Cruzeiro é gigante! Eliminou 5 times da Libertadores e mereceu a conquista
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De Vitor Birner
Cruzeiro 0x0 Flamengo
O jogo foi equilibrado, tal qual o anterior.
O campeão mereceu a conquista: mostrou o sistema de marcação eficaz, construiu a maioria das oportunidades de ontem, apesar do Flamengo permanecer mais a bola no campo de frente, e o gol da agremiação da Gávea foi impedido no jogo do Rio de Janeiro.
Principais muralhas
Quem imaginava Thiago Neves, Diego ou Guerrero como candidatos a melhores atletas na conquista de qualquer dia clubes, assistiu atuações elogiáveis dos zagueiros Murilo, Léo e Juan.
É inegável que os sistemas de marcação foram os protagonistas. O do clube que comemorou mostrou mais competência, pois Fábio teve que brilhar duas vezes para garantir a alegria da torcida.
Na finalização de centroavante dentro da área, quase no encerramento do jogo, e na série alternada dos pênaltis, quando pegou o de Diego do lado direito.
O goleiro do Flamengo foi pouco exigido porque o Cruzeiro se equivocou nas finalizações mais fáceis.
Melhora gradativa
A campanha do título mostrou o time irregular, capaz de ganhar com facilidade do São Paulo no Morumbi e quase ser eliminado em Minas, ou conseguir 3×0 no 1° t no Allianz Parque e ceder o empate naquele mesmo jogo.
Mas, da semifinal em diante, adquiriu a regularidade que o treinador queria.
Grandes elogios
A trajetória para a conquista teve oponentes difíceis, o que valoriza o êxito no torneio.
Além de Palmeiras, São Paulo e Flamengo, Grêmio, Chape e Atlético PR sucumbiram diante do ganhador da Copa do Brasil.
Aplausos para o elenco, torcida, dirigentes e quem mais contribuiu para o quinto troféu da agremiação no principal torneio de mata mata no país.
Lembro
Desses eliminados, quatro atuaram na Libertadores outro, o Grêmio, jogará a semifinal do torneio.
Andamento do empate
O início foi promissor para o Flamengo. Guerrero cobrou falta no travessão e Raniel se machucou.
Mano Menezes optou por Arrascaeta, o que alterou a característica do time, tudo isso em apenas 5 minutos.
O Cruzeiro permitiu ao time da Gávea ter a bola. Robinho na direita, Alisson do outro lado, além de Henrique e Hudson por dentro, formaram o quarteto em frente aos zagueiros e laterais.
Thiago Neves e o uruguaio atuaram adiantados.
O Flamengo ditou o ritmo. Permaneceu no entorno da área, mas teve dificuldade para entrar e finalizar. Tentou 9 vezes e nenhuma pode ser avaliada como grande oportunidade. O único grande momento foi o do início com o centroavante.
O Cruzeiro conseguiu duas vezes concluir em condição de comemorar; Arrascaeta e Thiago Neves desperdiçaram ao mandarem a bola para a linha de fundo.
Robinho se machucou; o treinador teve que alterar para o segundo tempo. Rafinha, mais veloz e menos criativo, foi ao gramado.
O Flamengo aumentou o volume de jogo.
Rueda manteve Berrío na direita, Everton do outro lado, e Guerrero no trio de frente. Diego foi o meia diante dos volantes Cuéllar e Willian Arão, que avançou sempre para fortalecer a criação.
Quando necessário, os atletas pelos lados recuaram e compuseram o trio com Diego.
Alguns cruzamentos, nos quais o sistema de marcação e o goleiro do Cruzeiro foram mais seguros, finalizações de fora da área e a única dentro, com Guerrero que exigiu a participação difícil do Fábio resumem a produção do time em campo.
Mano tinha substituído Alisson por Elber e Rueda colocado Rodinei na vaga de Pará, antes de optar por Lucas Paquetá na do Everton.
Após as mexidas, ambos os sistemas de marcação continuaram ganhando a maioria dos lances.
As agremiações mereceram a igualdade no resultado,
Ficha do jogo
Cruzeiro – Fábio; Ezequiel, Léo, Murilo e Diogo Barbosa; Henrique, Hudson, Robinho (Rafinha) e Alisson (Élber); Thiago Neves e Raniel (Arrascaeta)
Técnico: Mano Menezes
Flamengo – Alex Muralha; Pará, Réver, Juan e Trauco; Cuéllar, Willian Arão e Diego; Everton (Lucas Paquetá), Berrío e Guerrero
Técnico: Reinaldo Rueda
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP) Auxiliares: Marcelo Van Gasse (SP) e Danilo Ricardo Simon Manis