Blog do Birner

Barcelona de Neymar consegue mais uma goleada

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De Vitor Birner

Barcelona 4×0 Real Sociedad

Neymar foi o melhor em campo; Daniel Alves e Suárez, um pouco abaixo,  foram os outros que brilharam.

Messi, apesar de ainda um pouco abaixo da forma ideal, merece elogios.

A Real Sociedad, taticamente, fez o possível, mas tomou a goleada porque tecnicamente não tem como atuar de igual para igual contra o inspirado Barcelona.

Não tinha razão para alterar

O time de Luis Enrique iniciou a marcação na área do Real Madrid em pleno Santiago Bernabeu, e fez o mesmo contra a Roma.

Conseguiu uma dezena de gols nesses jogos, mostrou futebol merecedor de grandes aplausos, e diante da Real Sociedad, pior tecnicamente que os outros times citados, não tinha razão para alterar aquilo a forma como atua.

Teve mais dificuldade para fazer isso que nos jogos citados, apesar de, na parte tática, não haver nenhuma novidade.

Apenas Mathieu entrou na função de Alba.

Messi na direita, Neymar do outro lado e Suárez, o centroavante, formaram o trio de frente, se mexeram e tentaram confundir os defensores da Real Sociedad.

Os laterais apoiaram muito e foram fundamentais na criação. .

Iniesta e Rakitic se posicionaram na meia quando houve tentativa de a agremiação criar os lances de gols.

Nos momentos em que os bascos conseguiram manter a bola no campo de ataque, Neymar recuou e formou junto com Busquets, Rakitic e Iniesta o quarteto no meio de campo e garantiu a flutuação do 4-3-3, esquema principal, para o 4-4- 2.

Melhor e mais ousada opção

A prioridade do treinador Eusébio Sacristán foi imaginar como impedir o Barcelona de articular grandes oportunidades.

Se ficasse atrás, permitiria á agremiação de Luis Enrique mais minutos com a bola no campo de ataque, Messi, Daniel Alves, Iniesta, Rakitic, Neymar e Mathieu trocariam maior quantidade de passes, e inevitavelmente conseguiriam os gols, a não ser que fosse uma tarde atípica de completa falta de inspiração deles.

Por isso preferiu fazer a marcação adiantada, na área do Barcelona, para dificultar a transição da defesa ao ataque e tentar transformar em realidade a utopia de ganhar.

Posicionou o 4-4-2 com Agirretxe e o mexicano Vela – único estrangeiro que começou no time – no ataque, Canales, e Xabi Prieto pelos lados do meio de campo, Ruben Pardo e Granero entre eles, os laterais Elustondo e Yuri em frente à linha que divide o gramado..

Elogiável, apesar de ainda insuficiente

A Real Sociedad merece elogios pelo que realizou taticamente.

Conseguiu dificultar a transição de bola e ainda finalizou, algumas poucas vezes, em gol.

Como seu sistema de marcação atuou adiantado, havia muitos metros entre o goleiro Rulli e a linha formada por zagueiros e laterais. O Barcelona tem atletas muito rápidos e habilidosos, e aproveitou isso.

Em dez minutos, apesar de não ter tanta posse de bola no campo de ataque, conseguiu finalizar em frente ao goleiro Rulli, que foi preciso ao fechar o ângulo.

Daniel Alves

O andamento do jogo mostrou que o melhor caminho para fazer gols era pelos lados.

O time marcou dois antes do intervalo, ambos com assistências precisas do lateral.

Uma para Neymar, na velocidade, ganhar de Elustondo e comemorar, e outra ao Suárez finalizar com muita categoria e fazer o golaço.

O time basco, provavelmente por causa do cansaço, perdeu força para manter o sistema defensivo na frente depois de meia do 1° tempo e o Barcelona teve mais facilidade para trocar passes.

Similar, mas do lado oposto

O lance do terceiro gol foi parecido com os dois outros, mas com lançamento para Mathieu (acho que houve o impedimento), que fez assistência ao Neymar.

Diminuiu o ritmo

A agremiação de Luis Enrique caiu um pouco de rendimento após o intervalo e mesmo continuou criando mais oportunidades.

Depois o time levou o jogo em banho-maria, a Real Sociedad aumentou a quantidade de tentativas de chutar em gol, mas o Barcelona, por conta da técnica e velocidade dos principais jogadores, se manteve mais criativo e eficaz na articulação dos lances de gol

O melhor 

Adriano, Alba e Bartra, na devida ordem, entraram nos lugares de Daniel Alves, Mathieu e Mascherano, alterações por opção do treinador e não porque achou ruim o desempenho deles.

Messi, nos acréscimos,após Neymar driblar, fazer a tabela e a assistência, fechou a goleada.

Neymar, em suma, conseguiu dois gols, o passe o de Messi, e participou mais os outros atacantes do sistema de marcação.

Ficha do jogo

Bravo; Daniel Alves, Piqué, Mascherano e Mathieu; Busquets, Rakitic e Iniesta; Messi, Suárez e Neymar
Técnico Luis Enrique

Rulli; Elustondo, Gonzáles Martinez e Yuri; Canales, Ruben Pardo, Granero e Xabi Prieto; Agirretxe e Vela
Técnico: Eusébio sacristan

Árbitro:Ignacio Iglesias – Assistentes: Alfonso Costoya e Enrique Ramos