Blog do Birner

Copa do Brasil é de Fernando Prass e da torcida do Palmeiras

birner

De Vitor Birner

Palmeiras 2×1 Santos

Fernando Prass chuta o último pênalti com força, no canto oposto ao escolhido por Vanderlei, e corre para comemorar.

Não havia maneira mais simbólica de o Palmeiras ser campeão da Copa do Brasil.

O melhor jogador do time e das finais, pois impediu o Santos de resolver tudo na Vila Belmiro, o único não contratado pela gestão atual e que figura entre os principais do elenco, o funcionário com menos altos e baixos de desempenho entre todos que trajam o manto sagrado palestrino e com certeza entre os mais comprometidos com a agremiação.

No gramado

Foi uma das noites menos inspiradas do sistema ofensivo do Santos.

Gabriel, Lucas Lima e Marquinhos Gabriel, o trio de criação, tinham que trocar passes na meia, mas se equivocaram muito.

O padrão ruim no fundamento impediu o time de ter mais posse de bola na frente e conseguir o contra-ataque, apesar de contar com jogadores rápidos e especialistas nisso.

O Palmeiras, com grande atuação de Matheus Sales, dessa vez realmente como volante de marcação, ganhou o meio de campo e foi melhor.

Mesmo com dificuldades na criação por causa do repertório pobre, teve mais oportunidades de gol e mereceu ganhar.

Festa

O espetáculo foi mais bonito na arquibancada que dentro de campo.

Não gostei do jogo na parte técnica.

A importância dele, um clássico decidindo o segundo principal torneio nacional, temperou tudo garantiu doses constantes de emoção, inclusive quando a bola ficou no meio de campo e longe das áreas dos goleiros.

Isso se refletiu na torcida.

Nitidamente engasgada por causa das campanhas ruins em temporadas anteriores, apoiou muito e não permitiu que seus representantes no gramado perdessem a concentração.

A reação deles extravasando as emoções, após o jogo, nas ruas da cidade, mostra como era importante ganhar.

Foi uma das madrugadas mais barulhentas, depois de conquista de qualquer competição, que nos últimos anos.

Aplausos

O troféu é, acima de tudo, desses torcedores.

São eles que tornam o Palmeiras gigante.

Enquanto houver milhões amando o clube, essa grandeza continuará intacta, não importa qual divisão jogar ou qualidade de elenco que tiver.

Eles, em primeiro, merecem ser saudados.

Parabenizo, em seguida, os jogadores, como Fernando Prass, o símbolo, Dudu, o artilheiro, Mateus Sales, o guerreiro, Zé Roberto, que fez um de seus melhores jogos anulando o lado direito do sistema ofensivo santista, Robinho e Lucas Barrios que criaram o primeiro gol no momento mais difícil da partida, Gabriel Jesus, que não pode ficar no gramado e todos que se uniram para, em 90 minutos, fecharem a temporada de maneira positiva.

Futuro

Hoje é dia de festa.

Farei, mais tarde ou amanhã, um post sobre a avaliação do futebol de ambas as agremiações, que não necessariamente gera resultado similar à competência delas.

A meta de todo time grande é ser campeão.

Apenas uma delas conseguiu isso na competição que tem valou.

O paulistinha não é importante;

Ficha do jogo

Palmeiras – Fernando Prass; João Pedro (Lucas Taylor), Jackson, Vitor Hugo e Zé Roberto; Matheus Sales e Arouca; Robinho, Dudu e Gabriel Jesus (Rafael Marques); Lucas Barrios (Cristaldo)
Técnico: Marcelo Oliveira

Santos – Vanderlei; Victor Ferraz, Gustavo Henrique, David Braz (Werley) e Zeca; Renato e Thiago Maia (Paulo Ricardo); Marquinhos Gabriel, Lucas Lima e Gabriel (Geuvânio); Ricardo Oliveira
Técnico: Dorival Júnior

Árbitro: Heber Roberto Lopes (Fifa) – Assistentes: Emerson Augusto de Carvalho e Marcelo Carvalho Van Gasse