Blog do Birner

Corinthians faz história; São Paulo, humilhado, tenta recolher os cacos

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De Vitor Birner

Corinthians 6×1 São Paulo 

O jogo como este merece opinião proporcional ao resultado, principalmente quando o andamento, em campo, foi proporcional que ao futebol mostrado por ambas as agremiações.

Coletivo

O Corinthians taticamente, como um relógio suíço, ondo os reservas conseguem executar funções iguais e se mexem com capacidade quase idêntica para preencherem e aproveitarem as lacunas que os sistemas de marcação e de criação do oponente proporcionam, contra o São Paulo com equívocos de proposta coletiva por causa da opção pelo meio de campo baseado da força e não na junção das características dos atletas, incapaz de fazer o suporte para a defesa com desempenho nota zero nos cruzamentos.

Corpo

O Alvinegro muito superior na parte física, tal qual planejou seu treinador, que por ter plena ascendência sobre o elenco e competência ao prepará-lo, pode contar com quem não atua muito.

Alma

Os campeões nacionais o jogo todo concentrados, intensos em cada lance, correndo uns pelos outros, e os que almejam classificação à Libertadores se dividindo entre os mais e os menos esforçados, alguns dispersos em muitos momentos, e que foram desmoronando, bruscamente, após cada gol.

Coração

O Corinthians feliz, raçudo, querendo muito ganhar do São Paulo com fome apenas no início, esbanjando protocolo burocrático e desprovido de raciocínio, método, para lidar com a grande da equipe do Tite.

Glória

O Majestoso era histórico por ser o da comemoração do hexa, mas ao invés do Corinthians se limitar a' redigir as últimas gloriosas linhas do livro sobre a campanha, criou mais um capítulo ao conseguir sua maior goleada do torneio e das mais de três centenas de partidas entre eles.

Potencializou consideravelmente a alegria de sua torcida, que lotou a Arena e terá ainda mais razão para comemorar.

Fracasso

Do outro lado, resta juntar os cacos e, para os jogadores com coração e orgulho dos grandes esportistas, que sentem alegria e tristeza com os próprios resultados, e trajam respeitosamente o manto sagrado tão rico em conquistas ao invés de pensarem somente em dinheiro, identificarem as falhas e tomarem as providência para haver harmonia coletiva e alma competitiva nas outras duas rodadas.

Suprimida

Repare que eu não citei a questão técnica no post.

Nem é preciso dizer qual time foi infinitamente melhor.

As ausências de  Elias, Jadson, Renato Augusto, Gil, Malcom e Vágner Love ou tornaram o do Morumbi potencialmente um pouco superior, ou permitiam o suposto equilíbrio de habilidades, não necessariamente distribuídas em posições iguais..

E a prática futebolística, onde disputas tática, física e emocional são fundamentais, engoliu isso.

Ficha do jogo

Árbitro: Péricles Bassols Pegado Cortez (Fifa-RJ) – Assistentes: Danilo Ricardo Simon Maniz e Miguel Caetano Ribeiro da Costa

Corinthians – Cássio; Fagner, Felipe, Edu Dracena e Uendel (Yago); Ralf; Bruno Henrique, Danilo (Lincom), Rodriguinho (Cristian) e Lucca; Romero
Técnico: Tite

Sâo Paulo – Denis; Bruno (Reinaldo), Rodrigo Caio, Lucão e Carlinhos; Hudson e Wesley (Edson Silva); Michel Bastos, Thiago Mendes e Rogério (Luis Fabiano); Alan Kardec
Técnico: Milton Cruz