Implementação parcial e por impulso pode ‘sabotar’ árbitro de vídeo da CBF
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De Vitor Birner
No embalo
O auxiliar atrás da linha de fundo tinha obrigação de ver a irregularidade no gol de Jô. Lance fácil em que a imagem era supérflua para cumprir a regra.
Eis que, no impulso, o presidente da CBF orienta a urgente implementação do recurso tecnológico no Brasileirão.
O regulamento do torneio prevê a medida, em qualquer momento, não necessariamente em todos os jogos. É o embrulho pronto para utilizar mal o que se criou para beneficiar.
Na imagem
A bola não pode parar cada vez que o árbitro tiver dúvida. Outros especialistas, de preferência três, assistem ao jogo e repetições para rapidamente comunicarem ao que está dentro do gramado.
Um trio diminuirá mais o número de equívocos.
As pessoas
A CBF precisa de gente preparada, pois o homem é essencial para a ferramenta ser benéfica.
A seriedade
A hipótese de uma rodada qualquer com a eletrônica apenas em alguns jogos parece piada. É como mandar os auxiliares da linha de fundo em metade das partidas, talvez nenhum bandeirinha nas 'menos importantes, e os clubes escolhidos entram em campo sob condição radicalmente distinta no cumprimento das regras.
Lembro que os jogos são todos pelo mesmo torneio.
Apenas um interpreta
A CBF tem que determinar qual o limite para os árbitros de imagem. Não têm que opinar se o atleta foi derrubado ou cavou. Devem auxiliar nos impedimentos, na falta fora ou dentro da área, se a bola entrou no gol.
O do gramado apita e os outros auxiliam. Os com recursos eletrônicos são complementos. Todos os lances que exigem interpretação, ou que podem ter conclusões distintas porque o ser humano no ar condicionado tem critérios divergentes, são da competência do 'árbitro tradicional'.
O investimento
A entidade tem que gastar. Preparar pessoas e ter estrutura para utilizar em todos os jogos.
Às pressas, apenas em alguns, pode 'sabotar' a tecnologia.
A implementação durante o torneio é outro problema. Nem a anteriormente prevista utilização nas últimas rodadas aprovo.
Como foi iniciado tem que acabar.
Ano que vem, sem atropelos, com igualdade para todas as agremiações, a eletrônica na dose exata será construtiva para o futebol.