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Pênalti não marcado em Ábila ganha medalha de ouro das gafes no 1° turno

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De Vitor Birner 

Corinthians 1×1 Cruzeiro

Detesto comentar os lances nos quais as regras não foram cumpridas. Faço isso como prioridade nos posts quando alteram andamento e resultado ou são equívocos enormes.

O primeiro provavelmente, e o outro com certeza, explicam a manchete e a linha de raciocínio do post.

Prefiro opinar sobre dinâmica de futebol, propostas coletivas dos treinadores, atuações dos atletas e ambiente nos estádios, Alterei o conteúdo tradicional porque a exceção é necessária para ser honesto com os torcedores de ambas as agremiações.

Positivo e favorável

Giovanni Augusto rapidamente fez o gol. No Pacaembu lotado, onde os Alvinegros da arquibancada ainda se sentem mais confortáveis, o time tinha tudo para ganhar.

Mantendo, como possível com o atual elenco, o padrão Tite no sistema de marcação, continuou melhor durante todo o 1t, com posse de bola e poucas brechas para o Cruzeiro igualar.

Haja incompetência para cumprir regra 

Mas, poucos minutos após o gol, houve o lance daqueles absurdos, no qual Ábila ficou em frente ao Cássio e recebeu o chute violento na perna.

Foi o pênalti mais inquestionável de todo o torneio, era lance para exclusão, e Dewson Fernando Freitas mostrou o amarelo ao centroavante.

A nova regra afirma que o atleta ao fazer o pênalti em lance nítido de gol, deve receber o amarelo. Mas, nessa jogada, a força e o tipo da falta foram para o cartão de outra cor.

O acerto na cobrança do pênalti alteraria o resultado.

Poderia, obviamente, não acontecer. A exclusão aos 7 minutos com certeza encerraria a pequena superioridade do Alvinegro na maior parte do jogo, pois a proposta seria alterada e a posse de bola do Cruzeiro maior no campo de frente.

Imagino que os cruzeirenses, traumatizados pelos rigos de Sandro Meira Ricci no empurrão de Ronaldo que decidiu o torneio faz alguns anos, se lembraram por assistiram ao lance nos mesmos estádio e área do gramado.

Cruzeiro melhor enquanto tentou o empate

Após descansarem e escutarem as orientações dos treinadores, o andamento do jogo foi alterado.

A agremiação de Mano Menezes teve mais posse de bola no campo de frente, ofereceu o contra-ataque, e igualou com o golaço de Ábila após o cruzamento de Rafael Sóbis.

O artilheiro é destro e finalizou com o outro pé  tem potencial para ser ídolo, pois a média de aproveitamento pelo Huracán foi elogiável, inclusive nos jogos mais difíceis.

Depois o time recuou e o Alvinegro foi melhor.

O goleiro Lucas França, após a finalização de Bruno Henrique, quase tomou o 'frango clássico, no qual tentou encaixar a bola que correu pelo meio das pernas lentamente e em tempo de fazer o atleta intervir .

Guilherme, que havia entrado na vaga de Giovanni Augusto, desperdiçou grande oportunidades após Fagner tabelar com Elias e tocar para o meia, quase na pequena área, tocar por cima do gol ao invés de fazer o óbvio e comemorar.

Previsível insatisfação contra o técnico 

Cristóvão Borges é rejeitado por grande parte da torcida desde quando foi contratado. Os resultados a mantinham apoiando.

Quando, aos 32, trocou Romero por Marlone, os gritos de ''burro, burro'', foram entoados em setores do estádio.

Acho, queriam a saída do André, por avaliarem que há atletas mais esforçados na agremiação.

Romero, em muitos jogos, se equivoca por questões técnicas, mas nunca falta garra paraguaio.

Fundamental a citação

O único grande equívoco no cumprimento das regras foi o pênalti. Digo isso porque alguém afirmará a intenção de prejudicar e beneficiar os clubes.

A intenção de direcionar o jogo, mesmo quando feita competentemente, é possível ser notada por quem é experiente em observar e raciocinar como são os jogos de futebol.

Lógico, é possível cometer, em alguns momentos, equívocos ao avaliar isso, mas nesse jogo não houve a tal fabricação de resultado.

Foi incompetência das grandes no lance que alteraria o andamento e aumentaria consideravelmente a possibilidade cruzeirense de ganhar.

Ficha do jogo    

Corinthians – Cássio; Fagner, Yago, Balbuena e Uendel; Bruno Henrique e Elias: Romero, Giovanni Augusto (Guilherme) e Marquinhos Gabriel; André
Técnico: Cristóvão Borges.

Cruzeiro – Lucas França; Lucas, Manoel, Bruno Rodrigo e Edimar; Henrique, Ariel Cabral (Willian), Robinho e Arrascaeta (Rafinha); Rafael Sobis e Ramón Ábila.
Técnico: Mano Menezes.

Árbitro: Dewson Fernando Freitas da Silva (PA) Assistentes: Marcio Gleidson Correia Dias e Helcio Araujo Neves