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Doriva faz mais do mesmo para ganhar; não tem nada a ver com Osorio

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De Vitor Birner

O treinador, ex-volante revelado no próprio São Paulo, dirigiu de maneira competente o Ituano e conseguiu reorganizar a Ponte Preta.

No Vasco, apesar do título estadual, não montou time consistente. O mesmo pode se dizer sobre a pequena passagem no Atlético PR.

Doriva é um técnico promissor da nova geração, que tenta se firmar fazendo direito o óbvio do futebol atual.

Não olha o o esporte da maneira de Juan Carlos Osorio.

Tem ambições muito menores que as do colombiano quando pensa na proposta de jogo.

Ganhe ou perca a Copa do Brasil, consiga ou não a classificação para a Libertadores no torneio de pontos corridos, a escolha representa um retrocesso, a não ser que faça algo distinto do que mostrou nesses clubes.

O antecessor, um idealista,  crê em imposição com posse de bola.

O sucessor, um pragmático, tem na marcação forte o pilar de tudo.

Ele precisa tirar proveito do legado deixado pelo novo funcionário da seleção do México.

Só falta o time que tem, hoje, sistema ofensivo de repertório amplo, com desenhos táticos que podem variar e confundir a marcação, ficar de novo dependente de cruzamentos na área, faltas e contra-ataques. como os outros que orientou.

Não deve, de maneira alguma, tropeçar na ideia de reinventar a forma de a agremiação atuar.

O presidente do clube faz uma aposta ao contratá-lo.

Talvez consiga resultados nesse ano, pois restam poucos jogos e o torneio de mata-mata aumenta a imprevisibilidade.

De qualquer maneira, é fácil para o cartola arriscar, pois não parece muito preocupado com o clube que se propôs a gerir.