Mano Menezes é o preferido desde a primeira saída de Cuca
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De Vitor Birner
Os cartolas
A temporada anterior de alegrias ao torcedor do Palmeiras teve a indefinição sobre a permanência de Cuca. O técnico cogitou que, com ou sem conquistas, pretendia ir embora para cuidar mais da família.
Alexandre Mattos, instruído por Paulo Nobre e com aval do então vice do futebol Maurício Galiotte, tentou convencê-lo a continuar na agremiação.
O perfil instável do técnico sugeria a possibilidade, mas foi encerrada após a confirmação matemática do êxito no torneio de pontos corridos.
Naquele período de indefinição os responsáveis pelo futebol debateram sobre quem seria o melhor para a vaga.
O primeiro da lista
Mano Menezes foi o escolhido. Como aceitou oferta do clube no qual continua, isso antes de o Cuca recusar renovação do contrato, sequer recebeu uma oferta.
Mattos sabia que o treinador a rejeitaria, conhece os bastidores do futebol em Minas Gerais, os dirigentes, e achou inútil a empreitada.
Era segunda opção
Roger, na época sem time porque a direção do Grêmio o trocou por Renato Gaúcho, após recusar ofertas doutras agremiações durante a temporada, acertou verbalmente com Mattos a ida para o Allianz Parque.
Galiotte, depois de conseguir se eleger presidente do Palmeiras, demorou um pouco para renovar o contrato do diretor de futebol.
O técnico dependia do que combinaram, o Atlético ciente disso propôs o que pretendia e ganhou a dividida.
O complemento
Eduardo Baptista foi a opção após esses dois e do então treinador do Palmeiras.
Continuam na gestão
Paulo Nobre é o único cartola que tinha opinião considerada na última temporada e não influenciará na escolha do próximo contratado para orientar o elenco. Galiotte ganhou força e Mattos se mantém como o principal dirigente do futebol na agremiação.
Sei que a gente altera o que pensa sobre técnicos e atletas, os próprios melhoram com esforço ou se acomodam, mas nada que aconteceu recentemente pode mexer tanto nas avaliações.
Roger, talvez, tenha perdido pontos com ambos, e Mano provavelmente ganhou.
Um tem contrato até o final do ano e o outro está disponível para planejar e temporada.
Por isso têm que ser considerados pelos que tentam adivinhar quem será contratado. As recentes mexidas na administração do Cruzeiro aumentam as dúvidas sobre o que o técnico ganhador na Copa do Brasil pensa sobre renovar o contrato. Haverá reunião, em princípio na 2f, para conhecer o planejamento e a oferta do clube.
Em alta e gringos
Jair Ventura e Fábio Carille subiram muitos degraus na temporada. São os únicos que realizaram algo capaz de mudar a opinião dos cartolas.
O provável campeão nos pontos corridos renovou no Parque São Jorge, e a forma como gerencia a carreira sugere que recusaria trocar o Corinthians pelo Palmeiras, sem antes ir para clubes de fora do estado ou, de preferência, do país.
O técnico do Botafogo seria a única opção viável, entre os que mostraram competência para ampliarem o leque dos dirigentes no Allianz Parque.
Entenda que estou dividindo reflexão sobre as possibilidades e não afirmando quem receberá oferta dos cartolas.
Podem tentar alguém na América do Sul, onde há mais técnicos competentes e os orçamentos dos clubes são muito inferiores aos do Palmeiras.
Na onda
A opção Alberto Valentin é citada por alguns conselheiros nada ou quase nada influenciam no departamento. Tem a simpatia de muitos no CT e se encaixa na tendência de investir nos mais modernos.
Será uma enorme zebra, se escolhido, pois Jair e o Carille ganharam oportunidades pelos problemas financeiros de clubes, nisso o Palmeiras é forte, e o perfil do elenco sugere treinador com mais rodagem no futebol.