Blog do Birner

Marco Aurélio Cunha para apaziguar a ira política e no futebol do São Paulo

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De Vitor Birner

Gustavo Viera não fazia política. Tomava decisões que considerava técnicas e, fossem equivocadas ou certas, seguia com as próprias convicções.

Marco Aurélio Cunha tem perfil distinto. Sabe quando acelerar e brecar para tentar o impor o que crê ser necessário. Fazer o jogo interno na agremiação e externo com a torcida. Gosta disso e tem tal habilidade para lidar com o que acontece dentro do CT da Barra Funda e principalmente no Morumbi.

Conhece muito o clube, se posiciona diante do que discorda,  em alguns momentos fez isso publicamente, dialoga com a mídia e dispensa a discrição que caracteriza o antecessor.

A questão política, às véspera das eleições, tem peso. Marco Aurélio Cuinha articulou a campanha da oposição e, apesar de não ser grande puxador de votos no conservador conselho do São Paulo, será mais difícil para os integrantes do órgão ávidos pelo poder criticarem desmedidamente o colega.

Há algo fundamental para a compreensão do que acontece. Dentro do Morumbi, se faz política com raiva, por rixas e tomada do poder, ao invés de priorizarem o fortalecimento da instituição.

O novo gerente executivo de futebol, pela receptividade e conhecimento, talvez consiga agregar alguma necessária paz.

O escolhido por Leco tende a amenizar, ao menos em princípio, as iras seletivas, remuneradas, interessadas, cada indivíduo com a própria motivação, no Morumbi e nas redes sociais.

Marco Aurélio Cunha tem currículo ganhador, história positiva dentro do São Paulo e sabedoria para lidar com os jogadores e torcedores.

É um dos símbolos do período no qual a torcida era mais feliz.

Tem que manter as metodologias atualizadas, implementadas pelo ex-gerente executivo de futebol, como a análise do desempenho de atletas,  obviamente se continuar além do combinado em qualquer cargo no departamento no CT da Barra Funda.