Tite precisa testar time alternativo; Messi e cia que cuidem dos ‘hermanos’
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De Vitor Birner
Mexer para fortalecer construção
Tite deveria escalar o time misto diante do Chile. Há motivos esportivos e honestos para optar por formação alternativa.
Será construtivo oferecer mais minutos em campo aos atletas que pouco atuam na seleção, mostrar aos mesmos que podem ganhar vaga e são parte do coletivo. O jogo no Allianz Parque é uma grande oportunidade para o treinador fortalecer mais o elenco.
A liderança e a classificação garantidas afirmam que o encerramento da eliminatória é menos importante que alguns amistosos. Se nem sob tais circunstâncias mais substitutos iniciarem, será plenamente compreensível o incômodo de alguns convocados. O recado silencioso do técnico será que foram úteis diante de Austrália e podem ser no jogo de preparação frente o Japão.
E que nos torneios e nas partidas frente os times mais fortes o treinador prefere manter a base que conquista resultados positivos.
O melhor para a seleção é valorizar todo atleta que o treinador avalia como capaz. Acostumar os com menos rodagem a vestirem a camisa mais reverenciada, historicamente, no planeta do futebol, além de permitir que ganhem com desempenho elogiável apoio dos torcedores.
O treinador necessita, além de testar jogadores, aumentar a certeza sobre quais mantêm ou melhoram o padrão dentro dos gramados.
Orienta 'apenas' uma seleção
Se os 'hermanos' se classificarão, irão para a repescagem ou terão o fracasso enorme da eliminação, Sampaoli, Messi e cia necessitam solucionar.
Tite nada tem com isso. A obrigação para o treinador é priorizar o planejamento do Brasil e exigir que os escolhidos diante do Chile atuem com raça, seriedade, competência, e ganhem.
Entregar jogo, mesmo sabendo que a possibilidade da Argentina melhorar e conquistar o torneio é tão grande quanto a do time que orienta, seria algo sujo, contrário a ética de quem ama e vive do futebol.
Isso não significa que necessita desperdiçar uma oportunidade das poucas que há para preparar todo o elenco.
O time misto do Tite será mais forte que o Chile, principalmente se mantiver os pilares como Neymar e Renato Augusto, e permitir ao Gabriel Jesus reviver a alegria de atuar na Arena onde foi artilheiro, brilhou, e comemorou a conquista do torneio de pontos corridos.
Formar o time
Os 'hermanos' têm que fortalecer o próprio coletivo e ganhar. Para isso, antes pensarem noutros resultados, necessitam otimizar o contraditoriamente pífio sistema de criação.
Há talento sobrando no elenco.