona avançou com oito atletas, oscilou na recomposição do sistema de marcação e abriu avenidas para a transição em velocidade de quem almeja ser tricampeão do torneio continental. Como diante do Palmeiras e do Santos nas oitavas e quartas, em alguns momentos teve dois blocos e ninguém no meio de campo.
O artilheiro
O Grêmio investiu nessas lacunas. O andamento mostrou o acerto.
No primeiro gol, de Luan, o Barcelona nem sequer tinha um sistema de marcação.
Dentro da área seis atletas quiseram entender como fechar as lacunas, alguém mais tinha que recuar e foi incapaz ou parou, por isso ninguém sequer dificultou para o artilheiro finalizar e comemorar.
Edilson foi para a linha de fundo no último e tocou para o colega quase na marca do pênalti ampliar o resultado.
Os elogios
O lateral entrou na artilharia, conseguiu o segundo na semifinal, por mérito próprio e equívoco do goleiro. Tinha que orientar a barreira a permanecer centímetros mais para o lado direito.
O atleta notou a brecha e finalizou forte, com a simplicidade que o lance solicitou. Elogios para a leitura e a execução que geraram a alegria
Além disso, conseguiu uma assistência para Luan.
Merece ser aplaudido pela torcida.
O goleiro Marcelo Grohe brilhou como os dois colegas do elenco. A participação após a finalização de Ariel, no início do 2°t, impedindo o gol que poderia alterar o resultado e a dinâmica do jogo, foi épica e a avalio como provavelmente a mais difícil da temporada.
Dedicação geral
Ninguém ganha jogos apenas com os acertos individuais. Se o sistema de marcação tropeçasse, ou o toque de bola na transição em velocidade fosse ineficaz para acionar quem podia construir oportunidades nessas brechas, Luan nem sequer conseguiria finalizar.
A parede diante da área de Grohe, essencial ao êxito da proposta, teve oito jogadores, em alguns momentos mais, foi uma construção do coletivo.
O time ganhou quase todas as disputas nos cruzamentos por cima. Todos contribuíram para o resultado positivo.
Por mérito
Nos cruzamentos por baixo, o Grêmio foi mais vulnerável.
O Barcelona desperdiçou alguns momentos de gol por equívocos nas finalizações.
A competência dos times diante dos goleiros foi proporcional ao resultado.
Ficha do jogo
Barcelona – Maximo Banguera; Pedro Velasco, Xavier Arreaga, Luiz Caicedo e Beder Caicedo; Osvaldo Minda e Matías Oyola; Ely Esterrilla (Marcos Caicedo), Díaz e Washington Vera (José Ayoví); Ariel Nahuelpan (Erick Castillo) Técnico: Guillermo Almada
Grêmio – Marcelo Grohe; Edilson (Leonardo Moura), Pedro Geromel, Kannemman e Bruno Cortez; Jailson (Michel), Arthur, Ramiro, Luan, Fernandinho e Lucas Barrios (Cícero) Técnico: Renato Gaúcho
Árbitro: Nestor Pitana – (ARG) Auxiliares: Hernan Maidana e Juan Pablo Belatti