Blog do Birner

Torcedores e o MP podem melar vaga extra na Libertadores

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De Vitor Birner

Que continue igual

Quem quiser pode tentar interferir no acréscimo de vagas para times daqui no torneio continental.  O Estatuto do Torcedor oferece tal possibilidade.

A lei federal afirma que: É vedado proceder alterações no regulamento da competição desde sua divulgação definitiva, salvo nas hipóteses de:

I – apresentação de novo calendário anual de eventos oficiais para o ano subseqüente, desde que aprovado pelo Conselho Nacional do Esporte – CNE; II – após dois anos de vigência do mesmo regulamento, observado o procedimento de que trata este artigo.

A CBF divulgou no regulamento da competição liderara pelo Alviverde a quantidade das vagas para a Libertadores e as variações embasadas nas colocações dos clubes noutros torneios.

Em nenhuma a classificação de meia dúzia, além do campeão da Copa do Brasil,  foi listada nos itens. Tem que manter, pois assim tornará tudo mais simples.

Como nunca, 'os anti piram' 

O Ministério Público pode ter a iniciativa e questionar a alteração no regulamento do atual torneio de pontos corridos, ou avaliar que o futebol nacional ganha e por isso preferir cuidar de outras pautas.

O esporte é feito de emoções. Há lucros indiretos nesse âmbito para quem vive intensamento o esporte. A maioria dos corintianos quer, por exemplo, que o São Paulo chegue à segundona.

A recíproca seria igual, se houvesse tal possibilidade para o ex-clube do Tite.  Há música cantada nas arquibancadas do Morumbi com a citação que ''nunca fui rebaixado.'' A rivalidade considera resultados negativos e positivos.

Os torcedores de qualquer agremiação podem ingressar no  Ministério Público exigindo que o Estatuto de Torcedor seja considerado para barrar a implementação de no mínimo meia dúzia de classificados pelo torneio de pontos corridos à Libertadores.

Os do São Paulo porque ficarão irritados, se o Alvinegro conseguir a improvável colocação, assim como os do Inter com o Grêmio encerrando em sexto,  os do Coxa se for o Atlético PR, os do Guarani se a Ponte Preta conseguir e o os do Flamengo diante do êxito do Fluminense.

Comemorariam eliminações dos oponentes na Libertadores, obviamente preferem que tais clubes sequer participem, e se quiserem há o embasamento para conseguir o  fora dos gramados.

Tal classificação é considerada êxito. Serve como paliativo das agremiações que pretendiam ganhar o troféu nacional, têm impacto na alegria dos torcedores, pode gerar a conquista do torneio mais almejado na América do Sul e talvez o Mundial. e há o embasamento para quem prefere o cumprimento do regulamento inicial e o veto da alteração.

Nenhuma polêmica e muita simplicidade 

Em princípio, os dirigentes da CBF deveriam recusar o acréscimo imediato de afiliados na Libertadores.

Conversem com os pares da Conmebol, mostrem o que a lei federal determina, façam os ajustes necessários na regulamentação da próxima edição no maior torneio que promovem e a regalia será apenas adiada por uma temporada.  A grana dos patrocinadores garante que os gringos irão aceitar.